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☪ .☆ ━━ ONE HUNDRED AND SEVENTEEN ━━ ☪ .☆

Não pensei que Sam fosse ficar tão chateada comigo porque eu não disse que era a porra do meu aniversário. Bem, se eu já odiava esse dia de merda, acabo de passar a odiar ainda mais. Aceitei as palavras de Sam, mas não significa que não tenham machucado pra um caralho. Foi pior que tomar um soco na boca, foi pior que qualquer coisa que já aconteceu comigo. Porra, conseguia ser pior que o sentimento de ser deixada de lado por Hanma. Porque era diferente ser machucada e saber que alguém que você amava tinha se machucado por sua causa. Tá vendo, tudo poderia ter sido evitado se meu pai tivesse usado a porra de uma camisinha. Ai eu não teria nascido e tudo estaria resolvido!

Vi Sam se afastar, e aquilo destruiu o que restava de mim. Eu sabia que não importava o que eu fizesse agora, eu já tinha estragado tudo. Ela não ia me perdoar. E porque ela deveria? Sinceramente, Sam merecia algo melhor. Uma irmã melhor, uma amiga melhor. Eu era um lixo do caralho e, sinceramente? Deveria ter deixado Kisaki me jogar daquele prédio. Eu queria tanto ter sido jogada daquele prédio nesse momento. Ou pulado daquela ponte.

Olhar para Chifuyu conseguia ser ainda pior. Na verdade, ele nem estava olhando na minha cara, mais ocupado em encarar o teto com aquela cara de traição que, sinceramente, só piorava tudo.

-E aí, Aiko. Não vai falar nada, não?- Baji disse, cruzando os braços.

Pisquei os olhos com força, largando as coisas que estavam nas minhas mãos em cima da mesa. Kazutora e Baji ficaram me encarando, Baji buscando por respostas, Kazutora parecendo solidário a situação de merda que eu tava agora. Ainda assim, apenas caminhei até o canto onde tinha largado algumas roupas minhas de manhã e as soquei com tudo dentro da porra da mochila.

Tudo bem, Aiko. Você sempre fode com tudo, mesmo quando não é sua intenção foder com tudo. Você tem uma bela capacidade de acabar com suas amizades, mesmo que você não queira fazer isso! Eu não merecia o amor e nem o carinho de ninguém, sinceramente. Só queria fugir dali. Desaparecer.

-Que merda, Aiko! O que tá fazendo?- Senti a mão de Baji se fechando no meu braço, me virando na direção dele. -Porque você tá sempre agindo assim?

-Porque eu sou assim. - eu murmurei, o afastando de mim. -Quantas vezes eu não disse pra você que não valia a pena? Que ficar perto de mim só ia ser uma merda do caralho? Porra, depois eu que tô sempre fazendo bosta, sendo que eu avisei.

Estava mesmo me segurando para não chorar ali. Puta merda, fazer aniversário depois que fui presa já tinha se tornado uma bela merda, mas aquele dia conseguiu se superar. Era, sem nenhuma sombra de dúvidas, um dos piores dias da minha vida.

-É isso. Pra mim já deu.- eu falei começando a me afastar.

-Já deu o que?- Baji rosnou. -Já deu o que, Aiko? Você tá de sacanagem comigo? Você simplesmente vai, faz tudo isso, e não dá a porra de uma explicação?

-Você quer escutar o que, caralho? - falei, me virando para ele, olhando puta da vida para Baji. Certo, vamos nos apegar a raiva, melhor do que ficar com vontade de chorar. -Quer escutar o que? Que eu odeio esse dia desgraçado porque foi o dia em que eu nasci e que isso, pra minha mãe, foi uma desgraça do caralho? Porque ela simplesmente me odeia e já nem faz mais questão de esconder isso? Ela nunca se importou comigo, e provavelmente nunca vai!- eu gritei, e, bem, agora eu estava chorando.

"Sempre foi e sempre vai ser a Sayuri, porque a minha simples existência já é o suficiente pra aborrecer minha mãe! Pra ela, se eu tivesse morta, ia até ser melhor. Porque acha que ela me deixou pra me fuder no reformatório, hein? E o que mais você quer saber?"

"Que odeio meu aniversário porque só me faz lembrar de uma época de merda em que eu fui minimamente feliz e tinha uma pessoa que me amava e que, no fim das contas, nem mesmo lutou o suficiente por mim? Porque ninguém se importa, pelo menos, não o suficiente?"

"Porque estou constantemente sendo deixada por tudo e todos e nasci pra ser a porra de uma decepção do caralho! Então, sinto muito, tá beleza? Sinto muito se eu odeio meu aniversário, se eu odeio lembrar que passei mais a porra de um ano sem morrer, se ainda tô aqui nessa porra, viva o suficiente pra decepcionar tudo e todos ao meu redor! Então, foi mal se eu não quis passar a merda do ano novo com vocês, que iam estar felizes demais e eu fodida demais, se não quis lembrar da existência desse dia!"

Soltei tudo de uma vez, não me importando com a cara que Baji fez, com o olhar de Kazutora e nem mesmo me importando que Chifuyu finalmente tinha me olhado agora.

Passei a mão pelo rosto com força, tentando limpar minhas lágrimas. Bem, foda se, foda se tudo isso, e foda se eu mesma.

Apenas peguei com força a minha mochila e marchei em direção a porta, me esquivando de Keisuke. Ele começou a brigar comigo de novo, mas não me importei nem um pouco com isso.

-Aiko, para, você sair assim não vai resolver merda nenhuma.- até mesmo Kazutora estava tentando alguma bosta. Não que fosse adiantar muita coisa, porque estava destinada a só... Sair dali. Parar de arruinar o dia dos outros. Poxa, por isso eu não tinha falado nada. Agora o ano deles começou uma merda e a culpa era de quem? Minha! Eu não queria isso; não mesmo.

Baji estava se preparando pra vir atrás de mim, mas Chifuyu o puxou de volta. Puxou inclusive Kazutora, e os dois olharam perplexos para Chifuyu. Que nem se mexeu. Desviei o olhar, minha mão tocando a maçaneta.

-Se você sair, Aiko, ninguém vai ir atrás de você. - Chifuyu me disse. Eu sabia que ele estava puto comigo e provavelmente bem magoado, mas escutar aquilo terminou de fuder minha noite e meu coração. Apertei a maçaneta com força. -Já deu dessa merda.

-Tá bom.- eu disse num sussurro. -Eu não queria que viessem atrás de mim mesmo.

Abri a porta e saí, batendo ela com força atrás de mim, ignorando Baji gritando com Chifuyu e Kazutora mandando ele parar de ser um imbecil. Bem, que se foda. No fim das contas, Chifuyu não está errado. Ele deveria mesmo me odiar, sou um lixo como amiga, sou um lixo como parceira, sou um lixo como namorada. Como ele podia dizer que me amava? Eu não prestava pra nada que não magoar ele! Então, no fim das contas, ele tinha mesmo razão pra estar puto comigo e me odiar se quisesse.

Por um segundo, apenas sentei na escada e respirei fundo, tentando controlar meus soluços. Eu nunca deveria ter me envolvido tanto assim, nunca deveria ter arrastado Sam pra essa confusão do cacete que eu sou. Ela estaria melhor sem mim, Angeli estaria melhor sem mim, Baji estaria melhor sem mim e Chifuyu estaria mil vezes melhor sem mim! Bem, minha mãe tinha a porra da razão, Chifuyu deveria ter ficado com Sayuri e não comigo. Ela era mais bonita e menos imbecil do que eu.

Tudo bem, Aiko. Não adianta chorar agora, você já fodeu com tudo mesmo! Pela milionésima vez. Mas agora posso, pelo menos, fazer a coisa certa. Que é ir embora e parar de fuder a vida de quem eu amo. O único problema é... Para onde eu sequer iria, afinal?

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