"Precisamos de Poder para Proteger Àqueles que Amamos"
Não muito longe da destruição causada pelo último golpe de Saber em Berserker, Shinji frustrado e com raiva se preparava para fugir sem deixar rastros, porém entre os escombros ele pôde ver Emiya se aproximando correndo em sua direção.
– Você!? Como conseguiu se soltar das minhas amarr... – Shinji é interrompido pelo soco que Emiya o acerta no meio da cara.
Emiya não falava nada, apenas continuava socando Shinji que não tinha a chance de se defender devido à grande ira daquele ele antes humilhou.
– Espere! Espere! Emiya por favor pare! – Shinji tentava rolar para o lado e fugir.
Emiya o puxava pelas pernas e continuava o espancando com toda a sua força. Ao perceber a presença de Emiya, Saber grita chamando seu mestre, aproveitando a rápida distração causada por Saber involuntariamente, Shinji se levanta e corre. Emiya sente seus músculos adormecerem e uma energia fluir em suas veias, o jovem tomado por sua raiva corre atrás de Shinji sem perder tempo.
Emiya o encurrala entre um grande pedaço de escombro que caiu de um prédio durante a luta de Saber, fazendo com que Shinji não tenha para onde correr.
– Você não deveria ter feito aquilo Shinji! – Ele bufava de ódio.
– Não Emiya, me perdoe por favor, eu faço o que você quiser, por favor me deixe ir! – Shinji implorava outra vez.
Emiya não deu ouvidos, raios de energia circulavam a sua volta fazendo o poder que fluía de seu corpo tomar forma, ele criou duas espadas em suas mãos, uma Double Sword igual a de Archer.
Saber ia de encontro a seu mestre para tentar impedi-lo, mas foi tarde demais.
Com uma das espadas Emiya atravessou o crânio de Shinji prendendo sua cabeça no escombro a suas costas, com a outra espada ele o decapitou fazendo com que o corpo de Shinji caísse ao chão tendo leves espasmos.
– O que você fez... – Saber olhava um pouco impressionada com o que ele havia feito.
Emiya não disse nada, apenas recostou nos ombros de Saber e começou a chorar novamente, todo o ódio que preenchia o seu peito se foi, deixando apenas uma solidão devastadora.
Pouco tempo depois Emiya e Saber já teriam tomado distância de onde se encontrava o corpo de Shinji. Rin surgiu atravessando a destruição na grande avenida do centro da cidade, pelo estado em que os dois se encontravam ela imaginava o que poderia ter acontecido.
– Emiya você não deveria ter saído correndo daquele jeito! – Rin o repreendia.
– Me perdoe Tohsaka, mas eu precisava resolver isso. – Ele ainda abalado respondia sem a encarar nos olhos.
– Quer ajuda para carregá-lo Saber? – Rin tentava ajudar.
– Não precisa, está tudo bem. E os outros como estão? – Saber caminhava ajudando Emiya.
– Eu não sei dizer ao certo, a Rider nos pegou de jeito, o maldito Issei falou na carta que a Rider não possuía poder suficiente para lutar, mas a desgraçada nos causou muita dor de cabeça.
– E onde está Illya? Ela está bem? – Emiya perguntava preocupado.
– Sim, ela ficou segura. O que me preocupa foi a chegada repentina de um novo servo. – Rin respira fundo.
– Um novo servo? – Saber se espanta – O que realmente aconteceu lá?
– Na verdade foram dois, mas um deles veio para nos ajudar, é da Chaldea, mas o outro... – Ela faz uma pausa.
– O que tem o outro, diga! – Saber insiste.
– Eu o vi Saber – Emiya se solta do braço de Saber – é um servo que veste uma armadura toda dourada.
– Não pode ser! – Saber se assustava.
– Mas o que... – Rin sente algo indo na direção deles.
Vindo de cima de um poste de luz, Gilgamesh acerta um dos disparos bem próximos de Rin, o impacto a joga longe e faz com ela caia desacordada.
– Ora ora, Saber! – Gilgamesh abria um enorme sorriso – Parece que você cuidou daquele ser ignóbil, uma pena, pois eu queria testá-lo.
– Gilgamesh!! O que faz aqui, quem te invocou para esta guerra!? – Saber se coloca em guarda.
