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☪ .☆ ━━ TWENTY FIVE ━━ ☪ .☆

Eu devia estar só o caco, porque Sam nem estava brigando comigo por ter me metido em outra enrascada. Eu tive que me segurar para não chorar que nem uma criança quando Sam me mostrou, novamente, que para ela eu tinha valor de verdade. Sam me fazia perceber que eu não deveria aceitar o mínimo das pessoas; que eu não deveria, de forma alguma, aceitar todas aquelas merdas que minha mãe, minha irmã e até mesmo Hanma tinham me enfiado, durante todos aqueles anos. Eu tinha a leve noção que eles estavam do lado de fora do quarto, mas tampouco estava ligando para isso.

Angeli tinha conversado comigo, me contado seu dia escolar e eu não precisava fazer força para dar risada das histórias dela. Eu já amava tanto aquela criança. Mesmo com dor e toda fodida, não me importei em segurar Angeli no meu colo enquanto Sam analisava aquele quarto péssimo do hospital e torcia o nariz. Eu tinha tentado convencer Sam a me ajudar a fugir dali, mas falhei miseravelmente quando ela percebeu que nem de pé eu conseguia ficar direito. Que merda, eu estava mesmo muito fodida.

Em algum momento, Angeli deitou a cabeça no meu peito e acabou dormindo ali mesmo. Aquilo fez Sam dar risada e eu sorri, passando a mão pelos cabelos macios da criança no meu colo.

-Quer falar agora sobre o que aconteceu?- Sam perguntou, sentando do meu lado na cama. Ela deitou a cabeça no eu ombro, segurando minha mão livre na dela. Dei um suspiro pesado, encostando minha cabeça na dela.

-Parece que o universo olhou para mim e pensou "bem, acho que vou desgraçar ainda mais a vida dessa babaca". - eu murmurei, fechando os olhos com força. -Eu... Bom, por onde eu sequer começo? - eu dei uma risada sarcástica. -A verdade, Sam, é que... Não tem forma fácil de explicar isso.

Passei a mão pelo rosto, o que foi uma péssima ideia, pois só fez a dor explodir ainda mais. Eu dei um gemido infeliz; que bela vida de bosta eu tenho, uau.

-Hoje, Kisaki pediu para me encontrar com ele.- eu disse por fim. Sam se virou para me olhar, surpresa passando pelos olhos. -É. Pois é. E sabe o que ele fez, Sam?

Os lábios dela tremeram e eu sabia que Sam já estava esperando pelo pior. Um soluço acabou escapando pela minha garganta, lembrando do como esse arrombado do caralho fodeu toda a minha vida que já era fodida.

-O que ele fez?- ela disse num sussurro.

-Me empurrou do parapeito de um prédio e me deixou pendurada para morrer.- eu disse num sussurro. Sam se sobressaltou, levantando num pulo, raiva nos olhos. Eu segurei a mão dela com força. -Calma. Calma, Sam. Ele queria deixar claro que nessa história toda, eu sou apenas uma marionete. E que vou ter que fazer tudo o que ele quiser. Ele... Sabe sobre Chifuyu. Desculpa, você tinha mesmo razão. Arrastei todo mundo para minhas merdas, ne?

Comecei a chorar de novo. Sam segurou minha mão com força na dela e limpou o meu rosto com calma.

-Não é sua culpa ele ser um merda, Aiko.- ela disse num sussurro.

-Ele ameaçou minha irmã. E eu fiquei com tanto medo, Sam. E estou com medo ainda, medo que ele acabe machucando você também. - eu disse baixinho, mesmo sabendo que Kisaki nem era louco de tocar em Sam, sabendo que Seiji o mataria caso ele o fizesse.

-Por isso você foi atrás dela?- Sam perguntou. Torci o nariz. Ou pelo menos tentei já que meu nariz tava todo fodido.

-Como sabe?- perguntei. Sam deu de ombros.

-Eu deduzi que tivesse sido isso.- ela disse e eu dei uma risada. Sam Dean era, de fato, muito esperta.

-É. Eu fui meio que, sei lá... Tentar avisar? Tentar fazer minha mãe proteger a Sayuri?- eu disse e suspirei. -No fim das contas, encontrei aquele porra abusador do caralho. Ele me deu uma bela de uma surra. Sam, ele ia me matar.

Sam apertou minha mão com força, incapaz de conter a própria raiva diante do que eu tinha acabado de revelar a ela.

-Hanma apareceu lá. Não sei porque ele estava ali, mas isso importa agora? Ele salvou minha vida. De novo. - eu disse e olhei para o teto. -E, sinceramente? Não muda nada, Sam. Porque eu ainda estou tão, tão magoada com ele...

-Aiko, ele não fez mais que a porra da obrigação dele. Finalmente fez algo que preste!- ela disse com irritação. -E você não precisa perdoar Hanma só porque ele te salvou. Sinceramente, Aiko, o que ele fez...

