_ não foi tao clara, Natasha. - ele a fitou.

Ela o encarou profundamente   _ eu desapareceria.

Ele sorri, ainda que estivesse apavorado.  _ isso é impossível.

_  nada é impossível agora.

_ e porque esta tão dependente de mim?

_ eu ainda não sei, sei que um vampiro só entra em sua casa se for convidado, ou se o seduzir.

_ e certamente você me seduziu. - Ele disse com voz alterada.

_ apareci em sua frente, e despertei em sua casa.

Ele a fitou enquanto dirigia, já chegando ao estacionamento do prédio onde vivia.

_ e qual mistério paira sobre isso?

_ eu não sei.

_ isso é muito confuso, quando nem você sabe.

_ sinto muito, Jason.

Subiram em silencio ate o apartamento. Natasha tentava a todo custo ler a mente dele e não conseguia. Isso a intrigava.

_ vou dormir, espero que tenha uma boa noite. - Ele diz, e ao virar-se Natasha estava a sua frente encarando-o com os olhos avermelhados

_ deixe-me dormir com você. - Pediu ela com voz tênue.

_ não. - Disse Jason passando por ela.

Ele fechou a porta. ao vira-se para deitar a cama, Natasha esta sobre ela.

_ precisa ir para o seu quarto.

_ preciso de você.

_ não, definitivamente, nao e eu não entendo o que acontece aqui.

_ nos amamos.

_ não quero desapontar você, mas nos conhecemos a um dia apenas.

_ nos conhecemos de outras vidas.

_ palavras não significam nada.

_ posso te dar uma prova.

_ certo, me de esta prova.

           Passado.

Jason não tinha ideia do que havia pedido a Natasha, logo ela levantou-se da cama, e aproximando-se dele, o fez encará-la. Os olhos dela estavam incrivelmente negros em um tom muito forte.

Jason sentiu-se flutuar, e em sua mente voltou a um lugar onde não conhecia.

Viu Natasha, ela estava caída ao chão. O lugar parecia distante, havia arbustos e muito verde.

_ Natasha, fique comigo. - Viu-se murmurar ao lado do corpo dela, e a tomou nos braços.

Natasha gemeu. _ não me deixe morrer Jason.

Havia um ferimento no tórax de Natasha, um corte profundo, e ela estava ensanguentada.

_ eu sinto muito. - Ele murmurou, e de seus olhos lágrimas caíram.

_ ajude-me. -  Pediu Natasha

Jason a via morrer. - Ele queria voltar, mas não conseguia Natasha o manteve ali.

_ me transforme, por favor, Jason.

_ eu não posso, por favor, não me peça isso. - Jason dizia entre lágrimas.

_ eu não quero morrer Jason, por favor.

Jason se transformou, e deu um grito gutural, ele não queria transformá-la, mas iria perdê-la, ele também não queria isso.

Jason a mordeu.

Ele era um vampiro.

Natasha sentiu-se zonza, e voltou a si.

Agora.

Pasmo, Jason fitava aquela mulher.

_ isso não pode ser. - Ele murmurou rouco de emoção

Ele disse e colocou as mãos entre a cabeça, sentando-se a beira da cama.

_ Jason. - Natasha murmurou e tentou tocar nele, que a afastou.

_ pare de me atormentar. Isso não é real, não posso ter sido como você. Não sou como você, eu sou humano.

_ Você renasceu Jason. Mas, você é um de nos.

_ não! - Ele gritou apavorado. _ quero que vá embora.

_ Jason se eu for sofrerá.

_ o que iria sofrer?

_ passara por momentos difíceis.

_ que momentos difíceis? Pode ser clara?

_ não tenho ainda a convicção Jason, é tão novo para mim, quanto para você.

_ como posso saber que me diz a verdade?

_ você saberá.

_ pois então, não quero saber!

_ estamos ligados Jason, por uma vida passada e muitas vidas. Não conseguimos viver nosso amor, então sempre nos encontramos.

_ me deixe sozinho. - Ele pediu

_ eu vou caçar. - Natasha disse e sumiu do quarto, como que evaporasse. Jason não já se assustava, o que o intrigou. Já não sentia medo.

Natasha saiu à caça.

Ela corria a mais de 100 km em busca de sangue, na escuridão da noite.

E novamente ao conseguir dormir, Jason sonhou com Natasha.

Ele despertou de mais uma noite ruim. Ficou na cama sentado alguns segundos, logo se levantou e tomou um banho rápido,vestindo-se.

Caminhou ate a cozinha, passando pelo quarto, onde Natasha deveria estar dormindo.

Ele iria preparar um café, quando ouviu um ruído e ao vira-se era Natasha de pé encostada a porta da cozinha.

_ quer me matar de susto? - Ele perguntou sentindo o coração disparar.

_ desculpe.

Jason olhou fixamente para ela
_ pensei que vampiros dormissem o dia inteiro. - Comentou-o.

_ eu me alimentei bem essa noite.

_ é, eu sei.

Natasha sorriu.

_ você sempre saberá o que eu faço Jason.

_ gostaria de não saber.

_ isso é inevitável e você não pode controlar.

_ talvez você possa.

_  eu poderia.

_ vou trabalhar.

_ posso ir com você?

_ pensei que o sol te fizesse danos, como queimaduras.

_ já olhou como esta o tempo hoje? Esta perfeito.

Ele foi ate a janela do apartamento ao abri-la, viu que o clima estava feio e chuvoso.

_ você fez isso? - Ele perguntou sobre o clima

_ não, eu não fiz isso Jason, não sou dona do clima.

_ como poderia saber? Você faz tantas coisas sobrenaturais.

_ só não consigo alcançá-lo.

Entreolharam-se.

_ acho que é tarde demais para dizer isso, eu penso em você mesmo quando não desejo.

_  ela já estava sobre ele, Natasha era rápida demais para Jason pensar em deter os impulsos dela. Sentiu os lábios de Natasha sobre os seus. Aquela mulher era puro êxtase.

_ preciso ir, estou atrasado e você não ira comigo.

_ o que farei ate que chegue?

_ não sei. Só não traga seus amigos aqui. - Ela riu divertida

_ não tenho amigos, tenho um clã.

_ um clã?

_ logo saberá quem são.

_ obrigado, mas, não desejo saber.

_ você vai querer conhecê-los meu amor.

Ele a encarou, a voz dela quando o chamava de amor não parecia estranha para ele, apesar de não conhecê-la bem.

_ deixe- me ir, antes que você me deixe louco.

E ele seguiu ao trabalho. Em seu carro Jason dirigia com cuidado, olhando tudo a sua volta, sentia o cheiro do perfume de Natasha, o gosto de seus lábios. Ele estava completamente entregue a aquela desconhecida que dizia conhecê-lo.

Ao chegar ao trabalho, Jason nem mesmo pode se concentrar.  fazia um esboço de Natasha em seu computador, quando um de seus amigos de trabalho se aproximou.

_ é um novo desenho? - Perguntou

_ ela é real.  - Jason disse e piscou para o amigo.

_ tão gata assim? Certamente não é deste mundo amigo. - Comentou o amigo dele

_ é, ela não é deste mundo. - o homem deu uma risada afastando-se.

Jason ficou excitado o dia todo, e desejando estar com Natasha.
Que poder ela exerceu sobre ele deixando-o louco por ela, de uma forma tão profunda e misteriosa?

Ele correu para casa, ao ponto de ultrapassar um farol aberto.

Sentiu uma vontade enorme de vê-la.

Ao abrir a porta , ela o esperava , vestiu apenas um tule transparente, o que deixou Jason insano, sem pensar ele a se aproximou dela e beijou longamente arrancando um gemido de Natasha.

_ sentiu minha falta amor? - Natasha perguntou entre os lábios de Jason.

_ não sei o que fez comigo Natasha, eu quero estar com você o tempo todo.

- Murmurou aflito.

Aflito por ela, ela o atraiu para o quarto que estava na penumbra.

Sobre os lençóis de seda, Jason a deitou suavemente e a beijava, suave.

_ eu quero você. - Jason disse quase em um sussurro ao ouvido de Natasha.

Ansiosos por sentir um ao outro, como se precisassem disso para existirem.

Sem pensar, Jason contornava com beijos o corpo inteiro de Natasha, que gemia enquanto o apertava entre si.

Finalmente se fundiram transformando-se em apenas um, envoltos de prazer e paixão.

Depois do amor, Jason a abraçava e sentia uma ternura jamais sentida ate aquele momento.

_ acho que amo você, não sei como aconteceu isso.  - Murmurou Jason, e Natasha se alinhou a ele apertando-o, ele gemeu. _ não me aperte tão forte Natasha.

_ desculpe. Estou feliz, estamos juntos.

_ não quero outra coisa. - Murmurou Jason, sentindo o perfume que vinha dos cabelos de Natasha.

_ quero que dure para sempre Jason.

_ não poderia uma vez que você tem a eternidade e eu não.

_ você me transformou.

_ mas, não sou um vampiro.

Natasha se calou, e Jason a beijou suavemente.

_ como posso ter transformado você?

_ eu ainda não sei Jason.

Jason notou tristeza na voz dela, o que o comoveu.

Segurando o rosto dela entre as mãos, ele diz:

_ eu acredito em você, a tenho em meus braços.

_ será que poderemos viver o que sentimos Jason?

Jason suspirou, e viu uma lágrima brotar dos olhos negros de Natasha.