– Calma, não seja tão agressiva comigo assim logo de cara, faz 10 anos que não nos vemos e é assim que me trata? – Ele pula de cima do poste de Luz – Respondendo a sua pergunta, não sei quem me invocou, mas sei quem trabalha comigo.
Kotomine Kirei aparecia caminhando às costas de Gilgamesh.
– O padre? – Emiya questiona surpreso.
– Olá Emiya Shirō. – Kirei o saudava enquanto acendia um cigarro.
– Porque demorou tanto Kirei? – Gilgamesh se põe a perguntar.
– Desculpe-me Gilgamesh, mas não sou tão rápido quanto você. – Kirei responde com certa aspereza.
– Muito bem então... – Gilgamesh o encara um pouco incomodado – não importa, estamos diante de minha querida Saber, e agora vamos terminar o que começamos a 10 anos atrás.
(Prólogo)
“Precisamos de poder para proteger aqueles que amamos”, uma voz ecoava na cabeça de Emiya falando essas palavras.
Em meio ao clímax de uma guerra santa cheia de mentiras, mortes, ódio, e ganância, o Santo Graal é o objeto que representa a ambição, poder, sonhos e também o definhar da humanidade.
Se aproximando das 22hrs da noite, na avenida principal da cidade, Emiya e Saber tentavam segurar Kirei e seu servo Gilgamesh. Caída atrás deles estava Tohsaka Rin que anteriormente tentou ajudar, porém foi atingida em uma pequena explosão, perdendo assim a consciência.
– Faça como quiser Gilgamesh, não tenho mais a intenção de participar disto. Estou me retirando, você sabe onde me encontrar.
– Claro humano, mas é uma pena que não fique para ver nossa vitória, e para usufruir do grande prêmio junto a mim.
Kirei saía de cena deixando Gilgamesh no controle da situação, ele sabia que logo mais o Archer de Rin e o Lancer de Illya chegariam ao campo de batalha trazendo com eles maiores chances de vitória. O rei da Mesopotâmia sem dúvida alguma era poderoso, mas não invencível.
– E então Shirō, o que faremos? Não vou conseguir segurá-lo por muito mais tempo.
Saber se encontrava já desgastada pela batalha anterior contra o Berserk, foi ferida em vários lugares e gastou uma grande porção de magia.
– Precisamos distraí-lo e tirar Rin daqui, não sabemos quanto tempo a luta do Archer vai demorar.
– E então seus imundos, vão me divertir mais, – Gilgamesh abria algumas dezenas de círculos mágicos com espadas saindo de dentro deles atrás de si, os portões da Babilônia – ou devo presumir que já estão prontos para morrer?
Saber lentamente mudava sua postura com a espada sagrada Excalibur em mãos, deixava de se manter em defesa e se preparava para avançar velozmente na direção de Gilgamesh. Atrás dela, Emiya se virava para Rin com intenção de pegá-la quando Saber avançasse.
– Oh minha cara Saber, que vergonha você se pôr contra mim, o maior dos heróis, o rei da Mesopotâmia. – Exclamava ele descruzando os braços chamando Saber para si.
– Não se esqueça que eu também sou da realeza, Gilgamesh!
Com um de seus pés Saber pressiona o chão fazendo-o rachar, e após terminar de falar, se atira como um raio na direção de Gilgamesh esmigalhando o solo ao seu redor. Gilgamesh sorri, e Saber percebe que caiu numa armadilha, ela não estava rápida o suficiente para desferir um golpe inevitável. O rei da Mesopotâmia empunha uma de suas espadas e com um certo esforço bloqueia o corte de Excalibur obrigando Saber a recuar alguns passos para trás. Ela escuta um grito vindo de suas costas, Emiya já com Rin no colo avisa a serva sobre as centenas de círculos mágicos que a rodeava.
Gilgamesh fecha os olhos e abaixa a cabeça. As rajadas de espadas recaem sobre Saber vindas de todas as direções, o solo estremece com os ininterruptos impactos, e ao final, apenas uma pequena cortina de fumaça se eleva sendo rapidamente dissipada pela leve chuva que começava a cair.
