Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

---

       Sebastian, assim que chegou em seu apartamento, colocou a caixa em um canto na sala e sentou-se no sofá. Continuava pensativo e decepcionado consigo mesmo. O jornalista fechou os olhos e passou a pensar um pouco em sua vida, em tudo o que vinha lhe acontecendo nos últimos meses e no quão desgastante o trabalho atual estava sendo. No mesmo instante, ele começou a sentir alguns pingos de água caírem em sua cabeça. Assim que olhou para o teto, compreendeu do que se tratava.

— Ótimo, uma goteira nova. Seja bem vinda. — disse, ironicamente.

        Só naquele momento é que ele foi perceber que chovia lá fora. Levantando-se, Sebastian foi até a cozinha, pegou um balde e, logo depois, o colocou debaixo da goteira. O sofá não era dos melhores, mas era o único que tinha, não queria estragá-lo. Pela manhã trocaria o móvel de lugar, afinal não consertaria aquela goteira tão cedo. O jovem agora dirigiu-se à sua geladeira pegou uma garrafa de cerveja e a tomou em um só gole. Após, foi para o seu quarto, precisava urgentemente de um banho, para esfriar o corpo e a mente.

        Quase uma hora depois, o jornalista saiu do banho. Havia dormido na banheira, mas assustou-se com as batidas na porta de sua casa. Já era tarde, o que tornou tudo ainda mais estranho e preocupante. Assim que abriu a porta, Sebastian arregalou os olhos, espantado.

— Agnes? O que faz aqui a uma hora dessas?

— Posso entrar? — indagou a moça, entrando na casa em seguida.

— Pode... pode sim. — confirmou Sebastian, ironicamente.

— Eu preciso muito conversar com você sobre algumas coisas que andei pesquisando e lendo e...

— Você está com a mesma roupa e... Espera, você ainda estava no jornal?

— Isso realmente importa? — indagou Agnes, revirando a geladeira. — Não tem nada melhor que cerveja?

— Tem água. — Sebastian respondeu sorrindo. — Agora me conta, o que é tão importante que você não pôde esperar até amanhã para conversar?

— Primeiro vá vestir uma roupa, por favor. — bradou Agnes, um tanto constrangida.

        Só agora é que Sebastian se deu conta de que estava apenas enrolado em uma toalha e seu rosto ficou visivelmente corado. Constrangido, o jovem jornalista foi para o quarto quase correndo. Minutos depois, ele voltou e encontrou Agnes mexendo em seu notebook.

— Ainda estou me perguntando em que momento da minha vida eu te dei toda essa liberdade. — disse, fitando a colega de trabalho.

— A gente trabalha junto há tempos, intimidade se constrói com a vivencia e a liberdade que você fala é apenas um resultado de todas essas coisas.

— Eu vou fingir que compreendi o que você disse, mas só porque eu realmente não quero dar corda para este assunto. — Sebastian, mais uma vez, agiu com ironia. — Agora me fala, o que você quer conversar?

— Espera ai... Espera ai... Aqui. — bradou Agnes, apontando pra tela do notebook.

        Sebastian olhou atentamente para a imagem apontada por Agnes. Tratava-se de uma moça, bem apresentada.

— Doutora Letícia Saldanha... psi... — Sebastian deu uma pausa, olhando para Agnes. — Espera, por um acaso está me indicando uma psiquiatra? Acha que preciso de tratamento?

— Sebastian, meu caro amigo, não seja um completo idiota, continua lendo, a matéria, por favor.

        O jovem jornalista arqueou a sobrancelha, encarando a colega de trabalho por alguns segundos. Em seguida, voltou os olhos para a tela do notebook outra vez.

— A Doutora Letícia Saldanha Lins, psiquiatra recém-contratada pelo Manicômio Coxbury, acordou nesta manhã, após dois dias em coma. Letícia voltou para casa e permanecerá de repouso por alguns dias, até retornar ao trabalho. A psiquiatra alegou, em conversa com um de nossos jornalistas, que, de início, não pretende retornar ao atendimento com os pacientes, apenas dedicar-se ao atendimento de funcionários. — Sebastian leu tudo em voz alta e assim que concluiu, lançou um olhar de curiosidade sobre Agnes. — Por que você me fez ler tudo isso? O que há demais nessa matéria?

        Agnes sorriu para o colega, como se estivesse zombando dele. Em seguida, apontou mais uma vez para a tela do computador, mais especificamente em uma área.

— Adivinha só quem foi o último paciente da doutora? — indagou, com o dedo fixo em cima de um nome.

