a vara criminal
OLÁ PIPOCAS! COMO ESTÃO? AQUI ESTÁ MAIS UMA FANFIC TERRÍVEL QUE NÃO DEVERIA SER LIDA POR NINGUÉM MAS QUE EU ESTOU TRAZENDO A VOCÊS DE QUALQUER JEITO! APROVEITEM!
O café da manhã estava servido. Apesar dos ponteiros indicarem três da tarde, a família ainda mantinha o costume de dejejuar unidos, {santa mãe do Português, salve essa criança.} como vinha fazendo nos últimos seis meses. Paulo Ricardo, contudo, ainda não assimilara muito bem a ideia de viver na cobertura de Alexandre Frota, no Guarujá. {Puta que pariu. Essa vai ser boa hein galera.} Tampouco se acostumara aos gritos da mãe ecoando pelos corredores junto aos granidos do homem que nela trepava. {Granidos. Granidos. Sério, que que eu to fazendo aqui?}
“Paulo Ricardo, é, cê pode me passar o suco de laranja, por favor?”, dizia Frota quando foi interrompido pelo interfone. “Porra, que merda, hein? A essas hora, meu, que merda. Deixa que eu atendo, come aí, meu amorzinho, minha gostosa”. {WTF.} Levantou-se, passou a mão por trás dos cabelos da esposa e levou sua testa à boca, num beijo estalado. {OK...} Pôs uma toca na cabeça, calçou o crocs e caminhou até o interfone. {Se eu vejo alguém assim na minha casa, já acho que é ladrão.}“Alô? É o Alexandre, sim. Uma carta? Pô, é… {Já é o segundo ou o terceiro "é" que ele usa do nada, num to entendendo isso.}tem como pedir pro Pedrão trazer aqui pra cima pra mim? Tô de pijama ainda. Tá bom, é, brigadão mesmo aí”.
O homem nem se dá ao trabalho de sentar-se, poucos instantes depois, a campainha toca. {Qual a necessidade dessa cena?}Ele mesmo atende e volta à mesa com um envelope em mãos.{A carta pra Hogwarts dele chegou.} Com a mesma faca que usara para passar margarina nas torradas, {Mais uma daquelas informações importantíssimas.}rasga o papel e abre a carta. Desanda a rir sozinho ao ler “2ª vara criminal”. {Vish. Vai dar merda isso aí.}Aos poucos, o sorriso vai fugindo-lhe da face {Também to querendo fugir.}e um ar preocupado acomete o rosto de Alexandre Frota. Ele fita o chão e em seguida corre os olhos para o enteado.{HAHAHA PARECE QUE ALGUÉM SE FUDEU.}
— Paulo, o papel aqui tá falando que cê vai ter que ir lá no tribunal porque alguém te acusou de atentado ao pudor {Xiiiiii} e perturbação da ordem pública, que merda é essa? {Estou sentindo uma treta.}
— Quê? Meu deus, eu quero uma explicação, Paulo Ricardo, que história é essa? — interveio a mãe. {Estou sentindo uma grande treta.}
O moleque gelou em sua cadeira, {Ferrou pra tu, jovem.} buscava em sua mente explicações que convencessem a si próprio de que o que ouvia era real. Tinha plena convicção de que nada havia feito {ATA.} e tomou a atitude que qualquer um na sua idade, mesmo sob o incorruptível vigiar da lei, faria: negou tudo. {Muito inteligente você.}
Alexandre Frota ligava para o seu advogado, enquanto a mãe andava de um lado pro outro pela cozinha, devorando um pacote de bolachas. {Como assim? Que mãe falsa é essa? Se fosse a minha eu não estaria sentindo a minha pele de tanta porrada.}De boca cheia, tentava, na conversa, extrair algo do filho. Em vão. Paulo Ricardo, que manteve-se sentado durante todo o tempo, não lembrava-se de nada que pudesse incriminá-lo. {Bem, alguém deve ter alguma coisa. Você lembra pra quem mandou seus nudes?}Decidiram, entre eles, comparecer juntos ao tribunal na data marcada. {Até porque, ai de vocês não irem.} Não devia passar de uma mal entendido, afinal de contas. {Ah, claro, com certeza.}
No tribunal, Frota, vestido com uma regata, cobria a cabeça com sua toca branca ao lado da mulher. {TOUCA. A PALAVRA É TOUCA. "TOCA" É A DO BILBO, MEU AMOR. E FRANCAMENTE, QUEM VAI PRO TRIBUNAL ASSIM?}Paulo Ricardo, que recém havia completado dezoito anos, sentava no banco do réu, tentando transmitir confiança e tranquilidade, {Eu acho que chorar seria uma estratégia mais inteligente.} fixando o olhar nas bandeiras e no relógio que se erguia na parede sobre o juiz. {Espero que a Análise Keating apareça.}
Há alguns dias, Paulo Ricardo havia sido flagrado se masturbando {Tinha que ser.} com a janela e cortinas abertas. {Mas tu é burro, hein moleque?} Uma vizinha do prédio da frente, dona Hilda, o avistou no ato e, ao ver o moleque chacoalhando o próprio pau, tomou a decisão de acionar as autoridades. {Gente, deixa o garoto bater umazinha. Nada de mais não.}Foram chamados para depor também os vizinhos do andar inferior ao de Alexandre Frota, o seu Agenor e a dona Matilde, {Pra que tantos nomes? Num tô entendendo.}que anteriormente já haviam se queixado à polícia sobre as extravagâncias sexuais e sonoras que ecoavam do teto e os perturbavam o sono. {Eita, que apartamento animadinho esse.}Ou seja, gente velha que se aborrece com o sexo e a punheta alheia. {Mas que ideia boba. Tenho certeza que velho transa também.}
Deu-se início a sessão. O principal argumento da defesa era o direito à privacidade, {Mano, tudo isso por causa de uma punheta?}que teria sido violado pela acusação. Contudo, a acusação rebatia que a privacidade da dona Hilda é que fora violada, {Aff.}tal qual a ordem pública pelo barulho ofensivo que provinha do apartamento. {Mano, tá insatisfeito se muda, que porra.}O martelo teve de ser batidos vezes e mais vezes para conter os ânimos. Alexandre Frota foi expulso da corte, segundo consta a súmula da sessão, por comportar-se histericamente, {Mds, eu to imaginando isso...}dirigindo a seguinte ameaça “vou mostrar como se faz: pega, fode, tira a roupa e esculacha” a uma das funcionárias da plenária.
Seu Agenor sentou-se ao lado do juiz para ser interrogado pelo advogado de acusação. Caminhando de um lado para o outro, maquinando situações favoráveis para a causa, o advogado conduzia com maestria a fala da testemunha. {Ué. Por acaso ele é um ventríloquo?}Foi quando teve um estalo, um insight divino. (Que.}Viu-se iluminado por anjos e protegido pela cumplicidade dos demônios. {Eita, morreu.} Perguntou ao seu Agenor se ouvira tal algazarra sexual no dia em que dona Hilda flagrara da sacada do seu apartamento o jovem chacoalhando o pau de janelas abertas. {"Chacoalhando o pau" KSGDLRHEKHDKDHDJEBDKFBSOSHDHDJSKDB MORTA ESTOU. EU IMAGINEI O LEK BALANÇANDO A BENGA, TÁ LIGADO? QUE NEM A GENTE BALANÇAVA A BARBIE QUANDO QUERIA QUE ELA DANÇASSE KSHDNDHEKEJ}
O velho Agenor, sem perceber a impetuosidade do advogado, consentiu. Afirmou com segurança que o ruído persistia, dia após dia, inclusive na data do suposto atentado violento ao pudor. {Vish Maria. O cu dessa mulher deve ser florido.}
— Vossa excelência, —{Me senti num episódio de How To Get Away With Murder agora. Só que não.} o advogado de acusação pedia a fala para si. — tenho muito claro para mim que o ocorrido na noite de 8 de dezembro no apartamento do Sr. Alexandre Frota não se reduz somente a um simples caso de atentado violento ao pudor, {esse "somente" foi ótimo.} tampouco somente a um caso de perturbação da ordem pública. Meritíssimo, o que quero dizer é que este homem- apontava a Paulo Ricardo- estava se masturbando assistindo ao vídeo da própria mãe tendo relações sexuais com padastro!{OK, isso é perturbador.}