– Veja Emiya Shirō, sua serva já... – Gilgamesh se interrompe dando um amargo sorriso.
Emiya usou o segundo de seus comandos, quase que instantaneamente tele transportando Saber de volta ao seu lado. A chuva caia mais forte agora, Saber se feriu ainda mais, e toda a sua armadura encontrava-se danificada, devido as dores e aos ferimentos ela cai sobre um dos joelhos.
– Desculpe Shirō, mas não vejo como derrotá-lo, se não fizermos nada agora, iremos morrer!
Gilgamesh começava a andar na direção dos três feridos e desamparados a sua frente, perversamente gargalhando e abrindo centenas de milhares de portais à suas costas.
– Quero ver vocês conseguirem escapar dessa agora! Acho que ainda não perceberam que é impossível ganharem de mim. Hahaha
– Eu não teria tanta certeza disso, rei. Não iremos perder esta guerra para você, temos um dever, precisamos proteger as pessoas que amamos! – Uma voz dizia em alto e bom tom.
Ao parar de caminhar e olhar para trás, Gilgamesh via uma silhueta escura e ofuscada pelo brilho da lua, neste momento Rin acordava nos braços de Emiya e pôde testemunhar a destruição em volta e o estado no qual seus companheiros se encontravam. Mesmo sem enxergar direito a figura que planava em meio ao céu noturno, ela soube de imediato quem era.
– Você? E o que você poderia fazer, Archer?
Pousando próximo ao rei da Mesopotâmia, Archer não tirava os olhos de seu alvo; um vento forte soprava ao seu redor, pequenas faíscas de eletricidade saíam de suas mãos se misturando à uma grande aura vermelha e prateada que emanava de seu corpo, todo o lugar havia sido tomado por uma poderosa energia mágica. Ele então estica um dos braços para Gilgamesh e começa a recitar seu Noble Phantasm:
– I am the bone of my sword. Steel is my body and fire is my blood. I have created over a Thousand blades. Unknown to death, nor known to life. Have withstood pain to create many weapons. Yet, those hands will never hold anything. So as i pray. UNLIMITED BLADE WORKS!
Todo o solo ao redor brilhou e estremeceu como se fosse um vulcão em erupção, grandes rachaduras surgiram, a magia cor escarlate fluía do chão em direção aos céus, e com um grande clarão, Archer e Gilgamesh foram transportados para uma outra dimensão, totalmente árida e coberta de espadas cravadas no solo, o céu cheio de nuvens negras tapando o sol alaranjado de um crepúsculo, e entre as nuvens, gigantescas engrenagens de um relógio destruído. Um mundo distópico, um mundo ilimitado de espadas...
Fora do centro da cidade, próximo aos arredores da igreja abandonada.
Kirei caminhava retornando para a igreja abandonada, chegando próximo a ela uma pessoa surgiu o abordando e trocou breves palavras com ele.
– Vejo que... as coisas seguiram exatamente como o planejado, não é mesmo, Kirei!?
– Ora velho amigo, seu plano não poderia ter sido melhor! Esperamos por este dia a muito tempo e agora nossos desejos irão se realizar.
– Sim Kirei, foi muito tempo mesmo. Nada poderá nos impedir, nem que as estrelas caiam dos céus o que está para acontecer esta noite poderá ser adiado.
– Claro! Bom, vejo que realmente vai ao campo de batalha para ver o fim de perto!
– Vou, e respeito a sua decisão de voltar para a igreja, ela é um lugar muito especial para você, não é?
– O Cálice Sagrado está prestes a nascer. Ele concebeu todo o mal deste mundo que nasceu das pessoas, mas nunca foi desejado por elas. O paradeiro do bem e do mal... se nascer algo que pode nos responder ao invés de agir diretamente, o que poderá acontecer? A resposta está próxima! E se essa pergunta for uma blasfêmia contra Deus? Então na frente de Deus eu daria tudo de mim e questionaria o meu senhor até a morte. – Kirei olhava para o Grand Order e sorria.
– És um homem sábio Kirei, não poderia ter tido melhor cúmplice. Mas isto é um adeus definitivo, o laço do destino se rompe aqui!
A pessoa misteriosa seguia confiante ao centro do olho do furacão, para a batalha final.
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