Party
Ludmilla's POV:
Acordo com um peso em cima de meu corpo e minha cabeça doendo como se alguém houvesse pisado nela milhares de vezes, finalmente consigo de fato abrir meus olhos e de repente encaro a pessoa que está ao meu lado, olho confusa sem nem ao menos me lembrar de como fui parar naquele lugar com essa pessoa.
De repente escuto um celular tocar e percebo rapidamente pelo som que soava que não era o meu. Continuei observando a garota que se levantou e atendeu a ligação.
- Tem que ser agora? Eu não quero ir agora, estou um pouco ocupada. Certo, tudo bem, estarei aí em vinte minutos. - disse revirando os olhos.
- Meu agente me ligou, disse que tenho que ir, acabei esquecendo que tenho mais alguns shows por aí.
- Achei que iria a tal festa de Luane comigo, pelo menos se você fosse não seria tão entediante com todos aqueles adolescentes. - falei a puxando para mais perto.
- Ludmilla, você sabe que não posso.
- Relaxa, até a próxima foda, Isabelly. - falei vestindo minhas roupas, piscando para a mesma e assim saindo do quarto.
Isabelly's POV:
Aqueles olhos verdes, aquele corpo maravilhoso, droga! Eu amo tanto essa garota. Não paro de pensar nela nenhum minuto sequer. Apesar da noite maravilhosa que passamos juntas eu já sentia tanta falta dela, mas como sempre meu agente tinha que estragar o dia me ligando para que eu fosse para mais um show.
Se havia uma coisa que eu tinha certeza essa era: Ludmilla Oliveira algum dia será minha!
Brunna's POV:
Era a milésima fantasia que eu experimentava naquele dia e até então nada havia me agradado, de repente escuto Luane batendo na porta do provador igual uma doida.
- Bru, pelo amor de Deus, eu não aguento mais te esperar. Já experimentou praticamente a loja inteira e nada de você escolher uma fantasia. Eu já achei a minha, vou de supergirl, foi a primeira que me agradou.
- Lulu, ainda não achei nada que me agradasse.
- Vai nua então, mas por favor, anda logo! Eu estou morrendo de fome! - disse me fazendo rir.
- Espera, essa ficou perfeita! - falei me admirando no espelho.
- Abre logo que eu quero ver.
- Tenta adivinhar.
- Me da uma pista pelo menos.
- O oposto do que sou.
- Não acredito que você vai de hétero.
- Luane, eu juro que ainda te mato um dia desses. - falei abrindo a porta.
PUTA QUE PARIU, VOCÊ ESTÁ PERDOADA.
- Pelo o que?
- Sua demora valeu a pena, o meu azar só vai ser que não irá sobrar nenhum gatinho pra mim na festa, porque todos vão estar querendo você.
- Deixa de exagero, Luane.
- Mas é sério, essa máscara te deixou ainda mais misteriosa do que as pessoas costumam dizer sobre você.
- Gosto assim, mas prometo deixar muitos garotos lindos para você, eu não quero nada sério com nenhum deles.
- Você e essa mania de pegar e largar.
- O mundo gira melhor assim, amiga.
- Um dia ainda vou te ver caidinha por alguém e vou jogar isso na sua cara todo dia.
- Você sonha tanto que isso chega até a ser muito cômico.
- Anota isso. Mas enfim, vamos logo, ainda temos que nos maquiar!
Ludmilla's POV:
Lá estava eu, trabalhando e desfrutando de uma boa dose de whiskey, e logo vejo uma silhueta conhecida adentrar meu escritório com toda euforia.
- LUDMILLA OLIVEIRA DA SILVA!
- Quão ferrada eu estou pra senhorita estar me chamando pelo nome inteiro?
- Bastante! Espero que você esteja com sua roupa aí pra se trocar e que se lembre que tem compromisso.
- Não estou com nenhuma roupa aqui e eu não lembro de ter marcado nenhum compromisso. - falei a encarando e em questão de segundos escuto suas reclamações seguidas de socos direcionados em meu braço.
- Sua lerda, irresponsável, esquecida!
- SUAS MÃOS SÃO PESADAS, PARA, DAYANE! - falei com o tom um pouco mais elevado para que ela me entendesse e sessasse aquela loucura.
- Você tem exatamente uma hora e meia para se maquiar, arrumar uma fantasia e estar pronta. E como eu sei que vou ter que te acompanhar em todo esse processo, você vai me pagar uma excelente garrafa de whiskey porque eu não sou nem obrigada a passar esse tempo inteiro com você e suas enrolações.
- A festa de LUANE! - falei colocando a mão em minha testa assim me recordando.
- Não, da Madre Tereza. Anda logo, vamos!
[...]
- Você já decidiu do que vai se fantasiar?
- De nada.
- Eu não estou supresa, você nunca segue o padrão que lhe é mandado.
- Me conhece tão bem, DJ. Mas e você?
- Vou de diabinha, mas então, qual será a roupa da sua rebeldia?
- Me espere aqui, vai se vestindo enquanto Madison irá me maquiar e já eu volto com tudo pronto.
- Okay!
Day 's POV:
Havia mais de três horas em que eu estava esperando Ludmilla, e eu como amiga dessa safada já sabia exatamente o motivo de sua demora. Sinto meu celular vibrar e assim olho o visor e vejo o nome de Luane na tela, logo atendo.
- DAYYYYYYYANE.
- Você não perde tempo igual sua irmã, já está bêbada né? - falei sorrindo.
- Ainda não, mas quase lá. Cadê vocês? Estou esperando faz bastante tempo!
- Ludmilla resolveu comer Madison logo agora.
- Novidade. Pode me dizer quando estiverem vindo? Estou parando de beber um pouco pra que quando vocês cheguem eu possa apresentá-las para meus amigos.
- Certo, te retorno.
- Estou pronta! - disse Ludmilla me encarando, meu queixo quase caiu sobre o chão e quase formei uma poça de baba sobre o mesmo.
- Dayane, ao menos disfarça e fecha essa boca. - disse Ludmilla rindo.
- Você se superou dessa vez, gasparzinho. Está indo vestida para matar.
- Vai que encontro algo que me interessa, nunca se sabe. Vamos logo!
- Ainda está pretendendo transar com mais alguém mesmo após Madison? Caramba, o seu pau e sua língua não dão câimbra nunca?
- Cala a boca, Dayane. Ainda tenho que comprar algum presente para minha irmã ou ela irá me matar no momento em que eu pisar naquele campus, vamos logo antes que eu desista.
- Certo! - Saímos em busca de algo para Luane.
Brunna's POV:
- Luane, você já bebeu demais. Você não tinha que esperar sua irmã? - perguntei.
- Ela e Dayane são duas imbecis, disseram que iriam vir e advinha? Ludmilla me enganou de novo. - Falou ameaçando chorar.
- Se você começar a chorar eu vou começar a chorar junto, então por favor, nem pense.
- Porque ela sempre me engana?
- Como sempre, dramática. - Ouvi aquela voz rouca e de repente senti todo meu corpo estremecer, meu ar falhar, eu não entendia muito bem o porquê, porém quando Luane e eu nos viramos eu certamente entendi.
- Ludmillaaaaa, até que enfim, eu já estava quase indo acabar com todas as bebidas do bar de decepção, eu avisei todo mundo que você viria, todos querem te conhecer, aaaaaa, essa é a C..— em um impulso apenas tapei a boca de minha amiga e vi que sua irmã não estava prestando atenção em nada do que luane falava. A encarei e ela retribui.
- Preciso encontrar Juliana, até mais Lulu.
- Também foi um prazer te conhecer. - disse a irmã de minha amiga completamente sarcástica.
- Já eu te encontro. - disse Luane me mandando um beijo no ar.
Saí o mais rápido possível daquele lugar, eu precisava respirar normalmente e tentar entender o que me aconteceu ali.
Porque eu estava assim? Óbvio que nenhuma resposta plausível surgia sobre minha mente, então decidi não continuar com aquilo em meus pensamentos. Fui até o bar e pedi uma grande dose de Tequila, aquilo me soltaria um pouco mais e talvez eu conseguisse descobrir o que havia acontecido naquele estranho momento.
Ludmilla's POV:
Assim que cheguei consegui avistar minha irmã com uma garota que de costas tinha um corpo surreal, uma bunda gigante, me aproximei das duas, e escutei minha irmã reclamando de meu atraso.
- Porque ela sempre me engana?
- Como sempre, dramática. - falei e assim que as duas se viraram, senti minhas pernas bambearem um pouco encarei a garota que estava com uma máscara e uma fantasia medieval, ela era dona do par de olhos castanhos mais lindos que eu já havia visto em toda minha vida. Eu já não escutava mais nada do que Luane dizia eu não conseguia parar de olhar para a garota, de repente a mesma tapou a boca de minha irmã e foi nesse momento em que eu saí de meus pensamentos, mas ainda assim continuei encarando a mesma que nesse momento estava olhando diretamente para mim.
- Preciso encontrar Juliana, até mais Lulu. - notei que a garota nem se importou em se apresentar para mim e isso me incomodou um pouco.
- Também foi um prazer te conhecer. - falei a observando e a mesma saiu rapidamente.
- Vem, vou te apresentar para os meus amigos, estão loucos para te conhecer.
- Qual o nome dela?
- Ludmilla, nem pense.
- Eu só quero saber, não vou fazer nada.
- Se ela não quis dizer o próprio nome e ainda me vetou de dizer, provavelmente é porque eu não posso fazer isso, concorda? - perguntou me observando.
- Certo, tanto faz.
- Oliveira mais novaaaa. - disse Day.
- Day, seu batom está borrado.
- Day já atacou uma pessoa, cuidado que a próxima pode ser você. - falei rindo.
- Palmito, cala a boca e vamos logo conhecer os amigos da sua irmã que ganhamos mais.
- Eu só preciso ir ao banheiro antes, vai apresentando Day que já eu encontro vocês.
Onde fica o banheiro mesmo? - perguntei para minha irmã.
- Okay, fica ao lado esquerdo do bar.
- Okay.
Eu faria aquela garota me dizer seu nome ou eu não me chamava Ludmilla Oliveira.
Fui em direção ao banheiro e avistei a garota sentada sobre uma das cadeiras do bar, analisei bastante o que ela estava bebendo.
- Então você gosta de tequila? - perguntei e percebi a garota ficando um pouco rígida, estranhei, mas mesmo assim me sentei ao seu lado.
- Gosto.
- Me chamo Lud..
- Ludmilla Oliveira, eu já sei.
- Uau, tenho uma fã. Mas e você como se chama?
- Você não precisa saber. - disse se levantando e saindo. Fiquei alguns segundos processando essa resposta em minha mente. Me levantei e sai atrás da garota que estava subindo uma escada.
Brunna's POV:
A cara de Ludmilla quando eu não disse meu nome foi uma das melhores, sai em busca de um lugar mais calmo.
Subi as escadas para observar o céu e suas belas estrelas. Lá estava eu, parada e tranquila admirando, quando sinto uma mão tocar em um de meus ombros e me virar bruscamente, assim me puxando para mais perto de si.
- Eu quero saber o seu nome. - disse me encarando.
- Pra quê essa obsessão pelo meu nome? Vai procurar outra pessoa, tem tantas garotas na festa, me erra.
- Nenhuma delas me chamou tanto a atenção quanto você.
- Problema seu, Oliveira. - esnoba-la foi o suficiente para sentir seus lábios em meu pescoço.
- Podemos fazer isso da maneira mais fácil ou da mais difícil, você escolhe.
- Eu sempre adorei um desafio. - olhei para seus olhos que estavam em um tom verde de luxúria.
- Você teve sua chance. - instantaneamente ela chegou perto dos meus lábios e eu desejei que ela tivesse continuado se não fosse pela surpresa a seguir.
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- Brunna? Que porra é essa? - disse a pessoa imediatamente encarando Ludmilla, que apenas observou a pessoa de cima para baixo e soltando um risinho se dando por vencida, pois naquele momento ela havia descoberto meu nome.
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