Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

12. O Abominável Homem das Neves

          Enfrentando a forte nevasca na cordilheira da Ásia o grupo de Regina dava passos fundos na neve com suas botas, conforme caminhavam. Estavam juntos há quatro dias, e nem sequer estavam próximos de alcançar o destino final deles. Para todo lugar que olhavam naquelas montanhas do Reino do Himalaia só viam branco e mais branco. As peles pálidas de Larry e — principalmente — de Moria nesse momento faziam jus a frase "tão branco quanto a neve".

          Aliás o vampiro era aquele que até então agia de forma mais esdrúxula no grupo. Era recluso dos demais, sempre que havia qualquer sinal do sol se escondia sobre sua túnica tampando todo seu rosto e só se alimentava do sangue das sobras de animais que já estavam mortos. Naquele momento era o que estava mais em frente em comparação ao seu grupo, olhando com seus atuais olhos vermelhos o horizonte. A neve era tanta naquele local que os raios solares não chegavam até eles, de forma que encorajado por Regina o vampiro caminhava sem sua túnica. Vestia apenas uma manta fina, afinal a baixa temperatura não o afligia por possuir sangue frio.

          Um pouco mais atrás dele estava Edward Lemoy, trajando seu costumeiro casaco de couro preto. Ele andava ao lado da bruxa, querendo a todo momento implicar com ela. Bridge, por sua vez, só não lhe rogou uma maldição por julgar que toda ajuda seria necessária contra a Feiticeira. Do contrário teria transformando-o em uma pulga d'água há muito tempo.

          A bruxa estava bem estilosa, utilizando um casaco de pelo branco. Em sua mão carregava sua vassoura mágica, enquanto dentro de sua vestimenta tinha em posse sua varinha. Os poderes das bruxas de Fantasia necessitavam serem "recarregados", de forma que longas viagens em sua vassoura eram praticamente impossíveis, servindo apenas para curtas distâncias.

          Ossudo, vez ou outra, parava em meio a neve botando sua língua para fora do seu rosto esquelético e provando o sabor dos flocos de neve. Regina ficava embasbacada com o fato daquele que era para ser a criatura mais assombrosa entre eles, era com certeza o mais extrovertido.

          Atrás de todos os demais estavam Regina e Larry. A loira dividia um cobertor de malha com o garoto, que estava envolto dos braços de cada um deles para se aquecerem conforme caminhavam. Ela notara o quanto o roedor estava trêmulo, sugeriu inclusive que ele se transformasse em rato para ficar mais aquecido no bolso do agasalho de Regina, mas ele se mostrou relutante. Talvez por estar tímido demais.

          Próxima do vampiro, Glória voava em baixa altitude. Seu vestido amarelo de manga curta se fazia presente em seu pequeno corpo. As fadas foram agraciadas com a magia da natureza. Então, além de utiliza-las para efetuarem suas magias, elas também conseguiam adaptar seus corpos a baixas temperaturas. Logo, a fada não sentia frio algum com tal vestimenta, mesmo a temperatura estando abaixo de – 20°C. Ainda assim, isso não a impedia de estar irritada, uma vez que os flocos de neve que caiam sobre suas asas de libélula atrapalhavam seu voo, tendo que ocasionalmente sacudir suas asas.

— Hey, Larry — Regina falou em tom baixo. O menino ergueu a cabeça, prestando atenção na garota ao seu lado. — Quem era aquele tal de Tolkien que a Glória citou aquele dia na casa da Bridge? Não lembro de ter lido sobre ele no livro.

          Larry voltou a olhar para frente, enquanto caminhavam quase em sincronia pela neve.

— Lemoy me contou sobre. Tolkien era mais do que um simples amigo para Glória, eram quase irmãos de criação. Viviam juntos o tempo todo, passeando pela floresta, tomando chá juntos. Foi ele quem a incentivou a voarem pelo mundo. Glória voando com suas asas, e o Tolkien, que era um elfo, em um dirigível. Foi nessa aventura que conheceram o Lemoy. Mas, algo ocorreu ao Tolkien há algum tempo...

