☪ .☆ ━━ TWO HUNDRED AND TWO ━━ ☪ .☆
─ Meu Deus, qual é o seu problema?─ Perguntei ao me deparar com uma caixa preenchida por pelúcias de todas as formas e das cores mais variadas. Kazutora fez uma careta e me acertou com um tapa no ombro.
─ Cala a boca e só aceita.─ Resmungou ele. Sem pensar muito, pisei em seu pé com toda minha força fazendo-o gritar como grande escandaloso que ele é. Revirei os olhos, e sim, eu pisei em seu pé novamente, só de raiva.
─ Ei, seus merdas, o que vocês estão fazendo?─ Gritou Baji. Pisquei meus olhos, erguendo uma sobrancelha e lançando um olhar que facilmente poderia matar alguém na direção do homem que teve a decência de se encolher diante do meu olhar. Draken soltou uma risada em conjunto com Mikey que deu uma cotovelada no amigo de infância, dizendo algo sobre ele ser um idiota medroso.
Enfiei uma mão dentro da caixa e capturei uma pelúcia de um polvo, encarando Kazutora com uma sobrancelha erguida.
─ Que foi? É um presente!─ Soltou ele. Foi ali que joguei a pelúcia nele com toda força que eu possuía.
─ Kazutora, você comprou a porra de uma caixa cheia de pelúcia! Eu vou enfiar todas essas coisas, onde? Só se for no seu cú, desgraçado!─ Gritei com raiva, pegando mais uma pelúcia e a jogando no rosto do homem que se desviou do objeto mas não conseguiu se desviar do chute que dei em sua canela com força. Kazu soltou um grito, agarrando sua canela e me lançando um olhar irritadiço.
─ Que porra! Por que tá tão puta comigo hoje? Eu não fiz nada com você, sua imbecil do caralho!
Balancei a cabeça, soltando um suspiro exasperado. E estava bem perto de xingá-lo quando a porta se abriu, revelando Aiko e Chifuyu que trazia Yuki em seus braços. De forma quase que automática, Baji jogou confetes em cima do garotinho que soltou uma risada animada e logo depois observei minha irmã franzir o cenho para os balões que formavam um "Bem-vindo!" na entrada da cozinha.
Tudo bem, talvez a gente tenha se animado um pouco demais quando soubemos que Aiko e Chifuyu queriam que Yuki visse nossa família completamente surtada e que jamais seria normal nem se mil anos se passassem. Mas também não é como se alguém pudesse nos julgar por isso, afinal acompanhamos todo aquele drama de perto e estamos mais do que felizes por tudo ter dado certo.
Lancei um olhar que prometia um assassinato na direção de Kazu antes de depositar a caixa que ele havia me dado no chão e pegando a pelúcia de polvo, andando na direção de Yuki que soltou uma risada, saindo dos braços de Chifuyu e correndo até mim, abraçando minhas pernas com força.
─ Tia Chiclete!─ Disse cheio de animação. Pisquei meus olhos e ouvi Baji soltar uma risada com o apelido do menino mas eu o ignorei por enquanto, abraçando Yuki e o entregando a pelúcia de polvo em minha mão para ele. O menino que agora é meu sobrinho, pareceu radiante com o bichinho de algodão em suas mãos.
E aquilo me fez sorrir como nunca havia feito.
Mitsuya estava encarando um ultrassom por quase uma hora. Ele parecia simplesmente congelado no tempo pela forma que sorria para o bebê que tinha o mesmo tamanho de uma uva. Só se passou duas semanas desde que descobri da gravidez e eu simplesmente percebi que não conhecia mais meu próprio corpo. Com meus seios com o dobro de seu tamanho normal, dores por todo meu corpo e com aquelas dores que mais se pareciam cólicas desgraçadas. Tudo estava bem, não estando bem e isso começava a me irritar. Não sei como mas consegui enjoar da minha própria comida e agora só consigo comer alguma coisa se ela tiver sido feita por Mitsuya ou pelos gêmeos, e isso era uma merda.
Soltei um suspiro irritadiço, capturando um biscoito com os dedos e o enfiando na boca, mastigando-o com lentidão.
─ É o nosso bebê.─ Murmurou Mitsuya em determinado instante. Pisquei os olhos e franzi o cenho, confusa.
─ Sim, é o nosso bebê e espero que ele não vá puxar meu talento pra arranjar problemas.─ Confessei, atraindo seu olhar para mim. Takashi riu, erguendo uma mão e movendo os dedos em um pedido silencioso para que eu me aproximasse, algo que fiz sem pensar muito. Ele me puxou para seu colo e beijou meu braço com suavidade, me entregando a foto da ultrassom que estava encarando até agora.
─ Vamos ter um bebê.─ Sussurou ele, deslizando um dedo pela pele exposta por conta que eu estava usando um short curto e feito de um tecido confortável o bastante para que eu ficasse andando o dia todo com ele em meu corpo.
─ Percebeu isso só agora, Takashi?
─ Soltei, apertando seu nariz de forma suave fazendo-o soltar uma risada cheia de malícia que arrepiou todo meu corpo. O dedo que deslizava por minha pele, criando círculos invisíveis cessou seu movimento e seus olhos lavanda me encararam.
─ Você é o amor da minha vida.─ Murmurou ele, erguendo o queixo ao mesmo tempo que eu inclinava minha cabeça para beijar seus lábios com vontade.
─ E você é o amor da minha.─ Sussurei contra seus lábios. Acabei soltando uma risada quando Takashi me moveu, deitando-me no sofá. E pairando sobre mim, ele me encarou com aqueles olhos lavanda com um sorriso nos lábios antes de me beijar novamente enquanto suas mãos agarrando meus quadris e escorregando por minha pele de forma vagarosa.
Ele não deixou de mordiscar meus lábios antes de desviar sua atenção completamente para meu pescoço, traçando um caminho em direção ao meu busto. Um suspiro trêmulo escapou por meus lábios conforme minhas unhas se afundavam na pele de Mitsuya que beijava meu pescoço com lentidão, soltando risadinhas provocadoras que me faziam querer socá-lo e beijá-lo ainda mais.
E naquele momento, batidas soaram na porta. Mitsuya ergueu a cabeça, me olhou e pareceu bem perto de ignorar quem estava no outro lado da porta quando eu o empurrei para longe de mim enquanto ajeitava minha blusa e andava na direção da porta, abrindo-a com rapidez.
Com certeza, eu esperava qualquer coisa menos aquilo. Angeli servia de apoio para uma garota com o rosto repleto de hematomas e cortes, com certeza havia desmaiado em algum momento do caminho até ali.
─ Eu preciso de ajuda, mãe.─ Disse ela com um tom de voz trêmulo. E eu não pude negar ajuda.
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