Reagrupar, Plano B
Todos os que já estavam no colégio puderam ver Ayako e Rin entrando, Saber rapidamente saiu de seu modo de combate voltando a trajar suas roupas casuais; há alguns minutos atrás Illya sofria um grande desconforto em seu corpo, sua magia aos pouco se esvaía e todos conseguiam imaginar o porquê, enquanto acompanhava esses momentos próximo a Illya, Emiya pôde ter pequenos fragmentos de visões, relances de batalhas passavam em sua mente, entretanto o jovem não possuía um contexto e nem uma explicação plausível para vir a expor esta informação aos demais, por isso decidiu guardar para si mais um pouco.
Logo na entrada do clube de arco e flecha todos se encontraram, Illya se mantinha calada, desgastada e visivelmente preocupada, Saber ao mesmo tempo em que queria passar uma expressão receptiva também guardava ansiedade em seu peito, já Emiya não ficou tão inexpressível, foi ao encontro das duas meninas que chegavam, indo tirar satisfações especificamente com Ayako.
– O que está fazendo aqui hoje Ayako? Você e a Sakura não têm noção? – Emiya eleva um pouco a voz enquanto questiona Ayako.
– Calma lá Emiya! – Ayako o repreende a altura – Hoje é domingo, e temos total liberdade em vir treinar, talvez vocês não saibam, mas um campeonato se aproxima e todos nós precisamos treinar para estarmos prontos!
– Mas hoje não era...
– ... não, não quero saber..., a aliás... onde está a Sakura?
Todos desviam o olhar, Rin muito curiosa observa ao redor e na expressão dos demais, com certeza um desentendimento havia ocorrido ali com Sakura, por isso Rin entrou na conversa tentando colocar um ponto final.
– Tahhh, chega disso! Escuta Ayako, tenho certeza de que a Matou já foi embora, e aconselho você fazer o mesmo, e sem querer ser rude, eu e eles estamos nos reunindo hoje aqui por um motivo muito mais importante e inadiável, então por causa dessas explosões que aconteceram no centro é melhor você voltar para a sua casa, onde é mais seguro.
– Se em casa é mais seguro porque vocês também não vão? – Ayako com uma expressão sínica se põe a perguntar.
– Bom... mais uma vez sem querer ser rude, isso não é de seu interesse. – Disse Rin também com uma expressão sínica – Mas fique tranquila, assim que terminarmos nossos assuntos aqui voltaremos para a segurança de nossos lares.
– Muito bem então, vou para casa, mas quero que saibam... – ela aponta o dedo na direção de Rin – se perdermos o campeonato a culpa será de vocês!
Ayako dá às costas para eles e vai até o clube pegar suas coisas para ir embora, na volta ao passar por todos ela fixa seus olhos em Illya, a menina que ainda se encontrava levemente abalada pela extração de magia apenas desvia o olhar.
Com Ayako já longe da escola Rin deixa sua pose se desfazer, a preocupação volta a tomar conta dela.
– Aonde eles estão? Cadê? – Perguntava Rin em pavorosa.
– Não sabemos, eles ainda não voltaram, mas pelo selo de comando que ainda permanece em suas mãos – apontava Emiya – significa que eles estão vivos.
– E o que aconteceu lá Rin? Lancer foi para ajudá-los e acabou não voltando ainda... inclusive ele absorveu uma boa quantidade de magia de meu corpo. – Illya questionava se demonstrando cada vez mais preocupada.
– Foi tudo muito confuso, enquanto Archer lutava contra a Caster eu fui jogada de cima da ponte, foi neste instante que Lancer apareceu para me salvar, então para permitir que Archer lutasse sem interrupções nós fugimos voltando, mas... no caminho de volta... – Rin abaixa a cabeça um pouco angustiada – encontramos outro servo inimigo.
– O quê? Como pode, foi uma emboscada, um plano para nos dividir? – Saber questionava preocupada e nervosa.
– Mas o que aconteceu com Lancer, quem era o servo inimigo? – Emiya pergunta segurando as mãos de Rin.
– Era um servo da classe Assassin, mais precisamente o lendário samurai e espadachim Sasaki Kojiro!
– Ele estava com o mestre?
– Não. – Rin dizia em voz baixa.
– Não podemos ficar assim, devemos procurar um esconderijo o mais rápido possível para vocês, eu terei que ir ajudá-los! – Saber caminhava para a saída do colégio.
– Não será necessário, rei!
Vindos de um pequeno jardim que ficava ao lado da entrada do colégio, Archer surgia do meio de árvores e um gramado ajudando Lancer a caminhar e consequentemente impedindo Saber de sair.
– Lancer, o que aconteceu? – Illya corria na direção de seu servo ferido.
– Hehe. Nada demais senhorita Illya, apenas alguns cortes que sofri de um samurai, estou bem. – Lancer se recompunha diante Illya para não preocupá-la.
– E você Archer, está só o bagaço, não acredito que aquela feiticeira de araque causou tudo isso em você! – Rin se aproximava de Archer com os olhos lagrimejados, ela acerta um soco no peito do servo.
