☪ .☆ ━━ ONE HUNDRED THIRTY SEVEN ━━ ☪ .☆
Respirei fundo, ou pelo menos tentei, já que meus nariz tinha sido destruído pelo soco inglês de Madarame, esse arrombado do caralho. Eu estava calma; apesar de sangrando, amarrada e fodida, eu estava calma, e acho que era isso que estava deixando Madarame e Mochi putos da vida. Eu tinha aprendido, da pior forma possível, que, em momentos como esse, se desesperar é a pior coisa que pode fazer. Apenas te faz revelar, de uma vez por todas, o que os arrombados que estão te destruindo querem de verdade.
Cuspi no chão de novo, tanto sangue que já nem sabia que parte minha não estava sangrando. Dei um sorriso sarcástico para Madarame. Bem, ele ainda não tinha arrancado nenhum dente meu, o que era uma puta de uma sorte do caralho já que esse bosta passou os últimos sessenta minutos enfiando a mão na minha cara, sem que eu sequer pudesse me mexer por estar toda amarrada.
-Então.- eu disse, meu maxilar doendo pra cacete quando o fiz. -Porque eu tô apanhando mesmo?
-Não se faz de imbecil, garota.- Madarame disse com um suspiro, deslizando a mão até meu cabelo e o puxando com força para trás, deixando minha garganta completamente exposta. Ele levou a mão até ali, apertando de leve. -Kisaki disse que você tem tendência a ser traidora.
-Kisaki é um belo arrombado. Mas foi ele que traiu a Moebius quando foi conveniente a ele, não?- eu disse sorrindo, sentindo o gosto metálico do meu próprio sangue na minha boca. -Pode me bater o dia todo se quiser, Shion. Não sou eu a traidora que você tá procurando.
-Ela já teria falado se fosse ela depois desse tanto de porrada.- Mochi murmurou, olhando meio horrorizado para minha cara. Dei um sorriso sarcástico para ele, e até mesmo isso doeu.
-É, pode ser.- Madarame disse, lambendo meu sangue no soco inglês. -Ainda assim, vale a pena confirmar, né?
Ele deu outro soco na minha bochecha, e a dor foi tanta que tive a certeza que ele tinha quebrado alguns ossos com aquele soco. Minha cabeça foi para o lado e eu quase caí no chão, mas ele me puxou pelo cabelo.
O que ele queria, me escutar gritar? Porque eu não iria; por mais que doesse pra um caralho, não ia dar esse gostinho pra esse puto. Não ia gritar, nem fodendo!
-Chega disso, Shion. - Mochi resmungou. -Ela claramente não é traidora. Além de ser uma puta bem resistente.
-Se vocês tão caçando alguém problemático, deveriam ir atrás do Kisaki, seus imbecis.- eu sibilei. -Ele fica enchendo a cabeça do Izana de merda, e vocês vieram atrás de mim? Ah, isso é uma burrice do caralho.
-Calada.- Shion disse, dando um chute no meu maxilar. Dessa vez, ele me deixou cair com tudo no chão, e eu bati a cabeça contra o concetro. Quase deixei um gemido escapar enquanto tentava me livrar das cordas nos meus pulsos e pernas. Mas apenas olhei para Shion e cuspi na direção dele.
-Puto do caralho. Você tá fodido quando eu sair daqui.- rosnei com irritação e ele riu.
-Consegui irritar o demônio ou ele ainda tá dormindo?- Shion cantarolou. -Puxa, queria mesmo conhecer o demônio que habita em você. É mais legal que essa adolescente irritante do caralho que você é.- ele cutucou minha bochecha com o indicador e eu tentei morde-lo. Shion riu.
-Então me solta que eu te apresento ao meu bichinho.- eu disse com uma risada sarcástica. Estava a dois palitos de surtar pra cima desse arrombado e, sim, eu ia colocar tudo a perder porque eu só ia parar quando ele estivesse morto.
Eu nem sabia onde a gente tava, mas escutei a porta bater com força e barulho de botas batendo contra o chão. Ah, que ótimo, mais gente pra me bater, tô super ansiosa.
-Que porra vocês pensam que estão fazendo? - escutei a voz de Ran soar, fria e letal.
Madarame deu um suspiro e se levantou antes de se virar na direção de Ran e Rindou, que estavam parados ali. E o jeito que eles estavam olhando... Bem, eles estavam a beira de cometer um crime agora.
-Kisaki disse que ela podia ser uma traidora, então a gente só quis confirmar. - Madarame disse como se não fosse nada de uau e como se ele não tivesse me sentado a porrada.
-Traidora? O caralho.- Rindou rosnou, vindo até mim e começando a me desamarrar com rapidez.
-A gente percebeu isso agora. - Mochi murmurou.
-Vocês tão pedindo pra morrer, né?- Ran disse com uma risada. -E ai, Rindou, o que deveríamos fazer? Quebrar as pernas deles? Arrancar uns dentes? Bater na cabeça deles até que vire geleia?
-Acho que deveriamos fazer tudo isso e mais um pouco. - Rindou disse com um sorriso. -Não podem ter pensado que iam machucar ela sem nenhuma consequência.
-Querem morrer, né? É isso que vocês querem?
-Chega.- eu disse com irritação. Os quatro me olharam. -Isso é obra do Kisaki, esses dois aí só são burros pra caralho para se tocarem. Kisaki me odeia, vocês só fizeram o serviço que ele não consegue fazer. Porque são dois imbecis manipuláveis do caralho.
-Escuta aqui, garota...- Mochi começou, mas se calou com o olhar de Ran e Rindou.
Me aproximei a passos lentos de Madarame, ficando cara a cara com esse arrombado. E cuspi bem na cara dele antes de enfiar meu joelho no estômago de Shion com tanta força que ele se curvou. Agarrei os cabelos loiros dele e enfiei meu punho no nariz dele.
-Você pode ir tomar no meio do seu cú, seu burro o caralho.- eu rosnei. -Quem você acha que é pra me bater, hein? Você é nada.
-Sua vaca, tá se achando demais!- Shion rosnou, preparado pra me bater de novo. Mas foi derrubado no chão com um movimento rápido de Rindou e gritou de dor quando Rindou tirou o braço dele do lugar. Torci o nariz.
- Não fique ai com essa cara, Mochi, você é o próximo. - Ran cantarolou.
-Parem vocês todos. A gente é colega de gangue, então chega dessa porra.- eu disse irritada, limpando o sangue na minha boca.
-Quando olhar sua cara no espelho, vai mudar de ideia quando a isso. - Rindou murmurou.
-Oh, não estou dizendo que não vou me vingar por essa gracinha do caralho. - eu disse com uma risada cruel. -Mas isso depois que esmagarmos a Toman. Estão deixando Kisaki desviar vocês da porra do objetivo, seus cuzões.
-Ela tem razão, sabe?- Mochi murmurou. Rosnei com irritação.
-Vamos.- falei para Ran e Rindou, que apenas olharam mais uma vez com irritação para Mochi e Madarame antes de virarem para sair. -E, ah. Toquem em mim de novo que eu castro os dois. E isso não é um aviso, é uma ameaça. Não sabem com quem estão mexendo, então eu tomaria mais cuidado.
Pisei no braço fodido de Madarame quando passei por ele, o fazendo soltar um grito de dor que era a porra de uma música para meus ouvidos. E ai, segui Ran e Rindou para fora. E apaguei legal quando saí daquele lugar.
-Para com essa porra, Aiko!- Rindou gritou irritado, me agarrando pela nuca para impedir que eu me mexesse enquanto ele enfiava álcool na minha cara. Eu resmunguei com dor e irritação enquanto ele pressionava os cortes na minha bochecha e nariz. -Você tá conseguindo enxergar alguma porra, aliás?
-Sim, eu tô. Porque esse porra focou em foder meu nariz e minha bochecha. Acho que ele estava tentando arrancar um dente meu.- eu disse com irritação e fiz uma careta de dor quando Rindou passou, sem nenhuma delicadeza, o algodão pelo meu nariz. -Como sabiam onde eu tava?
-Hanma disse que você provavelmente estava com problemas.- Ran disse, franzindo o cenho pra mim. -Então a gente deu um jeito de te achar.
Ah. Ah. Tinha esquecido disso. Apenas suspirei e dei um tapa na mão de Rindou para que ele se afastasse.
-A gente tá indo, vai parar de se meter em bosta?- Rindou disse se levantando. Apenas mostrei a ele o dedo do meio.
-Vocês vão onde?- perguntei encarando os dois. Bem, o silêncio deles dizia o suficiente que iam se meter em alguma merda com Izana. Dei um suspiro e fechei os olhos. -Quer saber, melhor eu ficar na ignorância, porque não quero que achem que sou cúmplice quando vocês forem presos.
Ran apenas deu risada e Rindou revirou os olhos. Então os dois saíram e eu agradeci imensamente por isso. Tinha duas coisas que eu precisava fazer agora: ir atrás de Sam, porque precisava saber se ela estava bem, e falar com Juju. No fim das contas, me levantei e fui atrás da minha irmã. E tinha bastante certeza que ela surtaria quando olhasse para mim, mas tudo o que eu precisava agora era ir atrás dela. E ficar, pelo menos por algumas horas, fingindo que tinha uma vida normal.
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