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A porta sacode em minhas costas, ainda apoiadas na madeira. Assusto, saindo do meu transe desesperado de pensamentos. Uma voz feminina ecoa do outro lado

—Lizzie! Eu sei que você ta aí! Abre essa porta agora ou eu vou derrubá-la. — Rosie esbraveja, ainda esmurrando a porta.

Não respondo, mas me levanto. Depois de tudo que Rosie mostrou saber sobre nossa realidade não duvido que derrube a porta usando só a força da mente. Abro uma fresta e digo tentando fazer com que minha voz saia o mais firme possível.

—Esta tudo bem, não precisa se preocupar. —Falho miseravelmente, minha voz parecendo a de uma criança chorosa.

—Me deixe entrar, por favor. — Vejo seus olhos azuis pela fresta e acabo cedendo, dando passagem para a loira.

Ótimo, como explicar tudo que aconteceu sem revelar coisas que eu nem deveria saber? Ela me olha de cima em baixo e vai até a cama, aconchegando-se de modo confortável e descontraído, típico de sua pessoa.

—Anda, me conta! Eu vi você subindo as escadas como uma louca fugindo de um hospício— Ela cruza os braços— Não que esse lugar seja muito diferente de um.

Mesmo estando completamente apavorada, solto uma risada. A energia dessa garota é incrível. Passo as mãos pelos cabelos, ponderando em quais palavras usar.

—Digamos que eu estava no local errado, na hora errada, e com as pessoas erradas.

—VOCÊ BEIJOU O GAROTO??????? NÃO ACREDITO—Ela salta de excitação.

Eu reviro os olhos

—Não, foi muito mais serio que isso— Não consigo deixar de corar com a ideia, a lembrança de seu toque ainda recente em minha pele. — Ouvi uma conversa entre Odera, Erion e o general. Eles estavam falando sobre mim. Sobre sermos aceitos pela Ordem.

Ela muda a expressão, assumindo um tom sério.

—O que eles disseram especificamente? — Diz, desconfortável em minha cama.

Conto tudo o que ouvi, mas deixo a parte de Adack de fora. Não sei por que faço isso, mas apenas sinto ser um assunto delicado, principalmente por envolver sua família. Rosie move os olhos de um lado para o outro, assimilando as informações. Pergunto em seguida, tentando extrair mais informações

— O que você sabe sobre isso tudo? Sobre os poderes, as Ordens, os Tenebrix?

Ela suspira e começa, a voz séria e mais baixa, como se tivesse contando um segredo.

—Como você já sabe, meus pais eram da Ordem Exponentium. Eles frequentaram a corte até minha mãe engravidar, depois se isolaram completamente, deixando qualquer influencia da Ordem para trás, prezando pela nossa criação longe disso tudo. — Ela solta o ar, os ombros encolhidos, claramente incomodada com o assunto. Sento-me ao seu lado, ouvindo— Acho que eu deveria ser grata por terem feito isso, ou eu teria me tornado uma Marvissa ou algo do tipo— Ela franze o nariz, e rimos baixinho.

—O que aconteceu com eles? Estão em Londres ainda?

Ela congela e me arrependo imediatamente da pergunta. Ela fita a janela, os olhos vazios.

—Foram assassinados.

Alguns segundos de silencio preenchem o ambiente. Ela volta o olhar para mim de novo, e continua

—A minha vida toda foi baseada nas historias que eles contavam sobre esse lugar. As festas, as pessoas, a magia. Por mais que quisessem nos manter longe daqui, eu sempre quis conhecer. Principalmente depois que morreram, isso aqui foi tudo que me restou que remete a eles. Sinto que estou próxima deles aqui. — Ela olha pelo quarto, como se realmente pudesse senti-los ali.

—Eu sinto muito— Digo, colocando minhas mãos em cima das dela.

Ela sorri para mim, as lembranças dolorosas se esvaindo de seus olhos. Ela completa

—Eles não falavam muito sobre a Ordem das Trevas, era um assunto quase proibido entre nós. Acredito que as coisas tem um equilíbrio natural, como Erion disse no trem, e que quando as trevas se sobrepõem à luz, coisas ruins acontecem. Mas sempre foi assim, um equilíbrio. Não entendo porque Maximus disse que deveríamos derrotá-los, ou porque vão atacar quando souberem sobre nós, sobre você ou quando formos iniciados na Ordem, isso acontece a cada cinco anos.

Franzo o cenho, não imaginei que isso acontecesse tão frequentemente

—Como assim? Isso é periódico aqui? — Indago, curiosa.

—Sim, pelo o que eu sei, a cada cinco anos eles iniciam novos elementaristas na Ordem, alguns vindos de fora, como nós, e alguns que nasceram e viveram aqui, como Marvissa e a gangue dela— Ela ri das ultimas palavras, mas eu continuo séria, confusa demais para qualquer outra coisa que não seja martelar suas palavras em minha mente confusa.

Marvissa cresceu aqui, juntamente com Alliot e Cohen. Por isso já sabem seus elementos, já estão preparados. E quanto a nós? Estamos a nossa própria sorte e força. Rosie também não entende porque somos devemos ser capazes de derrotá-los, e começo a ponderar que as coisas estão diferentes desde o ultimo grupo.

—E quanto a eu reprimir meu dom? Disseram que eu emanava muita energia reprimindo-o.

Ela pensa por alguns segundos, e me fita nos olhos

—Eu não sei muito sobre isso, apenas que nós, Exponentiuns, podemos detectar esses focos de energia, que geralmente são gastos reprimindo nossos poderes, nossos elementos. Se Erion disse que detectou uma grande quantidade vinda de você, é porque você realmente se esforçou para reprimir o que esta aí dentro— Ela aponta para meu coração— E que é muito poderoso. Eu nunca precisei reprimir meus dons porque sempre tive a consciência de que moravam em mim, então vieram à superfície muito cedo, e aprendi a controlá-los um pouco antes de... bem, você sabe.

Não consigo deixar de sentir uma empatia muito grande por Rosielly. Nós duas perdemos nossos pais, e mesmo que tivéssemos idades diferentes, a dor é a mesma. Encaramos-nos por alguns segundos, em silencio. Presto atenção nos detalhes de seu rosto, o nariz fino, as maças do rosto saltadas e os lábios preenchidos, levemente rosados. A presença dela me conforta e me pergunto se isso é obra dos poderes dela ou apenas da sensação de familiaridade depois de saber mais sobre ela, sobre seu passado. Definitivamente Rosie pode ter essa armadura descontraída e feliz por fora, mas por dentro há magoas profundas que não ouso tentar entender, já tenho as minhas, fundas o suficiente.

—Vai ficar tudo bem— Ela segura minhas mãos— Não tente entender tudo agora, assimile aos poucos. Isso tudo esta acontecendo porque você é especial, mais do que imagina. E pelo o que você me disse ter ouvido de Erion, é incrivelmente poderosa e capaz de derrotar qualquer um que entrar no seu caminho. — Ela suspira. Tento me prender a suas palavras, parece tão simples vindo dela. — E acreditar. Nada disso vai funcionar se você não acreditar que o que tem ai dentro é real e incrível.

Não respondo, apenas a abraço ainda sentada na cama. Rosie se levanta, indo em direção a porta. Ela se vira e diz

—Me avise se precisar de algo. Sem hesitar— Eu concordo, mas minha expressão não é a mais confiante— É serio! Você não esta sozinha aqui.

Ela sorri, e retribuo o sorriso, acredito que o mais verdadeiro que dei desde que cheguei ao Instituto e minha vida virou de cabeça para baixo. Ela deixa o quarto, e caio de costas na cama, fitando a clarabóia no teto. ACREDITE. As pessoas continuam me dizendo isso, mas não parece ser tão fácil. A minha vida inteira eu pensei saber o rumo que minha vida tomaria. Nunca tive muitos namorados, saia com alguns que tomavam a iniciativa de vir falar comigo, mas eles acabavam desistindo ao se deparar com tamanha muralha que existe no caminho até meu coração. Nunca fui muito social, nunca vi graça em festas, amigos, paqueras. Sempre fui muito quieta e imersa em meu próprio ser. Mas, mesmo assim, eu pensava em me casar, em encontrar alguém com força suficiente para quebrar cada tijolo imposto ao redor de meu coração e me ensinar a amar de verdade. Amor tão grande que me traria filhos, veria eles crescerem e envelheceria ao lado de um grande amor. E em poucos dias, tudo isso se tornou tão distante que mal consigo ver como uma possibilidade. Não sei nem se sobreviverei alem disso tudo. Ao que me parece, esse mundo enfrenta uma ameaça real, e cabe a mim destruí-la. Logo eu, a garota que não consegue destruir nem seus próprios fantasmas do passado. Uma das únicas lembranças de meus pais me vem em mente: Um campo aberto, a grama verde no ápice do verão. Eu corria, rindo, e eles vinham atrás de mim. Os sons das risadas ecoam em meu coração vazio, trazendo um aperto consigo. Saudade. Respiro fundo, tentando não trazer mais pensamentos carregados para minha mente já conturbada. O dia ainda vai ser longo, mas acredito que ainda menor que a extensão de todos os questionamentos que meu cérebro parece ter, mas meu coração não sabe responder.

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