– E você vendo o meu estado ainda me agride? – Archer solta um sorriso – Mas sim, ela me pegou desprevenido, abaixei a guarda e sofri uns mals bocados, porém ela também abaixou a guarda e teve uma derrota rápida. – Archer fitava Emiya de longe enquanto contava o desfecho da batalha.
– Temos que sair daqui, precisamos encontrar um lugar seguro para ficar onde possamos tratar dos ferimentos de Lancer. – Saber sugere insistindo.
– Concordo com a Saber – Emiya toma a frente – não sabemos quando o inimigo atacará novamente, parece que eles trabalham juntos, isso virou um problemão para nós.
– Podemos reagrupar em minha mansão nas montanhas e lá criar um plano B, só assim todos podemos descansar. – Illya dá a ideia.
– Estão de acordo? – Saber pergunta e observa todos concordarem – Pois bem, vamos para a mansão dos Von Einzbern!
– Sim, mas você não vai dirigindo Saber, não precisamos passar por outra experiência de vida ou morte como daquela vez. – Rin esbraveja com Saber fazendo todos darem risada.
Mansão dos Matou.
Sakura chegava à mansão em silêncio, ela seguia para o seu quarto, mas no momento em que passava ao lado de uma porta que seria da sala de reuniões da família, a jovem pôde escutar uma conversa intrigante entre seu avô e seu irmão.
– E então Shinji, não quis participar do início da guerra? Outros servos e mestres já entraram em batalha e você aqui, com medo! – Exclamava calmamente Matou Zouken, o líder da família Matou.
– Não meu avô, não se trata de covardia e sim de estratégia, pouco tenho a intenção de me jogar no meio dessa bagunça, pelo menos não por enquanto... – Shinji sorria psicopaticamente o respondendo.
– Então quando você irá participar? Não foi fácil conseguir um servo para você Shinji, então eu acho melhor começar a demonstrar resultados! – Zouken ainda calmo dava um gole no chá dentro de uma pequena xícara.
– Por isso os Matou sempre perderam as guerras em que participaram, ir para cima com tudo não corresponde à minha estratégia de vencer.
Sakura permanecia em pé e escondida ao lado da porta escutando todo o plano.
– E sua estratégia consiste em quê? – Perguntava o velho homem.
– Hum... curioso? Haha. Não sei se devo lhe contar. – Shinji se mostrava afrontador.
– Espero que não esteja brincando comigo meu jovem, você sabe o que pode acontecer com você não é mesmo? – Zouken não tirava os olhos de sua bebida, mas falava num tom ameaçador.
– O mesmo que Sakura? Me poupe velho, aquilo só acontece com ela porque ela é fraca. – Shinji solta uma risada debochada – E tem mais... não pense que pode tentar algo contra mim!
O comando de Shinji brilha em sua mão e um barulho vindo do cômodo ao lado faz com que Zouken sinta medo, e ao lado de fora trazendo igual pavor a Sakura fazendo ela fugir na ponta dos pés ao também sentir a magia e escutar o barulho.
– Só espero que ganhe esta guerra, nada mais que isso, os Matou confia em você. – O velho apagava os sinais de qualquer ameaça em seu modo de falar.
– Agora sim vovô, agora vejo que o senhor está preocupado comigo – Shinji semicerra os olhos e arqueia os lábios –, não se preocupe, pode parecer que não estou agindo mas tudo vai de acordo com o plano, Rider já veio me informar dos preparativos e logo todos nós entraremos em ação, vou vencer essa guerra em nome dos Matou, fique tranquilo! – Shinji se levanta e caminha retornando ao seu quarto.
Ponte de Fuyuki, 17:30, início do pôr do sol.
– Parece que as coisas estão ficando realmente interessantes, não acha?
– Sim minha mestra, os servos desta guerra estão se mostrando muito poderosos! – Respondia o servo dentro das sombras entra os cabos da ponte.
– Pena que você foi interrompido, caso contrário seria um incômodo a menos que nos separa do cálice.
– Devo admitir que se eu não o tivesse ferido no início da batalha a luta se tornaria muito mais difícil.
– Não importa, de qualquer jeito você teria ganhado! O que me incomoda mesmo é o tal do Archer, ele se mostrou muito poderoso e habilidoso, pude ver toda a luta dele contra a Caster aqui na ponte, e se eu não tivesse me escondido com certeza eu teria me envolvido nos golpes.
– Suas habilidades em magia são muito boas, minha mestra, tenho certeza que a senhora conseguiria sair rapidamente de qualquer situação de perigo.
– Pare de me elogiar Assassin, eu não possuo um talento nato como os outros desta guerra, minha família não é de magos, apenas sei usar magia por que fui ensinada por um velho que foi acolhido por minha família a 10 anos atrás, e ele sempre me falava desta guerra, hoje enfim posso lutar nela, infelizmente o velho não está aqui para ver, mas isso não importa.
– Entendo... e qual será nosso próximo movimento, minha mestra?
– Por enquanto nenhum, vamos observar o que acontece com os outros, eu não sou a única nesta guerra que é desprovida de berço mágico, isso vai ficar muito interessante, eu posso sentir...
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