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☪ .☆ ━━ NINETEEN ━━ ☪ .☆

Eu deveria estar patética agora, toda encharcada, chorando, tremendo como um gato e usando uma sombrinha pink da barbie. Sinceramente, eu nem me importava mais. Não restava mais espaço para tanta decadência dentro de mim. Só ficava martelando na minha cabeça a mesma pergunta várias e várias vezes: "porque ainda estou viva? Porque ainda estou viva?". Sentia um buraco no meu coração; minha mãe tinha me largado e minha irmã me odiava. A única pessoa com quem pude sentir algo próximo a ter uma família de novo havia me trocado por um nerdola quatro olhos que estava fodendo com minha vida. Eu podia negar o quanto quisesse, mas ver Hanma me deixando para seguir Kisaki era pior que tomar uma facada no peito. Doía de uma forma tão grande que eu sequer era capaz de descrever. Porque se Hanma se envolveu com Kisaki por estar entediado, bem, então isso significava que eu não era o suficiente. E isso machucava, machucava de uma forma tão grande que me fazia querer morrer.

E ainda tinha toda a situação com Chifuyu e Baji. Dizer o que eu disse para eles, por mais verdade que fosse, não tinha sido justo. Essa situação doía mais do que qualquer outra. Eu sabia quem aqueles dois eram desde o começo, sabia que não podia cair na idiotice de me apegar a eles. E qual a realidade? Eu me apeguei. Mais do que deveria. O que fazia eu me sentir um lixo toda vez que era forçada a fazer algo para Kisaki. Por isso que ter afastado os dois, por mais correto que fosse, doeu na minha alma. Que merda. Porque eu tinha deixado eles se aproximarem, afinal? Devia ter escutado Sam, para início de conversa. Talvez agora eu não estivesse chorando e soluçando baixinho agarrada a uma sombrinha da Barbie, pensando no como eu fodi com duas amizades que tinham tudo para serem incríveis para mim. Bem, se eu não conhecesse Kisaki Tetta, talvez Chifuyu, Baji e eu pudéssemos mesmo sermos amigos. Mas a verdade é que não podíamos.

Eu só parei de chorar quando entramos na casa de Sam e foi inevitável não falar com ela. Não queria que Sam me visse naquele estado deplorável, então reuni o que ainda restava da minha dignidade e tentei limpar meu rosto destruído pelas lágrimas. Ela mandou Angeli ir trocar de roupa e começou a arrumar as compras na cozinha. E eu? Fiquei parada que nem uma idiota, me sentindo mal por estar pingando no chão dela.

-Vem comigo.- Sam disse e eu a segui. Ela me mostrou um banheiro e começou a remexer em uma gaveta, arrancando de lá uma toalha que jogou para mim. -Vai tomar um banho quente ou vai ficar doente. Pode largar as roupas molhadas lá, eu dou um jeito depois. Vou deixar uma roupa pra você na pia.

Sam começou a se afastar, mas eu segurei o pulso dela. Quando Sam me olhou, senti minha garganta fechar e os olhos encherem de lágrimas de novo. Merda, eu precisava pelo menos me controlar!

-Obrigada, Sam. - eu disse baixinho. Ela sorriu para mim e apertou meu ombro com carinho antes de se afastar.

Entrei no banheiro e arranquei aquela roupa gelada e molhada. Demorei para parar de tremer enquanto a água quente batia na minha pele pálida. Eu tinha passado o dia inteiro sem comer nada, mas meu estômago permanecia embrulhado. Eu só queria que aquele dia acabasse logo, só queria isso.

Não me importei com as lágrimas que caíram enquanto eu estava com a cabeça apoiada na parede de azulejo azul claro. Eu mordi o lábio tentando reprimir um soluço. Não queria que Sam me escutasse chorar, mesmo que eu soubesse que ela sabia que eu estava na merda.

Passei a mão pelo rosto, afastando meu cabelo molhado. Em que momento minha vida tinha desandado tanto, afinal? Ela nunca foi boa, e estava longe de ser. Se eu fosse ser bem sincera, eu não tinha desistido até então por causa de Hanma. Mas agora... Ele estava me levando para um buraco escuro ainda maior do que o que eu estava antes. Eu não conseguia mais enxergar a luz, e aquilo me desesperava. Porque, em muitos momentos, eu simplesmente pensava que não seria tão ruim assim se eu simplesmente pulasse do alto de um prédio ou enfiasse uma faca na minha garganta. Vamos ser sinceros aqui: que diferença eu faria, afinal? Minha mãe, se me amasse mesmo, não teria me deixado ir para a rua. Minha irmã me odeia. Hanma, o único que achei que realmente me amasse, só provou o quão idiota eu sou por acreditar nisso. O que me sobrou?

Escutei batidas na porta e voltei a realidade. Não; eu não podia desistir agora, não com a vida de Sam em jogo. Sam, que tinha Angeli para cuidar. Seria egoísta e escroto da minha parte deixar ela naquele buraco sozinha. Eu não faria isso; enquanto Sam estivesse naquela merda, eu estaria ao lado dela (porque sou uma idiota leal a esse nível. Pergunte ao Hanma).

-Aiko?- escutei Sam chamando. -Tudo bem?

-Desculpa, já estou saindo.- eu disse e desliguei o chuveiro.

Eu demorei para me enxugar e me trocar, colocando um pijama quente que Sam tinha me emprestado. Ele tinha servido perfeitamente em mim. Por um tempo, apenas fiquei sentada no chão, a cabeça apoiada na porta. O que eu diria a Sam? Não sabia nem por onde começar.

Escutei um barulho de celular e franzi o cenho. Fiquei surpresa ao perceber que era o meu celular tocando, do bolso interno da minha jaqueta molhada. Uau, ele tinha sobrevivido?

Eu o arranquei dali, vendo vinte e sete ligações perdidas de Hanma. Não sabia se aquilo me irritava ou me deixava minimamente esperançosa por ele estar preocupado comigo. Que se foda, eu não vou responder. Posso ser uma imbecil, mas tenho um pouco de amor próprio.

O pior nem era isso, eram as duas mensagens de dois outros números. Apenas duas. Uma, bem direta e clara:

"Você é uma idiota, Aiko. Acha que vai resolver a porra dos seus problemas fugindo deles? Não consegue ser sincera e falar logo a merda da verdade, nenhuma vez? Só sabe viver de mentiras. Cansei de você"

Caralho, aquela mensagem era como um tapa na cara. Por mais que eu soubesse que merecia e que Baji estava falando aquilo por pura irritação, machucou mesmo assim. Eu nem fiz questão de responder aquilo. Merecia aquela leve humilhação.

Mas a outra mensagem... Era de Chifuyu. E aquilo sim acabou comigo.

"Você não tá legal. Ok. Eu entendo isso. Não sei que tipo de merda você vem passando, mas sei que começou antes da gente se conhecer. Aiko, eu já sabia que seria difícil quando me aproximei de você, mas fiz mesmo assim. Você tentar me afastar, sinceramente, não muda nada. Eu ainda acho que você vale a pena."

Por incrível que pareça, aquilo doeu mais do que as palavras rudes de Baji. Porque eu não queria que Chifuyu colocasse tanta fé em mim. Quando eu o decepcionasse porque, ah, eu sei que eu ia, ia ser demais para ele. Ele iria me odiar tanto, tanto. E eu não sabia se estava preparada para ver ódio naqueles olhos que sempre foram tão gentis. Eu era mesmo uma babaca. E meu maior erro, entre todos eles, foi ter me aproximado tanto de Chifuyu e de Baji. Só me fazia sofrer ainda mais.

Meu celular estava vibrando na minha mão. Era Hanma ligando de novo. Atirei o celular junto as minhas roupas e saí do banheiro, procurando por Sam.

Encontrei Sam com Angeli na cozinha, as duas jantando. Sam tinha separado um lugar para mim, mas eu não estava com fome. A julgar pelo prato praticamente intocado de Sam, nem ela.

