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☪ .☆ ━━ ONE HUNDRED FIFTY SEVEN ━━ ☪ .☆

Ficar deitada quase o dia todo era uma bela de uma merda. Depender dos outros até pra fazer xixi também era uma bela de uma merda. Odiava isso, odiava me sentir uma inútil. Certo, a fisioterapia ajudava, mas parecia que o progresso era tão lento que eu só ia melhor daqui uns, sei lá, vinte anos. Sim, eu estava impaciente pra cacete! Eu devia estar com Sam agora, ajudando ela a se livrar da porra da família dela, mas não! Não consigo sequer sair da cama, o que me deixa tão, tão frustrada. E às vezes talvez me faça dar uma leve chorada de raiva.

Chifuyu aparecia todos os dias e, sinceramente, era o único motivo para eu ainda não ter surtado e me atirado por uma janela. Quer dizer, isso se eu sequer conseguisse chegar até lá sem cair de boca no chão. E da única vez que tentei sair sozinha da porra da cama, caí no chão e fiquei trinta minutos lá até alguma alma aparecer pra me ajudar. Porra, humilhação do caralho. Nossa, espero que Kisaki esteja no inferno! Achei que matar alguém fosse fazer eu me sentir mal, mas a realidade é que nunca me senti mais leve. Talvez isso fizesse de mim uma pessoa ruim, mas, quer saber? Sinceramente, não dou a mínima.

Meu namorado andava sendo mais paciente que o normal comigo, e eu agradecia por isso. Estava ciente que as vezes eu acabava descontando, sem querer, minha frustração toda nele. Mas Chifuyu nunca reclamava de nada. Apenas ficava ali, do meu lado, me ajudando. E talvez ele fosse a única pessoa que eu deixasse me ajudar sem me sentir mal pra cacete com isso.

-Tem horas que você tá desenhando isso aí. - ele murmurou, esfregando os olhos e bocejando. Chifuyu tinha passado as últimas duas horas completamente morto do meu lado. Cheguei até a me perguntar se ele não andava dormindo direito ultimamente. -Tá fazendo o que?

-Sinceramente, não sei.- falei franzindo o cenho para o bicho estranho que eu tinha desenhado, um bicho que tinha ficado na minha cabeça a manhã toda. -Acho que sonhei com isso, sei lá.

-Bizarro. Realista até demais. - Chifuyu disse, torcendo o nariz.

Larguei o caderno do lado da cama e recolhi os lápis de cor espalhados pelo cobertor, os jogando de lado. Me virei para Chifuyu e arqueei uma sobrancelha para ele.

-Você tá bem?- perguntei. Ele franziu o cenho.

-Eu que deveria te perguntar isso, né?- ele disse e eu revirei os olhos, me aproximando mais dele e deitando a cabeça em seu ombro.

-As vezes acho que você se preocupa tanto comigo que esquece de se preocupar consigo mesmo. - eu reclamei. Chifuyu apenas suspirou, passando a mão pelo meu cabelo, que agora estava curto já que eu tinha me revoltado e cortado as mechas coloridas, descendo a mão até minhas costas.

-Eu te amo. Claro que vou me preocupar com você, ainda mais sabendo que você anda se sentindo triste.- ele disse e eu apenas fechei os olhos.

-Só tô com medo, Chifuyu. - eu suspirei.

-De não voltar a andar? Aiko, isso está fora de questão, você sabe disso. Você inclusive já tá conseguindo se mexer melhor.- ele disse. Fiz um gesto com a mão para que ele ficasse quieto.

-Não, não é isso.- eu disse torcendo o nariz. -Quer dizer, claro que isso também me deixa meio pra baixo, não nego, mas eu tô com medo do que a porra da família da Sam quer com ela. E se levarem ela e Angeli embora? Não ia aguentar ficar longe delas.

-Ei.- ele disse me fazendo olhar para os olhos verdes dele. -Isso não vai rolar. Nenhum de nós vai deixar levarem Sam pra longe, você sabe disso, não sabe?

-Só... Não quero perder minha irmã. Não de novo. - eu murmurei. Chifuyu abriu a boca para me dizer algo, mas quem falou não foi ele.

