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☪ .☆ ━━ FIFTY EIGHT ━━ ☪ .☆

Eu não conseguia respirar. Não conseguia parar de tremer e muito menos chorar, não conseguia parar de me curvar e de vomitar. Simplesmente, eu não conseguia me acalmar.

Estava sentada em uma calçada, lágrimas escorrendo por minhas bochechas e soluçando tanto que todo meu corpo tremia completamente. Todas as pessoas que passavam por ali me olhavam com estranhamento e eu não as julgava por isso, afinal não é sempre que se vê uma garota chorando como se alguém tivesse morrido ou no meu caso, tivesse desaparecido com a porra de uma mulher drogada que nem deveria saber o que estava fazendo.

Ainda tremendo e soluçando, consegui pegar meu celular, discando um número com rapidez. A garota atendeu no primeiro toque.

─ Sam, você... ─ Aiko parou de falar ao perceber que eu estava soluçando e minha voz oscilava tanto que ficava impossível de decifrar alguma frase minha.─ Sam? O que aconteceu? Por que tá chorando? Cadê a Angeli?

Ao ouvir o nome da minha irmãzinha, meu choro se intensificou ainda mais. Tentei cobrir meu corpo com uma de minhas mãos, meus dedos molhando-se com minhas próprias lágrimas.

─ E-eu n-não s-sei.─ Gaguejei. Fechei os olhos com força por um momento, respirando fundo para tentar me acalmar.─ Eu não sei onde ela tá, Aiko. Não sei onde a Angeli tá.

Houve um momento de silêncio, em que só se ouvia meus soluços. Aiko parecia processar o que eu tinha acabado de lhe dizer e então, sua voz finalmente se fez presente, dominada por um tom desespero.

─ O que? Como assim? Que porra tá acontecendo, Sam?─ Questionou. E não consegui respondê-la, pois nem eu sabia o que estava acontecendo ali. Parecia que um dos meus piores pesadelos acabou de acontecer e até agora não sei como lidar com isso. Aiko respirou fundo, e, então, perguntou:─ Sam, onde você tá?

Pisquei os olhos, olhando ao redor com confusão. Ah, sim... Eu ainda estava ali.

─ Tô na frente da escola da Angeli.─ Consegui dizer em um tom claro, apesar de levemente gaguejante e rouco por conta do meu choro.

─ Fique parada aí! Eu já tô indo até aí, a gente vai resolver isso, tá legal?
A Angeli vai tá em casa antes que a gente consiga dizer "vai se foder".─ Disse Aiko antes de desligar.

Ainda na calçada, eu me encolhi no concreto frio e novamente meus soluços se tornaram a única coisa que eu podia escutar, da mesma forma que minhas lágrimas eram a única coisa que eu era capaz de sentir. E com minha voz embargada, sussurei baixinho para eu mesma:

─ Vai se fuder...


Sua testa estava coberta com suor e seus olhos mostravam o quão desesperada ela se sentia por dentro quando Aiko finalmente parou em minha frente. Ela não hesitou quando se jogou em mim e me abraçou com força. Ali em seus braços, me permiti desabar mais uma vez.

─ Não sei o que aconteceu.─ Murmurei, minha voz frágil demais.─ Eu cheguei atrasada e ─ Solucei, minhas mãos trêmulas agarrando os braços da garota.─ eles disseram que minha mãe pegou ela.

─ Espera, a sua mãe?─ Balancei a cabeça, talvez de forma meio aérea. Aiko soltou um suspiro, ela aparecia se controlar para não chorar naquele momento.

─ Sim.

─ Você não tem a mínima ideia de onde elas poderiam estar?─ Perguntou Aiko. Pisquei meus olhos, mais lágrimas desceram. Balancei minha cabeça, negando.

─ Eu não sei.─ Respirei fundo, sentindo meu estômago se revirar novamente.─ Não vejo ela desde que ela...

Não ousei continuar, mas Aiko viu as palavras não ditas em meus olhos e contorceu o rosto até uma careta irritadiça estar formada lá.

─ E isso faz quanto tempo?

─ Acho que um ou dois anos, eu não sei...─ Murmurei, piscando meus olhos, me sentindo momentânea tonta antes de empurrar Aiko para o lado e então, vomitar novamente. A delinquente rapidamente segurou meus cabelos e acariciou minhas costas com carinho, encostando sua testa nelas por um momento.

Estávamos desesperadas. Minha irmã estava nas mãos de uma maluca que nem deveria saber que porra estava fazendo da vida e.... Ergui minha cabeça, arregalando levemente meus olhos. Eu não fazia a mínima de onde minha irmã estava, mas sabia muito bem quem poderia saber onde ela estava sem muito esforço....

Com um gesto rápido, transferi um tapa em meu próprio rosto. Se eu não tivesse perdido tanto chorando e vomitando que nem uma garotinha estúpida, poderia já ter encontrado Angeli e a arrancado dos braços daquela filha da puta que me colocou no mundo. Me virei para Aiko que me olhava, levemente confusa.

─ Vamos pegar nossa irmã.

