Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

7. Os Piratas Lemoy

          Regina despertou subitamente com uma cobra rastejando próxima a sua perna. A loira deu um grito, se levantando em um salto. Pegou um galho que havia próximo, afugentando o réptil. Largou o galho no chão após um suspiro de alivio e observou o local onde estava inserida. Estava na entrada da floresta Esmeralda, próxima a cidade Faroeste de Fantasia. Perto dela, estirada no chão ainda inconsciente, estava a princesa Jasmine.

— Hey, você está bem? — Regina chacoalhou o corpo desacordado da princesa. Ao notar que a mesma não estava despertando, deu-lhe um tapa com demasiada força em seu rosto — Acorda!

— O quê...?! Quando...? Onde...? — Jasmine despertou desorientada, sentindo a dor do tapa que recebeu.

          Ambas se levantaram do chão daquela floresta. Nenhuma delas fazia noção de como haviam chegado ali. Não possuíam nenhum ferimento, mesmo após o incêndio — e aparentemente não haviam morrido. Bom, não demorou muito para a princesa se questionar se realmente isso era verídico. Pois, em frente a ambas surgiu um esqueleto de dois metros de altura, usando um terno e um chapéu de palha, enquanto segurava em sua mão esquelética uma taça com um liquido azul. Jasmine deu um grito, se escondendo atrás da mais nova. Regina, por outro lado, sorriu ao reconhecer o homem diante dela.

— Ossudo! — Exclamou Regina — O que faz aqui? Achei que tivesse viajado para as Bahamas para curtir sua aposentadoria.

— Veja se não é a pequena garota valente — A caveira gesticulou com as mãos, se inclinando em sinal de reverência. Tomando em seguida um gole de sua bebida — Estava prestes a partir quando os humanos da cidade passaram a festejar. Inventei que nunca fui a Morte, que aquilo tudo foi causado pelo meu irmão gêmeo do mal, e eles acreditaram — Ossudo deu uma risada debochada, de forma que um dos ossos de sua clavícula caiu. Rapidamente pegou do chão, realocando o osso de volta ao seu corpo — Como fui tão bem tratado por eles decidi ficar por mais um tempo na cidade.

— D-Do que você está falando? — Questionou Jasmine, ainda trêmula atrás de Regina — Por que estariam festejando uma vez que o nosso castelo pegou fogo?

— Esse é o ponto madame — Ossudo deu mais um gole em sua bebida. O liquido desceu pelo que seria seu esófago, caindo no chão — Os habitantes de Fantasia não aguentavam mais serem extorquidos pela monarquia. As taxas cobradas pelo Rei eram absurdas. Então, uma vez que não há mais um castelo, e estando o Rei e a Rainha em um sono profundo, os cidadãos se rebelaram e decidiram por si só abolirem o reinado em Fantasia.

          Os olhos da princesa Jasmine se encheram de água. Regina compadeceu daquela mulher ao seu lado, colocando a mão sobre o seu ombro.

— E agora o que será de mim?! Como irei comer caviar todas as manhãs sem ter servos para me servirem?! — Jasmine começou a choramingar feito uma criança quando uma mãe a deixa na creche pela primeira vez. Fungando e escorrendo liquido de seu nariz. Regina fez uma cara de nojo, retirando lentamente sua mão do ombro da mais velha.

— Você ainda tem o seu reino nas Arábias. Mesmo que não estejam indo tão bem é melhor do que nada, não acha? — Regina tentou animá-la.

— E-Eu não sou posso voltar lá — Jasmine informou cabisbaixa entre soluços. Mais uma vez Regina compadeceu dela, colocando a mão sobre o seu ombro. Realmente seria constrangedor para sua família retornar nessas circunstancias. Ou ao menos era o que Regina acreditava... — Eu roubei várias joias do castelo dos meus pais. Estou sendo procurada viva ou morta por lá!

          Regina mais uma vez retirou sua mão do ombro da princesa, balançando a cabeça em sinal de decepção.

— Anda. Vamos achar um lugar na cidade para você ficar.

          A agora ex-princesa, a contragosto, assentiu com a cabeça. As donzelas se juntaram ao esqueleto e adentraram juntos à cidade de Fantasia. Em meio à areia, composta de partículas de rochas degradadas, vários cidadãos de Fantasia dançavam de um lado ao outro com euforia.

— Aceita um, madame? — Um homem de meia idade estendeu um espeto de linguiça em direção à Jasmine. Sem reconhecer que ela era até então a ex-futura princesa de Fantasia.

          Ao sentir aquele cheiro forte de comida de pobre impregnado em suas narinas, a mulher desmaiou no chão ao pensar que seria esse o tipo de vida que levaria a partir de agora. O homem se abaixou, tentando em vão reanima-la. Regina, por outro lado, não deu tanta ênfase na mulher desmaiada, isso pois viu Bárbara Zaira vindo com os braços erguidos em sua direção, com intuito de abraça-la.

          Mas o que de fato fez Regina levar um susto foi ver Dog montado no ombro de Bárbara. Mesmo sem sua foice e sua manta, a Morte estava bem ao lado da heroína de Regina. A loira temia que, uma vez que Bárbara estivesse conseguindo enxergar o cão, sua hora de partir havia chegado.

— Sei o que está pensando, e não se preocupe — Ossudo sussurrou no ouvido de Regina, antes que Bárbara chegasse até ela — A Morte pode se manter visível para os mortais se assim desejar. Não necessariamente isso significa que essa pessoa irá morrer. Dog optou por se manter visível para as pessoas próximas a ele. Quando chegar a hora de fazer o trabalho dele, poderá se teletransportar para o local do futuro finado.

          Após Ossudo explicar isso a Regina, se afastou dela e se juntou a um grupo de pessoas que estavam dançando Macarena. Colocando suas mãos esqueléticas para a frente, depois levando-as aos seus ombros em forma de "x", isso tudo enquanto dançava balançando seus ossos.

          Bárbara saltou pelo corpo inconsciente de Jasmine, e então finalmente abraçou Regina. A garota olhava para o cachorro que ainda permanecia no ombro de Bárbara, tentando morder o próprio rabo. Ainda não entendia como havia sobrevivido ao incêndio do castelo. Ou melhor, já tinha suas suspeitas. Não foi Dog quem as salvou, mas sim o Autor que as tirou de lá antes que morressem.

— Quando soube do incêndio fiquei tão preocupada, querida — Falou Bárbara, após soltar a menina — Justo agora que eu havia pensado em algo para te mandar de volta para o seu Reino. Ah, acabei de lembrar que deixei os biscoitos no forno!

— Pera, o que foi que disse? — Regina indagou surpresa, com os olhos arregalados.

— Disse que deixei os biscoitos no forno, minha querida.

— Não! Me refiro ao fato de ter encontrado um meio de me mandar de volta para o meu mundo.

          Regina não conseguiu esconder seu entusiasmo. Antes de entrar dentro do livro a garota sonhava acordada ao se imaginar vivenciando as experiências dos seus personagens favoritos. Mas, a partir do momento que colocou seus pés em Fantasia não conseguia parar de pensar em voltar para a tranquilidade do mundo real. Ainda mais tendo um Deus cruel no mundo em que estava inserida, que poderia fazer o que bem entendesse com apenas a ponta de um lápis.

— Soube por aí que existe uma vidente na ilha de Comodo. Sendo assim, ela pode prever o seu futuro e contar como você fará para voltar para casa. E você falando que não sou uma boa ouvinte, hein — Barbara deu uma risada abafada, lançando lhe um olhar gentil.

          Regina estava relutante quanto a ideia. Uma vidente? Mesmo se não fosse uma charlatã, quem a garantiria que a previsão da mesma seria de fato precisa? E mais do que isso, a previsão poderia nunca se concretizar se o Autor assim desejasse. Se sentia em um teatro de fantoches, onde todos ao redor eram marionetes nas mãos do Autor. Temia se tornar mais um dos fantoches dele.

— O que houve querida? Dor de estomago? — Barbara questionou, ao notar o olhar pensativo de Regina.

          A menina balançou a cabeça negativamente.

— Eu apenas não sei se é uma boa ideia. Digo, não tenho nem garantia que se fosse até lá se essa vidente me ajudaria.

— Não seja boba, docinho. Não custa tentar. O único problema é...

— Diga senhora Bárbara, qual o problema?

— A ilha litorânea de Comodo fica muito afastada de nosso Reino. A única forma conhecida de chegar até ela seria navegando em um navio adequado. Porém só temos barcos de pesca por aqui. Nada que seria útil o bastante para te levar até lá.

          Regina levou a mão ao próprio queixo em sinal de estar pensativa. Nesse instante um esquilo de um metro e meio passou correndo por elas sobre suas quatro patas, enquanto gritava em alto e bom som para quem pudesse ouvir:

— Estão se aproximando! Os piratas Lemoy estão de volta! Não havia navio algum em meio ao mar, e do nada ele apareceu! Como se fosse magia!

          Pôde ver o delegado Cello sair de dentro da delegacia com algumas algas na mão. O Fauno certamente planejava disfarçar a árvore perto do porto novamente para que parecesse com o monstro Kraken, para afugentar os piratas. A garota tinha plena convicção que o mesmo plano não funcionaria duas vezes.

          Nada boba, a menina se deu conta que aquilo era uma artimanha do Autor para que adentrasse no navio dos piratas. O Autor queria que ela fosse para a ilha de Comodo em busca da vidente. Se era isso o que ele queria, obviamente ela não iria. Mas, e se ele houvesse premeditado que Regina imaginaria que fosse um plano dele somente para que não fosse usando psicologia reversa com ela?

          Balançou a cabeça, a fim de afugentar os pensamentos. Não cederia por conta do Autor. Independente de qual fosse o plano dele, não deixaria que ele a amedrontasse ao ponto de ela desistir tão cedo. Se a vidente era a única forma de achar um meio de ir embora então Regina iria atrás dela.

          A garota abraçou Bárbara rapidamente em sinal de despedida, e então passou a correr. Não demorou muito para chegasse até o caís da cidade. A plataforma fixa em estacas a beira mar já estava repleta por homens da cidade que enfeitavam a enorme árvore ao seu lado.

          Regina retirou sua jaqueta jeans, jogando-a no chão do píer, ficando apenas com uma camisa preta. Retirou também sua calça jeans, tendo a sorte de estar com uma calça legging rosa por baixo. Fez uma posição com as mãos, como se estivesse se preparando para dar um mergulho. E de fato foi o que fez.

          Saltou para o mar, começando a nadar em direção ao enorme navio do pirata Edward Lemoy. Como os cidadãos estavam tão ocupados e preocupados com os piratas não notaram a menina em meio ao mar, que dava fortes braçadas na água para poder nadar. Não demorou muito para que os habitantes de Fantasia se dessem conta que seus esforços estavam sendo em vão pois o navio permanecia se aproximando, de forma que a árvore disfarçada já não os assustava mais.

          O enorme galeão inglês de madeira — que pesava incrivelmente mais de 200 toneladas — se tornava cada vez mais próximo do caís, enquanto Regina se aproximava dele cada vez mais por sua vez. Eram visíveis seus três mastros, e seus vinte e quatro canhões que estavam apontados para os civis de Fantasia prestes a atirar.

          Se aproximando sorrateiramente pelo mar Regina conseguiu chegar sem ser avistada até a escada feita de cordas lateral do navio. Começou a subir lentamente as escadas, enquanto pensava em como faria para evitar o ataque dos piratas à cidade, e ainda como os convencer de a levarem para a ilha de Comodo. "Que ideia estúpida, irão me matar assim que me verem", pensou temerosa. Parou na metade da escada se questionando se deveria mesmo fazer aquilo.

          Nesse momento uma enorme sombra tapou o sol acima dela. Regina ergueu a cabeça, avistando ninguém mais ninguém menos do que o Dragão Vilgax. O Dragão estava a uma certa distância do navio, mas com distância suficiente para atacá-lo. Caiu a ficha naquele instante que Vilgax havia virado um aliado do Reino. Não poderia ter descoberto isso em hora pior, pois agora que estava na escada do navio seria atacada junto aos piratas. Não teria como informá-lo para se conter e evitar o ataque. O Dragão cuspiu enormes labaredas de fogo em direção ao navio.

          Quando o fogo estava há poucos centímetros de colidir com o navio, ele desapareceu repentinamente. O navio surgiu em meio a um outro canto do oceano. Nenhum sinal do caís, nem mesmo do Reino de Fantasia. Era como se o navio houvesse sido teletransportado segundos antes de ser incendiado.

          Regina teve a confirmação disso quando subiu mais alguns degraus e observou de soslaio alguns tripulantes piratas falarem que aquilo tudo era loucura. Descobriu através da conversa que escutou que eles estavam em uma parte do oceano bem distante de Fantasia quando o navio surgiu magicamente diante do caís. E magicamente, novamente, voltaram para o local onde estavam na primeira vez, segundo a bússola que um deles carregava.

          Mesmo sendo tudo muito estranho para eles, decidiram ignorar o evento misterioso que acabaram de vivenciar e adentraram uma das cabines do navio para beberem rum. Não eram dotados de muita inteligência, então não ficaram buscando provas cientificas do ocorrido. Mesmo se tentassem, jamais descobririam. Apenas Regina sabia que aquilo era uma tramoia do Autor.

          Esperou que todos os piratas saíssem do convés para embarcar de vez no navio. Passando pelas cordas do mastro Regina procurava com o olhar um local para se esconder. Foi então que se deparou com alguns barris de madeira em sua frente. Antes que pensasse em se esconder dentro de um deles um pequeno rato preto de bigode surgiu em cima de um dos barris.

          Regina quase deu um grito de susto. Mas foi rápida em tampar a própria boca para conter a surpresa, afinal não poderia chamar atenção. O rato estava em pé em cima da tampa do barril sobre suas duas patas traseiras, encarando a garota.

— Capitão, temos uma clandestina — Informou o roedor. Pera, o rato realmente havia falado?!

          O susto de Regina foi imenso. Mas, ao refletir sobre a fala do rato, chegou à conclusão que um medo maior estava por vir. Lentamente se virou para trás, notando que o rato de fato estava falando com alguém. O único homem atrás dela a olhava com os olhos azuis semicerrados, analisando-a. Com a aparência de um gentleman possuindo cavanhaque, uma barba e bigodes bem curtos e rasos, trajando um casaco preto longo que ia até a altura de seus tornozelos; com vários botões e a gola levantada. O homem de cabelo preto e curto deu uma risada de canto. Com sua aparência juvenil, que constatava ser o líder pirata mais jovem da história de Fantasia com seus vinte e seis anos de idade, Edward Lemoy encarou a intrusa. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro