Pegadinha.
As horas haviam se passado e o álcool no organismo da equipe Ferrari estava alto, o que era uma social de comemoração acabou se tornando uma festa na piscina que foi ligeiramente aquecida pelo hotel.
Ludmilla e Brunna ainda continuavam sentadas nas espreguiçadeiras, agora bêbadas totalmente alegres elas riam de tudo enquanto conversavam com Dayane e Simon.
Já os outros integrantes da Ferrari estavam espalhados pela área da piscina, perto da onde estava a mesa de petiscos e o mini bar.
- Eu juro que eu não sabia aonde eu me enfiava a cara... – Comentou Dayane rindo – Eu meio que fugi da casa dela porque nunca fui de usar aquele tipo de frase "Depois eu te ligo" mas ai eu vejo ela no tribunal como assistente do advogado que estava defendendo o acusado e eu fiquei tipo... Porra o que eu faço agora? Eu cumprimento ela normalmente ou finjo que nada aconteceu?.
Rindo Ludmilla olhava para sua amiga enquanto via a latina ao seu lado beber mais um gole de seu vinho quente.
- O que você fez?. – Simon perguntou rindo também.
- Eu a cumprimentei formalmente e me apresentei devidamente, afinal íamos brigar na justiça por causa de um divórcio. – Dayane bebeu um gole de seu vinho fazendo uma pequena pausa na história. – No fim nossos clientes saíram com o litigioso e nós com mais um encontro marcado.
- Eu fico imaginando a cara dela. – Brunna comentou. – Tipo, "ala a garota que me comeu e saiu correndo da minha casa no dia seguinte", como o destino é traiçoeiro não?.
- Seria pior se ela fosse a juíza. – Comentou Simon arrancando mais gargalhadas das mulheres bêbadas ao seu lado.
- Era capaz dela descontar a raiva de mim no meu cliente e deixar ele sem bem nenhum. – Comentou Dayane.
- Você saiu correndo da outra vez também?. – Ludmilla perguntou.
- Não, eu esperei ela acordar e tomamos café da manhã juntas antes de eu sair de lá.
- A encontrou novamente?. – Brunna perguntou.
- Sim... Ela é minha assistente agora.
- Oque?. – Exclamou Ludmilla surpresa. – A garota é a Lucy?.
Concordando com a cabeça, Dayane bebeu de seu vinho enquanto via seus amigos rirem de si.
- Então Ludmilla não é a única que se envolve com sua secretária... – Comentou Simon.
- Ta com inveja Simon?. – Falou Ludmilla o olhando.
- Inveja do que?.
- De eu estar noiva da mulher mais linda de NY?.
- Brunna não é a mulher mais linda de NY. – Retrucou Simon.
- Tem razão... – Ludmilla olhou para Brunna ao seu lado. – É a mulher mais linda dos EUA.
Selando seus lábios ao de Brunna, Ludmilla sentiu a latina sorrir contra sua boca. Sentiu seus dedos delicados pousarem sobre seu rosto e não pode deixar de retribuir ao sorriso de sua noiva.
Ludmilla sentia a paixão que estava em seu coração, não poderia dizer que era amor pois ela não sabia o que era esse sentimento... O único modelo de amor que teve foi entre ela e seu pai, mas as circunstâncias eram diferentes, Brunna seria sua esposa, apesar da verdade envolvente neste casamento ali se existia o amor entre as belas mulheres, e nenhuma delas mesma que se quisessem negar, elas se apaixonaram tão rapidamente após se conhecerem melhor que poderia ser considerado amor a primeira vista se elas não tivessem se conhecido a 2 anos.
- É Simon.... Estamos sobrando aqui... – Comentou Dayane.
- Não poderíamos sobrar... Sabe... – Simon se insinuou, o que arrancou uma risada irônica de Dayane.
- Você não faz o meu tipo tiozão. – Dayane disse arrancando risadas de Ludmilla e Brunna.
- Tchau pra quem fica. – Comentou Ludmilla de repente e se levantou correndo até a piscina e pulando na mesma.
- Ela está completamente bêbada. – Falou Dayane tendo a latina concordando com sua cabeça enquanto via sua noiva de roupas dentro da piscina.
Ludmilla ficaria gripada se não saísse daquela piscina em menos de 5 minutos. Pensando desta forma Brunna negou com sua cabeça enquanto ajeitava o cobertor sobre seu corpo.
