Samsam - Apenas de passagem!
🌞2° Shot para SamantaMarinhoL🌞
Personagem: Sam Winchester
Série: Supernatural
Samanta + Sam = Samsam
Tema: Apenas de passagem!
Se tem uma coisa que eu não suporto é andar na rua sozinha a noite! Mas não sobra outra opção quando seu irmão esquecido não veio te buscar no trabalho depois de uma tarde e noite exaustiva e não adianta ligar pois cai na caixa postal em todas as tentativas.
Perdi o último ônibus que passou a dez minutos e até pegaria um táxi se eu não morasse em uma cidade tão pequena onde não existe uma frota. E o fato de estar divagando nesses pensamentos agora é para não surtar de tanto medo que estou.
O barulho dos meus passos apressados e do meu coração acelerado não me impedem de escutar ou pensar escutar outros passos, outros barulhos.
Mas eu sei que é paranóia.
Ou não.
Minha mãe morreu assim, numa noite como essa, sozinha como eu estou agora. Algum monstro a matou, e quando digo monstro é monstro mesmo, alguma fera com garras a esquartejou inteiramente.
Toda a vez que penso nisso eu choro como agora estou... Chorando e correndo, ofegante e cheia de medo.
Me assusto com algo "imaginário" atrás de mim e esqueço de olhar para frente. Uma freada brusca e faróis acesos de um carro preto - meu irmão saberia que era um Impala - me despertam da paranóia. Eu estou no meio da rua. As portas do carro se abrem e dois homens saem, apesar de não conseguir vê-los por conta da luz na minha cara eu respiro aliviada por encontrar alguém seja lá quem for ... Pelo menos sei que são humanos. Um deles - o do carona- vem até mim.
Sua feição mostra uma linha de preocupação e não tenho certeza se é por quase ter me atropelado ou se ela está ali faz algum tempo. Apesar disso seu rosto é belo e jovem e transmite segurança.
- Está tudo bem? Alguém te machucou? - ele pega em meus braços como se soubesse todos os meus medos, ele parecia um... Anjo! Isso, um anjo.
- Estou bem... - digo com o cenho franzido, reflexo do jovem a minha frente. - Quer dizer... apesar do meu estado - aponto para o meu rosto molhado de lágrimas ... - Eu só não gosto de andar sozinha a noite.
- E porque resolveu andar? - a pergunta vem do outro que se aproximou. Igualmente belo mas com uma indiferença estampada no rosto, o inverso do outro rapaz.
- Dean...! - o moço que ainda segurava meus braços chamou a atenção do outro que deu de ombros.
- Você realmente não deveria andar sozinha a esta hora. Mas deve ter seus motivos e eu não vou perguntar quais são ... Mas gostaria de te levar para a sua casa. - eu já confiava nele. E nem sabia seu nome. Somente afirmei com a cabeça e me deixei ser levada para o carro.
- Meu nome é Sam e este é meu irmão Dean.
- Eu sou Sam ... Samanta, pode me chamar de Samanta. - era coincidência, destino, acaso... Ou sei lá o nome que se dava para a situação... O mesmo nome...
Os dois se entreolharam por uns segundos o que eu estranhei mas logo o que dirigia me perguntou para onde eu estava indo me olhando pelo retrovisor.
- Rua 6, com a 7. Daqui duas quadras. - Sam e Dean nada mais falaram, e eu da mesma forma preferi o silêncio.
- É aqui mesmo! Obrigada pela gentileza e boa noite! - disse abrindo a porta do carro e já saindo em direção ao hall da minha casa.
- Sam... Samanta?! - Sam chamou-me e eu virei.
- Só... - ele parecia ensaiar o que falaria e quando percebeu que não sabia ao certo apenas disse - tome cuidado. - a mesma linha de preocupação de antes voltara a aparecer.
- Vou tomar sim! Obrigada Sam! - sorri tímida e esperei eles irem antes de entrar dentro de casa.
Logo que entrei percebi que algo não estava certo. Meu irmão poderia ser esquecido, mas jamais desordeiro. Suas botas de neve estavam jogadas no meio do corredor, e sequer era inverno em Overland/Kansas. Estavam sujas de barro.
Desde que perdemos a nossa mãe á cinco anos atrás éramos somente nós dois. Nosso pai havia nos abandonado ainda pequenos. Mathew tinha 5 anos e eu apenas 3.
- Matt? - chamei ao encontrar agora um par de luvas também sujas na cozinha.
- Mathew?!?! - gritei seu nome ao subir as escadas para o andar de cima e no meio delas uma calça jeans enlameada. Estava irritada, mas ao mesmo tempo não podia acreditar que meu irmão faria isso.
De repente o fato de ele não ter ido me buscar se ligou aquela loucura e eu comecei a tremer novamente. A luz do banheiro acesa era evidenciada pela fresta entreaberta da porta.
- Matt... - Sussurrei tremendo, meus olhos lacrimejando.
O barulho da água do chuveiro deveria me acalmar mas não estava funcionando.
Empurrei a porta e a camisa jogada ao chão me apavorou. Estava toda ensanguentada com rastros de barro.
