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Respiro fundo depois de alguns segundos segurando o ar. Estou sem fôlego. Se o ginásio no centro do instituto é grande, esse é gigantesco. A estrutura segue o padrão exterior do Instituto, imperceptível pelo lado de fora. Entretanto, seu interior não poderia ser mais discrepante com o modelo clássico. As paredes de concreto cinza, janelas com grades de proteção. Cordas pendiam do teto, equivalente ao no mínimo três andares. Estou paralisada, olhando o ambiente que me cerca, incrédula. O centro, mais elevado que o resto possui uma marca circular no chão, formando uma espécie de ringue. A marca se assemelha a um choque elétrico ou algo do tipo, um pouco afundada no chão gasto. Avisto mais alvos parecidos com o do outro ginásio, porém feitos de um material diferente, próximo ao metal da porta, com alguns pontos queimados. No canto esquerdo, o chão é inclinado, convergindo para uma espécie de canal, presumo que feito para escoar água. A ideia me atinge como um soco: Se o outro ginásio é destinado à luta corporal, esse é destinado ao treinamento dos dons elementais.

Ele possui a estrutura necessária para lidar com o treinamento de nossos poderes. No canto esquerdo, uma galeria de vidro dá vista para o local, e imagino que pessoas importantes devam ocupá-la. Ok, eu definitivamente não deveria estar aqui.  Quando penso em dar meia volta e sair, no mínimo, correndo, ouço vozes se aproximando do corredor. Logo reconheço como sendo a voz de Odera, conversando com Erion e Maximus. Meu coração salta, e logo procuro um lugar para me esconder. A minha esquerda alguns bonecos e caixas estão amontoados em um canto. Perfeito. Corro até meu esconderijo, tempo suficiente para que eles entrem no ginásio. Meu coração pula e sinto minhas mãos suadas. Presto atenção na conversa, espiando por uma fresta entre duas caixas. Maximus pergunta, a voz grave e cortante.

—Tem certeza de que pegou a garota certa? Ela não parece nem um pouco.... apta— Ele busca pela palavra. Logo reconheço o assunto: Eu.

Odera da um leve sorriso, e fico surpresa.

— Os olhos máximus— Ela o encara, interrompendo sua caminhada— Eles nunca mentem.

Erion continua

—Nós nunca havíamos detectado tanta energia reprimida antes dela. Ela realmente se esforçou em reprimir seu dom—Ele olha os dois com cautela, Maximus permanece de costas para mim— Eu nunca havia visto nada parecido.

Minha respiração fica curta, e começo a hiperventilar. Minhas mãos tremem. Não consigo associar tudo o que estão dizendo à minha pessoa. Eu não sou tudo isso. Eu não sou nada disso. Reprimo a vontade de gritar e sair correndo, não sabendo se minhas pernas realmente obedeceriam.

—Precisamos iniciá-los logo, treiná-los. Assim que Sillok descobrir que iniciamos nossos elementaristas ele vai atacar. Assim que souber dela. Precisamos manter tudo em segredo, e ordenarmos as cortes somente quando estiverem o mínimo preparados para lutar— ele inspira profundamente— E não morrer.

Engulo em seco. Nesse ponto já não consigo controlar meu corpo. Minha respiração esta alta demais, e consigo ouvir meus próprios batimentos. Não processo as informações, repetindo-as em minha cabeça. Quem é Sillok? Atacar? Lutar? Sobreviver. Odera tenciona os ombros, e acredito que é a primeira vez que a vejo desconfortável e tensa. Erion muda o assunto

—E o garoto? Ele realmente se parece com ela — Ele faz uma breve pausa. Adack? — A mancha nos olhos, idêntica à dela

Odera fita o chão, os olhos fixos.

—Eu não via a espada desde que ela foi embora e pediu que eu a guardasse até a chegada dele. Ela sempre acreditou nele, mesmo antes de nascer. Nunca acreditei que alguém além dela pudesse empunha-la — Ela suspira pensativa— Esse grupo é o suficiente. Precisa ser.

Eles permanecem em silencio por alguns segundos, mas logo Maximus continua, mudando drasticamente a atmosfera melancólica

— Precisamos colocá-los a prova logo, as Ordens querem ter certeza de que são capazes de derrotar os Tenebrix, antes mesmo de iniciá-los na corte. Cada dia mais seletivos, mesmo não nos restando muitos candidatos. — Ele retoma a caminhada, indo em direção ao fundo do ginásio.

Assim que tomam certa distancia e começam a discutir os rumos de nosso treinamento, paro de ouvir. Calculo minha distancia até a saída e concluo que não me restam muitos segundos até que a porta de metal se feche. Respiro fundo, obrigando a mim mesma a me recompor o suficiente para correr sem emitir qualquer ruído, ou estarei presa com as três pessoas que parecem tornar minha vida mais perigosa a cada segundo. Respiro fundo mais uma vez, e começo a correr. Saio dos obstáculos e corro até a porta na ponta dos pés, me controlando para não sair desesperadamente e promover algum barulho. A porta começa a se fechar e solto um grunhido, arrependendo-me no instante seguinte. Tarde demais. Resta apenas uma fresta entre as extremidades de metal, e passo por ela quase sendo esmagada. Caio no chão de ladrilhos brancos. Não sei se me viram ou não, só penso em correr o mais rápido que consigo. Expiro alto, o ar ardendo meus pulmões. Lágrimas caem em disparada por meu rosto, sendo lançadas à medida que corro pelos corredores do Instituto. Os pensamentos martelam minha cabeça na mesma velocidade que meus pés correm pelo chão já marmorizado. Preciso chegar até meu quarto. Não importa o quanto eu tente amenizar a situação, ela nunca vai melhorar. Quanto mais descubro, pior tudo fica. Quanto mais informações recebo, mais difícil parece sobreviver. Eles parecem depositar tanta responsabilidade em nós, responsabilidade essa que não escolhemos, e muito menos temos noção de que nos pertence. Subo as escadas do primeiro andar o mais rápido que consigo, ignorando qualquer olhar curioso ou até mesmo a iminência de tropeçar e cair. Sigo pelos andares, e suor começa a brotar em minha testa, misturando-se às lágrimas. Não avisto ninguém no caminho, e agradeço mentalmente. Só preciso chegar até meu quarto. Alcanço o quinto andar, ofegante, mas continuo a correr. Viro a esquina, e tudo parece acontecer em câmera lenta. Sinto um corpo se chocando contra o meu. O impacto forte o suficiente para me derrubar no chão, se não fossem os braços com veias saltadas me segurando. Olho para o rosto, ainda sentindo minha face molhada. Adack me segura, os olhos espantados. Os olhos. Idênticos aos dela. Estando tão próxima de seu rosto, consigo ver o detalhe quase imperceptível. No olho direito, uma espécie de corte ocupa sua irís castanha, o espaço entre a fissura preenchido por um tom avermelhado. Fico chocada, nunca havia visto algo assim. Nem sabia que era possível. Ele percebe meu olhar curioso, meus olhos provavelmente vermelhos e inchados. Por alguns momentos me esqueço do que acabara de presenciar. As palavras de Odera e Erion sobre a mãe de Adack me acertam como um soco. Ele pergunta, me olhando preocupado:

—Lizzie? Você esta bem? O que aconteceu? — Sua voz é suave, porem ainda assim preocupada.

Suas palavras me provocam uma espécie de choque, e o pânico me atinge de novo. Desvencilho-me de seus braços e continuo a correr até meu quarto, deixando um garoto confuso e estático para trás. Chego até a porta e abro-a rapidamente, fechando-a em seguida e me apoiando na mesma de costas. Escorrego até o chão. Tudo parece mais ameaçador ainda. Mesmo estando em meus aposentos, não consigo me sentir em casa. Será que algum dia sentiria de novo?

Repasso tudo ferozmente, lembrando de cada palavra. Eles estavam se referindo a mim. Disseram que reprimi meu dom. Como pude fazer isso sem ao mesmo saber que podia? Como reprimi algo que desconheço? Nunca me senti especial, nunca senti nada que parecesse ser fora do comum. Apenas dor. A dor da perda, a dor da ausência. Acredito que isso não seja nenhum dom especial. Meus pulmões ardem, e deixo meu corpo amolecer. Não consigo concentrar-me em meus pensamentos e músculos ao mesmo tempo. Eles disseram algo sobre sermos aceitos pela Ordem. Que eram seletivos. Será que nosso lugar aqui ainda não estava garantido? Aqui nada é garantido. Odera, e depois Maximus, indagaram se eu era a garota certa. O que faz de mim diferente dos outros? Porque eu preciso ser a garota certa? Para o que? Minha respiração acelera, e me concentro em não hiperventilar de novo por alguns segundos. "As Ordens querem ter certeza de que são capazes de derrotar os Tenebrix". Preciso ser forte. Preciso ser capaz. Olho para a clarabóia na esperança de encontrar meu conforto no céu estrelado, mas ainda é dia e o sol ocupa todo o papel de astro. Ele invade meus pensamentos. As palavras de Erion sobre sua mãe, sobre sua semelhança. Será que Adack a conheceu? Onde ela esta agora? Lembro-me de sua espada, agora resolvendo o enigma de sua precedência. Realmente era uma herança de família, mas acredito que ele não imagina que seja de alguém tão próximo. Ainda consigo sentir seus braços me segurando. Ainda consigo sentir o arrepio que me percorreu quando fitei seus olhos, o detalhe impressionante neles.

Os olhos. Eles não mentem.

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