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☪ .☆ ━━ EIGHTY THREE ━━ ☪ .☆

Não sabia exatamente o que pensar ou o que estava sentindo naquele momento, enquanto me agarrava com força a Sam e ela corria pelas ruas. Baji estava vivo; aquilo parecia até mesmo uma piada, sinceramente. Ou um sonho. Talvez eu ainda estivesse em choque; Porque era difícil de acreditar que ele tinha sobrevivido, ainda mais depois de tomar três facadas. Tinha bastante certeza que ele estava morto quando Hanma me arrastou para longe daquele ferro velho. Mas... Mas Sam estava dizendo que Baji estava vivo; vivo e bem e na porra do hospital. Ela sabia? O tempo todo? E nem me disse nada?! Eu ia matá-la; ia matar Sam e Baji por serem dois idiotas do caralho! E o que diabos tinha acontecido com Kazutora, então?

Continuei calada conforme descia da moto e Sam agarrou minha mão, me arrastando para dentro do hospital. Meu coração batia dentro da garganta agora; aquilo só podia ser a porra de um sonho, né?

-Não faça essa cara de quem acabou de ver um fantasma.- Sam sussurrou conforme entravamos em um corredor. Ninguém parecia dar a mínima para duas garotas passando por ali como se a vida dependesse daquilo.

-Espera.- eu disse a segurando quando Sam parou em frente a uma porta. Ela se virou para mim, franzindo o cenho. -Eu não... Consigo.

Comecei a surtar ali mesmo. Passei as mãos trêmulas pelo meu cabelo, tentando respirar direito. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, e eu não sabia o que sentir. Porque estive mantendo tudo preso até aquele momento, porque tinha engolido toda aquela dor sem me permitir sentir-lá de verdade, mas agora... Ele estava vivo.

Me encostei na parede, deslizando até o chão, os olhos fechados e respiração ofegante. Sam sentou ao meu lado, fazendo carinho no meu ombro com toda a calma do mundo.

-Está tudo bem, Aiko.- ela disse e eu coloquei meu rosto entre as mãos, segurando a vontade de soluçar.

-Ele deve me odiar. Quase fiz ele morrer!- eu disse. Sam me deu um tapa tão forte na cabeça que me fez parar de chorar na hora. Olhei para minha irmã, perplexa. -Sam!

-Para de falar merda!- ela quase gritou. -Nada disso é sua culpa, sua idiota! Cansei de ver você se culpar por tudo, se destruir aos poucos. Você não é um monstro. Para de achar que é um! Talvez um pouco surtada e as vezes assusta, mas não um monstro.

Sam estava me olhando tão séria que não tive sequer como protestar. Quero ver se ela vai mesmo dizer isso quando descobrir todas as merdas que já fiz! Mesmo que, no fundo, eu soubesse que, para Sam, nada daquilo importava. Apenas a abracei com força.

-Desculpa.- sussurrei. Praticamente podia escutar Sam revirar os olhos.

-Para de ser idiota. Não é pra mim que você deve desculpas, sabia?- ela disse e torci o nariz. Sabia que ela também não estava falando de Baji.

-Vamos logo com essa porra, caralho.- falei irritada, me levantando. Sam deu risada da minha repentina mudança de humor.

Sam abriu a porta do quarto e entrou. Respirei fundo; tudo bem, eu podia fazer aquilo, né? Podia fazer aquilo, porra! Não era isso que eu queria? Parecia um milagre;

-Trouxe a maluca.- Sam disse e eu finalmente entrei no quarto.

A primeira coisa que percebi é que, bem, Kazutora não estava preso, afinal! Porque ele estava bem ali, parecendo ainda mais perturbado do que já era antes. Torci o nariz para o garoto de olhos dourados que me encarava. E então...

-Tá com essa cara de cú porque, Aiko?- o desgraçado perguntou, rindo. Bem, bem vivo, o puto do caralho. Pisquei com força para afastar minhas lágrimas.

Em um segundo, estava ao lado de Sam. No seguinte, já estava em cima de Baji, o balançando com força pela gola da roupa.

-Seu desgraçado do caralho, vai se fuder!- eu gritei, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. -É um puta de um arrombado, seu puto! Eu te odeio, seu otário do caralho, você queria o que, me matar? Imbecil, imbecil, imbecil!

Encostei a cabeça no peito dele, chorando que nem uma idiota. Baji estava rindo da minha cara, porque é um puta amigo bom do caralho! Ele deu um tapa na minha cabeça, forte até demais para alguém que estava todo fodido no hospital. E depois, me abraçou com toda a força que tinha.

-Achei que estava morto, sabia?- eu disse baixinho e ele suspirou. -Você tentou se matar, seu imbecil.

-Ah, você jura, nem percebi.- ele disse com sarcasmo. Dei um tapa na cabeça dele.

-Não faça essas merdas do caralho, Baji, seu otário!- eu dei um gritinho.

-Você é uma puta de uma surtada, Aiko!- ele reclamou. -Você tentou matar o Hanma.

-Foda se, eu surtei!- retruquei, olhando com irritação para aqueles olhos cor de bronze. Baji me devolveu um sorriso sarcástico. -E, que inferno, eu fiz até uma tatuagem pra você achando que estava morto, seu puto! Eu quero meu dinheiro de volta!- disse com irritação, erguendo meu antebraço para que ele visse. Aquilo fez ele sorrir, olhando a tatuagem.

-Fez isso só por minha causa?- ele perguntou e eu bufei. -Ficou legal. Mas perdeu o sentido, porque eu tô vivo.

