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☪ .☆ ━━ NINETY THREE ━━ ☪ .☆

Fiquei olhando para Sam e tive que me segurar para não cair na gargalhada pela cara que ela fez. Bem, estava meio óbvio o que estava rolando entre eles, e já fazia um tempo. Mas sabia que Sam não estava muito preparada para dizer isso naquela época e talvez nem agora pela forma como ela torceu o nariz. Abri um sorriso tão largo que fez minha irmã dar um tapa no meu ombro. Dei risada. Bem, aquilo, pelo menos, era a única coisa capaz de me fazer esquecer o dia de merda que eu tive, sinceramente.

-Não sei.- ela disse, por fim, enrolando uma mecha do cabelo rosa no dedo. Eu dei risada.

-Já entendi tudo.- eu disse e ela torceu o nariz. -Você está boiola por um garoto!

-Você é ridícula, sabia?- ela resmungou, mas não negou, o que só me fez rir mais ainda.

-Então vocês são namoradinhos?- perguntei. Ela revirou os olhos e eu sorri, erguendo as mãos em sinal de rendição. -Tudo bem, não está mais aqui quem perguntou.

-As vezes acho que você tem cinco anos.- ela disse e eu dei um tapa de leve no ombro dela. Sam envolveu o braço dela no meu. -O que aconteceu?

-Bem, o de sempre, né? Merda, claro.- eu disse torcendo o nariz. Sam suspirou. -Ter ido foi um erro. Aquela casa só faz eu ter lembranças de merda, e Sayuri forçando a barra não ajudou em nada. Sabe o que eu descobri hoje, Sam? Que minha mãe não teve sequer a coragem de dizer pra minha família que eu estava presa! Ela disse... - eu ri com sarcasmo, passando a mão pelo rosto com força. -Disse que tinha me mandando pra estudar em outro país, quando na verdade eu estava me fodendo e sozinha e depois na rua.

Sam ficou em silêncio, mas a raiva no olhar dela era óbvia. Suspirei; odiava minha mãe, com tudo o que restava dentro de mim. Ela era uma vaca, uma vaca do caralho incapaz de aceitar os próprios erros. Os erros dela comigo.

-Sua mãe é uma puta escrota.- ela disse e eu assenti. -Nunca mais volte lá, Aiko. Não vale a pena.

-Eu sei. - sussurrei. -Vi minha prima de novo e ela nem sabia o que tinha acontecido comigo. Isso machuca pra cacete, sabe? E eu vi minha tia e simplesmente... Surtei. Porque de todos nessa merda de família que eu tenho, ela foi a única que tentou me salvar. Eu só... Não quero ser uma decepção pra ela.

-Você não é uma decepção, está ouvindo?- ela disse, me apertando com força. -Se a imbecil da sua mãe não consegue ver isso, bem, é um problema dela! Você não precisa dessas pessoas na sua vida, Aiko. Você tem a mim e a Angeli, sabe disso. E o idiota do Chifuyu e o Baji. Até o surtado do Kazutora. Você não precisa dessas pessoas.

Sorri para Sam. De alguma forma aquilo fazia eu me sentir muito, muito melhor. Sabia que ela estava certa. Eu não precisava da aprovação da minha família ou o que quer que seja, porque as únicas pessoas que valiam a pena de verdade, que se importavam mesmo comigo, estavam do meu lado. Eu não precisava de mais nada além disso.

-Claro que não, tenho tudo o que preciso bem aqui.- disse, dando um tapinha leve nela. Sam deu risada.

Estávamos rindo quando chegamos finalmente no beco de casa. Apenas para encontrar os dois retardados de Baji e Chifuyu logo ali, parados na porta.

-Sua maluca, podia ter avisado!- Baji reclamou comigo e ai viu Mitsuya ali do lado. Baji franziu o cenho e olhou Chifuyu.

-Nem começa. - eu falei, agarrando o braço dele e começando a tirar os cadeados para entrarmos. -Vamos logo. - reclamei, arrastando Baji e Chifuyu antes que eles fizessem algum comentário idiota. -Boa noite, Mitsuya!- gritei e não esperei por uma resposta antes de começar a subir.

-Ficamos preocupados pra cacete com você. - Baji reclamou comigo quando entramos na sala. -Achei que ia fazer alguma merda!

-Eu só queria pensar e sair daquele inferno. - eu disse fechando os olhos. -Desculpa.

-Não precisa pedir desculpa.- Chifuyu disse, acariciando minha bochecha. Ele me puxou para perto de si e deitei a cabeça no ombro dele. -Sayuri ficou preocupada com você.

-Chifuyu, cala boca. Um grande foda se. - Baji retrucou e eu dei risada. -Você não perdeu nada. Sua tia brigou feio com sua mãe quando você foi embora.

-Baji, para de ser fofoqueiro!- Chifuyu reclamou, mas dei uma cotovelada nele.

-Quero saber a fofoca.- eu falei. Ele me olhou seriamente. -O que? Eu não vou surtar!

-Bem, foda se, vou falar.- Baji disse, se jogando no sofá. -Aparentemente, como sua prima disse, ninguém sabia que você tinha sido presa. Sua tia apenas desconfiava que tinha algo errado com você, por isso tentou te achar e não conseguiu. Você sabia disso, né?

-Sabia que ela estava atrás de mim por anos, não que ela não sabia que eu estava presa e na rua.- eu murmurei.

-Então, pois é. Sua prima desceu puta da vida com sua mãe ai deu a maior merda do caralho. Sua tia falou que vai chamar o conselho tutelar. - Baji soltou. Arregalei os olhos.