Segurei o grito e olhei para o box separado por uma cortina branca, a fumaça revelava o quanto o banho estava quente. Minha mão se moveu devagar para alcançar a cortina e desvendar de uma vez quem estava ali.
Mas ela foi aberta antes revelando meu irmão confuso e surpreso ao me ver. Quando percebi já estava fora do banheiro morrendo de vergonha por encontrá-lo nu.
- Sam, você está bem? O que faz em casa? Por que não me esperou? - Matt aparece em meu quarto apenas enrolado em uma toalha.
- Deve ser por que eu saí do shopping a uma hora atrás pensando encontrar minha carona do lado de fora. E bem
... Ela não estava lá.
- Desculpe, eu perdi a noção do tempo na galeria de arte... Quando vi que estava atrasado sai feito louco e escorreguei numa poça de lama que a chuva de mais cedo deixou no jardim de trás.
- Tá bom, mas poderia ao menos atender o telefone. - digo arrumando minhas roupas que chegaram da lavanderia em meu closet.
- A bateria acabou... - sorriu de lado - desculpe maninha. Não vai acontecer mais. - e vinha me abraçar mas eu o repreendi.
- Por favor Mathew, vá vestir uma roupa e ajunte suas coisas espalhadas pelo chão! - eu sabia que era justificável aquela bagunça toda, a lama e o sangue que deveria ser tinta vermelha, mas isso não queria dizer que eu iria arrumar a bagunça alheia. Não mesmo.
Tomei um banho, vesti meu pijama de cupcake, calcei minhas pantufas de joaninha e desci para tomar um chá de erva doce. Meu preferido. O preferido de mamãe.
Enquanto bebia a bebida quente e com fundo amargo, lembrava de cada detalhe do rosto de Sam. Com um suspiro sorvi o último gole e me levantei para lavar a xícara. Mas a mesma espatifou-se ao chão quando meus olhos alcançaram o fundo da pia.
Um par retalhador de carne em forma de garra de urso!
Engoli seco.
Era um utensílio de cozinha normal, mas aquele estava ensanguentado. Eu não precisava ser expert para saber que aquele líquido viscoso e ainda quente, não era tinta vermelha.
Levei um susto quando alguém bateu na porta da frente.
Olhei mais uma vez para aquele objeto ainda sem entender como ele fora parar ali. Então atravessei a sala de estar para visualizar pelo olho mágico quem estava nos visitando a uma hora daquelas...
- Sam? Dean? - abri a porta já questionando.
- Samanta você precisa vir conosco! - Sam quem diz já pegando em minha mão. Meu lado louquinho queria ir, para onde quer que ele fosse, mas meu lado certinho não deixava. Não sem uma explicação básica no mínimo. E pelo amor de Deus ... Eu estava de pijama e pantufas.
Antes de falar alguma coisa, meu irmão aparece atrás de mim.
- Algum problema? - Perguntou num tom desconhecido e me segurando pela cintura encarou Sam que ainda segurava minha mão ... Agora um pouco mais forte.
- O que está... - antes de terminar fui puxada por Sam enquanto Dean invadia minha casa praticamente rolando no chão com meu irmão.
- Sam... - Sam sussurrou nosso nome acariciando meus cabelos bem próximo ao meu rosto. Eu estava assustada para variar mas estranhamente não apavorada. - Seu irmão... Ele...
- Matou minha mãe! - sim eu soube assim que vi aquele cutelo na cozinha, liguei todos os pontos, só não entendia o porquê.
- É... Ele matou! - barulhos abafados de socos e uivos vinham de dentro da minha casa e eu sabia que Sam precisaria entrar para ajudar o irmão
... O dele, não o meu.
Com lágrimas nos olhos fiz um sinal para que fosse.
Depois de uns segundos uma espécie de fumaça negra saiu por uma das janelas quebradas... Algumas casas vizinhas já acendiam as luzes e o som da sirene indicava o quão próxima a polícia estava.
Naquela noite o demônio que matou minha mãe, matou Malie minha amiga por qual Matt era apaixonado desde criança. Sam me contou mais tarde que era o demônio do amor. Eu tinha sorte de estar viva segundo Dean!
Sam e Dean ficaram na cidade durante uma semana após o acontecido. Sam e eu nos aproximamos inevitavelmente. E quando tiveram que partir me pediu para que eu fosse junto. Meu coração apertou mas eu não pude aceitar.
- Sam! Eu não posso! Você tem uma missão a cumprir, você e Dean! Eu só irei atrapalhar, e minha vida é aqui... Mas saiba que estarei esperando por você, quando enfim estiver livre de tudo isso.
Sem falar nada, numa promessa silenciosa ele sorriu e se despediu com um beijo cálido.
Ali eu soube que demorasse o tempo que fosse ele voltaria para mim.
🔚FIM🔚
Sá, espero que tenha gostado, demorei pra escrever porque minha internet pifou nesse findi e pra ajudar agora só escrevo pelo celular, então me perdoe pelos errinhos.
Beijos do Sammy
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