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8 capítulo

Ouçam Everlasthing Force - Rafael Gruber quando aparecer o "play". Também podem a encontrar na playlist da fanfic :)

ah e eu to postando outro capítulo para vocês VEREM ESSA CAPA QUE EU FIZ VOCÊS TEM NOÇÃO DO QUANTO EU TO ORGULHOSA, vocês gostaram? Se você estiver no modo claro, aumenta a claridade do celular pra ver a belezura de capa :)

Camila Cabello point of views

Perto das seis, eu coloco os pés para fora da lanchonete, olho em volta temendo encontrar um outro vampiro que tente me matar e também em busca da tal loba que Lauren tinha comentado. Meus olhos param do outro lado da rua vendo uma mulher alta, pele negra, cabelos cacheados bem definidos, um olhar marcante e roupas casuais das cores azuis e preto. Ao ver que eu a olhava, um sorriso aparece em seus lábios e ela ergue o braço me dando um leve aceno.

Fico hesitante em me aproximar. Imagina se fosse uma vampira e me matasse ali mesmo?

- Temperatura quente. - murmuro apertando minha bolsa contra o meu corpo, atravesso a rua e estendo o braço em direção a mulher, toco seu antebraço como se ela fosse me queimar e percebo que sua pele era quente. Quente para caralho.

- O que você está fazendo? - questiona me olhando com as sobrancelhas franzidas.

- Tendo certeza que você não é uma vampira que vai me matar. - explico com desdém fazendo ela rir.

- Não, não sou uma vampira mas vim a pedido de Dinah e Lauren. - fala maneando com a cabeça, tirando as mãos dos bolsos da calça que parecia ser de linho - Prazer, Normani - estende a mesma em minha direção.

- Camila... - aperto sua mão - Wow, você realmente é quente como ela disse. - murmuro baixo para que ela não ouça sentindo seu toque sobre a minha palma. Aquela mulher deveria estar beirando os cinquenta graus, não é possível.

- Sou uma loba, é normal a minha temperatura corporal ser quente. Diferente de você sabe quem. - deu de ombros soltando a minha mão para voltar a posição que estava anteriormente.

- Vem cá, lobisomens são inimigos naturais dos vampiros mesmo ou é mito? - pergunto sem conseguir conter a minha língua. Normani solta um sorriso divertido, olha para o chão e volta a me olhar.

- Sim. Nós temos o "dever" de proteger os humanos de serem mortos pelos vampiros pois tem enormes chances dos humanos irem atrás deles e acabar nos encontrando, basicamente é mais para proteger a nossa própria pele. - mexe os ombros - Porém, conseguimos viver pacificamente caso ninguém infringir nenhuma regra das quais foram impostas.

- E quais foram? - continuo ao questionário vendo ela me olhar de maneira divertida.

- Eles não matam humanos, nós não matamos nenhum deles.

- Posso fazer mais uma perguntinha? - estreito meus olhos com medo de receber um "não".

- Claro. - afirma com a cabeça.

- A Lauren é daquele jeito mesmo ou é só comigo? Eu desconfio que ela não gosta de mim. - tombo minha cabeça para o lado.

- Bom, levando em conta que eu já levei milhares de socos dela e uma vez a gente quase se matou... Ela deve gostar de você sim. - reprime uma risada - Ela é daquele jeito mesmo, toda grosseira e de poucas palavras. Comigo é assim, já não sei com a Dinah que é mais próxima.

- Como assim vocês já brigaram? - abro a boca surpresa.

- Tempos passados, agora lembramos e rimos... Eu rio, ela fica com cara de merda. - solto uma risada contida.

- Posso fazer só mais uma pergunta? Eu juro que não pergunto mais anda. - falo com afobação temendo ser chata.

- Pergunte o que quiser, não me importo de responder. - sorri gentilmente.

- Vocês são imortais ou morrem de velhice?