-Ai, puta merda. Isso era tudo o que eu menos precisava, porra!- eu disse estressada, passando a mão pelo rosto. -Pelo amor de Deus.

-Relaxa.- ele disse me dando um chute de leve. -Qualquer coisa a gente da o fora do país. Quero ver te acharem!

-Você é um idiota. Com que dinheiro vamos fazer isso?- eu disse arqueando a sobrancelha. Ele deu de ombros.

-A gente pode roubar um banco.- ele disse. Dei risada.

-Até porque roubar deu tão certo da última vez que você tentou. - provoquei. Ele bateu com o travesseiro no meu rosto com tudo.

Dei um tapa nele e ele me empurrou, me fazendo cair no chão. Só não bati com a cabeça porque Chifuyu me segurou. Olhei perplexa para Baji.

-Babaca!- reclamei, tentando dar uma voadora nele, mas Chifuyu me puxou de volta.

-Chega, vocês dois.- ele reclamou. Resmunguei e cruzei os braços, me sentando ao lado de Chifuyu no sofá e deitando no colo dele. Ficamos em silêncio por um tempo.

-Só espero que essa merda se resolva logo. - eu resmunguei, por fim.

⚠️ os acontecimentos a seguir podem conter gatilho ⚠️

Juju estava atrasada, como sempre. Por algum motivo, ela tinha me pedido para encontra-la. Provavelmente ela queria dar um ponto final de vez nas nossas pendências. E quando digo isso, quero dizer a comida de rabo que ela não me deu por ter ameaçado Kisaki. Tudo bem, eu sabia que tinha feito uma bela merda, mas não me arrependia, nem por um instante.

Meu celular começou a tocar e eu o puxei do bolso, o atendendo enquanto apressava o passo para passar por aquele beco. Mesmo que fosse de dia, bem... Eu não gostava muito de becos! Muito menos naquela área merda que eu estava. Juju e sua péssima habilidade de marcar pontos de encontro!

-Sam?- perguntei assim que atendi o celular. -Tudo bem?

-Onde você tá? Vai demorar muito? A Angeli quer sair e quer que você vá junto. - ela disse. Abri a boca para responder, mas o que saiu foi um grito quando senti alguém puxar meu cabelo com força o suficiente para arrancar alguns fios.

Meu celular caiu no chão; nem tive tempo para me virar antes de alguém acertar algo com força na minha cabeça, fazendo tudo girar. Acabei caindo no chão, sentindo o sangue escorrendo pela minha cabeça.

-Você realmente achou que ia se livrar de mim, sua putinha desgraçada?- aquela voz... Não. De novo não!

Tentei me levantar e correr, mas tudo estava girando e girando. Senti o corpo de Fuyuki em cima de mim, me pressionando contra o chão. Ele bateu minha cabeça com força no asfalto, e tudo ficou preto por um instante.

-Ninguém fica preso pra sempre, sabe?- ele disse, estalando a língua. -Deveria ter sido mais cuidadosa, Aiko. Agora você apenas vai se arrepender de ter nascido.

-Me solta!- eu gritei, com horror, porque não conseguia me levantar. Comecei a me debater desesperadamente e gritei o mais alto que consegui. Ele deu um tapa forte no meu rosto e minha cabeça foi para o lado.

-Cala boca, sua vadia.

-Me deixa em paz!- eu disse com irritação, enfiando minha mão no rosto dele. Mas estava tonta e aquilo nem pareceu surtir efeito nele.

Escutei ele rir. O homem em cima de mim deu um puxão forte na minha camiseta, a rasgando no meio, e eu gritei ainda mais alto. Ele me deu um soco e eu senti vontade de vomitar.

O aperto ao redor dos meus pulsos se tornou forte e eu tentava, a todo custo, me libertar para chuta-lo para longe de mim, mas não conseguia; não conseguia me mexer, não conseguia me mexer, não conseguia...

Ele estava tocando meu corpo e eu estava chorando, sentindo meu estômago revirar. Eu não podia deixar aquilo acontecer, eu não podia...

-Hoje, ninguém vai te livrar, sua vadiazinha.- ele falou sorrindo, segurando o cós da minha calça enquanto eu me debatia.

Gritei de novo e de novo e de novo. Senti minha cabeça chocando contra o asfalto novamente, tudo girando.

-Cala boca, sua...

Não sei dizer o que aconteceu direito, por um segundo, tudo ficou nublado; um som alto e estridente ecoou e, em seguida, algo quente e viscoso atingiu meu rosto, me fazendo cuspir. Sangue; aquilo era sangue e o corpo de Fuyuki tinha caído sobre o meu como um peso morto. Eu gritei de novo;

-Aiko!- Juju gritou, em desespero, empurrando para o lado o corpo sem vida de Fuyuki. Eu não conseguia me mexer, os olhos arregalados olhando para o homem parado a minha frente. -Aiko, está tudo bem...

-O que... O que...- eu não sabia nem o que falar. Senti a mão de Juju no meu ombro e me esquivei, meu estômago revirando com o toque.

-Esse é meu pai. Ele é policial.- ela disse.

Eu não consegui falar ou fazer nada que não virar para o lado e vomitar. Minhas mãos estavam tremendo, meu corpo todo estava tremendo, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto coberto de sangue que não era meu.

-Aiko...- Juju disse, tocando meu ombro, e aquilo me fez sentir náuseas novamente.

-Não me toca.- eu disse baixinho. -Eu não...

Não consegui falar mais nada. Porque tudo ficou preto de repente. E eu apaguei.

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