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2 capítulo

Pessoal, de agora em diante eu só vou postar de sábado ok?

Ano de 589 d.c, em algum lugar na Europa

Lauren abaixa seu corpo se preparando para avançar para cima de um pastor de ovelhas que levava o rebanho para o pasto. Um rosnado saí de seus lábios, respira fundo sentindo o cheiro apetitoso do garoto, seus olhos se fecham por breves segundos se permitindo ouvir desde os batimentos de seu coração até sua respiração entrecortada.

Ao voltar a abrir os olhos, eles já estavam pretos como a escuridão, suas presas crescendo e ela avança para cima do garoto. Antes que ela toque o seu corpo, outra pessoa na mesma velocidade a joga para longe fazendo Lauren deslizar pela grama molhada.

Ela pragueja baixo, se põe de pé e uma mulher alta, de belas curvas e cabelos encaracolados da cor castanha para na sua frente, rosna alto e exibe suas presas tão afiadas quanto de Lauren. A antiga rainha entra em posição de ataque, pronta para jogar a outra vampira para longe com um simples gesto.

Antes que qualquer palavra seja dita, a outra vampira tenta socar o seu rosto mas Lauren a joga para longe com um dos diversos poderes que havia desenvolvido ao longo metros. Um rastro de terra é feito pelo impacto do corpo da mulher na terra mas isso não a afeta, segundos depois ela já corria em direção a Lauren, pegava impulso para saltar em uma pedra mediana, seu punho se fecha e vai em direção ao rosto de Lauren.

Com o impacto e a força sobre humana, o corpo de Lauren é lançado para o chão, formando uma pequena cratera. A mulher fica sobre o seu corpo e rosna alto.

Lauren reconhece aquele movimento sabendo que só uma pessoa em todo o mundo sabia fazer aquilo, bom, ao menos conseguir acertar seu rosto com ele. Contraí as sobrancelhas e encara a mulher sobre si que levantava o pulso para abaixar o mesmo em seu rosto uma outra vez.

- Dinah? - Lauren murmura reconhecendo a sua antiga companheira de luta.

Dinah reconhece a voz rouca, levanta a sobrancelha e abaixa seu braço com lentidão e tomba a cabeça para o lado, deixando seus olhos voltarem ao normal. Ela se levanta e empurra Lauren para o chão, da alguns passos para trás desnorteada antes de dizer:

- Rainha Lauren?

Lauren engole seco, permite que seus dentes voltem ao normal e se põe de pé, bate a mão em sua roupa preta para tirar um pouco da terra e grama que estavam presos ao tecido. Aperta os lábios vendo Dinah ameaçar se curvar, sua mão vai até o ombro da mulher fazendo com que ela pare.

- Apenas Lauren.

- Como você... - ela tinha um enorme ponto de interrogação no rosto.

Lauren não diz nada, apenas solta uma risada sarcástica, cruza os braços.

- Como você some do nada e não me avisa que também se transformou? - esbraveja irritada.

- Primeiro, abaixe o tom. - Lauren pede deixando os fragmentos da antiga rainha que habitava seu corpo se fazer presente - Segundo, quem te transformou?

- Harry... Eu descobri que ele havia lhe matado e ele acabou por me assassinar também. - afunda os dedos no cabelo desgrenhado por conta da breve luta corporal que tiveram.

- Maldito. - rosna apertando os punhos - Aquele punhal... Foi com ele que você foi morta?

- Sim? - seu tom é duvidoso.

- Ótimo. - murmura lhe dando as costas sentindo uma fúria enorme percorrer o seu corpo - Eu não acredito que tem mais criaturas como nós por ai. - aperta os olhos.

- Você acha que tem mais? - Dinah questiona.

- Se você não sabia que eu fui transformada e eu não sabia que você foi... O que lhe garante que não tem mais milhares de pessoas como nós ou até mesmo sendo transformadas?

- Por que eu peguei o punhal. - responde colocando as mãos atrás do corpo, um gesto que sempre fazia ao conversar com Lauren, que até alguns anos atrás, era a sua superior.

- Onde ele está?

- Enterrado a mais de sete palmos da terra em um lugar distante daqui.

- Eu o quero. - seu tom é firme - Comigo ficará mais seguro do que sozinho, em seja lá onde ele está.

- Não poderei lhe entrega-lo, Majestade. - nega com a cabeça.

Lauren fica a encarando de forma fixa, aos poucos ela consegue entrar na mente da mulher e a vasculha até encontrar onde o punhal estava enterrado.

- Não precisa, eu vou atrás. - esboça um sorriso presunçoso.

- Como... - balança a cabeça percebendo que teve sua mente invadida por Lauren.

- Habilidades que adquiri... Por agora, eu preciso me alimentar, se me dá licença... - da um tapinha em seu ombro olhando para a aldeia a alguns quilômetros que era visível devido o morro em que elas estavam.

Lauren tenta sair dali mas o aperto firme em seu braço a impede de ir para qualquer lugar. Seus olhos verdes param sobre a mulher e as presas voltam a aparecer, pronta para um novo confronto caso Dinah tente a impedir.

- Te levo para outra aldeia para se alimentar, mas não você não pode se alimentar dessa aldeia.

- Por que não? - puxa seu braço de forma rude.

- Já suspeitam que há vampiros por perto, caso você matar alguém a luz do dia, irão caçar os membros da minha família e eu.

- Jane, por que acha que eu confiaria em você? - a olha de forma crítica - Não te vejo a anos, sei que agora... Nessa raça que nos transformamos, é cada um por si. - gesticula com as mãos enquanto dizia.

- Porque a Senhora continua sendo a pessoa a qual eu devo muitas coisas e tenho um enorme respeito. - se limita a explicar.

Lauren fica em silêncio, cruza os braços e começa a se recordar que Dinah desde sempre fora uma pessoa de confiança. Cresceram juntas já que ela era filha do capitão do exército do reino, eram amigas próximas mas ela sabia que a transformação mudava as pessoas.

Ao longo dos dez anos que vivia fugindo, havia encontrado diversos vampiros, não tão poderosos como ela já que tinham sido transformados da maneira tradicional; com uma mordida e não eram os originais. Muitas vezes eram clãs que tentaram a todo custo a matar, outros vampiros solitários e até mesmo lobisomens com vampiros, algo que a deixou confusa já que as lendas do seu reino dizia que lobisomens e vampiros eram inimigos mortais.

Já Lauren sempre foi uma vampira solitária, caçava para ela e lutava por ela. Com o passar dos ano, até mesmo se acostumou com a solidão. As memórias a ajudavam com isso, memórias da época que ela era feliz.

Saindo dos seus devaneios, Lauren afirma com a cabeça em concordância.

- Certo. - Dinah esboça um sorriso satisfeito - Mas espero que seja perto, não me alimento a dois dias.

- É aqui perto, Majestade.

- Lauren. - corrige - Vai me dar o punhal?

- Não sei, não me parece uma boa ideia. - Dinah a olha.

- Acha que eu vou usar para transformar alguém? Faça-me o favor Jane, eu tenho presas que podem fazer esse trabalho. - aponta para sua boca.

- Quais habilidades você tem? Além do que todos os vampiros tem e essa coisa de ler mentes...

Lauren não diz anda, apenas levanta sua mão jogando Dinah longe. A mulher esboça um pequeno sorriso quando sente seu corpo tocar o gramado e suas costas se chocarem contra uma pedra. Quase que no mesmo segundo, ela volta para perto de Lauren que a encarava de maneira tediosa.

- Quais as suas habilidades?

- Está olhando para uma vidente. - passa as mãos pelos cabelos que estavam bagunçados devido o novo tombo.

- Então é por isso que conseguiu me deter?

- Sim.

- Então me diga o porque diabos você tentou me matar sabendo quem eu era? - eleva sua voz alguns tons.

- Eu sei o que vai acontecer mas eu não vejo o rosto! Só a estatura e a espécie que o vampiro é. - explica olhando as orbes verdes ainda mais vibrantes do que eram antes da transformação.

- Ótimo. - sua voz fica rouca demonstrando que estava a ponto de atacar a primeira pessoa que parasse na sua frente - Vai me levar até esse tal vilarejo ou terei que atacar qualquer humano por aqui?

- Me siga. - pede.

Mal ela sabia que aquilo seria o começo de uma nova aliança que começaria a se formar após esse pequeno gesto de bondade.

Dias atuais, Massachusetts Avenue

Lauren aperta o volante do carro, esboça um sorriso desafiador e olha para o lado vendo sua inseparável amiga em um carro da mesma marca que o seu, apenas o modelo os diferenciando. O carro de Dinah não era nada mais, nada menos do que um Aston Martin DB11, já o de Lauren era um DBS. Carros luxuosos nas quais as duas amigas não pensavam duas vezes em gastar os milhares de dólares acumulados por conta dos seus mil e quatrocentos anos.

Lauren, a antiga rainha, que havia perdido todo o luxo e riquezas que tinha de uma hora para a outra, depois de voltar a vida focou em apenas duas coisas; luxo e aprender a controlar seus poderes. O que deu bastante certo com a ajuda de Dinah, ambas construíram uma enorme fortuna que faziam questão de esbanjar para onde fossem.

Os carros param um ao lado do outro na gigantesca via que ligava várias cidades ao noroeste de Boston.

- Pronta? - Dinah fala a olhando pelo vidro abaixado do carro. Em resposta, Lauren passa sua língua pelos lábios e acelera o carro fazendo seu motor rugir.

Segundos depois, Dinah saía em disparada na frente de Lauren que a xinga baixinho e acelera fazendo o barulho potente do carro ser ouvido junto com uma fumaça fraca sair dos pneus traseiros do carro.

Com sua audição apurada, Lauren ouve Dinah gargalhar no carro que estava a alguns metros a sua frente, passando entre alguns caminhões. Lauren como uma má perdedora, aperta o volante do carro e afunda o pé no acelerador fazendo com que seu carro aumente a velocidade e ultrapasse o de Dinah.

Lauren solta um grito de comemoração e manda o dedo do meio para a amiga enquanto a ultrapassava. Ela desvia de alguns carros que estavam na via e olha para o lado vendo que Dinah estava disposta a retomar a liderança.

Ao tentar ler sua mente para prever seu próximo movimento, Lauren revira os olhos vendo que por terem quase a mesma idade, Dinah era tão forte quando ela e isso deixava quase que impossível uma ler a mente da outra.

A mulher franze o cenho assim que ouve o barulho de pneus derrapando no asfalto e olha para trás vendo Dinah pisando no freio. Curiosa para saber o que tenha acontecido, Lauren pisa no freio fazendo seu carro derrapar no asfalto com a freada brusca.

Lauren olha pelo retrovisor vendo Dinah parada no meio da via, carros buzinando e desviando dela assim como estavam fazendo com o carro em que Lauren estava. Seus olhos claros ficam encarando o carro até que ele acelera e para ao seu lado.

- O que aconteceu? - Lauren questiona abaixando o vidro do lado do motorista.

- Precisamos ir para casa. Agora. - fala em um tom que Lauren perceba o que havia acontecido; ela tinha tido uma visão e era algo sério.

Lauren apenas afirma com a cabeça, volta a acelerar o carro e entram na via contrária que as levaria de volta para Boston onde ficava a moradia temporária, ao menos pelos próximos quinze anos até todos começarem a notar que elas não haviam envelhecido nada desde que se mudaram.

Não muito tempo depois, elas já estavam estacionadas na propriedade de Lauren. Uma enorme casa que exalava luxo como a rainha gostava.

- Me conta, o que aconteceu? - Lauren pergunta assim que entram na casa.

- Novos vampiros na cidade. - olha para a outra que apenas levanta a sobrancelha com um típico olhar de "e eu com isso?" - Que não vieram pacificamente.

- Oh, essa história me interessou. - dispara agora com um enorme sorriso - Da nossa espécie ou...

- Você sabe que eu não guardo os nomes das espécies, Lauren.

- Certo, certo. - afirma com a cabeça sabendo da sua dificuldade de memorizar nomes das espécies - Me dê características.

- Maxilar modificado, todos os dentes pontiagudos, olhos vermelhos... Se eu não me engano, é aquela que só morre se arrancar o coração.

A expressão divertida no rosto da mulher vai morrendo aos poucos até que ela solta um grunhido irritado. Ela já sabia qual espécie era e de todas, essa era a mais letal para os humanos; eles simplesmente não pensavam ou conseguiam se controlar.

- Massachusetts estava calma demais para ser verdade. - reclama.

Lauren era responsável por manter todos os vampiros de Massachusetts na linha, não arrumarem confusão com os lobisomens que viviam por ali. Quem a instituiu para ser a responsável? Simples, ela mesma. Quando chegou ali, estava um caos, os humanos estavam começando a desconfiar das diversas mortes por todo o estado e os lobisomens quase entrando em uma guerra contra os vampiros. Para preservar a própria pele e de Dinah, usando seus dons que ainda tinham devido o tempo que reinou, ela conseguiu convencer os vampiros que viviam ali para não matarem, apenas se alimentarem e não transformar ninguém, isso estabeleceu uma paz frágil entre lobisomens e vampiros. No princípio, alguns foram contra mas acabaram cedendo por ver que Lauren estava disposta a expulsar quaisquer vampiro que fosse uma ameaça para Dinah e ela.

- São quantos?

- Um trio.

Lauren coloca as mãos na cintura afirmando com a cabeça de uma maneira impaciente, andando de um lado para o outro imaginando na dor de cabeça que teria caso eles matassem algum humano já que quando ocorria algo, os líderes dos lobisomens iam falar com ela sabendo que Lauren mantinha todos os da sua raça na linha.

- Eles estão perto... Vão atacar uma pessoa hoje. - completa.

- Dinah... Afim de um pouco de ação? - estreita os olhos para a amiga que esboça um sorriso presunçoso.

- Sempre. - afirma com a cabeça.

- Você se lembra de onde eles estariam?

- Sim.

- Vá pegar a gasolina e os esqueiros. - pede sumindo de sua visão para ir vestir uma roupa mais confortável que não fosse rasgar ou impedir seus movimentos.

[...]

Camila devorava as palavras daquele romance vampiresco com fascinação enquanto a chuva caía na parte de fora do prédio da universidade. Seus olhos corriam por cada linha e seu cérebro absorvia cada palavra até que o professor gorducho limpando a garganta chama a atenção de todos na turma.

- Bom dia a todos. - se limita a dizer com um mal humor causado pela chuva que caía.

Todos respondem educadamente. Camila guarda o livro em sua mochila e acende a tela do notebook que estava sobre sua mesa sabendo que hoje seria um longo e exaustivo dia.

Ela tenta se concentrar na aula que estava tendo mas sua cabeça voava para longe. A dias ela estava tendo um pressentimento ruim que algo aconteceria e hoje, ele estaca ainda mais forte deixando-a inquieta não a deixando se concentrar em muitas coisas a não ser a leitura.

No intervalo entre as aulas, Camila opta por ir até uma cafeteria, tomar um café junto com alguns biscoitos e terminar o capítulo do livro na qual ela estava lendo. Tomando sua bebida favorita, café com creme, ela se permite terminar o terceiro capítulo do livro "Carmilla".

Por uns instantes, ela passa a se sentir observada, olha em volta da maneira mais discreta que consegue para constatar que ninguém a olhava. Um vento bate em seu rosto e todo o seu corpo se arrepia fazendo o pressentimento ruim voltar a lhe perturbar.

Em um apertar de lábios, ela volta a olhar em volta pela cafeteria com seus pêlos da nuca arrepiados. Mexe os ombros de maneira desconfortável e volta a dar um gole no café quente tentando afastar aquele pressentimento ruim. Um pensamento passa por sua cabeça a fazendo achar que poderia ser aquela cafeteria com uma energia negativa e com isso, não pensou duas vezes em pegar suas coisas e sair dali o mais rápido o possível voltando para o campus da universidade sem se importar com a garoa fraca que caia sobre sua cabeça.

Camila decide ir para a sala na qual teria a próxima aula. Ao adentrar a sala, ela observa dois alunos sentados nas últimas cadeiras da sala. Como sempre, ela se senta nas primeiras cadeiras, coloca seu café sobre a mesa e retira o livro que lia a pouco de dentro da sua bolsa.

Enquanto ela voltava a devorar cada palavra do livro, a chuva do lado de fora do prédio começava a engrossar sendo possível ouvir trovões, algo que deixava Camila tensa. Juntando os trovões e o pressentimento ruim, Camila ficou duas vezes mais inquieta a ponto de não conseguir com sua leitura.

Durante as aulas que Camila assistiu naquele dia, ela teve que lugar bastante para conseguir prestar atenção já que a todo momento sua mente ia para outro lugar. Seja sobre o pressentimento ruim, a chuva lá fora ou como iria voltar para seu apartamento caso não parasse de chover já que ela estava sem dinheiro para chamar um carro.

Após o término das aulas, Camila aperta os lábios olhando para a chuva forte que caía no gramado do campus, aperta a alça da mochila com sua mão antes de puxar o gorro do moletom para cobrir sua cabeça. Ela espera por vários e vários minutos na esperança que a chuva acabe mas percebendo que isso não aconteceria, ela sai da parte coberta e começa a andar pela chuva sentindo as gotas grossas batendo contra o tecido do seu moletom.

Seus passos são apressados enquanto andava pela chuva xingando tudo e todos por não ter levado um guarda-chuva e pedindo a Deus que não deixe que ela fique doente por conta disso. O apartamento que ela tinha alugado junto com mais três garotas de universidades diferentes ficava a trinta minutos dali e até lá, Camila já estaria encharcada.

Um novo arrepio percorre em seu corpo assim que olha para a rua vazia que sempre passava para chegar ao seu apartamento. Ela odiava aquela parte, era assustadora e deduzia que era perigosa mas não tanto quanto as outras duas ruas que as pessoas alertavam para que ela fique longe, principalmente se estiver sozinha.

Camila abaixa a cabeça, enfia as mãos no bolso do seu moletom e continua a andar o mais rápido que consegue sentindo as gotas baterem contra seu rosto de maneira rude. Ela passa sua mochila para frente percebendo que poderiam facilmente a puxar por trás usando ela e engole seco olhando em volta, pronta para sair correndo ou gritando.

Um vulto preto chama a sua atenção a alguns metros de distância fazendo com que ela pare de andar, franze o cenho e ficar encarando o local a qual viu o vulto, de maneira desconfiada.

- Isso é coisa da sua cabeça, isso é coisa da sua cabeça. - repete baixinho diversas vezes voltando andar.

Um rosnado abafado pelo barulho da chuva batendo no asfalto faz com que ela tire o capuz, olha em volta assustada e prende a respiração.

Seu coração começa a bater rápido e seu cérebro libera uma enorme quantidade de adrenalina em seu sangue deixando-a atenta a quaisquer movimento por perto. Quando vê um novo vulgo, Camila começa a correr para longe mas algo agarra seu braço a jogando para dentro de um beco e seu corpo vai de encontro ao chão.

Camila pisca diversas vezes tentando entender o que havia acontecido e tenta se levantar mas solta um gemido doloroso saí dos seus lábios assim que ela sente seu tornozelo doer.

Duas mãos fortes a seguram pelos ombros empurrando-a contra a parede. Camila arregala os olhos e encara a pessoa que a segurava contra a parede; ao se separar com os enormes dentes pontiagudos, os olhos vermelhos e o rosto levemente deformado por conta da arcada dentária, um grito desesperado saí de sua garganta.

A criatura a olhava de forma faminta, desce os olhos do seu rosto para a garganta onde tinha a jugular que pulsava com rapidez por conta dos seus batimentos acelerados. Um rosnado sai de seus lábios, quando ele estava prestes a cravar os dentes em seu pescoço, Camila apenas vê o corpo da criatura horrenda sendo jogado contra a parede.

Seus olhos amendoados se arregalam e vão em direção a onde o corpo havia sido arremessado. Segundos depois ela vê um novo corpo feminino ali que distribuía socos pelo corpo da criatura. Camila ouve o barulho da parede atrás do que parecia ser um homem rachar devido a forças dos socos da mulher direcionados para o abdômen da coisa. Seu estômago embrulha assim que ela vê o punho da mulher ir de encontro ao maxilar da criatura fazendo o barulho de ossos quebrando chegar aos seus ouvidos.

Camila de vira para a saída do beco e tenta correr sem se importar com sua mochila que havia saído dos seus braços com a pancada no chão, mas ao apoiar seu peso no tornozelo direito, ela sente uma dor insuportável e vai se encontro ao chão novamente.

Ela volta a olhar para a parede do beco, sente vontade de gritar mas nenhum som sai de sua boca assim que ela vê a silhueta feminina, tão menor que o homem, enfiando sua mão no peito do mesmo e retirando seu coração deixando um líquido preto escorrer por seu braço. A mulher esmaga o coração da criatura deixando o corpo dele cair no chão sem vida.

Camila tenta se arrastar antes que a mulher a olhe. Seus olhos se arregalam ainda mais assim que a mulher que tinha uma mão suja com um líquido preto a olha permitindo a ela ver seus olhos pretos, veias escuras ao arredor deles e quatro enormes presas.

Lauren encara o rosto de Camila, prende a respiração e sua face volta ao normal em questão de segundos. Sua cabeça começa a rodar a tirando da realidade mas acaba sendo obrigada a voltar quando sente uma mordida forte em seu ombro.

- Porra. - resmunga sentindo a pele do seu ombro ser rasgada com brutalidade. Com apenas um gesto, o segundo vampiro voa para a parede e fica preso ali, rosnando e se debatendo para tentar se soltar - Não é gentil você sair mordendo as pessoas! Sua mãe nunca te ensinou isso? - fala algo olhando por cima do seu ombro vendo sua blusa branca sendo banhada por um líquido parecido com sangue mas um pouco mais escuro e denso.

Lauren tenta ler a mente de Dinah para tentar descobrir onde ela estava e ao conseguir, percebe que ela estava lutando contra o líder daquelas duas criaturas sanguinárias. Em um apertar se lábios, Lauren se aproxima do que antes de se transformar era um homem e enfia sua mão no peito dele arrancando seu coração ouvindo um grito horrorizado vindo da mulher que até então estava paralisada.

- Patético. - Lauren murmura decepcionada. Ela estava esperando mais ação e não conseguir matar os dois em menos de cinco minutos.

Em passos apressados, Lauren se aproxima dela, pega sua bolsa e vê os olhos amendoados repletos de medo.

- Não chega perto. - Camila diz com a respiração desregulada - Por favor, não me mata. Por favor, não me mata. - implora desesperadamente diversas vezes.

Lauren não diz nada, apenas segura seu braço e a coloca de pé. Camila tenta se soltar dos seus toques mas Lauren ignora, passa o braço da mulher por seus ombros, segura a sua cintura.

- Sai, sai. - Camila se debate. Lauren respira fundo e a solta deixando-a se apoiar em uma única perna.

- Você tem que sair daqui. - a indiferença em seu rosto se fazia presente, mesmo que estivesse abalada por ver aquela mulher - Vamos logo!

- V-você vai me matar como fez com eles? - dispara tentando dar um passo para trás fazendo Lauren torcer o nariz.

- Se eu quisesse te matar, não acha que eu já teria te matando, garota? - revira os olhos jogando a mochila dela sobre os ombros, se aproxima e a pega no colo - Você precisa sair daqui. - murmura sentindo cheiro de sangue vindo dela devido um pequeno arranhão na palma da sua mão - Está sangrando, vai chamar a atenção dos outros!

Camila tenta dizer algo mas o medo que percorria suas veias a deixa paralisada. Ela aperta os olhos querendo que aquilo seja só um pesadelo e que iria acordar em alguns minutos.

Por sua telepatia, Lauren pede para que Dinah queime os dois corpos que estavam no beco enquanto andava até o seu carro que estava estacionado a dois quarteirões dali.

- Entra. - Lauren pede colocando Camila no chão entregando sua mochila encharcada e da a volta no carro.

- Eu não vou entrar nisso. - nega com a cabeça - Eu nem te conheço... Você matou aquilo!

- Deveria me agradecer porque se não fosse por mim, provavelmente você estaria morta e vá por mim, não é uma morte rápida. - abre a porta do motorista e encara Camila - Vai entrar ou não?

- Não.

- Fique sabendo que tem um clã de vampiros aqui perto que não se controla muito bem e não dou dois minutos para que eles sintam o cheiro do seu sangue e venha atrás de você. - avisa antes de entrar no automóvel.

- Espera, vampiros?

- Entra logo! - pede abrindo a porta, olha em volta e vê alguns vultos se aproximando - Anda, eles estão chegando! - Camila não pensa duas vezes a não ser entrar naquele carro e fechar a porta.

Lauren aperta seu maxilar, liga o carro fazendo o motor rugir, segura o volante o segurando com o líquido preto que tinha em mãos e acelera fazendo o barulho de pneu queimando no asfalto ecoar pelos quatro cantos daquele quarteirão.

- Coloca o cinto. - pede afundando o pé no acelerador fazendo o velocímetro do carro mostrar cem quilômetros e ir subindo a cada segundo.

"Ela vai me matar"

- Eu não vou te matar. - responde e Camila a olha assustada.

- Você... Você...

- Coloca o cinto. - repete fazendo Camila obedecer e colocar o mesmo. Ela avança um sinal vermelho e olha pelo retrovisor vendo se não estavam sendo seguidas.

Aquele bairro era de um clã que não gostavam de Lauren, eles iam mais com a cara de Dinah e por isso Lauren não se importou de a deixar só. Muitas vezes eles quase acabaram se matando e só não foram pois sabiam que mesmo sendo um clã de seis vampiros, eles não eram tão fortes nem tão rápidos quando as duas vampiras de mais de um milênio de vida.

- Onde você mora? - Lauren pergunta tirando o pé do acelerador quando o velocímetro chega perto dos duzentos quilômetros por ver que já estavam longe do bairro.

- O que era aquilo? - ignora sua pergunta e se vira para ela.

- Vampiro.

- E você? - murmura hesitante. Lauren aperta os lábios sabendo que apagaria sua memória assim que a deixasse na frente de onde morava então optou por responder.

- Vampiro. - repete maneando com a cabeça.

- Também? Você...

- Espécies diferentes, fisionomias diferentes. - se limita a dizer entrando na mente de Camila para descobrir onde ela morava.

- Pode me deixar aqui.

- Você quer morrer? - vira seu rosto para a mulher - Quase de noite, chuva e um pequeno arranhão que está sangrando... Tudo isso atraí vampiros novos que não sabem se controlar!

Camila fica quieta. Lauren torce o nariz ao encontrar o seu endereço e sai de sua cabeça por ouvir seus pensamentos gritando em sua cabeça. Ela estava com medo.

Lauren vira a esquina sabendo que o prédio dela era a alguns metros de onde elas estavam. Em segundos, ela estava estacionando na frente da portaria e encara Camila.

Camila tira o cinto com rapidez, segura sua bolsa ensopada e olha para a porta procurando onde era que abria. Lauren revira os olhos, se inclina e abre a porta.

- Espera. - Lauren pede se esquecendo de apagar sua memória.

Camila engole seco, aperta sua mochila e olha para Lauren, estreita os olhos e ergue a sobrancelha.

- Espera, você estuda na Boston university. - murmura surpresa por reconhecer a morena agora.

Lauren não responde nada, apenas fixa os olhos no fundo dos olhos amendoados da mulher podendo ver até mesmo a sua alma e tenta se concentra para apagar sua memória mas algo a impede. Algo nos olhos de Camila, em sua alma.

- Vê se não fica andando mais na chuva. - nega com a cabeça não conseguindo se concentrar para apagar sua memória.

Camila por sua vez, apenas afirma com a cabeça, coloca os pés para fora do carro soltando um gemido baixo quando seu tornozelo machucado toca o chão.

- Merda, não consigo andar. - murmura.

- Não pense que eu vou te ajudar, já te salvei da morte. Agora é com você. - Lauren responde de forma ríspida.

- Não estou falando com você. - responde ignorando o fato que aquela mulher poderia a matar em segundos - E obrigada.

Camila se ergue, deixa seu peso sobre um único pé e bate a porta do carro com força arrancando um suspiro irritado de Lauren. A de olhos claros fica encarando a morena dando pulinhos no meio da chuva abraçando sua mochila contra seu corpo indo em direção a portaria, contraí as sobrancelhas e revira os olhos saindo do carro sentindo as gotas de chuva baterem contra sua pele mais uma vez.

Ela se aproxima da humana, passa um braço por trás do seu joelho e a outra por suas costas a erguendo do chão. Camila solta um grito assustado e encara Lauren vendo sua expressão desgostosa por estar fazendo isso.

Sem dizer nada, Lauren anda até a portaria tendo o portão de metal aberto pelo porteiro quando vê as duas se aproximando.

- Leve-a para o apartamento em que ela reside, seu tornozelo está ferido mas não acho que seja muito grave. De certo, é frescura dela. - a coloca no chão.

Camila a encara sem conseguir dizer nada. A mais velha apenas solta um lufada de ar irritada, lhe da as costas e caminha para fora da portaria sem esperar uma resposta do porteiro ou de Camila. Ao entrar no carro, ela bate a porta do carro e aperta os olhos.

- Não pode ser. - murmura em negação. Lauren afunda as mãos em seu cabelo, esfrega as mãos ali de maneira impaciente, desce as palmas da mão pelo rosto e repete o movimento ali - Não pode ser. - repete encostando a cabeça no volante.

- Obrigada, Joseph. - Camila agradece assim que o homem a ajuda chegar até seu apartamento. O homem esboça um sorriso gentil e se retira deixando Camila entrar no local.

Com cuidado, Camila manca até seu quarto, deixa mochila ensopada no chão e vai para o banheiro disposta a tomar um banho quente e tentar acalmar seu coração que batia tão rápido quanto as asas de um beija-flor. Para se despir, Camila se senta sobre a tampa do vaso sanitário e solta um gemido sentindo todo o seu corpo começar a tremer na medida que a adrenalina ia caindo.

- Vampiros. - murmura já debaixo do chuveiro - Vampiros existem e uma estuda na mesma universidade que eu... - fala em afirmativa - Puta merda. - olha para o azulejo branco - Isso é incrível. - esfrega as mãos no rosto.

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