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Capítulo 03.



No começo do ano seguinte, Samantha conseguiu emprego de telemarketing, porém seu contrato foi de seis meses. Ela aproveitou depois de ter saído, para fazer o curso de informática e se atualizar. O que ela aprendia de novo, ensinava para a amiga.

Ana Carla começou a estudar Publicidade e Propaganda naquele segundo semestre, através de uma bolsa de estudos que conseguiu com a nota da prova. Samy no dia da prova, estava doente.

No primeiro fim de semana após o começo das aulas, Ana contou sobre a programação daquele semestre, sobre um professor que ela achou gato, sobre dois alunos que pareciam ser babacas "tirados a rei do pedaço". Depois se perguntou se valeria mesmo a pena, pois não estava trabalhando e os pais teriam aquele gasto a mais.

Samy respondeu que valeria sim, que eles acreditavam nela por isso faziam. Que ainda não estavam trabalhando – o telemarketing havia terminado - mas ela entrar na faculdade foi só o início. — Vou fazer faxina amanhã, dona Ilma conseguiu para ir com a filha dela. Quando voltar, cozinho macarrão com molho de sardinha e creme de leite, para nós.

Ana respondeu — Obrigada, eu gosto muito desse macarrão que você faz. Amanhã vou tentar uma entrevista, de lá já vou pra faculdade, vou chegar só o pó.

***

Samy sentou-se na janela, leu algumas páginas do primeiro capitulo do romance de banca – Ao Bel prazer.

Quando passou na banca de revista dois dias atrás, por curiosidade e saudades do sebo e dos dois amigos deixados lá, foi até a sessão dos romances tipo Harlequin, Bianca, Julia, pegou um e olhou a sinopse. Ficou curiosa, suspirou e colocou de volta. Deu passos para sair, e pensou – "Poxa, não sei quando terei outra faxina, a última foi essa. Talvez tenha depois das festas. Acho que dá pegar só esse. Faz tempão que não compro nenhum". - Precisava distrair a mente ou só pensaria no que ainda não estava dando certo. — Digamos que seria o presente de aniversário que falta quase um mês. Mereço? – Depois, seu pensamento a criticou – "Merece sim. Você é maravilhosa, uma pena que elas não enxergam isso. Você merece um livro sim, merece muito mais na verdade. "

E ali estava lendo o terceiro capitulo. Riu com a menção de que a protagonista atirou o chinelo que passou voando ao lado do personagem que possivelmente seria seu par em algum momento.

Romance de magnata grego...

Fechou o livro, e olhou para o céu ao horizonte.

Perguntou mentalmente se teria alguém olhando para o mesmo lugar naquela mesma hora. Um cara, que estaria perguntando quando conheceria alguem especial. Suspirou.

Mas lhe veio à mente em seguida, a imagem da foto da prima, com sua mãe, no facebook. Estavam em São Paulo. Não sabia o motivo de ainda acompanhar a rede social dela, já tinha dito a Ana que não faria mais. No fundo, queria acompanhar se estavam bem, ainda se importava e pelo jeito estavam muito bem.

Há quase dois meses havia recebido mensagem (em todo aquele tempo morando em Salvador, até que recebeu mais mensagens do que esperava) de Marília perguntando se ela já tinha entrado numa faculdade ou conseguido emprego. Na última vez, ela fez a oferta que a filha fosse trabalhar para a prima. Samy se arrepiou quando leu a mensagem, e jurou a si que nunca faria isso. Quando contou a Ana, ela gargalhou e disse —Nunca deixaria você ir, nem se quisesse.

Abriu o livro e continuou, deu um risinho como quem diz "lá vem", a personagem foi descrita como tendo "cintura fina e quadris lagos" e o personagem gostou. Nunca era uma mulher gordinha, com barriguinha, como ela tinha, mesmo Ana afirmando que tinha mais que ela. Mas, depois a autora descreveu como a personagem se via: "Corpo todo errado, cheio demais. Os homens jamais fariam fila. "

"Eu entendo..." – pensou.

Nesse momento, escutou a música de Eros Ramazzotti, vinda de um carro que passou na rua em frente ao portão da pequena vila. Ela até estranhou, afinal aquela região o povo tinha costume de ouvir pagodão ou arrocha, mas aproveitou o raro momento, olhou novamente para o céu pensando que ela e a amiga mereciam sim viver um amor, um bom emprego, a casa delas. – "Será que alguem um dia olhará para mim assim? Pensando que gosta do que ta vendo? Que não se importa? " – Ela deu um risinho. -"Para, meu bem. Não vai ter não. " – Depois falou baixinho — Precisamos voltar a fazer as caminhadas.

Ana chegou, passou na varanda, disse "boa noite" quando parou em frente à janela, depois abriu a porta e entrou. Tirou o tênis, largou os livros, caderno e bolsa no sofá pequeno (que tinham comprado recentemente) correu para o banheiro. Quando voltou explicou que estava apertada.

Ao ouvir a pergunta de como foi como foi o dia, deu um resumo, depois a informação de que alguns colegas estariam ali no sábado, para fazer uma atividade.

— Vou conhecer Dandara, enfim. Ver aquela que tá roubando minha amiga. – Brincou e desceu da janela.

— Que roubando o quê? É ruim hein... você que onde chega faz amizade. Meu caso com Dandara é somente na aula, coleguismo de estudos. Ela também não é muito de muita amizade não. A gente senta perto pra fugir das patricinhas da sala, e falar mal delas também. É bom ter alguem para sentar perto, já que você não está lá. Tá gostando do livro?

Samy respondeu — Legal. Me interessou, ele vai fazer uma proposta interessante a ela. Depois te empresto pra você ler no ônibus, além dos que você já tem de ler. Fiz aquela pesquisa para você, deixei no seu quarto.

— Te daria um abraço se não tivesse muito cansada. Mas ainda bem que ta vindo uns dias de descanso. Ah, por falar em Dandara, ela me falou de uma seleção para recepcionista lá na faculdade, por enquanto, só para alunos. Vou tentar, o horário ajuda a estudar e estamos precisando. Ainda que só descontem mensalidade eu quero, já ajuda o bolso de painho e mainha. E você usou o que pegou para casa, sei ta ficando zerada.

— Nada mais justo. Seus pais e minha avó já ajudam muito, gosto quando podemos prover também. Dá um alivio pro bolso deles. Nós gostamos, não é à toa que pegamos as faxinas que encontramos.

— Você fez mais do que eu. Fiquei presa nos assuntos, e fora que tive gasto com livros e xerox. Você também pagou pra mim. Vou tentar essa seleção, já que não vindo mais nada.

— Vai dar certo. É bom que não tem o cansaço de ir trabalhar em outro lugar. E, continue contando comigo, vai ser cansativo mas vamos dar conta. Agora vai tomar banho, que vou pôr agua de café, tava te esperando para tomarmos fresquinho.

— Certo. Vou te contar as resenhas. Hoje vimos uns caras bonitos por lá. Animou a tarde. – Disse enquanto foi até o quarto, pegar a toalha e o baby-doll, para depois ir ao banheiro.

***

Dandara era uma mulher negra, alta e gordinha. Cabelos trançados até a cintura – Box braids- mais prático devido a correria do dia a dia, mas quando queria ficava com os cabelos estilo black. — Então você é a amiga da loirona? – Perguntou a Samy, com um sorriso lindo.

— Sou. Muito prazer. – Respondeu e sorriu, vendo que Ana estava escondendo o jogo, fingindo que Dandara nem seria uma possível amiga, mas ela parecia ser fantástica. A achou linda, com uma vibe vibrante, não que ela e não fossem vibrantes.

Depois foi apresentada aos outros 3, uma mulher e dois homens. Em seguida os deixou e foi para o quarto ler e ouvir música com o fone. Poucas horas depois, ela foi até a cozinha fazer um cafezinho, que ofereceu com o bolo de laranja que fez antes deles chegarem.

O grupo agradeceu quando se despediram, e Dandara disse que teriam de marcar umas saídas, que achou ela legal. — Vamos ver uns homi bonito nuns bares por aí, num partido. Sambar até dizer chega.

Samantha riu, e Ana, brincando foi expulsando a galera, os levando até o portão da vila.

Quando Ana voltou, Samy a fez se sentar no sofá, e disse que iriam marcar um passeio, ou cinema, ou até o Partido Alto na Pituba ou o barzinho do Rio Vermelho que ela tanto falou — A gente pede uma bebida só e enrola, já que estamos sem grana extra. Ela é muito gente boa. Vamos sair sim, ela parece gostar de você, e você dizendo que ela era toda reservada.

— Foi pra você não ficar como tá agora, criando expectativas. Já tenho você e Rafael, tá de bom tamanho. – Ela riu com a expressão que Samy fez. — Mas ela parece ser gente boa sim. – "Nem sei administrar um monte de amigos não, vocês já tá bom demais. "

Samantha disse que era bom ela se acostumar, pois atraia pessoas, e logo ela teria muito mais amigos do que pensa, tanto na faculdade, quanto em empregos futuros.

***

Dia 24, novamente elas receberam Laura, Carlos e Elisa que no ano anterior fizeram o mesmo. Além de passar a véspera de natal, o aniversário de Samantha seria no dia seguinte. Elisa sabia que por vontade própria, a neta não comemoraria, pensando que estaria fazendo algo errado, mas também sabia que receberia todo aquele carinho e festinha se fizessem.

Samy sabia, que todos estavam ali de coração, então dizia a si para aproveitar com eles, sorria e dançava.

*

Dois dias depois do aniversário, foram com Dandara a um barzinho. Em meio a conversa, descobriram que ela sabia falar e escrever em inglês e espanhol, e estava aprendendo francês. Que estava pensando em fazer passaporte, e incentivou que elas fizessem também, pois caso alguma oportunidade aparecesse, elas já teriam em mãos. Brincou que de repente conheceria um cara rico que a bancaria e ela já teria como viajar, seria dona de boutique no exterior.



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08/10/24

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