😻One Shot p/ ciganaSheri😻

Personagem: Sebastian (Bash)
Série: Reign

Dayane + Bash = Dash!

Tema: Salvador!

  Corro ofegante pela floresta negra e fria, três guardas do rei estão me perseguindo por ouvirem boatos de uma bruxa aterrorizar as redondezas e por algum motivo pensam que sou eu... Eu não sou nenhuma lady e muito menos uma princesa, mas confundir uma cigana com uma bruxa já é demais.

Em algum momento eles me alcançam como esperado. Uma bruxa não precisaria correr, oras.

- Me larguem! Isto é um engano! - grito em vão.

Dois deles me seguram ao chão enquanto o outro abaixa as calças.

Socorro! - Penso!

- Talvez não seja bruxa mas é pagã... Merece morrer queimada por não ser batizada! - Um deles cuspiu as palavras enquanto o outro me batia por não ficar quieta.

"Que deus é esse que mata inocentes e ainda de uma forma tão cruel?"

Não tenho forças suficientes para me livrar de três homens monstros, mas vou lutar até a morte.

Grito, esperneio, arranho ao mesmo tempo que recebo socos e puxões, um deles se cansa e começa a me estrangular... Sinto o ar ir embora dos meus pulmões até o mesmo cair sobre mim... E os outros dois um de cada lado.

Flechas os atingiram. Estão mortos.

Tento recuperar o ar, quando sinto sair o peso de cima de mim. Meus olhos estão embaçados e então percebo que estive chorando o tempo todo, aos poucos enxergo um lindo homem de olhos brilhantes, meu salvador. Estou tão cansada com minha luta que acabo fechando os olhos sem forças para agradece-lo.

(...)

Acordo com uma forte dor de cabeça e mesmo ainda tonta consigo enxergar uma silhueta na escuridão próxima a mim.

- Quem... É ... Você? Aonde...estou? - sussurro.

Ele se aproxima mas não tem os olhos brilhantes de antes. Não era ele.

- Sou Nostradamus! Você está no palácio, fique tranquila esta sob meus cuidados, sou médico. - Ele me diz me ajudando a sentar-me e me dando para beber um líquido amargo e pegajoso. Faço uma careta.

- Como vim parar aqui? - De alguma forma o que bebi ativou cada célula do meu corpo.

- Não tenho permissão para falar sobre isso. - comentou observando meus ferimentos já tratados.

- Eu preciso agradece-lo e saber o porquê de me salvar, afinal era a guarda real que me perseguia e eu acabei no palácio. Preciso saber se permanecerei segura ao sair daqui! - conclui.

- Há muitos conflitos e interesses dentro do reino, não pense que todos aqui neste lugar tem uma mesma sentença na cabeça. Agora descanse! Amanhã cedo terá que deixar o castelo. - disse e se retirou de minha visão.

Deitei com a cabeça transbordando pensamentos, mas foi com os olhos brilhantes que acabei sonhando.

Ele usava uma máscara como todos os outros naquele baile. Mas algo me chamava atenção, ele tinha os olhos mais reluzentes que já havia visto, e como se não fosse suficiente, mesmo estando do outro lado do salão eu sabia, olhava diretamente para mim.

Alguém no entanto se pôs a frente me tirando a visão dele, e então o perdi. Como uma louca passei a procura-lo desesperadamente pelo lugar. E quando virei pensando em desistir, ele estava ali me estendendo a mão me chamando para uma dança.

Tentei tirar sua máscara, mas ele me impediu. E sem nenhuma palavra me hipnotizou, eu iria com ele para qualquer lugar, e faria o que ele quisesse...

Mas então eu acordei... O sol batia no meu rosto me lembrando que era apenas um sonho e que a realidade me aguardava lá fora.

Na mesinha ao lado da cama havia pão e algumas frutas, sem pestanejar comecei a comer com muita vontade sem me preocupar com nada e ninguém. Para mim o quarto estava vazio até escutar um arranhar de garganta.

Ele estava lá, meu salvador, com os olhos mais brilhantes que no dia anterior. Engoli seco o pedaço de figo que estava na minha boca e limpei minha boca com as costas da minha mão.

Não tinha bons modos, mas pelo menos parei de comer para não acabar com a graça que me restava.

- Vejo que está melhor! - ele perguntou com o que parecia o princípio de um sorriso.

- Estou! Graças a vossa graça. - ele só podia ser da corte, não poderia ser um guarda qualquer, e ainda  sustentava um ar de autoridade. Ao mesmo tempo que parecia ser tão comum como eu.

- Por favor! Não precisa me chamar assim.

- E como devo chamá-lo? - perguntei tão rápido que seus olhos me investigavam com gosto.

- Sou Sebastian, mas meus amigos me chamam de Bash! - sorri e eu com ele.

- Então "Bash"! - frizei - eu gostaria de poder agradecer muito pelo que você fez... Mas também gostaria de entender porquê fez. - abracei uma mão na outra.

- Eu não poderia ver uma covardia daquelas e não fazer nada.

- Você matou três homens! Por uma plebeia camponesa e cigana ainda por cima. Por favor não pense que estou sendo ingrata, só não consigo entender.

- Dayane, você é uma mulher e uma bela mulher! Não importa em que categoria você está ou qual deus você serve, mulheres não deveriam passar por aquilo, nunca.

Meu coração bombardeada a cada palavra que saia de sua boca e agora estava dividida entre nadar no oceano de seus olhos ou me entregar a escuridão de sua boca.

Calor! De repente tudo estava quente. Era desejo.

- Eu gostaria de agradecê-lo não só com palavras. - mordi os lábios. Uma brisa entrou balançando meus cabelos encaracolados e negros. Os olhos azuis que me encaravam escureceram. Era desejo.

Me aproximei do homem a minha frente, assim como em meu sonho, mas desta vez consegui tocar em sua face, sentindo seu maxilar travar, sua respiração pausar, seu coração acelerar.

O desejo mútuo nos consumiu. Em pouco tempo éramos um emaranhado de mãos e lábios, toques e carícias.

Não conseguiria descrever a intensidade da paixão, talvez súbita, talvez premeditada pelo destino. Não sabia e tão pouco me interessava no antes e no depois. Ali era o agora que me pertencia.

Bash era seu nome!
E dele jamais esqueceria!

💑FIM💑

Nota da autora: Gente o Bash é tudo isso acima e muito mais, eu o amaria facilmente e depois o amaria de novo.♥