Familia Gonçalves.
Os olhos de Brunna estavam focados no exuberante tom castanho de Ludmilla, as lágrimas escorriam livremente de seus olhos e com toda certeza Ludmilla não estava diferente.
O toque sutil de suas mãos entrelaçadas provocavam borbulhas em seu estomago. Ludmilla havia confessado que a amava, e por mais que Brunna lutasse para corresponder às palavras de sua noiva, ela não conseguia se mexer e se quer falar.
Estava atordoada por tudo o que estava acontecendo naquela noite, respirando fundo mais de uma vez, Brunna continuava a encarar aqueles olhos que tanto amava.
Ludmilla permanecia calada, após suas palavras esperava que Brunna lhe respondesse, que também lhe amasse... Mas a demora da latina estava deixando Ludmilla ainda mais nervosa.
E se Brunna não correspondesse aos seus sentimentos?. O que faria a partir de agora tendo que conviver com a garota pela qual ela ama mas que não a correspondia?.
O que Ludmilla faria?.
Talvez a resposta estava nos olhos chocolates de Brunna que apenas Ludmilla havia notado, o silêncio não era um mal sinal mas sim um perfeito, pois Brunna se aproximou de Ludmilla.
Sem lhe dizer qualquer palavra à Ludmilla, não porque não queria mas sim por não conseguir, Brunna juntou seus lábios aos de sua noiva, delicadamente permaneceram conectadas sem se mexerem um centímetro se quer.
Um suspiro saiu dos lábios de Ludmilla quando sentiu as mãos delicadas de Brunna lhe envolverem pelo pescoço a trazendo mais próxima de si. Juntando seus corpos seus lábios começaram a se moverem a procura de respostas para seus sentimentos, e naquele beijo elas a obtiveram.
As mãos ágeis de Ludmilla enroscaram Brunna pela cintura e lhe deitou sobre o tapete felpudo e macio, sem desgrudar seus lábios Ludmilla a fazia ser sua, sua noiva, sua mulher, sua esposa, SUA.
O cobertor quentinho havia caído para a cintura das mulheres enquanto o beijo havia se tornado mais quente, deixando aquele ambiente frio mais harmonioso do que antes já estava.
Ludmilla mordeu levemente o lábio inferior de Brunna quando lhe sentiu passar uma de suas mãos por dentro de sua blusa e a erguer querendo-a tirar, o beijo foi interrompido apenas para completar este ato.
Brunna queria senti-la inteira para si, se sentia pronta para Ludmilla e acima de tudo, Brunna sabia que daquela forma lhe falaria o quanto lhe ama, entregaria para si todos os seus sentimentos, medos e desejos. Brunna se entregaria totalmente a Ludmilla, sua noiva.
Sentindo a língua de sua noiva percorrer sua boca, Ludmilla retirou a blusa da latina a deixando como ela estava também, apertando sua mão na cintura de Brunna, sentiu-a se remexer entre seus braços após sentir aquele frio em sua barriga que tanto havia evitado sentir, mas que hoje ela o deixaria para lá.
Quando a falta de ar lhe faltou, Ludmilla desceu seus beijos para o pescoço de sua latina que estava tão ofegante quanto ela.
- Eu te amo Ludmilla. – Brunna murmurou ofegante tendo agora os olhos castanhos sobre si. – Eu te amo Ludmilla e eu estive com medo de lhe confessar isso, com medo de você me abandonar... Eu estava com medo.
- Eu nunca lhe abandonaria. – Ludmilla acariciou seu rosto. – Você é a minha mulher e eu não aceito menos do que viver minha vida toda ao seu lado.
- Me faça sua... – Murmurou Brunna.
- Tem toda a certeza disso?. Não quero lhe forçar. – Falou Ludmilla olhando para as esferas chocolates a sua frente.
- Eu quero ser sua, apenas sua Ludmilla. Quero ser sua esposa, sua mulher, sua amante... Eu apenas quero você Ludmilla... Para sempre.
Sorrindo Ludmilla voltou a lhe beijar, juntando seus corpos quentes, Brunna e Ludmilla se amavam a cada segundo naquele tapete.
Ludmilla lhe fazia sua, da mesma forma que Brunna lhe marcava com suas unhas, marcando em sua pele o selo daquele amor, da união, da entrega destes sentimentos avassaladores que invadiam seus corações a cada minuto que se amavam.
