☪ .☆ ━━ ONE HUNDRED EIGHTY ONE ━━ ☪ .☆
Quer saber de uma coisa? Foda se. Um grande foda se para meu pensamento de "você não pode ser presa fora do país e antes do seu casamento". Bem, quer saber? Ia valer apena se fosse pra encher a cara desse porra do caralho de porrada. Já tinha sido bem satisfatório ver Mitsuya bater nesse arrombado, mas não o suficiente. Aproveitei o choque de Sam por Mitsuya estar ali para agarrar Vincenzo pela gola da camiseta, ignorando o grito que minha irmã soltou quando eu o fiz.
-Eu vou te falar uma coisa, e só vou dizer isso uma vez.- eu disse, minha voz tão fria e letal que até mesmo me assustou. Vincenzo teve a decência de parecer abalado. -Quer saber quem eu sou, seu bosta? Sou Aiko Tanaka, fui presa aos doze anos por tentativa de homicídio e minha pena foi aumentada por eu ter mandado cinco garotas pra UTI depois de quebrar boa parte dos ossos delas. Fiz parte de cinco gangues depois disso. Se você fosse esperto, ia ter percebido logo de cara que mexer comigo não é nem um pouco inteligente. E te digo uma coisa, seu bostinha. Se você encostar na minha irmã de novo, se sequer chegar perto dela, vou matar você. Vou acabar com sua raça, e mesmo que te procurem, jamais vão encontrar todas as partes do seu corpo. Então não chegue mais perto dela, ou eu mato você, tá me ouvindo, porra?!
Vincenzo arregalou os olhos, começando a tentar formular uma frase, mas nada parecia ter saído. Estava bem perto de enfiar meu punho no nariz dele quando senti um puxão e me afastei do homem.
-Chega, Aiko. - Mitsuya disse me encarando seriamente. Rosnei com irritação, e queria mesmo acabar com esse puto do Vincenzo. Mas precisava manter minha calma, ainda mais agora que Sam estava bêbada e em choque. Tudo bem, talvez eu também estivesse meio bêbada, mas estava bem o suficiente pra tacar fogo nessa porra de mansão inteirinha. E Mitsuya parecia bem, bem perto de começar a socar Vincenzo.
-Vamos embora dessa merda, e vamos embora agora. - eu rosnei, agarrando a mão de Sam e a puxando. Passei por Mitsuya e agarrei o braço dele também, puxando os dois imbecis para dentro. Tudo bem, por mim eu teria mesmo deixado Mitsuya bater mais em Vincenzo, mas se eu deixasse isso rolar, Sam ia me matar.
Não sei como fiz o caminho até aquele quarto, praticamente empurrando os dois para dentro do quarto e trancando a porta atrás de mim. Angeli acordou com a movimentação e piscou os olhos confusa quando viu Mitsuya. Mas também não demorou muito para que minha irmãzinha abrisse um sorriso e se jogasse nos braços dele, que apenas deu risada.
-Vai se trocar, eu arrumo as coisas.- falei para Sam. Ela parecia extremamente perdida e muito bêbada mesma. Pelo amor de Deus. -Mas que caralho, Sam! Ei!- estalei os dedos na frente dela e ela piscou, franzindo o cenho pra mim. -Mitsuya, você pode jogar as nossas coisas na mala pra mim? Vou dar um banho nessa idiota, ver se ela acorda pra porra da vida!
Não esperei uma resposta do homem antes de agarrar uma roupa qualquer e empurrar Sam para o banheiro.
Sam não protestou quando arranquei as roupas dela e a empurrei em direção a chuveiro. Ela não disse nada enquanto a água caía em seu corpo, enquanto eu ajudava ela a se limpar. Sam só foi abrir a boca quando já tinha terminado de se trocar e eu estava penteando o cabelo dela.
-Como Takashi magicamente apareceu aqui, Aiko?- ela disse me encarando de forma acusatória. Revirei os olhos.
-Porque alguém tinha que mexer os pauzinhos para as duas crianças pararem de fazer merda.- eu disse com irritação. -Ele está aqui porque eu liguei pra ele, o que você acha? Mitsuya tá aqui porque ele te ama, Sam, caralho.
Sam não disse nada, mas eu sabia que ela ia me dar um chute depois por ter feito isso pelas costas dela. Ela devia mesmo era me agradecer, isso sim!
Saímos do banheiro e Mitsuya e Angeli já pareciam prontos para darmos o fora dessa mansão do caralho. Respirei fundo, esfregando o rosto com força. Abri a boca para começar a falar algo, mas Sam falou primeiro.
-Não precisava ter vindo até aqui.- ela murmurou. Ah, fala sério!
-Acho que eu precisava sim.- Mitsuya retrucou, encarando Sam.
-Ah, parem com essa porra, vocês dois!- eu gritei. -Que inferno! Vocês já brigaram, agora é o momento em que vocês simplesmente falam que se amam e vida que segue! Ainda assim, se quiserem discutir essa porra, beleza, mas podemos deixar isso para quando estivermos longe desse hospício, pelo amor de Deus?
Os dois se viraram para mim e torceram o nariz. Eu revirei os olhos, agarrando a mão de Angeli e pegando uma das malas para sairmos dali.
Quando saí do quarto, tomei um puta susto quando dei de cara com o homem de cabelo loiro parado ali na porta. Não consegui conter uma careta.
-Ren, agora não é o melhor momento, sinceramente.- eu soltei, começando a caminhar em direção a saída daquela merda, com Sam e Mitsuya logo atrás de mim.
-Tá indo embora?- ele perguntou, apertando o passo pra me acompanhar. Eu bufei. -Olha, eu notei que rolou uma briga.
-Ah, jura? - eu disse com uma risada sarcástica. -Sinceramente, agora não é a melhor hora pra conversar sobre isso, Ren!
-O que quero dizer é, você ao menos sabe pra onde ir, Aiko?- ele disse e eu parei de andar, o encarando e franzindo o cenho. Ren deu um sorrisinho. -Você nem conhece a Itália.
Revirei os olhos.
-Eu me viro, obrigada!
-Espera! Minha irmã é dona de uma pousada na cidade que visitamos mais cedo. - ele disse. -Eu posso levar vocês lá se quiser.
-Olha, Ren, sinceramente...- comecei, mas Sam me cortou.
-A gente aceita. Só vamos dar o fora dessa merda, por favor.
Apenas suspirei e segui ele para fora daquela mansão, feliz por nenhum imbecil ter vindo tentar nos impedir de fazer isso.
Ninguém falou nada durante o caminho até a pousada. Nem Sam, nem Mitsuya, nem Ren e nem mesmo Angeli. O clima tava tão pesado que chegava a ser palpável. Bem, e tinha como o clima dessa porra ser bom depois de tudo o que aconteceu?
Eu agradeci Ren imensamente pela ajuda, e ele apenas sorriu para mim antes de ir embora. No fim das contas, eu e Angeli dividimos um dos quartos enquanto Sam e Mitsuya ficaram no outro. Eu nem mesmo esperei pra saber se eles iam querer ficar juntos nessa merda, apenas arrastei Angeli comigo e bati a porta do quarto na cara dos dois.
Eu estava exausta, irritada e querendo dormir. A noite tinha sido uma bela de uma merda! Por Deus, eu queria tanto voltar pra casa.
Angeli não demorou muito pra dormir. Enquanto isso, eu simplesmente não conseguia pegar no sono. Talvez tenha sido por isso que digitei um número que conhecia bem e pressionei o celular no ouvido.
-Aiko? Tá tudo bem? Você não deveria estar dormindo agora?- a voz de Chifuyu estava cheia de preocupação quando ele atendeu a ligação. Pisquei os olhos com força para afastar as lágrimas e dei uma risada fraca.
-Desculpa. É que eu tô com saudades. - eu disse enquanto esfregava o rosto com força. -Isso aqui tá uma merda e tudo fica mil vezes pior sem você.
-Também tô com saudades, Aiko. Tanto que até me assusta porque não faz nem muito tempo que você foi.- ele disse me fazendo dar risada. -Não sei mais viver sem você.
-Pra sua sorte, você não precisa.- eu disse com um sorriso. -Eu te amo, Chifuyu. Te amo pra caralho, sabia? Puta merda, você me faz ter vontade de umas coisas que eu jurei que jamais ia ter, tipo casar e ter vários filhos e gato e cachorro e todas essas merdas. E eu quero tudo isso com você.
-Eu também te amo, Aiko. Mais do que qualquer outra coisa no mundo. E eu também quero tudo isso com você. - ele disse e eu sabia que estava sorrindo. Assim como eu.
Bom, a viagem podia ter sido meio que catastrófica, mas pelo menos eu voltaria logo pra casa. E, acima disso, voltaria para esse homem maravilhoso que logo seria meu marido.
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