A verdade - parte 3.
A saudade não mata... chorar também não, o que mata mesmo de verdade é aguentar tudo isso e ainda continuar lutando pelo dia seguinte.
Brunna sentia suas forças se esvaindo a cada dia que passava, ela sentia falta de Ludmilla, sentia que nada mais fazia sentido em sua vida, ela não sabia ao certo qual foi o momento em que se decidiu lutar pelo seu filho, ela sabia que precisava fazer algo e estar ao seu lado, mas ela simplesmente não tinha forças para levantar da cama, a cada dia que passava era uma lutar para conseguir se colocar em pé ao menos alguns minutos por dia...
Brunna conseguia contar os dias pela janela do quarto, ela podia ver se era dia ou noite, e foi assim que ela percebeu...
Percebeu que fazia 15 dias em que não via mais seu filho, ela não sabia se ele estava vivo pois não ouvia mais seu choro no andar inferior daquela casa, ela também não via mais sua mãe ou se quer sua abuela.
Brunna via apenas um dos seguranças de seu pai que vinha lhe trazer alimentos que ela não fazia a mínima questão de se alimentar corretamente.
As forças a jovem mulher estava se acabando, assim como a sua vida...
[...]
Ludmilla caminhava por entre os corredores daquele prédio em busca de uma sala em específica.
Assim que a morena chegou em Miami, correu contra o tempo para que conseguisse o mais rápido possível tirar Brunna e seu filho das mãos de Jorge, enquanto a morena estava em Miami, a enfermeira disfarçada de Ludmilla havia informado Jorge que a jovem havia sumido de seu quarto, assim sem mais nem menos ela simplesmente desapareceu daquele local, por mais que os seguranças tivessem corrido atrás de Ludmilla, nunca se quer conseguiram pega-la novamente, seria possível um hospital fazer aquilo com um simples paciente? Ou os seguranças daquele hospital também eram homens de Jorge disfarçados naquele ambiente hospitalar, a enfermeira desconfiava.
Assim que a jovem morena avistou a sala do qual procurava, ela respirou profundamente, não sabia a quem pedir, porém Ludmilla desejava com todas as suas forças que pelo menos alguém acreditava em si, e olhando para aquele nome trajado naquela porta, Ludmilla desejava profundamente em que ela pudesse lhe ajudar...
Três toques sutis na porta foram capazes de avisar a figura autoritária lá dentro que em sua porta alguém lhe esperava, suspirando profundamente por estar cansada daquele longo dia, ela desejou que fosse apenas alguém lhe trazendo um café, porém assim em que autorizou a entrada, ela pode ver Ludmilla Oliveira em sua frente, a famosa piloto de formula 1... Ela sabia que não era um simples cafezinho, se aquela mulher estava em sua porta, ela tinha a extrema certeza de que seu expediente não terminaria tão cedo.
- Em que desejo a honra de tê-la em minha sala Sra. Gonçalves Oliveira – Exclamou a mulher se levantando de sua cadeira.
- Talvez você já tenha em algo em mente ao me ver aqui... – Ludmilla exclamou a olhando.
- Posso ter ideia – ela murmurou – Chegou ao meu conhecimento sobre o desaparecimento de sua esposa... – Ela voltou a se sentar assim que apontou para a cadeira em sua frente e pode ver Ludmilla sentar-se – Mas acreditava em que alguém estivesse resolvendo esse caso.
- Aí é que está. – Ludmilla começou – Minha esposa e meu filho não desapareceram. – Ludmilla suspirou – Eles foram sequestrados... e acredito que a pessoa que tenha feito isso não irá querer um misero dinheiro de resgate.
- E você sabe quem os sequestrou? – Perguntou a delegada de Miami
- Sim
- E como pode ter certeza em que essa pessoa os sequestrou?
- Porque eu tenho uma testemunha – Ludmilla disse a olhando profundamente - O médico que cuidou de meu filho, ele sabe aonde estão... Eu só preciso de ajuda para liberta-los dele...
- Dele? Dele quem Sra.?
- De Jorge, Pai de Brunna. Ele os sequestrou e está mantendo-os em sua casa, sobe forte vigilância indo assim contra sua vontade e segurança, ele pegou minha família a força de mim enquanto eu estava em um leito de hospital... – Ludmilla esbravejou – Eu quero minha família de volta, viva. – Ela murmurou a última palavra, acreditando firmemente de que eles estavam vivos... ela precisava que eles estivessem vivos.
- Sabe que isso é delicado, não é? Se estiver errada e formos em busca deles na casa de Jorge e eles não estiverem lá, iremos ir contra uma das famílias mais influentes de Miami...
- Você prefere deixa uma mãe e um filho sofrerem e acabarem sendo mortos porque não quer ir contra uma pessoa importante de Miami? – Ludmilla começou a ficar enfurecida com aquela delegada... ela acreditava que ela seria do bem...
- Não é que eu esteja indo contra tudo isso, é que simplesmente essa história está sem pontos, como pode ter a certeza que sua esposa esteja lá? Só porque um simples medico lhe disse?
- Conhece a velha frase mantenha os amigos perto e os inimigos ainda mais perto? – Ludmilla respirou fundo - Jorge não deixaria Brunna em outro lugar a não ser bem de baixo de seu nariz. Eu o pude conhecer... eu sei que ela está lá.
- Tudo bem. – A delegada decretou por fim – Iremos investigar suas informações e averiguar se estão corretas... – A jovem delegada escreveu algo em seu computador – Se estiverem corretas iremos agir.
- E quanto tempo isso se refere? – Ludmilla lhe perguntou
- Depende do decorrer da investigação
- Não tem como apressar isso? Eu sou Ludmilla Oliveira, desejo que isso seja resolvido o mais rápido possível – Ludmilla exclamou a olhando profundamente- é a vida de uma mãe e seu bebê que estão em jogo aqui Dra. Quer mesmo arriscar a vida de inocentes e sua carreira pra simplesmente averiguar fatos?
- Isso é uma ameaça? – A jovem delegada perguntou
Ludmilla respirou profundamente e se levantou, preparada para ir embora, ela simplesmente olhou novamente para a delegada em sua mesa.
- Entenda como quiser Dra. – Disse a morena – Mas quero que se lembre, Jorge não é a única pessoa influente... se algo acontecer a minha família... – Sua voz deu uma vacilada – Os responsáveis por saberem da verdade e não terem feito nada, irão ser responsabilizados por seus atos.
E dizendo aquilo a morena saiu daquela sala, deixando uma delegada incrédula naquele local.
Como ela podia falar assim com ela? Ela havia pirado é? Afinal ela era alguém da lei...
Mas pensando sobre tudo o que havia sido dito naquela sala, a jovem delegada enfim havia percebido o que era tudo aquilo...
Ludmilla não era apenas mais uma pessoa influente naquela sociedade... Ludmilla era uma mãe e esposa desesperada para ter sua família de volta.
A delegada sentia o que era tudo aquilo, todo aquele sentimento de querer que algo seja feito o quanto antes, ela entendia muito bem, mas mesmo que pensasse assim ela sabia que Jorge era alguém em que a justiça não poderia alcançar... e para isso ela precisava muito mais do que o testemunho de um simples medico, ela precisava de provas de que Brunna estava naquela residência.
E ela sabia que se isso tudo fosse verdade, ela faria justiça para aquela família.
[...]
Longos 5 dias haviam se passado, e as buscas por respostas foram incansáveis, a delegada não havia descansado um dia se quer para conseguir aquilo que queria... e ela sabia que estava próximo, conseguiu juntar a maioria das peças, porém a delegada não conseguia ter provas de que Brunna estivesse na residência dos Gonçalves naquele momento, algo não fazia sentido naquilo, o Gonçalves não era visto a 2 dias e mesmo analisando minuciosamente, a delegada sabia que a maioria dos seguranças de Jorge não estavam na residência dos Gonçalves, e ela não conseguia entender o porquê eles não estavam lá, afinal aonde Jorge estivesse eles estavam próximos, e foi assim que olhando as filmagens das câmeras de segurança daquela cidade, a jovem delegada conseguiu juntar algumas peças... Jorge estava com Brunna, ela tinha a certeza naquele ponto, porém sabia que se agisse sem ao menos ter todas as informações poderia colocar a vida de Brunna e do bebê em risco, ela sabia disso.
E para que ela conseguisse invadir a casa dos Gonçalves ela precisaria de provas para um mandato, mas a delegada tinha apenas a imagem de algumas câmeras em que homens da segurança pessoal de Jorge haviam sequestrado Brunna em nova York e a trazido para cá, porém os rastros daqueles homens morriam no centro da cidade, não conseguia identificar nem se quer se haviam ido para a direita ou esquerda, eles tinham sumido completamente das câmeras de segurança daquele local.
- Eu acho que encontrei algo - Murmurou um jovem detetive que estava presente naquela enorme sala onde todos ao redor tentavam achar pistas para solucionar aquele caso. – Dra. Encontrei algo – ele exclamou mais alto para que ela pudesse ouvi-lo melhor, e após dizer aquilo ele deixou que o telão transmitisse a tela de seu computador. – A família Gonçalves tem uma propriedade no alto das montanhas ao norte de Miami, é uma propriedade beira lago escondida das demais propriedades daquela área... é como se essa propriedade só existisse pra esconder algo – Ele a olhou – Ou alguém – Murmurou.
- E como ninguém descobriu isso antes? – A delegada perguntou olhando para o telão que mostrava imagens de satélite da propriedade que o jovem citava.
- Porque está no nome de solteiro da avó de Brunna, Mercedes Rodriguez.
- Ótimo agente – Exclamou a delegada – investiguem essa casa, quero descobrir tudo sobre ela, desde a simples árvore que foi plantada perto dela. Vamos, vamos – ordenou para a equipe presente naquela sala.
A jovem delegada olhou para o telão a sua frente novamente, vendo a casa em que havia sido citada, suspirando profundamente ela desejava profundamente que aquele caso fosse resolvido.
- Eu encontrei! - Um jovem loiro gritou ao fundo da sala, olhou ao redor e fez o mesmo em que seu parceiro havia feito, espelhou a tela de seu computador no telão a sua frente - Jorge saiu da propriedade Gonçalves a alguns dias, uma das Câmeras de segurança de um caixa eletrônico filmou o carro do Gonçalves passar por ele a alguns dias.
- Excelente Agente. – Murmurou a delegada - Investiguem para a onde o carro está...
- Tem mais Dra. – O mesmo jovem de antes havia a interrompido.
- O que? –Ela perguntou o olhando
- Jorge não estava sozinho naquele carro. – Disse finalmente o jovem agente e iniciou a gravação da câmera de segurança daquele caixa eletrônico
Os poucos segundos em que puderam ter a chance de ter informações sobre Jorge estavam no telão a frente de seus corpos, e vendo finalmente aquelas imagens, todos naquela sala tiveram a certeza de que tudo o que Ludmilla havia falado enfim era verdade, Jorge havia mesmo os sequestrados, e naquele momento os minutos contavam ainda mais.
- Muito bem. – A delegada enfim se pronunciou – Voltem a seus postos e procurem para a aonde Jorge está indo, acionem o mandado de prisão contra Jorge Gonçalves – A jovem olhou para todos naquela sala – E alguém encontre o outro membro da Família Gonçalves Oliveira desaparecido.
Após dizer aquilo a jovem delegada voltou a olhar novamente para a tela a sua frente, suspirando ela desejava encontrar o mais rápido possível o outro membro da família desaparecido, afinal no vídeo constava apenas um, e naquele caso era mãe e filho desaparecidos.
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