[...]
Com os braços envolta do corpo menor, Ludmilla acordava com a enorme dor de cabeça típica de uma ressaca da brava, suspirando ela sentia o latejar de sua têmpora contra o travesseiro mácio em que estava dormindo, abrindo lentamente seus olhos Ludmilla sentiu o latejar aumentar assim que notou as luzes solares atravessares pelas cortinas daquele quarto. Mal se lembrava como havia voltado para seu quarto com sua latina mas Ludmilla sabia que estava no devido quarto assim que notou suas malas azuis, quando se remexeu na cama a procura de algum conforto para aquela dor, ela sentiu que sentava sem suas roupas e principalmente, Brunna também estava sem.
Ao se assustar por não recomendar do que havia feito ela se levantou rapidamente fazendo que a latina ao seu lado acordasse e a olhasse notando sua bunda.
- Ludmilla... O que... – Assustou-se Brunna notando Ludmilla pelada.
- Bru não olha. – Ludmilla puxou rapidamente seu travesseiro e colocou sobre seu quadril, mas ao notar seus seios a mostra também ela estendeu uma de suas mãos sobre eles enquanto a outra segurava o travesseiro. – A gente tran...
- O que?. – Brunna perguntou assustada erguendo levemente o cobertor e notando seu corpo também nu. – Ludmilla...
- Por favor, me diga a verdade... Você se lembra se transamos?. Porque eu não... Lembro... – Murmurou para a latina que havia puxado o cobertor e estava cobrindo seus seios.
- Eu não... Eu não me lembro Ludmilla... – Comentou Brunna.
- Ufa, pelo menos não sou a única. – Suspirou Ludmilla.
- Como assim ufa? Ludmilla não poderíamos ter transado! Principalmente nesses dias... E se não usamos... – A palavra morreu nos lábios de Brunna quando seus olhos se arregalaram. – Ludmilla eu estou no meu período fértil!. – Gritou Brunna olhando a morena que a olhava assustada.
- Não, não, não. – Falava Ludmilla enquanto olhava para o chão a procura de algo.
- O que você ta procurando garota?. – Perguntou Brunna.
- To procurando camisinha Brunna, se usamos ela vai estar no chão... Ou no lixo. – Murmurou a ultima frase e correu para o banheiro procurando no lixo de lá.
- Droga! Droga! Droga!. – Resmungava Brunna enquanto levou suas mãos ao seu cabelo. – Porque essas coisas acontecem comigo?.
- Brunna não tem nada no banheiro e nem no chão. – Ludmilla voltou para o quarto preocupada. – E se não usamos...
- Não!. – Brunna gritou a interrompendo. – Isso não poderia ter acontecido Ludmilla, não podíamos ter transado.
Estreitando seus olhos Ludmilla a olhava curiosa
- Porque não podíamos ter transado?. – Perguntou Ludmilla.
- Porque isso tudo é novo pra mim, você... esse casamento... – Respirando fundo a latina fechou seus olhos.
- Se acalme Bru. – Ludmilla sentou sobre a cama e segurou uma das mãos de Brunna enquanto a olhava. – Vem aqui, me de um abraço. – Ludmilla se aproximou de sua noiva.
- Não, estamos nuas. – Comentou Brunna.
- Relaxa, esse cobertor esta entre nós e eu nunca te forçaria se estiver sã... Eu respeito o seu tempo e a sua vontade. – Ludmilla alisou o rosto delicado de Brunna enquanto olhava para suas esferas chocolates.
- Obrigada por me respeitar. – Brunna se aproximou e Ludmilla a abraçou.
- Forever my little girl. – Sussurrou Ludmilla no ouvido de Brunna.
- My Lud. – Respondeu Brunna nos braços de Ludmilla.
Após se abraçarem por alguns minutos, Ludmilla pegou suas roupas e foi se vestir no banheiro enquanto Brunna se vestia no quarto.
Quando estava passando sua camiseta por seus braços Brunna notou que embaixo da cama continha um bilhete de folha branca. Rapidamente vestiu sua camiseta e se abaixou para lê-lo.
O sorriso brilhante surgiu nos lábios de Brunna após ler as pequenas palavras que continham ali, rapidamente caminhou até a porta do banheiro e começou a bater na mesma constantemente.
- Ludmilla! Ludmilla anda logo, venha ver isso. – Disse animada a latina. – Eu achei algo...
Rapidamente Ludmilla abriu a porta assustada com o jeito animado de sua noiva, ao notar o papel em suas mãos, Ludmilla rapidamente o pegou e começou a lê-lo.
"Bom dia peladinhas, gostaram da pegadinha? Desculpem mas não resistimos ao vê-las tão bêbadas e não podermos zoar com vocês, não me culpem... Foi totalmente ideia de Simon.
Att, Dayane".
- Então não transamos... – Comentou Ludmilla.
- Sim!. – Gritou Brunna aliviada. – Quer dizer não, não transamos.
- Você ficou bem animada com isso não?. – Falou Ludmilla a olhando.
- Não é animada mas sim aliviada, ainda não estava na hora e pode ter certeza que quando estiver não quero que nós duas estejamos bêbadas para não nos lembrarmos no dia seguinte se quer de um detalhe como se usamos camisinha ou não.
- Tudo bem...
- Que foi?. Ficou chateada comigo?.
- Não... É só que da maneira como havia dito parecia que não queria ter transado comigo. – Comentou Ludmilla.
- Acredite Ludmilla... Eu quero, mas ainda não é o momento, isso tudo ainda é muito novo pra mim e não é como se eu tivesse vários relacionamentos anteriores que eu pudesse ter uma ideia de como é... – Brunna falou suspirando.
- O que você quer dizer com isso?. – Perguntou Ludmilla confusa.
- Nada... É só que ainda não é o momento certo...
- Sim eu sei. – Ludmilla se aproximou de Brunna e selou seus lábios. – E é por isso que eu esperarei que você esteja pronta.
- Obrigada Lud. – Sussurrou Brunna aliviada deixando que Ludmilla lhe apertasse contra seu corpo em um de seus abraços quentes e confortáveis.
- Mas agora... – Murmurou Ludmilla. – Eu vou matar uma garota e seu comparsa.
- Não Ludmilla!. – Brunna comentou rindo. – Não faça isso, se fizer não poderemos nos vingar. – Brunna ergueu as sobrancelhas se insinuando.
- O que você pensou latina?. – Perguntou Ludmilla a olhando.
- Nada é mais apavorante do que se trancar para fora do quarto. – Falou Brunna a olhando.
- Como se tranca para fora do quarto Bru?.
- Você vai pegar a chave escondida dela.
- E depois ela vai fica procurando achando que perdeu... – Deduziu Ludmilla.
- Exato baby.
- Mas Bru... É só ela ir na recepção do hotel e pegar outra chave. – Falou Ludmilla.
- Sim, mas quando ela voltar pro quarto sua mala com suas coisas não estarão mais lá.
- Ela vai ficar que nem doida procurando. – Falou Ludmilla.
- E então ela vai achar que foi o hotel que já havia limpado seu quarto para outro hospede.
- Ela vai ficar que nem doida procurando suas coisas. – Ludmilla riu sendo acompanhada por sua noiva.
- Então baby, vamos ao plano. – Comentou Brunna abrindo a porta do quarto para sair ao corredor.
Olhando por todos os lados Brunna foi de porta em porta tentando se esconder e se certificar de que ninguém a pegaria. Já Ludmilla ainda estava perto da porta de seu quarto olhando a latina agir como uma criança prestes a fazer travessuras.
Sorrindo divertidamente Ludmilla caminhou até a porta de Dayane e bateu na mesma incessantemente.
- Day! Day!. Anda logo. Eu preciso de você!. – Gritava a piloto.
Levou cerca de alguns segundos para a porta ser aberta bruscamente e uma Dayane nitidamente preocupada aparecer.
- Anda, me ajuda. – Ludmilla a puxou pelo braço e foi para seu quarto enquanto Brunna correu assim que elas saíram e conseguiu pegar a porta prestes a se fechar.
Brunna entrou no quarto de Dayane e ao analisa-lo logo notou o cartão de sua porta perto da cama, pegando-o Brunna o colocou no bolso e ajeitou todas as roupas de Dayane novamente na mala e a deixou perto da porta.
Olhando pelo olho mágico Brunna percebeu que Dayane ainda não tinha saído de seu quarto com Ludmilla, então ela abriu a porta e foi direto para o elevador pegando o térreo.
Passando um tempo por lá, ela seguiu novamente para seu andar pelas escadas esperaria Ludmilla agir em sua parte do plano.
No quarto Ludmilla estava fazendo Dayane lhe ajudar a escolher uma roupa para um jantar que pensou ter com Brunna, mas o jantar não aconteceria, Ludmilla queria apenas distrair sua amiga a tempo de sua latina fazer sua parte do plano.
- Eu acho que essa calça social e esse cropped branco são perfeitos pra ocasião Ludmilla. – Murmurou Dayane após erguer as duas peças de roupa e mostrar para sua amiga.
- Tem certeza?. – Perguntou Ludmilla fazendo-se de incerta.
- Claro, você ficará matadoramente sexy, abuse da maquiagem em seus olhos, eles são a parte mais quente que você tem.
- Ouvindo você falar assim parece que só tenho os olhos bonitos. – Comentou Ludmilla.
- Olha Ludmilla, você é linda... Seu corpo é magnifico e sua voz rouca tão gostosa de se ouvir, mas seus olhos é como se dispararem tiros de bazucas em quem os olhe. – Falou Dayane indo até a porta. – Acredite, sua latina irá gostar. – Abriu a porta do quarto de Ludmilla e saiu sendo acompanhada por Ludmilla que encostou no batente da porta enquanto a observava.
- Obrigada Dayane... E desculpe te chamar daquele jeito... – Murmurou Ludmilla. – É que Brunna saiu agora de pouco para telefonar pra sua amiga Juliana enquanto eu achei ser a oportunidade perfeita.
- Tudo bem, relaxe. – Respondeu Dayane quando girou a maçaneta de sua porta mas ela não abri-a. – Oque... A porta não ta abrindo Ludmilla.
- Elas tem cartões magnéticos Dayane... Cadê o seu?. – Ludmilla perguntou a olhando.
- Ah meu Deus, esqueci completamente. – Dayane bateu sua mão em sua própria testa. – Droga, vou ter que ir pedir outro.
- Vai lá, depois me avise se deu tudo certo. – Falou Ludmilla enquanto via sua amiga entrar por um dos elevadores.
Assim que as portas se fecharam, Brunna abriu a porta que davam as escadas de emergência e caminhou até Ludmilla.
- Vamos, não temos muito tempo. – Brunna disse enquanto pegava o cartão de Dayane de seu bolso.
- Coitada. – Murmurou Ludmilla assim que entrou no quarto de Dayane e ajudou Brunna a pegar suas malas.
- Coitada de nós, olha só o que ela e Simon fez conosco. – Resmungou Brunna enquanto arrastava a mala pesada de Dayane até seu quarto e escondia embaixo da cama. – Eu só não dou o troco em Simon porque ele pode muito bem me demitir.
- No entanto eu nos vingarei meu amor. – Ludmilla falou confiante como se estivesse em um filme antigo de heróis.
- Ok super heroína, nos vingue. – Falou Brunna enquanto ia até sua porta e olhava pelo olho mágico Dayane chegar em seu quarto. – Xiii... Ela chegou.
- Deixa eu ver Bru. – Murmurou Ludmilla.
Brunna deu um passo a trás e Ludmilla viu pelo olho mágico Dayane entrar no quarto e logo de cara não notar sua mala.
- Quem pegou minhas coisas?. – Gritou Dayane.
Rindo baixo, Brunna e Ludmilla observavam sua amiga ficar cada vez mais nervosa a procura de suas coisas.
O hotel foi envolvido no quesito do desaparecimento de suas coisas, enquanto Dayane não sabia mais o que fazer, Ludmilla e Brunna aproveitaram a distração de todos e deixaram a mala de Dayane em frente a sua porta junto a um bilhete que haviam escrito.
Ao abrir a porta para os funcionários do hotel saírem de seu quarto, Dayane notou a mala a sua frente. Rapidamente pegou o bilhete que estava sobre ela.
"Vingança 100% concluída, isto é para você aprender a não mexer com quem ta quieto.
Att, Brumilla".
Rindo levemente Dayane negou com a cabeça após saber que havia caído na pegadinha de Brunna e Ludmilla, a vingança que elas haviam feito após sua pegadinha de deixa-las dormirem peladas achando que haviam transado bêbadas.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro