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          Com os olhos fixos na tela do computador, Max Curi lia algumas manchetes de jornais acerca dos incidentes envolvendo a fazenda Malter. Residente da cidade de Monte Esperança, o jovem jornalista, desde os seus dezessete anos, tinha curiosidade em saber mais sobre a fazenda e todo o mistério envolvendo aquela tão conhecida família que, nos dias atuais, se resumia a Guto, único sobrevivente do massacre.

— Ainda está perdendo tempo com isso? — indagou Marina, colega de trabalho de Max, enquanto colocava uma xícara com chocolate quente em cima da mesa. — Sabe, até hoje eu me pergunto o porquê de tanto interesse em um caso que já foi arquivado há anos.

— Marina, minha querida Marina, vai me dizer que você também não tem curiosidade de saber o que veio depois? Nunca quis saber o que aconteceu após todo o massacre?

— Tinha, até descobrir que a fazenda virou um pequeno vilarejo, habitado por pessoas... ahm... comuns? — disse Marina, ironicamente. — Bastante curioso, não acha? — concluiu.

— Não seja irônica, minha amiga, não combina com você — repreendeu Max, sorrindo e, voltando os olhos para o computador, continuou. — Minha curiosidade aumentou ainda mais depois de saber deste acontecido. — concluiu, apontando para uma matéria publicada no jornal em que trabalhava.

— "Jovem desaparecido é encontrado em uma cachoeira ao norte da cidade de Monte Esperança"... É, Max, eu sei, eu fui a redatora desta matéria e, caso você ainda não saiba, afogamentos são comuns, não há nada de extraordinário nisso.

— A cachoeira, Marina, é disso que eu estou falando, é isso que tem me instigado. Você sabe o que diziam da Rebeca, não sabe? — o jovem agora olhou seriamente para a colega de trabalho, como se estivesse a incentivando a uma conversa mais profunda.

— Espera, Max, não vai me dizer que... que você acredita em...

          Antes que Marina pudesse concluir sua frase, foi surpreendida com o colega de trabalho lhe entregando algumas folhas de jornais que havia tirado de sua gaveta.

— Dá uma olhada nisso — bradou o jovem. — São reportagens de alguns jornais famosos no mundo todo. Em todas as entrevistas existem relatos de algum evento sobrenatural, algo que está além da compreensão humana, textos e matérias publicadas por pessoas que, assim como eu, não desacreditam do sombrio, pelo contrário, buscam conhece-lo ainda mais.

— Max, isso tudo é loucura. Eu sei o que você está pensando, mas afirmo que Rebeca não estava possuída por nenhum demônio ou qualquer outra entidade sobrenatural, ela era uma psicopata doentia, matou quase toda a família e não sentiu um pingo de remorso por isso.

— Onze anos, Marina. Os primeiros acontecimentos se deram quando ela tinha apenas onze anos de idade. Tuas palavras me convenceriam, se não fosse a idade da garota. Ela era apenas uma criança e, ainda assim, conseguiu matar o pai, a mãe e a avó. Acha mesmo que isso tudo é apenas psicopatia? Há algo de muito estranho e você sabe disso.

— A única coisa que eu sei, Max, é que Rebeca está morta e nós dois temos muito trabalho a fazer — Marina agora passou a digitar algo em seu celular. — Estou te enviando o que precisaremos, é pouca coisa, mas é melhor organizarmos o quanto antes possível e, pelo amor dos céus, tira essa história dos Malter da sua cabeça, vamos focar nos acontecimentos atuais, afinal é isso que paga as nossas contas — concluiu, dando as costas e saindo da pequena sala.

          Max respirou fundo, colocando as mãos em sua cabeça. Embora amasse a sua profissão, estava bem cansado de se ocupar com matérias que não agregavam, que não o tornariam conhecido ou, ainda, que não lhe renderiam promoções. O caso dos Malter, no entanto, poderia torna-lo um jornalista renomado, ele só precisava descobrir mais coisas sobre essa família, coisas que ainda não tivessem saído na mídia.

          Marina, assim que chegou em sua sala, sentou-se e respirou fundo, lembrando do curto diálogo que teve com Max. Fechando os seus olhos, a moça passou a lembrar do incêndio ocorrido na sua residência, em Monte Esperança. Ela tinha apenas nove anos de idade e, por sorte, tinha sido salva pelo xerife local, o mesmo xerife que foi uma das vítimas de Rebeca, anos atrás. Por esta razão, Marina nutria um sentimento de ódio pela família Malter, sobretudo porque, em sua mente, eles foram culpados pelo fatídico fim que teve o xerife. Contudo, mesmo com toda essa angustia que preenchia o seu coração, a moça tinha decidido abandonar toda essa história e fingir que tais coisas já não a afetavam. Conseguiria com mais facilidade, se não fosse o fanatismo que o colega de trabalho desenvolveu por Rebeca e sua família. Perdida em seus pensamentos, Marina acabou se assustando com pequenas batidas na porta de sua sala.

— Eu já estou pronto — Max estava cabisbaixo e visivelmente desanimado. — Vamos?

— Max, eu sei que você almeja ser bem mais do que um mero jornalista do noticiário local e eu não te culpo por isso, é um sonho plausível, compreensível, mas...

— Está tudo bem, Marina... vamos?

— Tudo bem... — Marina respirou fundo mais uma vez e, olhando para Max, sorriu. — Vamos.

          O dia de Marina e Max resumiu-se a entrevistas com a população local. Ambos buscavam saber a opinião dos entrevistados sobre o aumento do preço dos produtos em supermercados, nada muito desafiador ou animado. Algumas horas depois, os dois retornaram ao jornal, para editar tudo e publicar. Geralmente os dias eram assim e por isso é que Max sentia urgência em ir além, em se destacar. Contudo, ali, com pequenas entrevistas, o máximo que ele conseguiria seria seu salário decepcionante. Há tempos que ele não sentia tesão por sua profissão isso o preocupava, já que ser um jornalista era algo que ele desejava desde criança.

          O dia já estava findando, as horas passaram mais rápido do que nunca. Marina ainda não tinha almoçado, apenas tomado inúmeros copos de café. A moça estava terminando a edição da entrevista feita, uma vez que ela seria publicada no dia seguinte, logo pela manhã. A cidade em que residia não costumava ter muitos acontecimentos e para manter o jornal era necessário aproveitar toda e qualquer oportunidade de notícia, mesmo que estas não fossem interessantes. Assim que encerrou o trabalho do dia, Marina levantou as mãos aos céus e agradeceu. Estava exausta e tudo o que precisava era de um bom e relaxante banho. Enquanto desligava seu computador, viu Max se aproximando com uma caixa em mãos.

— Eu já estou indo embora, vim só te dar tchau — bradou o jovem, indiferente.

— O que são todas essas coisas? Foi demitido e eu não soube? — brincou Marina, visando amenizar o clima.

          Max sorriu. Se tivesse oferta de um emprego melhor, decerto já não estaria ali, mas a verdade é que essas ofertas não existiam, apenas sonhos, nada mais do que isso.

— Estes são alguns documentos que vou levar de volta para casa — bradou o jornalista. — Acho que me empolguei demais com toda a história dos Malter que não enxerguei o óbvio.

— Óbvio? — indagou Marina, confusa.

— Não enxerguei que o meu destino é este, aliás, o nosso destino. Padecer diariamente neste jornal, trabalhando por dinheiro e não por prazer. Desde moleque eu sonhava em ser jornalista, noticiar coisas absurdamente extraordinárias e olha só onde parei. Não estou desmerecendo o nosso trabalho, ele é digno, só que eu esperava algo mais... acho que a gente sempre espera, não é? — concluiu.

          O clima ali naquela pequena sala ficou pesado demais. O ambiente estava calmo, as demais pessoas que também trabalhavam no jornal já tinham ido embora, restavam apenas Marina e Max.

— Max, eu acho que a gente está onde deve estar... — afirmou a jornalista.

          Max sorriu de forma irônica e, após respirar fundo, comentou.

— A diferença entre nós dois, Marina, é que você se contentou cedo demais. — bradou Max. — Até amanhã, espero que tenha uma boa noite.

          Logo em seguida o jornalista virou as costas e foi em direção à saída. Marina organizou as coisas em sua mesa e ficou pensativa. De fato, Max tinha razão em suas palavras, ela havia se contentado com a vida que levava. Há alguns anos, ela, assim como o colega de trabalho, também era sonhadora, também esperava por mais. Hoje em dia, no entanto, ela se apegou à monotonia que são os seus dias, reproduzindo, semanalmente, ações previsíveis e que, na maioria das vezes, a desgastavam psicologicamente. Agora, a moça ligou o computador outra vez e enquanto o sistema carregava sentiu suas mãos tremerem. Estava decidida a passar um pouco mais de tempo no jornal, mesmo que seu horário de trabalho já tivesse terminado. Assim que as configurações do computador estavam completas, Marina passou a pesquisar tudo o que podia sobre o caso Malter. Seriam longas horas de leituras e descobertas. 

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