_ se depender de mim, sim.

_ promete?

_ prometo. Tudo o que quiser.

E nunca foi tão fácil amar, como ele estava amando Natasha.

Novamente fizeram amor.

 Natasha desta vez, fez Jason voltar ao passado.

Era um lugar lindo, estavam em uma cabana no meio do desconhecido.

_ não pode ficar aqui Natasha. É perigoso - Jason dizia enquanto procurava alguma coisa

_ não me importo, e tenho você para me proteger.

Jason a encarou

_ não pense que posso protegê-la. Eu represento o perigo para você.

_ porque se você me ama Jason?

_ porque não sou humano.

Jason sentou-se a sua cadeira, segurava uma espécie de pendão de cor negra, com um formato anatômico e com uma espécie de olho na ponta.

_ o que é isso em sua mão?

_ algo que você não pode tocar.

_ por quê?

_ porque não faz parte do seu mundo.

_ Jason, deixe-me fazer parte de seu mundo.  - Natasha o pediu

Jason riu uma gargalhada sonora.

_ você não suportaria ser o que sou.

_ eu suportaria qualquer coisa por você.

_ você me deixa em estado de alerta o tempo inteiro Natasha.  - Jason levantou-se e aproximando-se dela tocou em seu pescoço, Natasha não se movia e apenas fecha os olhos.

_ desejo você com um desejo insano, mas se a tocar poderia machucá-la ou ate matar você.

_ você não tem coragem de me machucar Jason.

_ eu teria, e quando vejo as veias de seu pescoço, essas veias azuis e suaves, sinto o gosto do seu sangue.
_  ele a soltou bruscamente

_ melhor você ir. - ele diz

_ não, e eu já esperei demais.  Quero ser tua Jason.

_ você não faz parte de que sou.

_ e não poderia apenas me amar?

Jason a encarou, e nos olhos havia um misto de desejo e raiva que Natasha poderia sentir. Ele deixou o pendão sobre a mesa, Natasha observou o objeto estranho, imaginando o que seria aquilo e para que serviria.

_ se eu tocar você não sei do que sou capaz

_ nunca saberá se não o fizer

_ já disse para ir embora! - Ele gritou

Natasha o fitou, e em seus olhos havia magoa.

_ isso não é justo. -  Ela disse

_ também não é justo a mim.

_ pois então, tome-me, me torne sua.

_ esta disposta a pagar o preço Natasha?

_ Jason perguntou com voz suave

_ sim.

Jason a tomou para si e deu um beijo feroz em Natasha, que gemeu.

Jason a tocava feroz.

_ é isso o que você quer?
  - ele era brusco

Ele perguntou, enquanto arrancou a roupa de Natasha e com apenas um toque a jogou sobre a cama bagunçada.

Natasha, não se moveu, e ele ouviu um soluço

Ele deitou-se sobre ela.

_ porque esta chorando?

- Ele perguntou em tom grave

_ sua brutalidade me comove.

Ele levantou-se como um raio e a observou

_ você quer assim, eu digo que se afaste de mim.

_ seria minha primeira vez.
- Ela murmurou

Jason fechou os olhos em agonia.

_ isso não facilita as coisas.

_ eu te amo. - Natasha murmurou

_ o amor é só uma mentira inventada para te deixar arrasado.  - Disse ele

_ isso acontecera se você me negar amor Jason

_ acontece, que eu não poderia te dar nada.

_ você pode.

_ se a tornar minha, será minha pela eternidade.

_ eu quero isso.

_ a faria sofrer.

_ por isso sei que me ama Jason, e por isso valeria apena.

Jason não se conteve, e a amou de forma sublime, com todo o seu ser.

Ao penetrá-la, Natasha gritou fazendo Jason retrair-se.

_ continue - Ela o encoraja

_ não quero machucar você. -  Ele diz aflito

_ você não pode me machucar Jason.

De volta ao presente.

Jason abriu os olhos, e Natasha esta ao seu lado observando-o.

Jason levantou-se, estava nu.

_ isso é demais para mim. - Ele sussurrou

_ é apenas o começo. - Natasha diz rouca

_ acho que não poderia acontecer algo pior em minha vida

_ esta amaldiçoando nosso amor?

_ é exatamente o que ele é. Amaldiçoado.

_ não Jason, por algum motivo nos encontramos novamente.

_ e qual motivo seria? Estou enlouquecendo.  - Jason tremia, e Natasha o trouxe para si.

_ não faça isso, pode me ferir.

_ eu nunca o faria.

_ o que Vamos fazer?  - Perguntou ele enquanto suas mãos a tocavam.

_ deixar acontecer.

_ as coisas não funcionam assim.

_ ficaríamos juntos de qualquer forma.

_ e qual será o final disto?

_ talvez não tenha um final.