-Você realmente ama muito ela, né? A Sam.- a voz de Sayuri preencheu o quarto e Chifuyu e eu nos viramos um pouco para olhar minha irmã. Ela estava no batente da porta, parecendo meio sem graça por ter atrapalhado minha conversa. Ou por ter pego Chifuyu e eu agarrados um no outro na cama, sei lá.

Sayuri foi me visitar no hospital, eu sabia disso. Mas ela não tinha falado comigo, nem mesmo quando eu saí. Acho que depois das nossas últimas discussões, Sayuri tenha percebido que estava forçando a barra comigo. Ou talvez ela só, sei lá, achasse que jamais pudesse acertar as coisas entre nós.

-Ela é minha família. - eu disse, simplesmente. Sayuri apenas assentiu, dando um passo pra dentro do quarto.

-A tia disse que você tá melhorando. - ela falou, parecendo meio incerta do que dizer ou não.

-É, um pouco.- eu suspirei. Chifuyu parecia bem inclinado a sair dali, mas deitei a cabeça no ombro dele e o segurei com força ali. Se eu quisesse ficar sozinha com Sayuri, ele saberia.

-Tô morando com minha vó.- ela soltou e eu franzi o cenho. Sabia que ela se referia a vó dela por parte de pai, até porque a nossa vó, mãe da nossa mãe, tinha morrido há alguns anos. Eu sentia muita falta dela. Se ela estivesse viva, teria dado uma surra na minha mãe por ser uma merda do caralho.

-Porque?- perguntei, confusa. Sayuri passou a mão pelo cabelo e olhou para o chão.

-Mamãe se internou em uma clínica depois de tudo o que aconteceu com você. Ela disse que... Quer ser alguém melhor. Que quer um dia ser o suficiente pra ter seu perdão. Então ela se internou.- Sayuri disse. Não sabia se aquilo me deixava chocada ou irritada.

-Bem, ela vai ter que me pedir perdão em outra vida, porque nessa tá fora de questão. - eu resmunguei. Sayuri parecia já saber disso, pois não demonstrou sequer choque com minhas palavras.

-Eu também?- ela perguntou num sussurro, sem conseguir me olhar nos olhos. -Também preciso pedir seu perdão em outra vida, Aiko?

Eu sabia que ela estava sofrendo com o nosso afastamento, por mais que tivesse sido escolha dela. Eu também já tinha sofrido demais por não ter Sayuri na minha vida. Ela não foi a melhor das irmãs, eu sei disso, mas ela era criança quando tudo aconteceu. Eu também era, mas ainda assim... E como eu posso julgar Sayuri se a forma dela de reagir as coisas, a pressão, é parecida com a minha, afinal?

-Eu já te perdoei tem muito tempo, Sasa.- eu falei e sabia que apenas usar aquele apelido com ela já era o suficiente. Tive certeza disso quando Sayuri começou a chorar, vindo até mim e se jogando entre Chifuyu e eu. Fiz uma careta.

-Porra, Sayuri, saí pra lá!- Chifuyu reclamou com uma careta.

-Cala boca!- ela disse dando um tapa nele antes de se virar pra mim e me apertar com força. Fiz outra careta.

-Ei, vai com calma ai, minha coluna já tá fodida.- eu zombei. Sayuri nem pareceu me escutar.

-Você é muito louca, Aiko! Tem alguma merda que não tenha acontecido com você?- ela murmurou. Eu dei risada, passando a mão com calma pelo cabelo da minha irmã. -As coisas vão ser diferentes agora.

E eu não tinha a manor dúvida disso, sinceramente. Porque as coisas já estavam começando a mudar. A começar por aquilo: eu finalmente tinha me acertado com minha família. Ao menos com a parte que valia a pena.

-Uau, por essa eu não esperava, vocês se resolveram?- a voz de Baji foi o suficiente para fazer Sayuri se afastar de mim e limpar o rosto com rapidez. Revirei os olhos.

-Ei, espera ai, esse não é o maluco que você mandou eu ficar longe?- Sayuri perguntou, apontando pra Kazutora, que torceu o nariz.

-Esse mesmo. Continue longe dele, Sayuri. - eu disse e Kazutora me olhou feio antes de se jogar do meu outro lado na cama, bem em cima de mim, me fazendo chiar. Meti um tapa na cara dele. -Seu imbecil, assim você fode ainda mais quem já tá fodida!

-Você reclama de mim, mas fez uma tatuagem pra mim!- ele disse com um sorriso vitorioso. Baji e Chifuyu se viraram na hora para me encarar.

-Cala boca, seu maldito!- falei o dando outro tapa.

-Que porra é essa? - Baji perguntou, cruzando os braços. -Achei que só eu era especial o suficiente.

-Para de se achar, garoto! E eu já mostrei pra vocês, olha aqui!- estendi o pulso, mostrando a tatuagem de lua com quatro estrelas. -Sam, Angeli, Chifuyu, você e Kazutora.

-Não é dessa que eu tô falando!- Kazutora, o grande sem noção, abriu a boca. E aí ele mostrou o braço dele pra Baji. -Porra, cara, tô com essa merda aqui tem semanas e você nem viu?

-Ah, porra. Nem vi.- Baji disse com o cenho franzido, se aproximando para analisar a tatuagem de Kazutora. Revirei os olhos. Dois imbecis, de fato. -Espera, conheço essa tatuagem de algum lugar.

-Deve ser porque tenho a mesma no pescoço, seu idiota?- eu disse. Keisuke se virou para mim, me analisando. Depois olhou para o braço de Kazutora.

-Porra. Verdade, né.

Dei um tapa na própria testa. Por Deus. Estou lidando com idiotas, idiotas!

-Eu não sabia que você tinha uma tatuagem de gato.- Sayuri disse analisando meu braço. Tudo bem, ela nunca tinha me visto sem jaqueta, o que era compreensível.

-Essa tatuagem é uma homenagem a pessoa que ela mais ama no mundo.- Keisuke disse, dando um largo sorriso. -Ou seja, eu.

-Aqui pra você. - falei mostrando o dedo do meio para ele.

-Não acredito que você fez uma tatuagem desse tamanho em homenagem logo ao Baji. - Sayuri disse, incrédula. Keisuke escancarou a boca, perplexo, e eu caí na gargalhada junto com Kazutora.

-Cara, não liga pra ela, é uma idiota.- Chifuyu disse dando um tapinha no ombro de Baji. -Eu tatuaria seu nome nas minhas costas se você quisesse.

-Ah, disse ninguém dúvida!- Sayuri soltou. -Parece um cachorrinho querendo atenção do dono.

-Nossa, que otária!- Keisuke disse, indignado. -Porra, tô entendendo agora porque você e a Aiko são irmãs.

-Ah, vá a merda, garoto!- falei e mostrei de novo o dedo do meio para ele.

-De qualquer forma, desviaram do assunto. Mostra ai a tatuagem, Aiko.- Kazutora disse, me cutucando.

-Porra, Kazu, tu não sabe calar a boca, né?- eu reclamei.

-Tem outra?- Keisuke disse com o cenho franzido. Eu resmunguei.

-Tira a camiseta e mostra logo. - Kazutora disse e eu meti a almofada na cara dele.

-Que porra você fez?- Chifuyu perguntou, parecendo preocupado agora.

-Não me diga que tatuou o nome do ex. - Sayuri zombou.

-No caso, seria a ex, e eu jamais iria escrever "Juju" nas minhas costas, ela já é convencida o suficiente, não acha não?- eu reclamei.

-Aiko, mostra logo essa porra!- Keisuke gritou. Bufei com irritação, mas me virei de costas para esse bando de imbecis e tirei uma parte da camiseta para que eles vissem a porra de tatuagem que Kazutora me fez fazer.

-Você não fez isso.- Chifuyu disse, perplexo. -Não acredito.

-Linda, né?- Kazutora disse animadamente.

-Tem como cobrir com outra tatuagem não tem não?- Chifuyu disse. Kazutora exclamou, indignado, e parecia bem perto de dar uns bons tapas no meu namorado.

Eu dei risada. Apesar de tudo o que tinha acontecido, as coisas tinham finalmente se acertado. E eu só esperava, do fundo do meu coração, que continuassem assim. Porque eu não sabia se aguentaria mais uma bomba na minha vida.

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