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☪ .☆ ━━ ONE HUNDRED AND SIXTY FOUR ━━ ☪ .☆

Mitsuya me encarou com o cenho levemente franzido mas não hesitou em me deixar entrar no apartamento. Talvez ele estivesse confuso por eu estar ali, ainda vestida com o uniforme da loja de Draken, minhas mãos ainda sujas de graxa e meus cabelos róseos em uma bagunça infinita de fios. Tudo bem, talvez meu namorado não estivesse confuso, mas sim assustado.

O homem se manteve quieto, me observando tirar minhas botas e as meias só pra enterrar meus pés no tapete felpudo que havia na sala. Soltei um suspiro de alívio ao sentir meus dedos que estavam um pouco doloridos por conta do salto que passei a noite usando. Nunca mais ouso beber junto de Kazutora com saltos, principalmente quando ele queria tanto dançar.

─ Tá tudo bem?─ Perguntou Mitsuya. Não o respondi, apenas me inclinei e peguei um dos papéis largados na mesa de centro. Era um rascunho de um vestido que é claramente para uma noiva.

─ É o rascunho do vestido de Aiko?─ Perguntei, balançando levemente o papel. Meu namorado suspirou, fechando a porta com um único gesto e se virou em minha direção, cruzando os braços. Ignorei o fato que Mitsuya conseguia ficar ainda mais gostoso com seu rosto se contorcia, formando uma expressão que me dizia que ele sabia muito bem que eu estava fugindo de suas perguntas. Tudo bem, talvez eu ainda esteja enlouquecidamente apaixonada por esse homem, mesmo após seis anos.

─ Acho que ela vai querer mostrar as tatuagens então, tô tentando chegar a esse ponto.─ Balancei a cabeça com sua resposta, meus olhos encararam o desenho que foi feito cuidadosamente com os pensamentos focados no que minha irmã iria desejar vestir em um dos melhores dias de sua vida.

A parte de cima do vestido não tinha mangas, mas pareciam ter algumas rendas para dar algum charme para o tecido, acredito. A saia se parecia imitar ondas. É um ótimo vestido, Aiko vai gostar e muito dele.

Soltei um suspiro, enfiando as mãos em meus cabelos, os puxando levemente.

─ Ligaram para mim hoje, no trabalho.─ Murmurei, devolvendo o papel para seu lugar de origem. Mitsuya franziu o cenho, se sentando ao meu lado. Ele segurou minhas mãos e entrelaçou nossos dedos quando não continuei, me mantendo calada. Soltei um suspiro, erguendo a cabeça para fitar seus olhos lavanda.─ Parece que nonna está morrendo.

─ O quê?─ Questionou, surpreso. E eu não o julgava.

─ Pietra não me explicou bem, ela disse que a nonna morreu e depois disse que a nonna está morrendo.─ Murmurei, desfazendo o entrelaçar de nossos dedos para poder afastar uma mecha que acabou escapando do rabo-de-cavalo que fiz enquanto me guiava até ali.─ A questão é que querem que eu vá até a Itália, para dar adeus para nonna.

Meu namorado suspirou, parecendo começar a compreender toda a situação que foi criada a partir daquele telefonema no fim daquela tarde. Seis anos se passaram, e, nada da minha família, eles realmente pareciam ter desistido de mim como foi dito por Vincenzo. Não havia recebido notícias de nonna até aquele dia e sinceramente, não me importava nem um pouco com aquilo até poucos dias atrás, quando Angeli virou-se para mim e perguntou se tínhamos família. Tudo bem, eu poderia ter lhe dito que todos aqueles surtados que fazem parte do nosso dia eram nossa família, mas Angeli já sabia disso, eu vi em seus olhos que ela amava cada um daqueles idiotas e os considerava mais do que família, mas ela queria saber se havia algo além. Queria saber se realmente tínhamos sido abandonadas por todos que possuímos ligação sanguínea e eu não pude mentir para ela.

Sim, eu tinha dito a ela sobre a família que ignorou nossa existência por anos e só retornou por um acordo feito muito antes de sequer sermos cogitadas. Angeli se manteve quieta no final de tudo e isso me fez questionar o que fez aquela curiosidade surgir.

─ Você não quer ir para a Itália.─ Não foi uma pergunta. Pisquei meus olhos, tombando minha cabeça para encostá-la em um de seus ombros.

─ Sim, mas, tenho que ir, por Angeli.─ Murmurei, dando um aperto em sua mão. Soltei um suspiro, me sentindo cada vez mais cansada.─ Na última vez, Angeli era muito pequena e sequer deve lembrar daquela época. Parte da nossa família biológica está viva, ela deveria ter conhecido eles melhor mas claro que eu tinha que ser rancorosa demais, estúpida demais para pensar nisso, para pensar na minha irmã, para pensar em como ela iria gostar de crescer rodeada de primos e...

Soltei um gritinho ao sentir minha pele ser beliscada. Pisquei meus olhos, lançando um olhar chocado para Mitsuya que franzia as sobrancelhas parecendo levemente irritadiço.

─ Você me beliscou?─ Perguntei. Meu namorado piscou os olhos, desfazendo o franzir de suas sobrancelhas enquanto abria um sorriso.

─ Você estava falando besteira.─ Disse ele, dando ombros. Pisquei meus olhos e não pude sequer respondê-lo, pois Mitsuya pressionou seus lábios contra os meus com força, as mãos se agarrando em minhas coxas e me forçando a passos para trás até desabar no sofá. Suspirei, me sentindo levemente tonta por conta do beijo.

Chegava a ser ridículo o nível que Mitsuya conseguia me afetar, mesmo estando juntos a seis anos. Mas também não vou negar que adorava aquele sentimento que sempre me deixava sem ar no momento que nossos lábios se encostam e por um segundo, a gente se torna aqueles adolescentes estupidamente inconsequentes.

─ Você deu tudo que tinha para Angeli.─ Falou, se aproximando para beijar minha boca mais uma vez, escorregando os lábios por minha pele até alcançar meu pescoço e desabotoando o macacão que eu vestia. Suspirei, agarrando os cabelos de Mitsuya. O homem riu de forma maliciosa contra minha pele por um momento, e se afastou só ao ponto de deixar seus lábios roçarem em minha pele quando falou:

─ Se você quer ir para a Itália então vá, mas não vá por achar que deve algo para Angeli ou algo do tipo. Entendo o sentimento e sei o quanto é doloroso saber que talvez tudo poderia ser mais. Mas, às vezes as coisas estão bem do jeito que estão, sua família não deu atenção a nenhuma das duas por anos e só apareceu para cumprir um acordo. ─ Ele depositou um beijo em meu pescoço, se afastando com um sorriso enfeitando suas feições.─ Talvez Angeli esteja feliz longe deles.

Balancei minha cabeça levemente. Ele estava certo... Com certeza, Angeli estava feliz longe deles, mas aquilo não fazia aquele incômodo crescente em meu peito cessar. Talvez o que estivesse me incomodando é que nonna estava morrendo e a última conversa que tivemos pode ter acabado com toda a relação de vó e neta que poderíamos ter tido. Soltei um suspiro, eu precisava ir para Itália... Precisava me livrar daquele peso.

Mas, por agora... Não pensei duas vezes antes de agarrar novamente os fios de Mitsuya e puxar sua boca na direção da minha.

Eu estou com saudades.─ Sussurei. Meu namorado riu e segurou meu lábio inferior entre os dentes, se afastando para encarar meus olhos por um momento. E eu pude enxergar naquelas orbes cor de lavanda que ele sentia o mesmo.

Soltei uma risada quando Mitsuya me levantou em seus braços entre tropeços, praticamente correndo na direção de seu quarto e me jogando em sua cama. Pisquei meus olhos para meu namorado e fiquei feliz ao saber que o amor que sentíamos um pelo outro só crescia com o passar do tempo e talvez realmente nossa hora estivesse próxima...

Calma, Sam. Está tudo bem, você não precisa se estressar com isso. Você acabou de ter uma ótima noite ao lado de seu namorado que te ama incondicionalmente, você não precisa se estressar e...

─ Que porra é essa?─ Gritei, me inclinando para pegar a porra da calcinha rendada que claramente pertencia a acastanhada que me encarava com os olhos arregalados, um belo reflexo de Baji que ainda se encontrava dentro da mulher. Revirei meus olhos quando o homem de cabelos longos soltou um grito ao perceber o que estava rolando, se afastando rapidamente da mulher que foi ágil em agarrar a porcaria do cobertor de Kazutora que ele deixava largado por aí.

─ Sam, eu posso...─ Em um único gesto, agarrei o abajur que todo mundo ali odiava mas nunca se mexia para retirar daquela casa e Baji soltou outro grito quando o abajur atingiu a parede mais próxima dele e se espatifou em mil pedaços.

─ Você vai explicar porra nenhuma! Tô escondendo essa merda de todo mundo fazem dois anos e vocês nem se esforçam! Caralho, moram seis pessoas nessa merda! Seis pessoas, Baji! O que você ia fazer se fosse Kazu ou Mikey?─ Gritei, pronta para jogar mais alguma coisa em Baji por ser a porra de um imbecil do caralho.─ Sinceramente, ou vocês arranjam a porra de um motel ou assumam logo essa merda para todo mundo!

─ Ei, não é como se todo mundo fosse a porra de um santo nessa merda!─ Gritou Keisuke em resposta. Pisquei meus olhos e mirei o olhar mais fulminante que eu tinha nele.

─ Draken nem transa nessa porra! Mikey e Kazutora passam noites fora só pra isso! E nem venha falar de mim!─ Eu apontei um dedo de forma ameaçadora para o peito do homem que engoliu seco.─ E veste logo a porra de uma cueca, seu imbecil!

Baji soltou um xingamento alto, começando a procurar por sua cueca que deve ter sumido em algum momento no meio daquela palhaçada ridícula. Não consegui me segurar e lancei um olhar repreendedor para a mulher que se encolheu quando joguei a calcinha na sua direção.

Dois imbecis completos!

Naquele momento, franzi o cenho quando ouvi batidas na porta de casa. Bufei, irritadiça. Me virando para atender a porta enquanto ouvia Baji soltar uma exclamação alegre quando encontrou sua cueca.

Sem me importar muito em perguntar quem estava no outro lado da porta, eu a abri e me arrependi no mesmo segundo que fitei os olhos castanhos de Aiko e os olhos verdes de Chifuyu, sem contar os idiotas que eu morava.

Ah, meu Deus... Foi a única coisa que pensei antes do caos se iniciar.

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