-Porra, vai se fuder, né, Baji. Eu ameacei o Kisaki com uma arma pra nada?- soltei na hora da raiva. E aí arregalei os olhos quando percebi que tinha falado demais.

-Você fez o que?! - não sei quem gritou mais alto, ele ou Sam. Fiz uma careta.

-Porra, achei que meu melhor amigo estava morto!- eu retruquei, olhando os dois que estavam me encarando, perplexos. -Alguém tinha que colocar esse merdina no devido lugar!

-Perdeu sua noção? Ah, espera, isso você já não tinha!- Baji disse irritado.

-Aiko, mas que merda!- Sam disse passando a mão pelo cabelo rosa. Torci o nariz.

-Eu sabia o que estava fazendo, tá beleza?- eu disse, tão séria que fiz eles me encararem. -Kisaki não é o único que sabe como achar o ponto fraco dos outros. E, graças a minha incrível habilidade de ser uma bela filha da puta quando eu quero, eu descobri qual é a dele. Não me subestimem. - rosnei com irritação. Isso fez os dois trocarem um olhar, o que me fez bufar. -E vocês dois são dois merdas do caralho! Porque ninguém me contou nada?

-Porque tínhamos planos.- Baji disse cruzando os braços.

-Bem, espero que você e esses seus planos vão pra puta qu...- não tive tempo de terminar minha frase antes de a porta ser aberta e eu arregalar os olhos quando uma mulher extremamente bonita e bem parecida com Baji entrou. Bem, merda.

Ah, mas esse não era pior. O pior era que Chifuyu estava logo ali, do lado dela. Chorando em desespero. Aquilo quebrava meu coração, mesmo sabendo que ele estava chorando de alívio.

-Que história é essa do Chifuyu achar que você estava morto, Kei? Você nem mesmo pra avisar ele, seu maldito?- a mulher que presumi ser mãe de Keisuke disse, torcendo o nariz. -Só avisou sua namorada?

-Namorada?!- Chifuyu e eu quase gritamos. Keisuke ficou vermelho e Sam estava dando risada. Mas que merda? A mãe dele pareceu finalmente me ver e eu quis me encolher, sumir, me esconder atrás de alguém.

-E você, é quem?- ela perguntou com curiosidade.

-A-Aiko.- eu gaguejei, fazendo Baji, o grande merda, explodir em gargalhadas.

-Agora você fica com vergonha, sua babaca?- ele gritou pra mim. Respirei fundo. -Mãe, essa idiota achou que eu tinha morrido e fez uma tatuagem pra mim. Viu, Sam, ela me prefere.

Queria me enfiar em um buraco. Deuses, agora quem mataria esse merda seria eu. Mas a mãe dele apenas deu risada e balançou a cabeça, saindo do quarto.

Chifuyu e Baji se encararam por um tempo. Eu que não queria ficar ali de platéia para um momento tão pessoal como aqueles, então praticamente arrastei Kazutora e Sam para fora do quarto junto comigo.

Por um tempo, ficamos ali, no corredor, em silêncio. Kazutora estava me olhando, então me virei para encarar ele de volta.

-Já enjoei do vermelho.- ele disse com uma tentativa de sorriso. Dei um tapão nele.

-Você é outro merdinha maluco do caralho.- resmunguei, batendo meu ombro no dele. -Mas fico feliz que esteja vivo. E não tenha voltado para o inferno.

-Posso dizer o mesmo sobre você.- ele disse baixinho. Apenas suspirei; tinha noção que ele estava bem, bem na merda agora.

A porta abriu e demos de cara com Chifuyu, que estava com cara de quem tinha passado horas chorando. Nem mesmo conseguia olhar pra cara dele direito.

-Podem entrar, sabiam?- ele disse arqueando a sobrancelha. Sam e Kazutora não esperaram uma segunda chamada antes de fazerem exatamente isso.

Mas eu fiquei ali, parada, incapaz de olhar para Chifuyu. Eu merecia estar ali, naquele lugar, junto deles? Quando tudo aquilo... Era minha culpa? Quando eu os tinha arrastado para aquele buraco?

Senti a mão de Chifuyu no meu ombro, mas não ousei olhar para ele enquanto piscava os olhos com força para afastar as lágrimas.

-Aiko.- ele me chamou e eu suspirei.

-Desculpa.- eu disse baixinho. -Não aguento mais isso. Te arrastar para as minhas merdas. Seu melhor amigo quase morreu de verdade, e a culpa é minha.

-Para de dizer isso.- ele falou me puxando com força, me apertando em seus braços. -Eu nunca acreditei nisso nem nunca vou.

-Eu apenas vou te machucar. - eu murmurei.

-Eu não me importo.- ele disse e eu me afastei dele, o olhando nos olhos.

-Mas eu me importo. - eu reclamei. Aquilo fez Chifuyu sorrir que nem um imbecil. Torci o nariz. Porque esse idiota estava sorrindo pra mim daquele jeito? Odiava quando ele fazia isso; me fazia esquecer até dos meus argumentos super válidos.

-Tá vendo? Isso só prova que você não é nada disso que acha que é.- ele disse, como se aquilo fosse o suficiente para acabar com aquela discussão. Abri a boca para protestar, mas ele se inclinou na minha direção, pressionando a boca contra a minha. -Chega de fugir, Aiko. Não vou te deixar fazer isso.

Fechei os olhos com força, finalmente retribuindo o aperto de Chifuyu. E, bem, talvez ele estivesse certo. Talvez fosse mesmo hora de parar de fugir. E carregar o peso dos crimes de outras pessoas como se fossem os meus.

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