— Não me diga que ele morreu?! — Regina levou a mão a própria boca, apreensiva. Larry deu de ombros.

— Quem sabe. Pouco tempo depois de notarem que dar a volta ao mundo seria impossível, Tolkien sumiu inesperadamente do dia para a noite. Glória o buscou por meses, mas nunca encontrou ninguém que soubesse sobre o seu paradeiro. Boatos maldosos percorreram os reinos falando que Tolkien a achava tão insuportável, que decidiu sumir sem dar satisfação. Ao ponto que hoje em dia ela já perdeu a esperança de encontrá-lo.

          Olhou em sua direção e mais uma vez pôde vê-la chacoalhar as asas para remover a neve. Será que esse era o real motivo que levou Glória a ser tão mal-humorada? Regina refletia, se dando conta que os personagens de livros poderiam ter camadas mais profundas e tensas do que a aparente superficialidade da descrição limitada de páginas de um livro poderia lhe contar. Estando eles interagindo ali com ela fazia com que não fossem mais meros personagens, mas sim seres com sentimentos iguais a si.

          Levou cerca de mais meia hora para que a nevasca cessasse. Ainda assim Regina sentiu seus membros enrijecerem em meio a baixa temperatura. Mesmo tendo constatado que estavam perdidos, naquela situação precisariam buscar por um abrigo o mais breve possível. Contudo, uma preocupação ainda maior pairava pela cabeça de Bridge — Ou melhor, pelo estômago dela. Um ronco bem grande foi escutado por todos, vindo da barriga da bruxa. Já fazia mais de vinte e quatro horas que nenhum deles se alimentava!

          Como se coincidências fossem de fato surpresas nesse livro, uma criatura de dois metros e meio surgiu diante dos sete. Tão branco que se camuflou na neve e só notaram sua presença quando estava a poucos metros de distância do grupo. Em pé sobre suas duas patas traseiras o Urso-Polar deu um imenso rugido para os forasteiros. Tamanho foi seu bramar que parte do gelo no qual Regina estava em pé começou a trincar.

          Bridge sorriu. Vendo nessa uma oportunidade de conseguirem alimento com o animal em sua frente. Pegou de suas vestimentas sua varinha e a apontou em direção ao urso, conjurando sua magia:

— Azarath Metrion Zinthos¹.

          Um raio vertical laranja foi de sua varinha em direção ao animal feroz. Bridge mantinha um olhar de imponência conforme sua magia negra se aproximava do seu alvo. Antes, porém, que o raio acertasse o mamífero, o urso girou suas patas dianteiras em direção ao ar, como se estivesse pronto para lutar Kung Fu. De suas patas pequenas partículas de granizo colidiram com o raio de Bridge, congelando-o. Aquele raio laranja agora nada mais era do que uma imensa lança de gelo que pelo peso caiu no chão de neve próximo aos seus pés. O urso transformou a magia de Bridge em gelo!

          A detentora da magia das trevas engoliu em seco ao ver sua magia mais poderosa ser facilmente dibrada. O urso deu mais alguns passos pesados em direção ao grupo. Larry rapidamente tratou de se esconder atrás de Edward, temendo o animal feroz. Moria, que estava mais próximo do urso, ficou levemente feliz ao perceber que nenhum animal foi ferido na elaboração desse capítulo.

          A cerca de doze metros do grupo o urso parou. Regina olhou diretamente em seus olhos, acreditando que iria virar papinha de urso. O domador de gelo, entretanto, se curvou no chão gélido ficando de quatro e cabisbaixo.

— P-Por favor... Eu imploro... Me ajudem. Eu preciso resgatar minha família! — O urso implorou com lágrimas em seus olhos para as únicas pessoas possíveis de o ajudarem.

-----------------

          Os sete foram levados até o iglu onde o Urso-Polar habitava. O local onde até então vivia com sua família abrigava de forma bem apertada aqueles oito seres, que estavam sentados com perna de índio no chão da residência. Lhes fora oferecido peixes fritos para se alimentarem. Bridge mastigava o peixe, mas sua vontade mesmo era de provar o sabor daquele urso. Mexeu em seu casaco de forma ameaçadora conforme comia, dando ênfase ao fato de seu sobretudo ser feito de pele de urso.

          O Urso-Polar explicou aos demais que sua família foi sequestrada pelo Abominável Homem das Neves. O terrível monstro afugentou todos os residentes do Himalaia, restando apenas o urso nas proximidades daquela cadeia de montanhas. O seu poder de congelar os objetos não surtia efeito em relação ao Iéti. O grupo de Regina foi a única esperança que restou ao urso de resgatar sua família da prisão congelante onde o Iéti habitava.

— Nossa, estou super animada em lhe ajudar — Bridge disse em um tom de voz que não restava dúvidas da ironia contida em sua fala, revirando os olhos em seguida.

— Animada? Isso não condiz com sua personalidade narcisista — A fada falou enquanto voava acima da cabeça da bruxa. As fadas eram seres bem inocentes, e quase nunca notavam algo óbvio que estava em sua frente, como o deboche.

— Ah verdade, devo ter me perdido no personagem — Bridge falou com mais ironia ainda, deixando a fada ainda mais confusa.

— Iremos te ajudar! Mas assim que os resgatarmos você nos guiará para o Pântano da Calamidade. Estamos perdidos há horas e precisamos ir para aquela direção. Essa é a nossa condição — Regina informou ao urso, que assentiu com a cabeça.

          Lemoy ficou levemente surpreso. Regina era sempre tão prestativa. Mas agora estava aprendendo que não poderia apenas fazer bondade por bondade. Estava aprendendo as malícias do mundo. O que fez com que o pirata sorrisse enquanto o Urso-Polar contava a todos o seu plano. Regina, vez ou outra, o interrompeu, sugerindo pequenas modificações no plano, que foram muito bem aceitas pelo grupo.

-----------------

          Algum tempo depois, em um lugar um pouco mais afastado dali, ainda sobre a neve, havia enormes muros feitos de blocos de gelo. A única forma de adentrar a fortaleza de gelo seria pelo grande e retangular portão de ferro daquele local isolado. Adentrando o portão em forma de cela havia um labirinto com paredes de gelo, um caminho complexo que para qualquer forasteiro poderia levar horas até chegar ao seu destino. Ao final do labirinto a família do Urso-Polar se encontravam por de trás das grades de uma outra cela feita de gelo.

          Mas eles não estavam sozinhos. Em frente a cela, um ser que se aparentava com um hibrido de macaco com humano os fitava com seus olhos negros. Sua pele negra era encoberta por uma pelagem muito áspera e branca. O Iéti passava suas gigantescas e pesadas mãos sobre sua juba, como se estivesse olhando-se no espelho e prestes a sair para uma balada na neve — Sendo que nenhuma das duas hipóteses era de fato verídica, nem a existência do espelho nem o fato de haver uma balada.

          Enquanto isso, do lado externo da muralha de gelo, Bridge sobrevoava as redondezas em cima de sua vassoura com o pouco de magia que ainda a restava. Sua magia estava enfraquecida, então tudo o que pôde fazer foi arremessar aquele corpo esquelético que estava junto a ela em meio a neve próximo da entrada da prisão. Ossudo estava desnudo, sem nenhuma vestimenta cobrindo seu corpo feito de ossos. Permaneceu estirado no chão, como se estivesse "morto" — O que talvez fosse o caso —, enquanto a bruxa aterrissou com sua vassoura escondida na parede ao lado da fortaleza.

          A atenção do Iéti mudou de foco quando um rugido retumbante foi escutado vindo do lado de fora da fortaleza. Mais uma vez seu rival surgiu para travar uma batalha consigo, e mais uma vez seria facilmente derrotado; conforme pensou. O Abominável saiu de frente da cela, passando pelo labirinto que conhecia como as palmas das "patas". Assim que chegou em frente ao portão interno da prisão ele pressionou uma alavanca para baixo ao seu lado. As grades subiram, dando a oportunidade de sair da prisão. Assim que pôs as patas para fora a porta tornou a descer, impossibilitando a entrada de forasteiros.

          Assim como o Abominável, o Urso-Polar alguns metros a sua frente possuía exatamente a mesma altura que ele. Entretanto apenas o mamífero estava sobre suas quatro patas fixadas na neve. O seu adversário fechou o punho dentro de sua própria mão, prestes a enfrentar mais uma vez o animal.

           Nesse instante, todavia, uma bola de neve acertou seu rosto. E logo em seguida mais uma. Não havia sido o urso. A bola de neve veio do seu lado. O vampiro que fora incumbido, na opinião dele, da missão mais inútil do plano passou a correr por sua vida para o lado oposto do urso após chamar a atenção do Iéti. O Urso-Polar fez o mesmo, correndo para um outro lado sobre suas quatro patas. O Abominável, apesar de furioso, não se deixou distraísse com aquele homem de pele branca. O alvo dele seria o urso! Enquanto corria, se deparou com aquele monte de ossos deitado no chão imóvel. Acreditando que se tratava dos restos mortais de algum humano de pouca sorte, fez pouco caso e permaneceu sua perseguição.

          Assim que se certificou que o Abominável estava longe o suficiente, Ossudo fez um sinal com sua mandíbula. De dentro dos seus olhos negros, sem órbita, saíram um pequeno rato e uma fada. Não perderam tempo, Larry correu para dentro da fortaleza pelas frestas do portão, enquanto Glória adentrou pelas mesmas frestas sobrevoando.

          O rato tinha como objetivo encontrar e libertar a família do Urso-Polar. Uma vez dentro da prisão, ele passou tão rápido quanto o Sonic² pelo labirinto. O que surpreendeu Glória foi o fato do metamorfo encontrar sozinho o caminho correto do labirinto sem dar de cara com qualquer parede obstruindo seu caminho. Ele teria um faro tão apurado assim?

          A fada permaneceu na entrada, vigiando para que pudesse alertá-lo caso o sequestrador de "ursos" voltasse. Não tardou para que Larry retornasse seguro com a família do Urso-Polar. Glória ficou chocada ao descobrir que aqueles que o Urso-Polar chamava de família não eram ursos de fato, mas sim quatro pinguins pretos que andavam de forma desengonçada.

          Uma vez de volta Larry tomou a forma de menino. Usando suas mãos humanas puxou a alavanca para baixo, liberando todos da prisão. Bridge, Moria e Ossudo os aguardavam do lado externo. Mas não eram os únicos. Pelo tremor do gelo em que pisavam, e pelo seu grande vulto no horizonte, o pesadelo deles estava se tornando realidade. O Abominável estava retornando, segurando o Urso-Polar sobre suas patas. Ele enfim havia capturado seu maior inimigo, e ao olhar para sua residência que foi tomada por criaturas excêntricas seus olhos se semicerraram em sinal de querer esmagá-los assim que chegasse até eles.

          Os poderes do Urso-Polar de congelar as coisas não surtia efeito na densa pelagem do Abominável. Bridge não estava em uma situação em que pudesse utilizar seus poderes, e nenhum dos demais teria qualquer chances contra aquela criatura. Mas, para a infelicidade dele, o plano de Regina Monroe ainda tinha uma última etapa.

          Enquanto a criatura mais temida do Tibete dava passos pesados em direção a sua residência; nem muito apressados nem muito lentos, um barulho de algo deslizando pela neve vindo atrás dele chamou sua atenção. Ele inclinou sua cabeça para trás, com o urso enfraquecido ainda em sua posse, sendo tempo suficiente para avistar dois tobogãs vindos rapidamente em sua direção, um ao lado do outro.

          No primeiro tobogã estava um homem com semblante de travesso, ainda que fosse perceptível a seriedade que dava a situação. Enquanto com uma mão Lemoy se segurava na barra de ferro do seu tobogã, com a outra ele segurava a ponta de uma longa corda. A outra ponta da corda estava nas mãos da menina de cabelo cacheado, enquanto essa estava respectivamente em seu veículo sem rodas; possuindo apenas estreitas tiras de metal que auxiliavam na locomoção.