— Luís Gustavo... Malter... — Sebastian agora sentiu seu corpo tremer por completo. — Esse paciente... é... É o...

— Guto. — afirmou Agnes, encarando o colega de trabalho. — O único sobrevivente do massacre na fazenda Malter. — concluiu.

— Agnes, eu achei que...

— Calma, tem mais coisa. — disse a jornalista, pegando alguns papéis em sua mochila. Após entregá-los a Sebastian, ela continuou. — A doutora Letícia não foi a primeira psiquiatra a visitar Guto. Antes dela, mais três outros psiquiatras tentaram diálogo, mas nenhum deles, antes da doutora, obteve sucesso. — Agnes agora remexia nos papéis que acabara de entregar ao colega e, ainda mantendo-os nas mãos de Sebastian, a moça colocou um dos papéis em destaque. — Dá uma olhada nisso aqui. Está vendo? Todos os psiquiatras, logo após terem contato com Guto, foram parar no hospital. O curioso é que nenhum dos casos teve agressão física. Aparentemente, a presença do paciente é muito impactante e pesada, para não dizer outra coisa. Guto não fala absolutamente nada, mal se move quando alguém tenta conversar com ele. Ainda assim, é temido, prova disso é que os psiquiatras, no primeiro dia de tratamento, saem de lá atordoados, perturbados, como se algo de ruim impregnasse na mente e no coração deles. — Agnes agora respirou fundo, buscando decifrar a expressão no rosto de Sebastian. — Veja bem, eu não estou afirmando que o lunático do Guto imprime uma presença maligna, ainda não acredito nisso, mas, para encerrar tudo isso que eu te disse, tenho ainda mais uma coisa a dizer.

        Agnes agora levantou-se, pegou sua mochila e, dessa vez, retirou uma pasta pequena ali de dentro. Entregando-a a Sebastian, ela continuou a falar.

— Alexandre Silva de Macedo, esse nome te soa familiar? — indagou.

— Este é o jovem que foi encontrado na cachoeira, há umas semanas, não é? — questionou Sebastian, analisando as fotografias que estavam na pasta.

— Exatamente, meu amigo. — afirmou Agnes. — Hoje, após nossa "cordial" despedida, lá no jornal, eu me dediquei a pesquisar um pouco sobre o massacre envolvendo a família Malter. Diferentemente de você, eu sabia exatamente onde procurar, porque tenho contatos de alguns colegas que estiveram no local na época.

— Estiveram na fazenda? — Sebastian espantou-se.

— Exatamente. Que sorte, não acha? — indagou Agnes, ironicamente. — Como eu estava dizendo, eles estiveram no local logo após o ocorrido de anos atrás e retornaram recentemente, quando o corpo de Alexandre foi encontrado, para saber um pouco mais sobre o afogamento. Foi com eles que eu consegui essas fotografias, elas não foram publicadas nos jornais e nem divulgadas pelos outros meios de comunicação.

— Como não foram? Por que eles esconderam isso? — Sebastian estava cada vez mais curioso.

— Por uma única razão. — Agnes foi certeira, apontando para uma das fotografias que o colega tinha em mãos. — Este foi o motivo de essas fotografias não terem sido publicadas.

— Uma tatuagem? — indagou Sebastian, não entendendo o que estava acontecendo. — O que há demais nisso?

        Agnes agora respirou fundo, virando-se de costa. A jornalista permaneceu assim por alguns segundos, até decidir falar.

— Ao que tudo indica, existe uma seita nos arredores da cidade de Monte Esperança, mais precisamente próximo do vilarejo onde um dia esteve localizada a fazenda de Edwirges Malter.

        Instantaneamente, Sebastian sentiu um calafrio percorrer todo seu corpo. Estava assustado e admirado com todas aquelas novas informações que estava descobrindo.

— Uma seita? Você está falando sério?

— Eu sei, é meio bizarro e até difícil de acreditar. Eu mesma tinha me negado a engolir toda essa história, até observar essa bendita tatuagem no pescoço de Alexandre. É um símbolo antigo. Os primeiros registros dele datam do século passado. Isso já era o bastante para despertar minha curiosidade, mas o que me deixou intrigada, de fato, foram essas três letras, formando a sigla DDP.

— DDP? — Sebastian olhou mais uma vez para as fotografias que tinha em mãos, fitando agora a tatuagem em destaque. — E o que exatamente isso significa?

— Discípulos de Pazuzu. — afirmou Agnes, secamente. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro