Você é o assunto
Ludmilla's POV:
Encaro a pessoa batendo no vidro desesperada, sem me importar continuo dando a partida no carro, porém a pessoa continuava batendo igual uma maluca em meu carro. Perco um pouco da minha paciência e abaixo o vidro do passageiro o suficiente para que esse ser humano me escutasse.
- Não querendo ser consumista, mas já sendo, o carro foi caro e se você continuar batendo nele assim eu espero que tenha dinheiro para reparar o estrago que suas mãos estão fazendo de tanto bater. - de repente vejo a pessoa tentando abrir o carro e falhar miseravelmente pelo mesmo estar trancado, apenas sorrio e acelero o carro.
Por algum motivo inexplicável ver aquela cena de Brunna com aquele garoto me incomodou, minha única vontade neste momento era beber até que eu esquecesse disso, então é exatamente isso que eu iria fazer, coloquei em meu GPS a direção para o bar mais perto de onde eu estava.
[...]
Brunna's POV:
Cá estou deitada tentando dormir, mas meus pensamentos resolveram se focar todos em uma única pessoa.
Eu não acreditava que Ludmilla tinha apenas saído daquele jeito sem deixar que eu me explica-se, talvez fosse apenas o jeito dela, mas lá estava eu... se eu dissesse que ver Ludmilla beijando a menina não havia me irritado de um jeito absurdo eu poderia estar com o nariz maior que o do Pinóquio agora mesmo.
O que perturbava completamente minha mente era exatamente o fato de sentir isso por uma pessoa que nem ao menos tenho ou tive algo, o que me faz lembrar da feição dela quando me viu com Austin, não foi uma das melhores.
- Droga! Não consigo dormir, o que você está fazendo comigo.. - falei colocando as mãos em minha cabeça, olhei para o lado e lá estava Luane dormindo serenamente em sua cama, ouvi o celular da mesma vibrar o que me fez ter a ideia mais genial do mundo.
Pego o celular de Luane que e desbloqueio, pois no mesmo existe minha digital salva.
Procuro o nome de Ludmilla em seu WhatsApp e mando uma mensagem.
- Onde você está? Preciso te encontrar urgente! - mando a mensagem e não se passam nem 5 minutos e logo recebo a resposta.
- em um barrrrrr, eu acho que estoi um pouquinho bebada, voxe vai tew que cuidae de mim, ok?!
Logo em seguida ela mandou a localização, rapidamente tratei de enviar para meu celular.
E lá estava eu, esperando um táxi para correr atrás de uma pessoa pela primeira vez na vida.
[...]
Chego ao local e começo a vasculhar procurando por Ludmilla, de repente avisto uma garota conversando com a mesma, início a me aproximar do local em que as duas se encontravam, começando a conseguir escutar a conversa.
- Você é tão linda, tem uns olhos maravilhosos e seu corpo... uau!
- Obrigada. - Apenas disse Ludmilla, me fazendo ficar aliviada por ela não retribuir a audácia da garota.
- Oi amor! - falei tocando no ombro de Ludmilla.
- Meu anjo, você já pode parar de flertar com ela, pois a mesma esta acompanhada. - observei a menina corar e sair sem dizer uma única palavra.
- Bruuuuuna, você está fazendo o que aqui? Achei que estaria com aquele garotinho sem sal. - BINGO! Ao menos eu não tinha sido a única a ficar com ciúmes de algo que não era meu.
- Você está muito bêbada! Porque bebeu tanto assim? Esqueceu que iria dirigindo de volta para casa?
- Pergunta pra minha mente que não me deixou quieta um segundo, ficava o tempo inteiro pensando em você! Eu não sei o que está acontecendo. - disse sorrindo ironicamente.
- Eu acho que já está na hora de você ir embora, já bebeu demais, está até falando besteiras.
- Certo, vou indo. Tchau! - se levantou, tropeçando no banco e andando cambaleando para os lados. Minha mente gritava dizendo "não deixe ela dirigir assim, seja responsável Brunna!" E eu não acreditava que faria isso, mas lá estava eu agarrando seu braço e tomando a chave de suas mãos, vi a mesma me encarando totalmente desentendida, mas apenas continuei andando em direção ao carro em que horas atrás tentei abrir e falhei, abri a porta do passageiro para ela.
- Acho que você errou de carro, esse aqui é o meu.
- Você não vai dirigir nessas condições, qual seu endereço?
- Não precisa fazer isso.
- Endereço?
- Tem aí no GPS.
- Certo.
[...]
Fomos o caminho inteiro sem falar um palavra até porque Ludmilla pegou no sono rapidamente, logo o GPS indicou que o destino estava a direita e lá estava uma mansão gigante de cair o queixo de qualquer pessoa, ela era uma empresária super conhecida, estava mais que óbvio que teria uma casa gigante. Olhei para ela que estava dormindo tão serena que parecia até um anjo, mas infelizmente eu teria que acorda-la.
- Oliveira? Ei, acorda. - falei fazendo carinho em seu rosto, ela despertou e a primeira coisa que admirei foram seus olhos que estavam mais claros do que eu já havia visto em pouco tempo de convivência.
- Você é linda, Brunna.
- Você também não é nada mal. Agora vamos, preciso te levar.
E então caminhamos para a porta principal de sua mansão, de repente uma senhora abre a porta.
- Senhorita Oliveira! Está tudo bem? Faz tanto tempo que não a vejo assim.
- Sinto muito por isso, mas eu já a encontrei um pouco bêbada. - falei olhando para a senhora.
- Está tudo bem, Nete. Eu só estou super bêbadaaaa, ela me trouxe em casa, não quis deixar eu dirigir você acredita?! - falou Ludmilla.
- Lhe agradeço por isso, menina. A senhorita Oliveira é como se fosse uma filha para mim, e do jeito que ela está seria perigoso acontecer algo. - disse sorrindo.
- Pensei a mesma coisa senhora Nete.
- Netwee, por favor faz algo pra gente comer? - perguntou Ludmilla parecendo uma criança.
- Claro! - começou a andar.
- Ludmilla, eu já vou indo, está ficando tarde e tenho aula amanhã.
- Não vai ficar pra comer?
- Não posso, ainda tenho que pedir um táxi, quem sabe outra hora.
- Te acompanho até a porta.
[...]
- Até mais, Oliveira.
- Brunna, vai embora com meu carro.
- Não! Está louca?
- Não quero que você vá de táxi, não confio nessas pessoas. Usa meu carro, amanhã busco contigo, eu insisto!
- Isso não é necessário.
- Não estou perguntando, você vai e ponto final, caso não queira dirigir vou ligar e acordar o motorista pra ele te levar.
- NÃO! Deixa o rapaz dormir, passa amanhã na faculdade e busque seu carro ou posso trazer se preferir.
- Tudo bem. Brunna, só mais uma coisa...
- Sim? - de repente sinto uma das mãos de Ludmilla pousar sobre minha cintura me puxando para mais perto de si, outra em meu pescoço e começo a sentir todo meu corpo se arrepiar com o toque de seus lábios sobre os meus. Começo a retribuir o beijo, mas logo penso "Não faça isso, ela está bêbada." "Não se aproveite da situação.", e paro o beijo.
- Quê? Estou com o hálito ruim ou eu beijo tão péssimo assim pra você se afastar rápido?
- Nenhum dos dois, você apenas está bêbada.
- Então se aproveita disso.
- Não sou assim, vou indo, até amanhã?
- Até. - disse pensativa.
Eu estava admirando aquela máquina, era muito difícil chamar de carro, Ludmilla tinha bom gosto para muitas coisas e esse carro com certeza era uma delas, além do mais o que ela me disse mais cedo realmente faz sentido. O carro foi muito caro, e eu quase amacei a lataria de tanto bater nele. Sorri lembrando do momento.
[...]
Ludmilla's POV:
Acordo com uma gigante dor de cabeça, não lembro nem de quando fiquei bêbada, muito menos de como cheguei em casa. Deus deve ter me guiado ou meu carro havia aprendido a andar sozinho.
Enfim, desço para tomar um remédio e meu café da manhã, avisto Nete vindo toda sorridente para me servir.
- Bom dia, senhorita Ludmilla.
- Você me conhece desde bebê, já pedi para não me chamar de senhorita, só Ludmilla está ótimo. - falei abraçando a mais velha.
- Aparentemente a moça de ontem fez você ficar de bom humor.
- Não lembro de ontem eu ter trago uma mulher aqui, Nete. - falei a encarando.
- Mas eu não disse que você tinha trago, ela quem te trouxe e queria dizer que é uma das boas! Educada, preocupada, muito linda e atenciosa!
- Isabelly?
- Aquela moça não tem nada de atenciosa e muito menos de educada. Perdão. - falou me olhando e comecei a rir.
- Lembra do nome?
- Não, mas sei que a senhora beijou ela, só isso.
- Agora fiquei curiosa, mas nunca vou descobrir quem é, porque não lembro dela. Mas enfim, vou para a empresa. - falo beijando o topo de sua cabeça e saindo caminhando para a garagem, rapidamente me assusto pois um de meus carros está faltando. Pego meu celular para procurar o carro pelo rastreador que havia instalado em todos eles.
Logo me assusto quando vejo que o endereço é o da faculdade de Luane.
Peço para que meu motorista me levasse ao local e observo Brunna contando algo para Liuane que estava com a mão na boca, me aproximo das duas.
- A conversa parece estar super interessante, também quero saber a fofoca. - falei me sentando.
- Tem obrigação de saber mesmo, até porque você é o assunto. - disse Luane e vejo Brunna a fuzilar com o olhar, continuo sem entender do que se tratava e só aceno à cabeça.
- Luane, está sabendo se alguma das suas amigas chegou aqui com meu carro?
- Estou sim.
- Vai me dizer logo quem é ou vou ter que procurar sozinha? - perguntei a observando.
- Brunna me disse que está disponível pra te ajudar.
- Não estou nada.
- Tá sim, beijos pra vocês.
- Então... quem foi? Disseram que eu até beijei a menina, mas foi irrelevante, porque não me lembro de nada. - falei a encarando.
- Seu carro está na garagem do nosso alojamento e a chave está aqui. - disse Brunna colocando a chave na mesa e se levantando apressada, então pousei minhas mãos sobre seu braço.
- Foi você? Brunna, me perdoa, esse momento seria uma daquelas coisas que eu daria tudo para voltar atrás e reviver.
- Que momento? A garota deixou a chave comigo, só isso. Pega lá seu carro, estou atrasada para minha aula. - fiquei observando ela sair dali em passos firmes e largos, confesso que não conseguia pensar em nenhuma garota que eu tivesse levado para minha casa e tinha uma pitada de esperança de que tivesse sido Brunna.
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