Apenas o cobertor quentinho cobria seus corpos nus, a lareira escaldante fazia de seus corpos a imensa cor amarelada de suas chamas que brilhavam através da camada de suor de seus corpos.
A mão delicada de Ludmilla percorreu cada centímetro do corpo de Brunna, a ereção visível em sua calça deixava Brunna ainda mais nervosa, não era como se nunca tivesse transado antes... Mas nunca havia feito isso com um pênis, e se fizesse tudo errado?. E se Ludmilla não gostasse?. O medo a possuiu mais uma vez e as borbulhas de seu estomago voltaram e estourarem fazendo-a ficar desconfortável com aquela sensação que sentia, com aquele medo.
Quando Ludmilla voltou a lhe beijar, era como se seu medo havia se esvaído, não completamente mas boa parte dele.
O sutiã de Brunna foi parar ao chão do lado de seus corpos e Ludmilla lhe deu total atenção assim que subiu uma de suas mãos e o massageou com determinação.
A respiração de Brunna já estava irregular, e não saberia informar se era por causa da excitação que sentia no meio de suas pernas ou pelo nervosismo por finalmente se entregar a mulher que tanto amava. Ludmilla não estava diferente, sua respiração também estava irregular, mas ao contrario de Brunna, Ludmilla sabia muito bem o que fazer e como fazer, não tinha medo ou se quer estava nervosa. Ludmilla apenas estava determinada a dar prazer a sua mulher. Tal prazer que muitas vezes não podia ser sentido já que se esforçou tanto para se controlar ao lado de sua latina quente...
Quente, era a palavra exata para descrever o clima daquela sala de estar, o cobertor já não fazia mais função alguma sobre aquelas mulheres pois seus corpos eram a fonte de calor mais fervorosa daquele cômodo.
Ludmilla se enroscou aos braços de sua latina colando seu corpo ao seu, sentiu a latina erguer uma de suas pernas para que Ludmilla se encaixasse ali, e por mais que negasse o que diria, Ludmilla percebeu que Brunna se encaixava completamente em seu corpo, eram duas metades se unindo a uma única explosão de sentimentos e desejos.
Suas roupas foram ao chão, e Ludmilla pode observar a beleza de Brunna, as suas curvas e beldades. Ludmilla observou o quão linda sua assistente pessoal era... Como nunca havia notando-a antes?.
Ludmilla notou os olhos chocolates a sua frente, viu por entre seu brilho o quão desesperados eles estavam, ela estava com medo e Ludmilla percebeu.
- Quer parar?. – Ludmilla lhe perguntou enquanto alisava seu rosto.
- Não. – Brunna respirou fundo. – Continua... É só que... É tudo novo pra mim.
- Se você não quiser a gente para. – Comentou Ludmilla a olhando.
- Eu quero... É só que... – Brunna suspirou.
- Eu irei com calma. – Ludmilla lhe interrompeu. – Eu prometo Bru.
Afirmando levemente Brunna selou sua decisão, sentindo Ludmilla lhe invadir como desejava, Brunna gemeu no ouvido de sua morena.
Apertando suas unhas em sua costas Brunna se remexia contra seu ritmo, criava o atrito gostoso quando Ludmilla lhe entrava cada vez mais.
O nervosismo de Brunna havia se esvaído quando a onda de prazer lhe invadiu cada centímetro de seu corpo. Ela se movimentava com maestria e nem parecia ter ficado nervosa anteriormente.
Quando o prazer escorreu por seus corpos, Ludmilla se deitou ao lado de sua noiva enquanto tentava controlar sua respiração que parecia ter acabado de correr uma maratona.
Brunna não estava diferente, não sabia explicar a sensação que sentiu ao ter Ludmilla dentro de si e menos ainda saberia explicar como se sentia após seus orgasmos múltiplos que ela havia lhe proporcionado. Seus olhos fecharam levemente enquanto seu corpo se mexia rapidamente por causa de sua respiração, tentando controla-la da melhor forma possível.
Ludmilla olhava fixamente, tentando de alguma forma tentar descobrir o que a latina ao seu lado pensava.
Ela havia gostado ou estava se arrependendo por se entregar a ela?.
Ludmilla nunca imaginou que ficaria tão nervosa ao não ouviu uma palavra se quer de uma mulher que havia transado, havia feito isso tantas vezes que quando Brunna permaneceu calada, ela se sentiu estranha... Tentava a todo custo identificar no rosto de Brunna a resposta que seu coração e mente pediam, mas tudo era em vão, Brunna não demonstrava emoção alguma ao tentar controlar sua respiração e isso tudo estava deixando Ludmilla mais nervosa ainda.
Quando finalmente as órbitas chocolates se abriram e lhe encararam, Ludmilla pode notar o leve brilho de quem estava prestes a chorar...
- Está tudo bem?. – Ludmilla lhe perguntou.
- Sim... – Respondeu Brunna roucamente. – Obrigada.
A latina ergueu uma de suas mãos e levou ao encontro do rosto da morena a sua frente, acariciando-a lentamente, Brunna pode sorrir e naquele sorriso Ludmilla percebeu que não havia errado um minuto se quer naquela noite.
Ao se aproximar de Brunna, Ludmilla selou seus lábios delicadamente enquanto seus braços envolviam o corpo de sua latina em um abraço reconfortante e cheio de proteção.
- Eu te amo Bru. – Sussurrou Ludmilla olhando o mar de chocolates.
- Eu também te amo Lud. – Respondeu Brunna sorrindo enquanto se aconchegava confortavelmente nos braços de sua noiva.
Permaneceram ali, quietas se abraçando enquanto apenas o barulho das labaredas das chamas escaldantes quebravam o quando silêncio prazeroso daquela noite.
Mal perceberam quando dormiram agarradas naquele ambiente quentinho que apesar do frio lá fora, o amor de ambos os corações as aqueciam.
[...]
O clima na mansão Oliveira estava diferente, Brunna e Ludmilla trocavam sorrisos e selinhos a cada vez que se viam no decorrer daquele dia, apesar do tempo corrido em que fizeram suas malas e se preparavam para sua viagem à Miami, Brunna se sentia nervosa por ter que voltar para o lugar que um dia ela chamou de casa e para as pessoas em que já chamou de família.
Suas mãos tremiam e seu coração batia velozmente quando se sentou na poltrona do avião ao lado de Ludmilla.
Ter que voltar para aquele lugar lhe fazia se lembrar de cenas e sentimentos que havia feito de tudo para esquecer. Havia aprendido a se virar sozinha, a procurar comida e a se abrigar e dormir em qualquer lugar, voltar para aquela cidade e para as pessoas que a abandonaram, deixava-a com o estomago revirado, se não fosse Ludmilla que lhe segurou a mão o tempo todo, Brunna havia desistido desta viagem desde que sua abuela havia lhe ligado. Brunna com toda certeza teria ligado de volta para cancelar, mas pensar na tristeza em que sua abuela ficaria fazia seu coração doer, e por mais que lutasse contra essa viagem, ela não queria sua abuela triste estava velhinha de mais para passar por tais decepções.
Não soube descrever quando seus pensamentos a tiraram totalmente sua recepção pois só havia notado que o avião já estava em Miami quando Ludmilla lhe cutucou e lhe informou que haviam chegado.
Saindo do avião Brunna caminhava tranquilamente com Ludmilla ao seu lado, suas mãos entrelaçadas davam-na a segurança que precisava para aquele momento.
Brunna estava de volta a Miami, aonde sofreu os momentos mais difíceis de sua vida... E retornar para aquele lugar era como retornar para sua pior lembrança.
- Você está bem?. – Brunna escutou a voz de Ludmilla sobressair sobre as diversas vozes daquele aeroporto lotado.
- Não. Mas promete não sair do meu lado?. – Brunna perguntou a olhando.
- Eu prometo Bru? Nunca irei te deixar. – Ludmilla beijou suavemente a testa de sua noiva enquanto andavam pelo aeroporto.
Respirando profundamente Brunna passou pelo portão de desembarque com Ludmilla, mas assim que olhou para as pessoas que aguardavam seus entes queridos, Brunna notou sua abuela e sua mãe Mirian paradas às esperando.
- Mi niña!. – Exclamou a avó abrindo seus braços para receber Brunna que logo chegou ao seu encontro.
- Que saludo abuela. – Sussurrou Brunna ainda nos braços de sua avó.