Angeli sorriu para mim e perguntou algo que acredito que tenha sido "o que você achou da minha sombrinha da barbie?". Aquilo foi a única coisa que me fez rir. Vendo a felicidade dela era praticamente impossível ficar com cara de morte.

-Ah, sua sombrinha é incrível, Angeli. Fez eu me sentir estilosa. Você acha que fiquei descolada com ela?- perguntei cutucando a barriga dela, o que fez Angeli dar risada. Sam nos observava, sem falar nada, e eu talvez tenha corado um pouco. -Desculpa.

-Para de pedir desculpas, você não fez nada.- ela repreendeu e eu torci o nariz. Angeli nos deixou sozinhas para ir buscar algum brinquedo. Fiquei cutucando a comida no prato, incapaz de olhar Sam nos olhos. -Quer conversar?

Dei uma fungada. Lembrar do que tinha acontecido só me fazia querer chorar de novo.

-Tudo o que aconteceu no hospital foi demais pra mim.- eu disse baixinho, nem ligando para as lágrimas escorrendo. Que se foda. -Eu sei que eu não presto, Sam, mas não quero machucar as pessoas. Não quero que ninguém sofra por causa das minhas escolhas erradas. Eu nem queria fazer parte dessa merda toda do Kisaki, mas Hanma me enfiou nessa e agora estou com uma corda apertada ao redor do meu pescoço. E, Sam... Sabe qual o pior de tudo isso? No fundo, nem valeu a pena.

Eu coloquei o rosto entre as mãos e soluçei, incapaz de me conter. E porque eu o faria, afinal? Sam já me tinha visto vomitar até as tripas, então o que era uma leve chorada comparado a isso?

-O que quer dizer, Aiko?- ela perguntou apertando minha mão.

-Hanma. Eu amo ele, amo mesmo. Mas não vale a pena. Entende onde quero chegar?- eu perguntei e a vi assentir. -Olha o tipo de situação que ele me colocou, Sam. Que tipo de amigo faz isso? Cara, eu me sinto tão podre, suja e usada... Ele nunca nem mesmo ia me contar o que Kisaki fez. Eu vi isso nos olhos dele.

-Ele é um imbecil, Aiko.

-É...

-O que, exatamente, aconteceu? Como você foi parar sem casa e no meio da chuva?- ela perguntou.

E contei a ela tudo. Sobre o milkshake que joguei na cara de Hanma, o que despejei encima dele. Sobre Baji e Chifuyu aparecendo no pior momento possível, sobre eles me seguindo e sobre o que eu gritei para os dois. Sam me escutou, em silêncio. E depois, apertou minha mão com carinho.

-Talvez tenha sido melhor assim, Aiko. Se você se aproximasse mais deles dois...- ela começou e eu suspirei.

-Merda, eu sei, Sam! Mas... Eu só queria ser normal. Queria poder ser amiga deles.- eu disse baixinho. Sam pareceu surpresa com minha confissão e, principalmente, com minha vulnerabilidade. Eu não dava a mínima que ela me visse vulnerável. Porque eu confiava minha vida a Sam.

-Aiko, posso te perguntar uma coisa?- ela disse e eu assenti. Sam respirou fundo. -Você tá afim do Chifuyu?

Eu engasguei com minha própria saliva e comecei a tossir que nem condenada. Que porra de pergunta era aquela? Caralho, eu aqui abrindo meu coração sobre minha vida de merda e Sam vira e me pergunta uma coisa absurda dessas?

-Pelo amor de tudo o que é mais sagrado, de onde você tirou isso?- eu disse, olhos arregalados. Aquilo fez Sam rir um pouco.

-Sei lá. É que ás vezes parece um pouco.

-Para de ser maluca.- eu murmurei. Sam abriu a boca para rebater, mas Angeli voltou para cozinha, esticando os braços para mim. Olhei para Sam, buscando ajuda, mas ela assentiu para mim e eu peguei Angeli no colo.

Angeli começou a me mostrar a boneca dela e a falar sobre. E eu nunca fiquei tão grata pela interrupção de uma criança. Porque assim, Sam nem mesmo percebeu quando eu não neguei a sua pergunta.

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