- Morremos de velhice porém envelhecemos mais devagar do que vocês. - aponta para mim com a cabeça e da uma olhada em volta para ver se ninguém prestava atenção na nossa conversa - Um lobisomem é considerado velho quando tem entre quinhentos a setecentos anos.

- Wow. - murmuro - Ok, chega de informações por hoje porque o meu cérebro está fritando. - continuo a falar no mesmo tom para mim mesma.

- Vamos ou você precisa fazer mais alguma coisa? Não quero andar por ai nessa forma quando anoitece. - aponta para o próprio corpo.

- Vamos. - afirmo com a cabeça.

- Vamos de metrô? Se quiser eu chamo um carro. - retira a mão do bolso com um aparelho celular.

Mordo meu lábio sem saber como fizer que eu não estava tendo dinheiro para ficar andando em carro de aplicativo porque estava economizando para comprar um carro para mim.

- Eu prefiro ir de metrô. - explico sem jeito. Normani afirma com a cabeça e guarda seu celular de volta no bolso da calça.

- Então vamos?

- Claro.

Normani e eu começamos a andar em direção a estação de metrô. Quando descemos as escadas e nós sentamos em um dos bancos da plataforma, eu passo a contar o acontecimento do dia anterior com a tal Mazekeen e o Henry fazendo Normani rir quando falo do refrigerante que acertei no rosto da vampira.

Não sei exatamente por quantos minutos ficamos esperando o metrô mas não muito tempo depois, nós já estávamos dentro do vagão conversando sobre coisas banais me deixando criar uma opinião sobre ela. Normani era tão falante quanto eu, não se importava de responder uma ou outra dúvida que eu tinha e parecia que gostava de um bom papo.

A conversa com ela estava tão boa que a viajem passou voando, quando percebi eu já estava descendo do vagão sendo seguida por ela. Quando chegamos no meu prédio, ela olha tudo em volta com atenção e respira fundo.

- Tudo bem? - pergunto vendo que ela tinha uma expressão séria.

- Sim, eu só estou vendo se não tem vampiros por aqui. - murmura parecendo estar concentrada.

Ao pensar que poderia ter algum vampiro por aqui, todo o meu corpo treme lembrando que as duas vezes que encontrei vampiros eu quase acabei morta. Mesmo que tudo conspire para que a última vez tenha sido mais assustadora, a primeira conseguia ser ainda mais. Não sabia explicar como que eu não tinha tido pesadelos com aqueles olhos vermelhos, os dentes pontiagudos e o olhar maníaco. Talvez fosse sorte.

- É, não tem. - Normani fala por fim voltando a me olhar.

- Quer subir? - aponto com meu polegar para a portaria. Os olhos castanhos, quase pretos da mulher vão para onde eu apontava, ela aperta os lábios parecendo pensar e afirma com a cabeça.

- Claro, eu preciso beber água. - comenta.

- Então venha. - sorrio andando para perto do portão de metal. Quando Joseph me vê, ele sorri e libera a minha passagem - Boa noite, Joseph.

- Boa noite, Camila. - o homem sorri e cumprimenta Normani enquanto passávamos pelos portões.

Normani olhava tudo com curiosidade. Principalmente quando chegamos no meu andar, ela pareceu ficar levemente tensa mas me seguiu até a porta do apartamento. Assim que eu coloquei a chave na porta para a destrancar, a porta é aberta com agressividade revelando Vanessa com um olhar desconfiado.

- Está de saída? - pergunto confusa.

- Eu... - murmura aparentemente confusa. Ela me da passagem pata entrar olho para Normani.

- Essa é Normani, parece que seremos amigas... Normani, essa é Vanessa. - as apresento com cordialidade vendo que as duas se encaravam parecendo travar uma batalha.

Junto minhas sobrancelhas intercalando o olhar entre elas e puxo o ar para meus pulmões de maneira audível para poder dizer;

- Vocês se conhecem? - as duas me olham.

- Não. - negam.

- Camila, eu vou precisar ir. Acabei de me lembrar que tenho uma coisa muito importante para fazer. - Normani diz apontando para o próprio pulso onde tinha um relógio dourado.

- Você não vai querer a água? - pergunto confusa com a mudança repentina da mulher.

- Eu preciso mesmo ir, estou super atrasada. Deixa para outro dia. - toca o meu braço antes de andar apressadamente em direção ao elevador me deixando com uma expressão confusa.

- Vocês se conhecem. - confirmo a minha dúvida olhando para Vanessa que tinha uma expressão aflita no rosto - Vocês realmente se conhecem.

- O que? Claro que não. - seu tom saí na defensiva.

Vanessa vai para dentro do apartamento, a analiso vendo que suas mãos estavam tremendo mas ela tentava a todo custo disfarçar. Entro no apartamento, fecho a porta e retiro os meus tênis, volto a olhar para a minha colega me aproximando devagar.

- Se vocês não se conhecem, por que você está tão nervosa? - pergunto mesmo não querendo ser invasiva mas eu não queria ficar curiosa.

O silêncio que se instalou contribuiu para que a minha cabeça começasse a construir teorias malucas do porquê da reação de Vanessa.

- Namoramos a alguns anos atrás mas ela foi uma completa babaca comigo por ficar me escondendo coisas. - Vanessa fala por fim me pegando se surpresa.

- Eu não sabia que você gostava de mulheres... - cruzo os braços. Eu pensava que ela era hétero.

- Eu gosto mas estou em uma vibe mais de ficar com homens. - se limita a dizer.

- Uh... Certo, eu vou para o meu quarto porque meu tornozelo está meio dolorido. - aviso marchando em direção ao meu quarto. Ao entrar, eu fecho a porta e me deito na cama tentando absorver tudo o que estava acontecendo. Parecia que eu havia sido puxada para um dos livros de fantasia que eu lia mas uma versão inédita da coisa.

Sentindo que a minha cabeça poderia explodir pela rapidez que meus pensamentos de moviam, embaraçando uns aos poucos, resolvo me levantar para tomar uma ducha quente e poder dormir, já que meu corpo implorava por isso. Antes de sair da cama, eu procuro o livro que eu estava em uma luta incansável para ler já que toda vez que eu pegava o maldito livro, algo acontecia que acabava tirando a minha atenção.

Encontro o livro sobre a mesa da cabeceira com a folha vermelha aparecendo. Solto um suspiro frustrado por pensar em Lauren, aquela mulher me confundia.

Desistindo de tentar entender qualquer coisa que tivesse entrado na minha vida nas últimas duas semanas, eu volto a me levantar da cama e vou para o banheiro que ficava na parte de fora do quarto. Começo a me despir ao fechar a porta, jogo meu uniforme no cesto de roupas sujas, prendo meu cabelo em um coque e entro debaixo do chuveiro para poder o ligar.

Eu não sabia dizer qual parte estava mais exausta; meu corpo ou o meu cérebro. Parecia que se eu recebesse mais uma mínima informação, meu cérebro iria derreter e nunca mais voltar ao normal.

[...]

[Play]

Olho em volta vendo que eu estava sozinha naquela rua deserta e com uma neblina densa, não me permitindo ver nada a mais de um metro de distância. Eu não conseguia reconhecer aquele local mas não me trazia uma sensação boa.

Meu coração martelava no peito, minhas mãos suavam frio e meu estômago rodava pelo nervosismo que eu sentia. Eu estava tendo a sensação de que estava sendo seguida e vigiada.

Eu olhava em volta sem parar. A neblina parecia ficar cada vez mais densa deixando minha visão ainda mais limitada. Alguns vultos começam a passar em volta de mim trazendo consigo uma brisa fria e sussurros. Sussurros que estavam baixos mas iam aumentando e me deixando cada vez mais assustada.

- Quem está aí? - grito podendo ouvir o eco repetindo o que eu havia dito.

Meus olhos não paravam em um ponto fixo pois eram muitos vultos correndo em volta de mim. Eu não conseguia ver seus rostos ou se eram humanos, eram apenas vultos pretos e sussurros.

Minha respiração passa a ficar acelerada, eu olho para um lado que tinha visto que era a continuação da rua e tento correr mas meu corpo não obedecia, era como se meus pés estivessem presos no chão. A agonia que eu estava sentindo fazia minha respiração ficar ainda mais rápida assim como as batidas do meu coração.

"Camila"

"Camila"

"Camila"

Vários sussurros arrastados e assustadores com o meu nome chegam aos meus ouvidos, eu coloco as mãos sobre minhas orelhas tentando parar de ouvir aquilo pois estava me enlouquecendo mas nada parece adiantar. Eu me curvo caindo de joelhos no chão, aperto ainda mais minhas mãos contra minhas orelhas e fecho os olhos com força me encolhendo na tentativa de fazer aquilo parar.

Solto um grito agoniado, e então, tudo fica um silêncio. Paro de fazer força sobre minhas orelhas, abro os olhos com desdém, olho para o concreto escuro e aos poucos vai subindo até que para sobre duas silhuetas cobertas pela neblina densa; uma de homem e outra de mulher.

A mulher segurava uma espécie de faca que eu não sabia dizer se era um punhal ou uma adaga já que a neblina estava cada vez densa. Prendo minha respiração ao ver um líquido escorrer da faca e pingar no chão em gotas. Uma risada masculina chama aos meus ouvidos, meu corpo se inclina para trás fazendo meu traseiro se chocar contra o concreto frio, tento me arrastar para longe mas a figura masculina começa a se aproximar em passos lentos e assustadores. O barulho dos seus sapatos batendo contra o chão era a única coisa que eu podia ouvir.

- Você acha que estará para sempre salva? - o grito raivoso do homem que se aproximava ecoa como o meu grito anterior - Não, Camila. Você está muito enganada, você não terá ela te protegendo a vida toda!

Todo o meu corpo passa a estremecer, subo o olhar para o homem conseguindo visualizar seu rosto; era Henry. Seus olhos estavam pretos assim como as veias que rodeavam os olhos, suas presas afiadas estavam saltando para fora dos seus lábios e a sua veia jugular estava saltada em uma coloração mais escura.

- Você não estará para sempre a salva... Ela não vai poder te salvar de mim! - exclama se ajoelhando na minha frente.

- Do que você está falando? - falo assustada com a sua verdadeira face.

- Guarde o que eu estou dizendo. - sua mão gelada vai até meu queixo. Ele o aperta com força fazendo com que eu sinta uma pequena dor no local e puxe meu rosto para trás - Você. Vai. Morrer. - sua voz carregada de ódio faz com que eu me arrepie.

- Será um prazer beber todo o seu sangue. - Mazekeen fala parada atrás do homem com seus olhos vermelhos vibrantes.

Antes que qualquer coisa aconteça novamente, os sussurros que quase me enlouqueceram voltaram ainda mais altos e insuportáveis. Aperto meus olhos com força e tampo meus ouvidos soltando um grito desesperado querendo fugir daquilo.

Quando volto a abrir meus olhos, eu vejo que estava em outro lugar. Era uma floresta com a mesma neblina porém mais fraca e distante. Um arrepio percorre minha espinha, eu me levanto vendo que estava descalça sentindo a grama seca abaixo dos meus pés. Olho em volta temendo o que poderia acontecer. Tento enxergar algo além da neblina mas era impossível, se eu conseguia enxergar vinte metros da onde eu estava era muito.

Algo me obriga a olhar para trás, eu tomo um susto ao ver duas orbes verdes que brilhavam em meio daquela neblina toda. Eles me olhavam com atenção não parecendo que iriam me machucar; me passava confiança.

- Quem é você? - grito ouvindo apenas minha voz ecoar por aquela floresta assustadora - Me tira daqui, por favor. - imploro voltando a ver vultos correndo em volta de mim mas tento focar o máximo da minha atenção nos olhos verdes. Eles eram familiares.

Quando o dono ou dona dos olhos verdes da alguns passos em minha direção, vejo sua silhueta feminina, longos cabelos ondulados e sua mão estendida em minha direção. Oh meu Deus, era Lauren.

- Lauren, me tira daqui. - imploro sentindo lágrimas se formarem em meus olhos deixando minha visão distorcida - Por favor.

- Camila. - sua voz sai em um tom doce e protetor - Venha. - o sussurro que sai dos seus lábios sai amedrontado. Ela não parecia temer por si, e sim, por mim.

Lauren parecia tentar se aproximar porém uma barreira a impedia mas em nenhum momento ela deixava de estender sua mão em minha direção. Sem pensar duas vezes, obrigo meu corpo a correr ao seu encontro e diferente da outra vez, eu conseguia me mexer.

Ao me aproximar dela, vejo sua expressão aflita e pouso minha mão sobre a sua sentindo seu toque frio. Lauren me puxa contra si permitindo que eu veja seus olhos cheios de lágrimas, sua mão solta a minha e vai para meu rosto o segurando de maneira protetora.

Tento dizer algo, implorar para que ela me tire daqui mas minhas cordas vocais parecem desaparecer. Eu só conseguia ver seus olhos me olhando com tanta... Ternura(?), não havia aquela raiva ou remorso que tinha das outras vezes que nós encontramos.

- Mon amour... - sussurra chorosa passando os polegares por minha bochecha de maneira carinhosa.

Tendo aqueles olhos sobre mim, uma força estranha me empurra para ela fazendo com que eu sinta que estava sendo hipnotizada. Minhas mãos vão para seus ombros tendo urgência em me sentir protegida e Lauren parece perceber esse meu gesto. A vampira solta um grunhido parecido com um rosnado, deixa seu olhar cair para meus lábios e empurra a cabeça contra a minha capturando meus lábios com os seus. No princípio, eu me assusto com o seu gesto repentino mas algo dentro de mim grita, um grito desesperado que parecia querer aquele beijo.

Fecho meus olhos, deslizo minhas mãos para sua nuca e retribuo o seu beijo com urgência, uma urgência que nem eu mesma sabia que tinha para beijar aquela mulher. Suas mãos saem do meu rosto e envolvem meu corpo de maneira protetora, ela me aperta contra si enquanto deslizava sua língua dentre meus lábios em busca da minha.

Pela primeira vez, desde que eu me encontrei naquele lugar assustador, eu passo a me sentir em paz e protegida nos braços da vampira. Seus lábios me beijavam com tanta devoção e saudade, era algo que eu não conseguia explicar. O mais estranho é que eu a beijava da mesma maneira e todo o meu corpo reagia da mesma forma que eu a beijava.

Minha audição parece sumir por alguns instantes podendo ouvir apenas a respiração e os batimentos cardíacos desenfreados de Lauren. Eu a apertava contra meu corpo com urgência, chupava sua língua de maneira desesperada, afundava meus dedos em seu couro cabeludo com saudade.

Eu não sabia explicar o que era aquilo.

Quando Lauren chupa minha língua com gana, uma dor insuportável aparece em minhas costas fazendo com que eu a empurre para trás soltando um grito agonizante. A dor que antes estava em uma parte isolada das minhas costas começa a se espalhar para todo meu corpo e passo a sentir um líquido quente escorrer por minhas pernas, olho para baixo percebendo uma poça de sangue começar a se formar abaixo dos meus pés.

Meus joelhos ficam fracos em questão de segundos me obrigando a ir de encontro ao chão, olho em volta procurando por Lauren e a encontro tentando se aproximar de mim soltando rugidos, gritos irritados e desesperados. Ela se debatia irritada enquanto alguém a segurava, alguém que eu não conseguia ver quem era.

A dor passa a ficar cada vez mais forte. Meu corpo começa a queimar, uma dor semelhante a ser jogada em uma fogueira ardente e um novo grito sem forças saí rasga a minha garganta tentando me arrastar em direção a Lauren. Eu estendia minha mão em sua direção, afundava meus dedos na terra escura mas a dor era agonizante a ponto de eu não conseguir puxar o ar para meus pulmões e isso dificultava a minha locomoção.

- Camila... - ouço Lauren me chamar estendendo a mão em minha direção, seus olhos estavam brilhando como as estrelas mais poderosas do céu - Mon amour!

Eu lutava para tentar me aproximar dela mas a cada centímetro que eu me mexia, a dor parecia aumentar até que olho por cima do meu ombro vendo um punhal de um material que eu não soube identificar mas era um material escuro, sua base era repleta de caveiras e demônios. O grito raivoso de Lauren chama a minha atenção e volto a olhar, ela estende a mão em minha direção mesmo estando longe enquanto eu tentava a alcançar.

Abro meus olhos alarmada, sento na cama soltando um grito baixo estendendo meu braço para frente tentando alcançar Lauren, ao me deparar que a vampira não estava ali, olho em volta assustada e vejo que estava em meu quarto; sã e salva. Vou a procura do abajur e o ligo, sentindo meu peito subir e descer desenfreadamente. Minha cabeça começa a rodar devido a respiração desregulada, o meu sangue que corria rápido por minhas veias, meu corpo que parecia estar desidratado e fraco. Passo minha mão por minha testa vendo uma grossa camada de suor olhando em minha volta amedrontada.

Em questão de segundos, as outras três moradoras do apartamento invadem o meu quarto de olhos arregalados. As encaro de volta vendo que Janet segurava uma faca de serrinha, Alícia uma espécie de abajur pequeno e Vanessa um chinelo.

- O que aconteceu, Mila? - Alícia pergunta se aproximando de mim.

- Eu tive um pesadelo. - murmuro mexida com o sonho vendo todas as partes daquele pesadelo voltarem a minha mente em um assopro deixando meu corpo ainda mais alarmado.

Eu nunca tinha tido um pesadelo tão agonizante como aquele.

As três mulheres entram em uma troca de olhares entre si, se aproximam da minha cama e Vanessa se senta na cama segurando o meu rosto.

- Céus Mila, você está queimando. - fala começando a se desesperar.

- O que... - murmuro desnorteada.

Janet se aproxima de mim, coloca a mão em minha testa, arregala os olhos e encara a sua namorada.

- Ela está queimando em febre. Precisamos levar ela para debaixo do chuveiro! - Janet exclama alarmada se ajoelhando na cama e passando um dos meus braços por cima do seu ombro.

Alícia se aproxima de mim e faz o mesmo que sua namorada havia feito, Vanessa olha cada canto do meu quarto antes das duas me arrastarem para o banheiro e me sentar debaixo do chuveiro sem me despir.

Solto um grito agoniado quando a água fria bate contra minhas costas. Cada célula do meu corpo parece tremer agonizando de dor, era como se tivessem jogado água em uma queimadura de terceiro grau. De forma desesperada, me arrasto para longe do chuveiro, encaro a água assustada e olho para as duas mulheres que me olhavam sem reação alguma.

Sem dizer nada, Alícia se ajoelha ao meu lado e retira a minha blusa soltando um grunhido nada bom. Me coloco de pé, sem me importo que estava tendo vertigem e paro na frente do espelho, me viro de costas para poder olhar minhas costas vendo a pele vermelha pegando da minha nuca e indo até a minha lombar e um local específico um pouco inchado como se fosse uma cicatriz mas não existia nenhuma marca ali.

- Que porra é que está acontecendo? - murmuro desesperada sentindo minhas costas queimarem conforme as gotas de água escorriam por ela.

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