Não foi difícil entrar na boate que pertencia a família de Sombra, mesmo no estado em que eu me encontrava. Paxxy realmente parecia preocupado comigo quando perguntou se algum babaca tinha mexido comigo enquanto Aiko parecia visivelmente incomodada por estar ali novamente, mesmo que a boate estivesse praticamente vazia.

Fui rápida em subir as escadas e abrir a porta do costumeiro escritório de Sombra que se encontrava da mesma forma de sempre, jogado em um monte de embalagens vazias de salgadinhos e os olhos fixos na tela de seu celular, mas a diferença era que agora havia uma foto colocada com fita em uma de suas paredes. Uma foto que eu havia entregado a ele na noite anterior para que cumprisse o favor que pedi.

Florzinha!─ Se levantou, e pelo menos o imbecil do caralho estava vestindo a porra de uma cueca. Eu vi quando as feições de Aiko ficaram congeladas ao se depararem com a foto de sua irmã presa em uma das paredes daquele lugar, mas, ela não disse nada, apenas lançou um olhar cheio de ódio para Tendou que não se importou com sua presença.

─ Eu fiz o que você pediu. Fiz aquela garota ficar invisível, se é o que  veio saber.

─ Eu não me importo com aquela puta do cacete.─ Rosnei entre dentes, o que pareceu impressionar e assustar Tendou ao mesmo tempo.─ Quero que você ache alguém para mim e pra ontem, Sombra.

Ele sorriu, erguendo seu celular, os olhos já brilhando.

─ Só diz o nome.

─ Sombra tem a foto da imbecil da sua irmã, porquê pedi para que ele fazê-la ficar invisível.─ Disse para Aiko que me olhou, parecendo surpresa e confusa.

─ Mas que porra, Sam? Como assim "fazê-la ficar invisível"? Isso não deveria ser impossível?─ Perguntou ela. Eu a ignorei por um momento, atravessando a rua, sentindo minha mão formigar cada vez mais, parecendo implorar para que eu a enfiasse no meio da cara daquela puta drogada que um dia já foi a porra da minha mãe.

─ Nada é impossível pro Sombra.─ Respondi, virando meu rosto e a encarando.─ Agora você não precisa se preocupar com aquela imbecil. Kisaki nunca vai tocar nela agora.

Aiko franziu o cenho por um momento, parecendo aliviada e ainda mais confusa. Ela ficou calada, mas só apenas até paramos em frente ao prédio que Sombra nos disse que Natsu Salvatore parecia morar, como se uma drogada daquelas pudesse ter a porra de um lugar para morar.

Tentei não xingar em alto e bom som ao reconhecer a fachada do bordel em que eu estava. Aiko tentou me segurar quando dei o primeiro passo e adentrei no local, seguindo para o elevador com a delinquente ao meu lado, rapidamente apertando o número que me levaria até o andar que eu desejava.

Cheia de raiva, quase quebrei o espelho que havia no elevador por conta da demora daquela porcaria subir até a porra do andar e quando enfim as portas de metal se abriram. Não hesitei em nenhum momento quando vi aquela mulher sorrir para minha irmã que parecia feliz com um picolé em suas mãos gordinhas.

Ela continuava praticamente a mesma, mas ainda mais magra, se isso era possível. Os cabelos castanhos lisos caíam por seus ombros ossudos, os olhos caramelos iguais aos meus não tinham o mesmo brilho e os lábios estavam secos, rachados.

A primeira a me ver foi Angeli que abriu um sorriso enorme, totalmente ignorante em relação a mulher que ainda sorria para ela.

Sammy! Ako! Oia, a mamá voltou!─ Exclamou ela, alegre. A mulher que um dia já chamei de mãe, lentamente virou sua cabeça e me encarou, então sorriu.

─ Olá, Sam Dean.─ Ela sussurou, sua voz mansa como se não tivesse me vendido para a porra de um leilão do submundo, como se eu não tivesse que aguentar ser chamada de puta todo santo dia por causa dela, como se eu não tivesse que me virar sozinha para cuidar de Angeli por ela ter nos abandonado após receber o dinheiro da venda da minha liberdade.

Minha visão se tingiu de vermelho, não sei como diabos cheguei tão rápido nela, apenas sei que quando pisquei meus olhos, havia metido um soco no meio da cara daquela vaca enquanto gritava algo incompreensível até para eu mesma. Mulhares gritavam ao meu redor, parecendo tentar chamar a segurança e o choro de Angeli chegou aos meus ouvidos, mas não parei, não consegui parar de socar o rosto daquela vadia imunda que havia fudido toda minha vida por conta de um vício.

Eu não parei até braços fortes agarraram minha cintura e me tirarem de cima dela. Me encolhi nos braços do garoto que me segurava, começando a chorar com tanta força que novamente estava soluçando como uma louca e sentindo meu estômago revirar, prestes a vomitar quando uma tontura me atingiu.

─ Calma, tá tudo bem....─ E a voz de Draken sussurrar em meu ouvido foi a última coisa que escutei antes de desmaiar.

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