Ludmilla as observava de longe sorrindo, notava o quão sentimental Brunna ficava nos braços de sua avó, ela notava a saudade que sua noiva sentia dela e também notava a tristeza por ter sido obrigada a deixa-la... Mas Ludmilla também podia notar o medo nos olhos da avó de Brunna, podia-se notar a falta que Brunna fazia em sua vida, e aquilo de alguma forma entristeceu Ludmilla que suspirou profundamente ao lembrar-se da família que nunca havia tido... Da avó que nunca havia conhecido, da mãe que nunca havia lhe amado... Ludmilla se lembrava da falta que seu pai fazia em sua vida.
- La abuela te deja presentar, esta es Ludmilla... Mi novia. – Brunna falou enquanto se afastava de sua avó, e capturava a mão de Ludmilla com a sua lhe trazendo para perto de si.
Mercedes, a avó de Brunna parou para observar Ludmilla dos pés a cabeça, notando o quão bela ela era, Mercedes nem se deu conta de que encarava Ludmilla com seus olhos atentos, já a morena estava agonizada por ser avaliada por ela.
- Abuela... – Brunna murmurou chamando sua atenção.
- Si mi niña. – Mercedes olhou para Brunna por um instante mas logo após voltou seus olhos para Ludmilla. – El placer conoce a ludmilla.
Sorrindo Ludmilla lhe estendeu a mão, mas não foi correspondida, no entanto Mercedes havia se aproximado de Ludmilla e havia lhe envolvido em um abraço caloroso de avó, tal abraço que Ludmilla nem se recordava ter sentido.
- Ok... Quando sua avó nos contou que você estava noiva, havíamos imaginado ser um rapaz não uma... – Começou Mirian mas Brunna lhe cortou.
- Minha sexualidade já estava explicita a vocês a alguns anos, imaginarem que eu chegasse aqui com um homem seria muita burrice... – Resmungou Brunna.
- Ok... Deveríamos ir, vocês devem estar com fome. – Disse Mercedes em inglês para que Ludmilla entendesse.
Abraçando de lado Brunna elas caminharam por entre as pessoas daquele aeroporto.
- Com muita. – Exclamou Brunna sorrindo sendo acompanhada de sua avó enquanto Ludmilla levava todas as malas já que Mirian não havia se quer se oferecido para lhe ajudar.
- Quando eu contei para minhas amigas que você estava voltando elas ficaram loucas. – Comentou Mercedes.
- Vovó, não acredito que já espalhou pra quase a cidade toda de que eu estava vindo à Miami. – Resmungou Brunna enquanto olhava sua avó.
- Uma novidade desta tem que ser contada mesmo.
- Depois de tantos anos longe, as pessoas ficaram mais do que curiosas para saberem o motivo da volta. – Resmungou Mirian.
- Ficarei mais do que feliz contando a todos que voltei apenas para minha avó conhecer minha Noiva. – Resmungou Brunna retrucando as palavras de sua mãe.
Após Brunna ter retrucado sua mãe, a viagem para a antiga casa de Brunna havia sido completamente silenciosa.
Brunna suspirava por se recordar daquelas ruas na qual passavam, seu desconforto estava evidente para todos inclusive Ludmilla que segurou sua mão delicadamente podendo entrelaçar seus dedos.
Se sentindo segura novamente, Brunna olhou para as esferas esmeraldas que tanto amava, se aproximou de Ludmilla e selou seus lábios podendo sorrir logo em seguida, o sorriso reconfortante que lhe dava energia para continuar.
Ao chegarem na antiga casa de Brunna, Ludmilla pode notar o enorme portão preto com a letra G pintada de dourado logo a frente. O carro percorreu alguns metros de enormes arvores para enfim encontrar a mansão em que Brunna havia sido criada.
A mansão Gonçalves.
- Você nunca me disse que era rica... – Sussurrou Ludmilla.
- Eu não sou. – Brunna a olhou. – Abuela que é.
- Não se preocupe pequena Ludmilla. – Começou a dizer a avó de Brunna. – Brunna sempre foi modesta com suas origens.
Sorrindo a senhora saiu de deu carro com Brunna e Ludmilla ao seu alcance. Notando-se já algumas pessoas circulando pelo gramado central, Brunna estreitou seus olhos para sua avó.
- Abuela porque essas pessoas estão aqui?.
- Eu não lhes contei?. – Mercedes disse sorrindo enquanto caminhava com sua neta para a porta principal. – Estamos fazendo uma festinha de boas vindas.
- Isso realmente não era necessário e a senhora sabe disso. – Resmungou Brunna.
- Não seja careta mi niña. – Retrucou Mercedes empurrando Brunna para dentro da mansão.
As conversas altas e os gritos de alegria já podiam ser ouvidos por Ludmilla e Brunna. Mas quando chegaram a sala principal da qual todos os convidados estavam reunidos enquanto bebiam e comiam, as vozes foram cessadas e olhos atentos encaravam as duas mulheres.
- Mi niña retornou!. – Gritou Mercedes assustando Brunna e Ludmilla que estavam ao seu lado.
Brunna nem conseguiu contar quantas pessoas haviam a cumprimentado, ela apenas sorria e demonstrava estar interessada em algo que sua mente nem se quer queria pensar.
Já Ludmilla havia se afastado enquanto andava pelo lugar conhecendo-o melhor.
- Petisco?. – Um garçom havia se aproximado de Ludmilla com uma bandeja lotada de petiscos.
- Obrigada. – Ludmilla respondeu pegando um petisco e já comendo-o.
- Você foi a garota que chegou com Brunna... – Ele afirmou algo que era óbvio. – Eu te conheço de algum lugar...
- Acho que se você se esforçar irá descobrir. – Respondeu Ludmilla sorrindo levemente enquanto olhava para os lados à procura de Brunna.
- Já sei!. – Ele gritou empolgado atraindo alguns olhares para si. – Você é aquela jovem piloto de formula 1. Ludmilla Oliveiri!.
- É Oliveira. – Corrigiu Ludmilla. – Mas sim, sou eu.
- Você é Ludmilla Oliveira?. – Uma garota se aproximou quando foi atraída por aquele grito do rapaz. – Duvido que seja ela. – Ela disse fazendo uma careta enquanto olhava Ludmilla dos pés a cabeça. – Ludmilla Oliveira é rica e tem classe, nunca andaria com roupas assim.
- Roupas assim?. – Ludmilla perguntou se olhando. – O que tem de errado com minha roupa?.
- Está completamente sem nexo, misturar estas cores é a morte. – Resmungou a mulher.
- Me lembrarei disso quando sair de casa, agora se me dão licença preciso achar minha noiva. – Ludmilla disse se afastando.
- Espera!. – A mulher gritou chamando a atenção de Ludmilla. – Você gosta de mulheres?.
- Não. – Ludmilla respondeu sorrindo. – Gosto apenas de uma mulher e eu já estou noiva dela. – Ludmilla disse e continuou seu caminho sem ligar para o que aquela garota resmungava com o garçom.
Percorrendo mais alguns lugares lotados de pessoas, Ludmilla pode perceber sua noiva na sala de estar enquanto sua avó a exibia para suas amigas como um troféu, não soube identificar como mas Brunna sentiu o par de olhos castanhos sobre si e quando desviou seus olhos para eles, Ludmilla sentiu o desespero lhe possuindo.
Quando Ludmilla se aproximou e abraçou sua cintura para que ficasse ao seu lado, Brunna fechou os olhos e respirou fundo ao sentir o toque que sempre a protegia de tudo, estava segura novamente.
- Espero que tenha voltado com juízo desta vez. – A voz de Jorge pode ser ouvida na sala. – É bom vê-la novamente minha filha.
- Garanto que não é recíproco Jorge. – Brunna resmungou quando olhou seu pai se aproximar trazendo alguns olhares sobre si.
- Ainda me chama de Jorge?. Pensei que havíamos passado desta fase. – Resmungou o homem olhando atentamente Brunna.
- Ah, qual fase você quer dizer? A que você me expulsou de casa e me deixou passar fome na rua ou a qual eu estou noiva e só vim nesta merda de casa novamente por causa de Mercedes?. – Brunna encarava os olhos enfurecidos de seu pai. – Anda Jorge, responda-me.
- Como ousa... – Jorge se aproximou com raiva de Brunna mas Ludmilla se meteu em sua frente impedindo-o de tocar sua noiva.
- Não encoste um dedo se quer em Brunna. – Enfureceu Ludmilla lhe encarando.
- Quem você pensa que é pra me desafiar garota?. – Perguntou Jorge.
- Eu sou a noiva de Brunna!. – Esbravejou Ludmilla lhe olhando nos olhos enquanto se mantinha a frente de Brunna para lhe proteger de qualquer dano físico que Jorge possa cometer.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro