Surpresa
Ludmilla's POV:
Eu sabia exatamente que minha agenda de hoje estava definitivamente lotada, existiam compromissos a serem cumpridos até em horários que costumavam ser vagos, porém por algum motivo nada me me importava naquele momento, liguei para Larissa exigindo que adiasse os compromissos de hoje, e ela assim o fez.
Continuei sentada no mesmo banco desde que Brunna tinha saído do local alegando que teria aula, confesso que eu já estava ficando bastante cansada e estava adormecendo quando de repente reconheço as risadas mescladas de Luane e outra garota que eu julgava ser Brunna, afinal eu nunca tinha ouvido a risada da garota, imediatamente me virei na esperança de que fossem as duas, porém Taylor não estava acompanhada de quem eu esperava ver.
- O que está fazendo aqui até agora? - perguntou minha irmã me encarando.
- Preciso conversar com Brunna, esqueci a chave do meu carro com ela.
- Ela não foi pra aula, disse que estava cansada e que iria pro nosso quarto dormir.
- Você está indo pra lá?
- Não, vou ao cinema com Juliana, a propósito, Ludmilla essa é a Juliana e Juliana essa é a dona dos deboches vulgo minha irmã mais velha.
- Prazer.
- Satisfação, porque prazer...
- Não ouse terminar essa frase, pois Juliana é tímida com essas merdas, Ludmilla. - disse me advertindo.
- Certo, estou indo lá buscar minha chave, até mais meninas.
Brunna's POV:
Honestamente, porque eu estava chateado com o fato de ela não lembrar do beijo? Ela estava bêbada, Brunna! E mesmo que não estivesse Luane te alertou desde o início sobre a irmã que tinha, então porque eu estava tão afetada assim?
Sinto meu celular vibrar e o tiro do meu bolso olhando para o visor que me indicava que Caio havia mandado uma mensagem.
- Quero conversar contigo. Estou indo para seu dormitório.
Pego o celular e logo começo a digitar:
Caio, você é um ótimo amigo e eu te amo, porém não estou afim de ver ninguém hoje, muito menos conversar, perdão.
Mensagem enviada e lida com sucesso, de repente escuto alguém batendo em minha porta e na mesma hora começo a me irritar com a insistência de meu amigo. Começo a abrir a porta já dando meu discurso.
- Caio, eu disse que não quero conversar porque você insist... - quando escuto aquela voz meu ar some.
- Ainda bem que não sou o garoto que você não esperava, mas creio que sou milhões de vezes melhor.
- O que você faz aqui?
- Nós duas vamos sair.
- Engraçado, eu não lembro de concordar com isso.
- Engraçado mesmo, porque acontece que eu não pedi sua opinião a respeito, estou afirmando que você irá e não perguntando.
- Não vou, não sou obrigada, não estou afim.
- Você tem exatamente uma hora para se arrumar, te espero aqui fora, caso passe do prazo e você não saia desse quarto eu arrombo essa porta e te pego no colo e levo assim mesmo! - disse fechando a porta.
DROGA DE MENINA MANDONA.
- Se ela acha que manda em mim está totalmente enganada! - falei.
- Eu escutei o que você disse, se arruma Brunna, por favor.
- Que audição é essa? Misericórdia.
- Você ainda não viu nada, estou sentada aqui no chão esperando você se arrumar, começa logo.
Lá estava eu me arrumando contra minha vontade, para sair com uma pessoa que em minha mente a única coisa que eu queria fazer era dar uns socos e pontapés, mas algo me dizia que mesmo com toda minha antipatia com aquela situação, eu deveria ir.
Ludmilla's POV:
Enquanto Brunna se arrumava tratei de ligar para minha secretária pedindo que ela organizasse um jantar bem legal no terraço do prédio da empresa.
Que ela contratasse o melhor bufê com comidas de diversos tipos, comprasse algumas flores e que contratasse músicos de ótima qualidade para deixar o local mais agradável, afinal, já era início de noite, o dia passou rápido pois fiquei plantada igual uma idiota esperando Brunna sair da aula que a mesma nem havia comparecido e mais uma hora e meia esperando ela se arrumar para irmos. Então deixei tudo organizado, porém eu estava impressionada com minha vontade de fazer esse tipo de coisa, eu nunca tinha feito aquilo, mas como diz meu pai "Para tudo existe uma primeira vez."
- Brunna, eu vou arrombar essa porta agora! Já passaram uma hora e meia e não apenas uma hora, que demora pra se arrumar! - falei avisando.
- Para de drama Oliveira! Não precisa disso, já estou pronta, cada um sabe o tempo que leva para se arrumar, não adianta você ficar me estipulando um horário. - disse abrindo a porta. E por alguns minutos fiquei simplesmente boquiaberta por analisar a beleza da garota e como sempre não conseguindo segurar muito bem a língua falei mais do que devia.
- Meu Deus, a beleza dessa mulher me faz pensar que ela não pode ser deste planeta - falei e não fiz uma merda tão gigante, pois ao menos não falei no idioma dela.
- Ou o que você disse? - perguntou sobrancelha arqueada.
- O que você leva mais do que tudo nesse planeta para entrar em colapso, enfim, vamos lá?
- Tem certeza, vamos?
- Surpresa!
- São 7:00 da noite, pra onde vai me levar?
