Grand Order Part II
Todos na cidade começaram a se assustar com o grande círculo, todos os canais de TV do Japão imediatamente iniciaram uma cobertura sobre o fenômeno. Dezenas de helicópteros sobrevoavam próximo a anomalia no céu, porém uma espécie de doma invisível impedia uma maior aproximação. Especialistas japonese das áreas de astronomia, astrologia e meteorologia se juntavam todos em um único ponto, o centro da cidade de Fuyuki; aos poucos o fenômeno ganhava atenção de outros países e continentes.
O colégio dispensou todos os alunos, a aglomeração de pessoas curiosas, polícia, as forças de auto defesa do Japão e estudiosos pelas ruas próximas se tornaram grandes demais e causavam tumulto por todos os lados.
A essa altura da confusão, Rin já se encontrava em sua casa se preparando para a invocação; ela teria feito o desenho de alguns símbolos mágicos, símbolos estes deixados por seu pai em uma espécie de diário. Após os preparativos finais ela colocou o pingente no centro dos desenhos que formavam um grande círculo mágico de invocação.
Assim que os alunos foram liberados Emiya saiu em disparada para a casa de Rin, deixando Sakura para trás, que o procurava em meio à confusão.
Inglaterra, Londres: Torre do Relógio.
– Que caos, que caos! O mundo está sempre virando de cabeça para baixo. Eeeii, alguém aqui viu o Lord?? – Gritava Daisuke Hirakawa em meio aos vários professores e alunos da torre do relógio.
– Eh, senhor Hirakawa, creio que o Lord El-Melloi esteja em seu escritório. – Responde um dos alunos.
– Não, eu acabei de voltar de lá, não estou conseguindo encontrá-lo. – Daisuke pressionava um dos dedos na testa com raiva.
– Veja, ele está saindo daquela sala de aula! – Aponta o aluno.
– Ahh, finalmente! Obrigado rapaz.
Daisuke corre na direção de El-Melloi – que ele chama pelo verdadeiro nome, que é Waver Velvet – e avisa sobre uma grande coisa que está acontecendo. El-Melloi pede para que ele tenha paciência e que o acompanhe até a sua sala para que eles pudessem conversar tranquilamente.
– E então Daisuke, o que te afoba tanto? – Pergunta El-Melloi preparando uma xícara de chá.
– Bom, não acho que seja sábio tomar chá logo agora... pois bem, eu estava junto aos diretores no meio de uma reunião importante, de repente recebemos uma ligação urgente da Antártica.
– Dos nossos amigos da Chaldea? – Pergunta El-Melloi intrigado.
– Sim, foi do Dr. Romani Archaman, e você não faz ideia do que está acontecendo em Tokyo!... – Daisuke suspira fundo – Uma singularidade surgiu, bem em cima da cabeça dos japoneses.
– Impossível! – El-Melloi arregala os olhos. – Essas singularidades só deveriam ocorrer em tempos diferentes, no passado na verdade. – Ele larga seu chá na mesa.
– Pois é, eu sei bem, e por isso mesmo que Romani ligou tão desesperado. – Daisuke se sentava na cadeira apoiando seus cotovelos nas pernas e colocava as mãos na cabeça.
– Mas eles podem resolver certo? – El-Melloi se colocava a frente de Daisuke.
– Não Waver, a Chaldea está em ação neste exato momento, porém em uma outra singularidade, os únicos “combatentes” que eles possuem, a meia-serva Mash Kyrielight e o mestre Ritsuka Fujimaru estão na Babilônia. É impossível trazê-los de volta, e mesmo se trouxessem eles não poderiam interferir.
– E por que eles não poderiam interferir ou ajudar?
– A guerra santa ainda não começou Waver, eles não poderiam interferir antes disso.
– E nem durante... – Waver junta as mãos – as singularidades ocorrem no passado justamente por causa disso, essa guerra pelo graal não pode ser impedida, só podemos esperar pelo final dela, aí sim a Chaldea poderia interferir.
– Tentamos contato com a igreja, mas eles dizem não saber nada a respeito, e disseram também não poderiam fazer nada a respeito sobre o início da guerra, pelo que eles disseram alguns servos já foram invocados.
– Mas como? A guerra é só daqui a 10 meses! – El-Melloi começa a andar pela sala.
– Sim, mas não podemos fazer nada, só aguardar os resultados.
– Eu sinto que algo muito ruim vai acontecer, eu sinto. – Ele para em frente a uma parede de cabeça baixa.
– Calma Waver, sei pelo o que você passou na última guerra há 10 anos atrás, sei que o Rider marcou essa parte importante da sua vida e sei também pelos problemas que você passou para estar aqui, principalmente após a competição sobre o Castelo de Adra. – Daisuke tenta consolar El-Melloi falando a respeito de suas superações do passado.
– Sim, passei por vários problemas, mas eu nunca superei Skandar, eu sempre quis seguir seus passos e... – Ele parou de repente.
– O que foi Waver?
– E se eu participasse desta guerra também?
– Você está louco? Sua ajuda é maior aqui na torre ajudando a formar alunos decentes do que lutando e querendo morrer na guerra! Da última vez você escapou, mas desta vez pode ser diferente.
– Tem razão! O que eu tenho na cabeça? Eu não conseguiria passar por isso de novo. – El-Melloi treme ao se lembrar do que aconteceu na ponte 10 anos atrás contra Gilgamesh.
– O que podemos fazer?
– Nos preparar, dar suporte a Chaldea se for necessário, e torcer para que dê tudo certo no final.
Waver Velvet não poderia arriscar a posição de Lord, na verdade seu papel era fundamental dentro da torre caso viesse acontecer algo. A igreja, a Torre do Relógio e a Chaldea estão impossibilitadas de tomarem medidas preventivas; nada poderia impedir o início da guerra pelo onipotente realizador de pedidos.
Enquanto isso, na casa de Tohsaka Rin.
O ritual de invocação foi um sucesso, Rin teria acabado de invocar o seu novo servo, Archer. Ele era um espírito heroico alto, de cabelos brancos, um sobretudo vermelho, e com uma leve expressão de poucos amigos.
– Hum, suponho que você seja da classe Archer, correto? – Perguntava Rin enquanto observava os comandos gravados nas costas de sua mão esquerda.
– Sim, muito bem observado – Archer encarava Rin com uma das sobrancelhas levantadas –, e você quem seria?
– Ora, me diga o seu nome primeiro! – Rin o questionava ansiosa.
– Receio não poder fazer isso, é para a sua segurança. – Archer respondia virando as costas para Rin e andando pelo sótão aonde foi invocado.
– Sabe que eu posso te obrigar a falar, certo? É só usar um dos comandos! – Rin retrucava Archer um pouco irritada.
– Até pode, mas você acabaria jogando um comando fora dando uma ordem insignificante. – Responde Archer irônico.
– Bom, por hora não vou usar para isso, – Rin sorri irritada, mas se conforma – a propósito, meu nome é Tohsaka Rin. Será um prazer tê-lo ao meu lado nessa guerra.
– O prazer será meu! – Diz Archer assentindo com a cabeça.
– Outra coisa Archer, queria lhe mostrar uma coisa, não sei se isso tem a ver com a guerra, mas apareceu de repente na cidade. – Rin o guiava para fora do sótão e para fora da casa.
Os dois começaram a observar o círculo no céu, e Archer se virou para Rin com uma pergunta.
– Rin, a guerra já está para começar correto?
– Na verdade, pelo que sabemos, ela se inicia daqui a 10 meses!
– Mas como sabe exatamente a data? – Archer tira os olhos da anomalia no céu e os dirige para Rin.
– Tenho um contato da igreja, um padre aqui da cidade, era amigo do meu pai, ele faz parte da guerra e... – Ele a interrompe.
– E ele é um mediador correto? – Archer pensativo responde com uma pergunta.
– Sim! Como sabe disso? Por acaso esta não é a primeira vez que participa da guerra? – Questiona Rin se aproximando dele curiosa.
– Mais ou menos. – Responde Archer coçando a cabeça.
– Cheio de segredos né! Pois bem, até o final desta guerra eu ficarei sabendo de tudo.
– Se ganharmos a guerra, é só pedir para o graal que ele te dará as respostas. Haha.
– Idiota! Eu tinha dúvidas sobre aonde poderia acontecer essa sétima guerra pelo graal, mas agora não tenho mais dúvidas de que ela será aqui, em Fuyuki.
Enquanto Archer e Rin conversavam na porta de entrada da casa, Emiya apareceu na calçada. Rin ficou um pouco surpresa em vê-lo, Emiya ficou impressionado em ver o servo, e Archer ficou um tanto incomodado ao ver Emiya.
Rin convidou Emiya para entrar, e lá dentro os 3 passaram o resto da tarde conversando sobre o que poderia ser aquilo no céu, e o porquê de um servo ter sido invocado tão cedo. Já no meio da noite uma ideia percorreu a mente de Rin, se existem dúvidas, eles deveriam perguntar a quem conhece do assunto. Os 3 iam em direção à igreja macabra que fica na cidade.
Nada teria sido descoberto a respeito da anomalia, no mundo todos associavam tudo a uma coisa divina, talvez benéfica, talvez destrutiva; em menos de 24 horas de existência o fenômeno conhecido como Grand Order trazia medo e esperança aos corações de bilhões de pessoas ao redor do mundo. O contraste do brilho da lua modificava a beleza no prelúdio do fim.
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