          Levando-se em conta que desciam por uma parte incline da nave, a velocidade pela qual passaram pelo Abominável foi tão grande que ele não teve tempo nem de refletir se tentava os atacar ou escapar. Nenhuma que fosse sua escolha, todavia, teria tido êxito pois com cada um deles estando em um tobogã distanciado do outro, assim que passaram pelo Iéti a corda que se mantinha levantada e segurada por eles agarrou nas pernas do monstro de neve, derrubando-o sobre a mesma. O Urso-Polar sorriu, enquanto se soltava das garras de seu rival rolando pelo chão.

          Regina e Lemoy giraram seus trenós em círculos conforme o Abominável tentava de levantar. Deram tantos giros, segurando as pontas da corda, que Regina quase ficou enjoada. Até que ele finalmente estivesse completamente amarrado, sem que pudesse escapar.

— Agora acabou de vez, seu paspalhão! — O Urso-Polar se aproximou do Abominável que estava sentado na neve, sem ter qualquer movimento dos braços ou pernas por estar preso, apenas lhe direcionando um olhar de raiva. — Já não bastasse ter afugentado todas as criaturas da redondeza, ainda quis tirar minha família de mim? Iremos prendê-lo na prisão de gelo, e ficará preso lá para sempre.

— Polar! Polar! — Disseram em coro os pinguins, se aproximando de seu "irmão" mais velho, e abraçando as suas pernas.

— A família dele é composta de pinguins? — Regina estava boquiaberta com a descoberta, sussurrando para que apenas o esqueleto ao seu lado escutasse.

— Nem pergunte. — Ossudo deu de ombros.

          Quando o urso estava prestes a encaminhar o Abominável para dentro da prisão, um dos pinguins entrou em seu caminho fazendo um "x" com suas nadadeiras.

— Abominável não mal. Abominável querer família. Abominável se sentir sozinho. — Disse para seu irmão. Os demais pinguins assentiram com a cabeça.

          O Urso-Polar olhou para o Iéti. Assim que viu o olhar de compaixão direcionado para si o prisioneiro desviou o olhar, permanecendo com sua cara ranzinza. O urso sorriu. "Então no fundo dessa camada de mal ele só se sentia solitário, pois todos o temiam e por isso o abandonaram", pensou. O urso congelou as cordas com seu hálito, e apenas com um pequeno impacto de suas garras o gelo foi quebrado, libertando-o. Larry, temendo pela vingança do monstro, se escondeu atrás de Lemoy mais uma vez. O capitão pirata mantinha os braços cruzados, olhando para ambos.

— Quer ser parte da nossa família, Iéti? — O urso estendeu sua pata para ele. Com seus olhos negros o homem macaco observou a sinceridade do ato do urso. Os pinguins olhavam para ele, quase saltitando esperando que este aceitasse a proposta.

          Se levantou do chão, permanecendo com sua feição carrancuda. A pata do urso ainda estava estendida para ele. O Iéti não apertou sua mão, ao invés disso lhe deu um forte abraço. Os pinguins enfim saltaram de alegria, abraçando as pernas das duas criaturas gigantescas.

— H-Hey, tudo bem amigão, m-mas você está me esmagando! — O urso tentou falar, mas seu pedido de socorro não foi ouvido. O Iéti certamente não conhecia a limitação de sua força.

          Moria, mais afastado dos demais, sorriu com o gesto de perdão do urso e seus familiares em relação ao ato do monstro das neves.

— Tudo isso para nada? Deveria ter feito sopa de urso quanto tive a oportunidade. — Bridge lamentou, falando para si mesma enquanto mantinha dois dedos apoiados em sua testa cabisbaixa.

          Regina estava contente com a forma como tudo se encerrou. Ela desviou o olhar da nova família do Iéti para a fada. Glória estava ao seu lado, olhando para o abraço daquelas criaturas com um olhar vago e melancólico. Aparentemente "família" era algo que trazia de volta o sentimento de perda da fada, ao se recordar do sumiço do seu melhor amigo. Isso fez com que Regina ficasse pensativa.

*************************

¹ Azarath Metrion Zinthos: Mantra utilizado pela personagem Ravena em Jovens Titãs para meditar e utilizar seus poderes.

² Sonic: Franquia de jogos mundialmente famosa produzida pela Sega. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro