Das miudezas
Prefiro o silêncio
que me confirma, que me consente
mas preciso das respostas
e das explicações
que na falta delas
devasso todas as dúvidas
por uma embriaguez de realidade
Sou uma viciada em sentido
e em falta de sentido também
só o pouco não me convence
que é no absurdo da existência
onde a razão se esclarece
Saturada do mistério lancinante
esquecida pela lógica
caída na realidade
É que os olhos veem a vida
e encharcada desse éter
afogada na amargura de quem comeu tudo de um vez só
estirada na praia
devolvida pelo mar imenso de todas as questões
É que o meu corpo responde
sem nada dizer
é que o meu corpo se impõe
sem nada querer
e se acomoda no mundo
sem nem localizar-se.
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