O Filho de Zeus
Enquanto Rider conversava com Ryuudou Issei em sua casa, em outro lugar não muito distante dali Ayako recebia o relato de Assassin sobre a batalha no desfiladeiro contra o servo até então desconhecido, Gilgamesh. Assassin se encontrava extremamente ferido, mesmo com o sangramento estancado sua situação era delicada, ele havia ficado muito fraco.
- Eu entendi Assassin, mas com essa surpresa os nossos planos mudam completamente! - Ayako ajudava a tratar dos ferimentos do servo.
- As feridas vão se curar em pouco tempo, não precisa se sujar com meu sangue mestra... - Assassin afastava Ayako de seu corpo ensanguentado - e sobre o plano, hunpf... - ele suspira - mesmo me curando rápido eu acho que não tenho condições de fazer nada, pelo menos por um dia inteiro!
- Compreendo... contudo, você foi muito descuidado! - Ela torcia um pano com o sangue dele em uma tigela com água - Temos que avisar aos outros sobre o imprevisto, um 8° servo muda tudo, principalmente com este nível de poder, pensei que teríamos que nos preocupar só com a Saber. - Ayako levantava-se e caminhava pelo seu quarto pensativa.
- Com ela e com o Berserker! - Exclamava ele tentando se colocar sentado na cama.
- Com ele também, mas não por enquanto, somos aliados e o Shinji não iria nos trair...
- Não agora, mas vai! - Assassin dizia a interrompendo.
- Eu sei, estou ciente da pessoa horrível que ele é, mas foi ele mesmo que veio até nós pedir um acordo, e tudo graças ao Issei... não confio nada nele, ele é o tipo de pessoa que não dá para saber o que se passa na cabeça. Lutar contra o Berserker está fora de cogitação, mas contra a Rider, bom, no final de tudo a aliança vai terminar e vamos inevitavelmente lutar, por isso precisamos fazer com que a Saber lute contra o Berserker! - Ayako aparentava estar preocupada.
- Ou contra este novo servo. Ele é o antigo rei da Mesopotâmia e com certeza possui poder suficiente para lutar contra um dos outros dois.
- As coisas mudaram, porém ainda temos que fazer a Saber lutar contra o Berserker, teremos que deixar esse tal Gilgamesh para o Lancer e o Archer. Eles três são nossos inimigos por isso vamos deixar que se matem. - Ela olhava para Assassin confiante.
- Mas e se eles não se enfrentarem? E se o Gilgamesh se voltar contra nós, contra mim? Tenho certeza que da próxima vez que me ver ele não vai me deixar escapar. - Assassin observa sua espada no canto do quarto ficando frustrado.
- Merda! - ela chuta uma cadeira próxima - Justo quando as coisas começaram a se alinhar... não consigo pensar em nada, também não posso mais deixar você agir livremente, qualquer vacilo e sua morte é certa. - Ayako tira seu celular da bolsa.
- O que vai fazer? - Pergunta Assassin ficando em pé.
- Vou ligar para o estrategista do time, Issei vai ter uma ideia do que fazer, ele sempre se faz de elo fraco, contudo eu já entendi qual é a sacada dele - ela levava o celular ao ouvido -, também precisamos saber se o acordo de não agressão foi feito com os outros.
- Engraçado, - ele abre um sorriso - sempre desaprovei isso, enganar nossos inimigos, atraí-los para uma armadilha, porém agora vejo o quão necessário é, preciso aceitar que minha força não se compara a força de alguns deles.
- Não diga isso, você é muito poderoso, o problema é que aqueles três são monstros, só por isso que... ah, alô? Issei? Como foi? - Ayako iniciava a chamada com Issei.
Mansão dos Matou, 18:15.
- O que foi sua vagabunda? Não escutei direito, repete! - Shinji estapeava Sakura que estava nua e amarrada por correntes mágicas em cima de uma cama - Por acaso você está insinuando que vai contar ao seu ex-namoradinho o meu plano? Hein?
- Não, por favor Shinji... - ela chorava em desespero - calma, só estou dizendo que não precisa matar ninguém, só que... - ele a acerta outro tapa no rosto - não, não, por favor...
- Ele vai morrer, e você vai estar lá para assistir! - Ele subia nela - Eu mereço ser agradecido por ter lhe deixado namorar com ele por tanto tempo, mas você não se contentou né, além de ser meu brinquedinho ainda queria ser o dele também? - Shinji gritava próximo ao rosto dela.
- Não é nada disso, eu gosto dele! - Ela gritava chorando.
- Ora sua... - ele fechava o punho para socá-la.
- Shinji! Chegou uma visita para você! - Interrompia Zouken, seu avô.
- Parece que isso fica para mais tarde. Vou deixar você por enquanto. - Dizia ele se vestindo.
Shinji saiu do enorme quarto frio e úmido no porão em que estava com Sakura, ele subiu uma escada e foi de encontro à visita.
- Ora se não é minha linda Rider, - ele a recebia escandalosamente - venha vamos conversar. - Shinji se aproximava dela passando a mão na ponta de seus cabelos.
- Por favor vamos ao que interessa! - Rider o repreende em tom sério.
- Calma, relaxe, sente-se, coma ou beba alguma coisa, fique à vontade. - Ele a mostrava uma mesa farta.
- Não obrigado! Vim apenas para informar-lhe que eles caíram na armadilha.
- Que notícia maravilhosa! - Ele bate palmas -Veio me avisar pessoalmente, estou lisonjeado.
- Sim! Mas também vim buscar o que meu mestre deseja. - Ela se mantém estática.
- Oh, o Grimório da minha família, - ele faz o livro surgir em sua mão - sim, está aqui. Receio que agora seja o momento de Issei usá-lo, logo mais entraremos em combate e toda ajuda é necessária, ele fará melhor uso que eu, não preciso usar isso com o Berserker! É realmente uma pena seu mestre não possuir tanta magia quanto eu ou a Mitsuzuri. - Shinji colocava o grimório sobre a mesa.
- Meu mestre fará um ótimo proveito disto - ela pegava o grimório -, vou me retirar agora.
- Claro, claro... Medusa... - Ele arqueia os lábios.
Rider o observar calada, logo em seguida se vira e sai pela porta, deixando a mansão.
Alguns minutos depois que Rider havia deixado a mansão dos Matou, Shinji recebe uma ligação de Issei.
- Alô!
- Issei, ora que inusitado, a Rider saiu daqui quase agora. - Shinji atendia.
- Temos um problema Shinji! - Issei exclamava sério.
Dia seguinte, sexta-feira 6:00 da manhã. Antártica, Centro de Operações da Chaldea.
Fujimaru Ritsuka e Mash Kyrielight andavam pelos corredores da Chaldea indo em direção à sala de comando principal.
- Mestre o que acha que o Dr. Romani quer conversar com a gente? - Perguntava Mash andando cambaleando por causa do sono.
- Não faço ideia, mas... - Fujimaru boceja - mas com certeza deve ser relacionado a alguma anomalia. Quando chegamos ontem de tarde eles logo nos mandaram ir descansar.
- Sim, deve ser. E ainda bem que foi assim, precisávamos mesmo de algumas horas de sono. - Mash colocava a mão na boca bocejando também.
- Ao mesmo em tempo que me sinto aliviado por ter voltado também me sinto um pouco triste por me despedir de todos em Uruk. - Fujimaru se mostrava pensativo.
- Eu também mestre, passamos um bom tempo com eles, as lutas, as mortes, tudo isso nos tornaram mais próximos um do outro. Mas é sempre assim, depois que voltamos de uma anomalia ficamos com esse mesmo sentimento. - Mash sorria para Fujimaru e ele sorria de volta.
Ambos chegam à sala de comando principal se apresentando para o serviço.
- Bom dia, desculpe pedir que se levantassem tão cedo. - O Dr. Romani sorria um pouco sem graça.
- Bom dia. Não tem problema doutor. - Exclamava Fujimaru.
- Dormimos bem e estamos recuperados, bom dia. - Dizia Mash.
- Que bom, então parece que estão preparados para outra, não é? - Da Vinci entrava na sala.
- Bom dia!
- Bom dia!
- O motivo pelo qual chamamos vocês aqui tão cedo mesmo tendo acabado de voltar da Babilônia é por causa de uma anomalia, como devem imaginar. - Dr. Romani se sentava em sua cadeira.
- Pensávamos que a da Babilônia teria sido a última! - Afirmou Mash.
- Nós também - interrompe Da Vinci -, desde quando vocês foram para a Babilônia uma anomalia irrompeu os céus de Fuyuki no Japão.
- Mas por que vocês não nos comunicaram? - Questionou Fujimaru.
- Pensamos em fazer isso, mas vocês já tinham coisas demais para se preocupar! - Explica o Dr. Romani.
- Mas e agora? Se a anomalia apareceu desde que fomos para a Babilônia então significa que já faz muito tempo que ela permanece lá. - Mash ficava preocupada.
- Quanto a isso calmem-se, ficamos monitorando todo esse tempo, e nada aconteceu, apenas uma oscilação de tamanho neste domingo. - Da Vinci tentava acalmar os ânimos de Mash.
- Temos que ir para lá imediatamente! - Impôs Fujimaru.
- Sim, iremos mandá-los, mas antes precisam saber que uma guerra santa está acontecendo neste exato momento, mas vocês sabem lidar com isso não é!? - Sorria o Dr. Romani.
- Sim, sabemos. - Conclui Fujimaru.
- E quando vamos para lá? - Perguntava Mash.
- Vocês partem em uma hora. O tempo estimado de chegada ao Japão é de 15 horas após a decolagem. Vão se preparar! - Concluía o Dr. Romani.
Colégio de Fuyuki, sala de reunião do conselho estudantil, 16:00.
Emiya juntamente aos membros do conselho estudantil finalizavam uma reunião de praxe. Emiya se mostrou distante durante toda a reunião, em alguns momentos deixou todos esperando por sua fala e consequentemente causou constrangimento. Quando todos se levantavam para irem embora, menos Emiya, o presidente do conselho estudantil Ryuudou Issei chama sua atenção para trocar algumas palavras.
- Emiya! Espere um momento por favor! - Issei impedia Emiya de sair da sala.
- Sim? O que foi Issei? - Emiya respondia ainda um pouco longe nos pensamentos.
- Você está bem? - Perguntou Issei aparentando preocupação.
- É... estou sim, e a propósito, me desculpe sobre a reunião, fiquei um pouco distraído. - Ele sorria e coçava a cabeça.
- Um pouco? - Issei dá uma risada - Você tinha que ver a cara da Shizune, sempre que era a sua vez de falar ela te fitava com ódio. Haha.
- Pois é, ela nunca foi com a minha cara. - Emiya também dá risada.
- Mas falando sério, te conheço a algum tempo, percebo que você não está muito bem. - Issei levanta da cadeira, e se aproximava colocando a mão no ombro de Emiya.
- Nada demais, só algumas coisas que venho pensando, mas nada com o que se preocupar. - Emiya tentava amenizar.
- Se for sobre seu namoro com a Sakura... bom, não queria dizer nada, porém como seu amigo me sinto na obrigação de informá-lo... - Issei fala ao ouvido de Emiya - estão dizendo por aí que você traiu a Sakura com a Tohsaka Rin.
- Não, não é nada disso, Tohsaka e eu estamos trabalhando em uma coisa juntos, e a propósito, foi a Sakura que terminou comigo. - Dizia Emiya suspirando.
- Entendo! Por isso que reprovo totalmente este tipo de conduta. Como presidente do conselho acho que devo me mover para evitar esses falsos boatos! - Issei elevava a voz.
- Calma Issei, agradeço por sua boa intenção, mas não precisa fazer nada disso. Falando na Sakura, eu não a vi no colégio hoje, sabe dela? - Ele perguntava um pouco cabisbaixo.
- Deve ter faltado, espero que ela não tenha ficado doente - Issei semicerrava os olhos para Emiya -, por que não vai visitá-la?
- Err, eu bem que queria, ultimamente tenho ficado ocupado após as aulas, por isso não posso. - Explicava Emiya se dirigindo a porta.
- Por que não vai amanhã? Amanhã é sábado e as coisas são mais calmas. - Retrucava Issei.
- Também estarei ocupado amanhã, mas acho que semana que vem ela deve voltar, descansar pode ajudá-la. - Emiya terminava de responder e saía pela porta.
Issei sentava-se na cadeira e sorria maliciosamente.
Mansão dos Matou, 20:00
Uma conversa entre Shinji e seu avô acontecia na sala de reuniões da mansão, dentro do porão Sakura ainda presa tentava escapar. Suas tentativas eram constantes desde a noite anterior, o intuito de Sakura seria avisar Emiya sobre Shinji e evitar que um massacre acontecesse. As correntes mágicas que prendiam Sakura no canto frio e úmido do porão começavam a enfraquecer, mesmo não sendo uma eximia maga Sakura conseguia projetar magia de seu corpo e concentrá-la em membros específicos. Se usasse de muita magia e força poderia quebrar mais facilmente as correntes, porém isso também chamaria a atenção de seu irmão e seu avô, por isso ela se prolongava no processo de se libertar.
Após muito tempo ela conseguiu, as correntes perderam a força e sumiram, rapidamente Sakura subiu a escadaria até a porta e com magia conseguiu quebrar o cadeado que a trancava pelo lado de fora. Logo na saída do porão avistou suas roupas, ela as vestiu e cuidadosamente subiu para o nível superior da mansão, quando chegou logo correu cruzando o jardim e abriu o portão principal sem muito esforço. Sakura corria no meio da rua em direção a casa de Rin na esperança de encontrar Emiya.
O que a pobre Sakura não sabia era que uma barreira mágica teria sido erguida em volta da mansão, permitindo assim que Shinji e seu avô sentissem a presença de qualquer um que entrasse ou saísse.
- Ora Shinji, parece que nossa garotinha assustada fugiu. - Exclamava Zouken sem grandes reações.
- Aquela inútil... certeza que vai correr para o Emiya e contar tudo. - Shinji se irritava.
- Se quiser posso mandar alguns insetos, ela não foi muito longe ainda. - Zouken observava Shinji de canto de olho.
- Hum... não, acho que vou deixar meu servo esticar um pouco as pernas, ele irá buscá-la para mim. - Ele sorria diabolicamente.
Shinji foi até a parte externa da mansão e ordenou.
- Berserker!! Traga Sakura de volta.
Seguido do barulho de uma forte respiração e de passos pesados, Shinji pôde observar a figura de seu servo cruzando os céus após um grande salto.
Arredores do parque de Fuyuki.
Sakura corria desesperada, não havia ninguém nas ruas. Para chegar mais rápido na casa de Rin a jovem resolveu contornar o parque e seguir longe do centro da cidade. Já faltando pouco para chegar ao final do parque uma pessoa no caminho chamou a atenção de Sakura, um homem loiro de olhos escarlate vinha andando na direção contrário, era Gilgamesh. Ao ver Sakura desesperada ele parou e a analisou sem dizer nenhuma palavra. Ela também parou ao sentir uma eminente ameaça exalando dele.
- Por favor senhor, eu apenas preciso chegar a um lugar, eu... eu, - ela se apoiava em seus joelhos tamanho o cansaço.
Ele nada disse, apenas observava o estado de angústia da jovem.
- Eu preciso ir! - Ela voltava a caminhar.
Ele apenas abriu caminho. Depois de passar por ele Sakura caminhou alguns passos, mas de repente algo vindo do céu caiu violentamente na sua frente destruindo o chão e levantando poeira. Instintivamente Sakura se vira para Gilgamesh e implora por ajuda.
- Moço, me ajude, ele veio para me buscar, por favor me ajude! - Ela gritava em desespero.
Ele nada dizia, apenas sorria enquanto contemplava o enorme ser a sua frente. O barulho de um feroz rosnado vinha daquele que se revelava entre a poeira que rapidamente era levada pelo vento.
- Ho hoo... vejam só quem temos aqui, o filho de Zeus!
- Rrrrrr.......
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