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Angeli possuía cabelos que se iniciavam lisos e terminavam em adoráveis cachos castanhos que adornava seu pequeno rosto rechonchudo e infantil. Quando sorria, revelava seus pequenos dentes levemente tortos por culpa do tempo que passou usando chupeta e suas bochechas redondas cheias de sardas pareciam duplicar de tamanho.

Fácil, tudo se tornava mais fácil quando pensava na minha pequena irmã. Se tornava mais fácil estar ali, com roupas tão curtas que um movimento descuidado poderia mostrar o que não deveria do meu corpo e tendo que aguentar os olhos maliciosos, quando eu sempre estava pensando no motivo que me levou até ali e suportando tudo por esse exato motivo.

Me aliviava saber que neste exato momento, minha amada irmã se encontrava no outro lado da cidade, aprofundada em um sonho provavelmente cheio de arco-íris e muito longe das garras de Seiji, o arrombado do caralho que adorava me manter presa em um bordel a noite toda só para me lembrar o meu futuro.

Rodeada por corpos de mulheres seminuas que rebolavam em plataformas sendo parabenizadas e glorificadas por homens nojentos que simplesmente não paravam de jogar todo tipo de nota aos pés das strippers, alguns se aproveitavam e prendiam o dinheiro nas lingeries de diversos tamanhos minúsculos que cobriam as partes consideradas mais importantes nesse meio.

─ Ei, puta!─ Chamaram-me mas continuei parada, minhas costas grudadas na parede forrada com um tecido felpudo e macio, os olhos fitando o espetáculo das garotas ao som de alguma batida confusa e que se tornava até sexy quando elas mexiam os quadris daquela forma.─ Puta, eu estou falando com você!

Um imbecil agarrou meu braço e o balançou como se fosse um maldito brinquedo quebrado. Trinco o maxilar, me esforçando para não demonstrar o quanto que o movimento doeu. O filho da puta do Ryuu me lançou um daqueles olhares que mostrava o quão insignificante sou aos seus olhos e sem dizer mais nada, o arrombado começou a me arrastar pelo bordel, seu aperto renderia mais um hematoma de mão no braço. O milésimo que ele causava só nesse mês.

Mas a dor causada pela ignorância sem limites daquele desgraçado não era nada comparado a impotência que invadiu meu corpo quando me vi diante dele. As pernas cobertas por uma calça que poderia pagar todos os aluguéis da minha casa e comprar uns quatro anos de leite para Angeli, os cabelos grisalhos penteados para trás de forma elegante e nenhum fio se encontrava fora do lugar.

Ali, sentado em um sofá e ignorando todas as mulheres nuas ao seu redor, Seiji realmente parecia um empresário rico, elegante e extremamente famoso. Nada parecido com o homem nojento que invadiu minha escola e me arrancou de lá sem mais ou menos, nada parecido com o homem nojento que ousou ameaçar minha irmã de apenas dois anos na época só para me ter ali. Nada parecido com o homem nojento que me obrigou a pintar meus cabelos castanhos de rosa apenas para satisfazer um desejo dele.

Um sorriso de crocodilo surgiu nos lábios do homem que fez um gesto breve, obrigando as mulheres cederem um lugar ao seu lado e, claro que não demorou muito para que Ryuu me empurrasse na direção daquele puto do caralho.

Como eu disse, filho da puta.

Entre tropeços, sentei-me ao lado de Seiji e me encolhi, tentando evitar o toque do homem que depositou sua palma fria na minha coxa descoberta por causa do tamanho da saia que utilizava. Meu estômago se revirou e quase me curvei para sujar todo aquele chão com meu jantar.

─ Você está se divertindo, minha pétala de cerejeira?─ Forcei meu rosto a se manter neutro, assim como o sorriso que ofereci para o homem quando balancei a cabeça, fingindo uma felicidade inexistente. Seiji espreitou os olhos, aquelas estranhas orbes cheias de malícia se tornaram aterrorizante.

─ Sério, florzinha?─ Não me movi, sequer respirei.─ Estranho... Você não parecia estar se divertindo, acho que observar não é muito sua praia, né?

Seiji riu, dando tapinhas em minha coxa e esticando sua outra mão para o lado, uma mulher bonita de cabelos curtos e olhos avelãs colocou uma pasta na mão do traficante.

─ Pode tirando essa carinha do rosto, não estou reclamando com você, Sammy.─ Ele balançou a pasta dourada em uma de suas mãos, novamente rindo.─ Aqui, tome!

A pasta dourada foi esticada em minha direção. Franziu o cenho, lançando um olhar cauteloso para Seiji antes de agarrar o objeto na mão do mesmo e de forma ainda desconfiada, abri a mesma. Minhas sobrancelhas se franziram ao me deparar com fotos, levantei meu olhar até ele.

─ O que é isso?─ Perguntei. Seiji sorriu daquele jeito que me fazia arrepiar por inteira.

─ Um favor que você fará para mim, cerejeirinha.

Mais tarde naquela mesma noite, o sol já ameaçava aparecer no horizonte quando Ryuu me deixou em frente ao beco escuro que possuía a única entrada da minha casa e praticamente me jogou no asfalto frio e duro, antes de acelerar o automóvel tão rápido que não pisquei e Ryuu já desaparecia no horizonte. Ignorei ele, seguindo meu caminho.

Meu nariz se franziu ao sentir o cheiro de esgoto que tudo ali exalava, tomei cuidado para não pisotear os mendigos com o rabo cheio de droga desfalecidos no chão podre enquanto traçava meu caminho até uma grade que evitava o acesso de todos à uma escada. Como sempre, fui ágil para destrancar os cinco cadeados que impediam todos incluindo minha mãe de adentrar na minha casa e trancá-los em seguida, mantendo o ferro da grade fortemente preso no metal da parede. Praticamente corri pelo escada, pulando alguns degraus e tropeçando em outros, tudo isso para finalmente entrar na sala que cheirava a lavanda e produtos de limpeza. Tudo para que eu pudesse vê-la.

Ela continuava da mesma maneira que eu havia a deixado quando anoiteceu e Seiji já se encontrava em frente da minha casa dentro de uma limusine. Angeli rodeava a pequena pelúcia do Micke com força, presa em um sono gostoso de se ver no meio dos lençóis quentinhos.

Confortável e segura. É isso, era fácil ver o motivo que me fazia passar noites inteiras em um ambiente nojento, sendo chamada por puta e coisas piores. Era fácil saber que jamais arrependeria de alguma decisão feita com o objetivo de continuar mantê-la confortável e segura. Que se fosse possível, eu seria capaz de fazer o mundo queimar por Angeli, seria capaz de destruir tudo e todos para mantê-la feliz.

Inclusive, eu seria capaz de fazer o invencível se tornar vensível por minha irmãzinha.

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