- Motel.
- Ludmilla, eu não vou para motel nenhum!
- Eu estava brincando. - Falei rindo do rosto desesperado da mesma. - Vamos?- perguntei.
- Certo.
POV da Brunna:
O caminho foi feito em um tremendo silêncio, mas era um silêncio agradável. Ludmilla uma vez ou outra me olhava disfarçadamente e eu fingia que não via nada disso.
De repente Ludmilla parou seu carro frente sua empresa e lá estava eu com uma expressão de dúvida enorme sobre o meu rosto.
- Nosso encontrado, pode descer. - disse apontando para fora.
- Foi isso? Dar o cassete de uma virada de carro? Sério Oliveira?
- Eu estou brincando, santa paciência mulher, procure um pouco de humor aí dentro.
- Ha ha ha, dei até uma risada pausada pra você ver o quão engraçado sua piada foi.- falei me preparando para abrir uma porta e descer.
- Ou o que você está fazendo?
- Abrindo uma porta para poder descer? - Eu respondi ou óbvio.
- Espere, eu abro para você.
SIM, ela abriu a porta para que eu pudesse descer e ainda me estendeu a mão para ajudar, o que me deixou realmente supresa.
- Vem, vamos subir. - disse pegando em minha mão e adentrando a sua empresa de mãos dadas comigo, o que gerou diversos olhares e me deixou bastante corada com todos, mas fingi que não me afetavam e continuamos walkando até entrar
- Larissa, ninguém, absolutamente NINGUÉM tem o direito de falar comigo hoje, entendeu? Caso perguntem, viajei ou algo do tipo. - disse para a moça que apenas concordou, e assim continuou andando de mãos dadas comigo, confesso que eu gostei de estar com suas mãos sobre as minhas.
- Certo, ou o que vamos fazer no terraço do seu prédio? - pergunta curiosa.
- A resposta de sua pergunta está atrás dessa porta, abra e descubra. - não esperei que ela dissesse mais nada e simplesmente abri a porta, e coloquei as mãos sobre minha boca quando analisei que havia uma mesa para duas pessoas, alguns músicos tocando uma música bem romântica, com flores sobre a mesa. Olhei para Ludmilla esperando sua explicação para tudo aquilo.
Ludmilla's POV:
Okay, Larissa me surpreendeu, porém naquele momento eu parecia um pimentão de tanto que eu estava vermelha, quem realmente me conhecia sabia que aquilo não era algo de meu feito, mesmo que não tivesse sido eu quem tinha montado tudo aquilo o simples ato de ter tido a ideia de tudo isso e pedido para Larissa não era normal de Ludmilla Oliveira.
Saí de meus pensamentos quando Vrunna estava me olhando como se esperasse a resposta de algo, então logo entendi do que se tratava.
Caminhei com a mesma para que nós pudéssemos sentar à mesa e logo comecei a pensar sobre o que eu falaria.
- Brunna, eu não sou o tipo de pessoa que faz essas coisas, sei que você já deve saber disso, afinal sua melhor amiga é minha irmã e isso significa que ela é alguém que me conhece faz muitos anos e já deve ter te contado coisas inimagináveis que provavelmente são a mais pura verdade. Mas, por algum motivo eu quis fazer isso pra você e cá estamos, creio que nós duas começamos com o pé errado, então... isso pode ser a chance de um recomeço de algo que nunca começou? - perguntei fazendo a mesma rir.
- Eu aceito o recomeço, Oliveira.
- Quer comer ou prefere conversar um pouco mais?
- Eu sou a pessoa mais sincera do mundo, então vou te dizer a verdade: estou morrendo de fome! Você se importa de conversarmos durante a refeição?
- De maneira alguma!
[...]
Conversa vai e conversa vem, diversas gargalhadas sobre assuntos aleatórios, enfim, estávamos nos saindo muito bem naquele jantar. Até que Brunna anunciou que teria que se retirar pois no dia seguinte teria aula em período integral e então depois de muita discussão pela mesma alegar que não queria me incomodar quando me ofereci para levá-la, ela acabou cedendo pois percebeu que eu não mudaria de ideia até que ela me deixasse fazer.
- Está entregue. - falei sorrindo para ela.
- Muito obrigada, à noite foi maravilhosa.
- Disponha, eu quem agradeço por ter ido, mesmo com meu jeito super amável de ter lhe exigido ir.
- Então agora eu acho que podemos reproduzir o que aconteceu em sua casa. - Fiquei tentando pensar no que ela estava falando porem senti rapidamente seus lábios tocarem os meus, e de repente meu corpo todo se arrepiou, então demos início à um beijo que parecia desesperado, mas ainda sim muito puro, coloquei minhas mãos na nuca da mesma a puxando para mais perto de mim, quando sinto ela morder minha boca e se afastar lentamente com um sorriso tímido em seu rosto.
- Eu sabia que tinha sido você! - falei e vi Brunna rindo.
- Tudo bem, eu realmente fui descoberta. Enfim, Oliveira?
- Sim?
- Eu falo espanhol.- disse saindo do carro gargalhando provavelmente do que eu havia dito sobre ela mais cedo, PUTA MERDA LUDMILLA, você não sabe mesmo segurar sua língua!
Comecei a sorrir de mim mesmo e dei a partida no carro em direção a minha casa.
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