-Eu sei.- eu solucei. -Eu só queria que as coisas não fossem assim. E quando acordo, ainda tenho que ver Sayuri aqui, grudada em mim, como se ela não tivesse me desprezado nos últimos anos! Por Deus, Sam. Só assim ela percebe que eu tenho algum valor? Depois que eu quase morri? E eu nem vou começar a falar da mulher que me colocou na porra do mundo!

-Eles não te merecem. Nenhum deles.- ela rosnou com irritação e tinha bastante certeza que se um dos três cruzasse o caminho de Sam, ela nem mesmo hesitaria antes de dar a eles uma bela dose de verdades na cara. Era isso que eu amava em Sam. Porra, eu era a delinquente, mas quem me protegia era ela. Irônico, né?

-Eu sei.- falei e sorri, puxando de leve a mão dela. -Mas eu tenho tudo o que preciso aqui. Com você.

Aquilo fez Sam sorrir.

Sam e eu não nos conhecemos na melhor situação do mundo mas, ainda assim, eu era imensamente grata por terem colocado ela no meu caminho. Eu perdi muita coisa; mas talvez tenha válido a pena, afinal. Eu ganhei uma família nova, uma pela qual eu sabia que valia a pena lutar. Sam... Eu não deixaria nada acontecer com ela. Eu daria um jeito de fazer com que nós duas saíssemos de toda aquela merda do cacete que nos enfiaram. E talvez assim pudéssemos finalmente ter a paz que mereciamos. Enquanto isso não acontecia... Eu sobreviveria. Por Sam e por Angeli, que dormia tranquilamente, alheia a tudo e todos ao seu redor.

-Aliás, quem você encontrou?- eu perguntei e ela fez uma cara de confusão. Esclareci: -Você disse que tinha encontrado alguém e tido uma discussão quando te liguei.

Aquilo fez Sam revirar tanto os olhos que achei que fossem saltar para fora. Fiz uma careta; quem quer que tivesse encontrado com ela, havia sido um encontro em merda.

-Olha, você não vai gostar muito, mas...- ela começou, mas foi interrompida por uma batida na porta. E, em seguida, Sayuri entrou, os olhos vermelhos de tanto chorar.

Sam fez menção de se levantar da cama onde estávamos, mas eu a segurei. A raiva de Sam me dizia o suficiente e me dizia que ela e Sayuri já tinham tido o desprazer de se conhecerem.

-Aiko...- Sayuri disse, baixinho. -Posso falar com você?

-Ela já não está legal, não precisa das suas merdas!- Sam disse irritada. Sayuri olhou feio para minha amiga.

-E quem é você para me dizer isso?- Sayuri cuspiu.

-Ela é minha família. - eu disse, arrancando um olhar de choque de ambas. Olhei no fundo dos olhos azuis de Sayuri. -Sam é minha irmã, a irmã que eu mereço ter. A única família que eu tenho. Então, cuidado com o que diz pra ela, Sayuri. Muito, muito cuidado.

Minha irmã começou a gaguejar algo que pareceu um pedido de desculpas, o que só fez Sam bufar com irritação, a mandando sair. E Sayuri estava mesmo prestes a fazer isso quando um garoto entrou, parando ao lado de Sayuri.

O problema é que não era qualquer garoto; era Chifuyu Matsuno, que olhava para minha irmã com preocupação. E depois, olhou para mim, os olhos verdes arregalando e a boca abrindo em choque. Como ele...?

-Mas que merda você tá fazendo aqui?- Sam disse, se levantando em um pulo. Eu franzi o cenho diante da clara raiva de minha amiga direcionada a Chifuyu. Ele fechou a cara na hora que seus olhos caíram sobre Sam. -Ai meu Deus, você me seguiu até aqui? É sério?

-Quê? Comeu bosta? Claro que não, sua idiota!- Chifuyu respondeu com irritação, o que me fez abrir a boca chocada. Nesse tempo todo que conheço o loiro, nunca o vi tratar alguém dessa forma. Então, que merda estava rolando entre aqueles dois? E porque diabos Chifuyu estava ali?

-Chi, você conhecê essa garota?- Sayuri perguntou, segurando o braço dele. Aquilo só fez meu estômago revirar e não de uma forma legal. Mas que merda, era reunião na porra do meu quarto?

-Aiko é a sua irmã?- ele perguntou em resposta. Sayuri franziu o cenho. Chifuyu me olhou, verdadeiramente preocupado. -O que aconteceu com você, Aiko?

Abri a boca para responder, mas nada saía; comecei a entrar em pânico. O que estava contecendo ali, inferno? Sam percebeu meu imenso desconforto, pois se colocou na frente de Chifuyu e Sayuri.

-Vão embora daqui, os dois. Agora.

Aquilo só pareceu irritar ainda mais Chifuyu. E pela cara que o loiro fez... Bem, pela cara que ele fez, eu sabia o que viria a seguir: briga. Briga das boas. Ah, merda.

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