O que se seguiu no tribunal é desnecessário relatar. {Olha meu kirido. Até agora, você relatou muito poucas coisas necessárias. Uma a mais ou uma a menos num vai fazer diferença.}O martelo do juiz ribombava na madeira, {"ribombava". Nada a declarar.}gritos de ordem se perdiam em meio a uma confusão generalizada pela acusação feita pelo advogado.{Cara, que capítulo grande do caralho.} Envergonhada, ofendida e humilhada a mãe de Paulo Ricardo encolhia-se na cadeira sem dizer uma palavra. {Ata.}O filho, por sua vez, perplexo pela investida do advogado, não esboçava reação. {Como alguém pode estar perplexo sem ter reação? É o que me pergunto.}Entretanto, seu ar confiante e despreocupado, ficara para trás. Seus joelhos tremiam e as axilas vertiam suor. {"Vertiam suor". Ai meu senhor...}
— Meritíssimo, — o advogado de acusação voltava a falar, assim que a ordem se reestabeleceu —{Do nada veio uma porrada de "e" aqui, nossa senhora.} o que tento dizer é que este jovem estava assistindo a um vídeo pornô protagonizado pela própria mãe, {Agora, eu te pergunto. O que exatamente algum deles tem a ver com isso?}o que configura o crime de incesto cibernético, previsto na lei do Marco Civil da Internet, em vigor desde o dia 25 de fevereiro de 2013. {*bocejo*}Estamos cientes de que a mãe deste sujeito é uma profissional do sexo que grava vídeos para a internet, {Só isso, nada demais.}mas por Deus, senhor, isso além de tudo, isso não a faz menos mãe deste homem. Isso, muito mais que infringir leis da nossa constituição, é nojento, asqueroso, imoral, doentio e absolutamente nocivo aos nossos valores! {Entendemos. Acabou?}Se deixarmos este homem deixar o tribunal impune, que exemplo daremos à nossas crianças? {Mas ele num é uma criança? O que vai fazer?} Pense nos seus filhos, meritíssimo. Por hora, isso é tudo, passo a palavra ao acusado. — finalizou.
— Meritíssimo, — o advogado de defesa tomava a palavra — meu cliente sente-se ofendido com tamanha injúria por parte deste homem. Isso, vossa excelência, não passa de boataria, acusação infundada e, me perdoe a palavra, mas uma mentira inescrupulosa deste senhor! {É CALÚÚÚNIA!} Como pode provar que meu cliente…
Foi então que, abandonando sua estratégia de manter-se em silêncio durante o julgamento, Paulo Ricardo se levantou e disse aos berros: {Vish, a bixa tá loka agora.}“Eu não posso nem sair do meu quarto porque esses dois ficam fodendo noite e dia, você acha mesmo que eu ia bater punheta pela minha própria mãe?”, o jovem socava a mesa. “É claro que eu não estava batendo punheta pela minha mãe, eu não sou nenhum doente mental, caralho!”{Não pode-se dizer o mesmo do autor desta buceta.} e atirou-se na cadeira, perturbado.
Por um instante, se fez silêncio. Porém, durou somente até o advogado de defesa, triunfante, pôr-se de pé e dirigir-se ao acusado: “Então o senhor admite que estava se masturbando na noite do dia 8 de dezembro?”. {Vish, fudeu amigo.}Paulo Ricardo se viu sem reação, pusera tudo a perder. {Mas pera, que? Ele não confessou. Disse que não tava batendo punhata pra mãe. Isso não o incrimina nem o inocenta.}“Parece-me, vossa excelência, que o acusado de fato se masturbava de janelas abertas na noite de 8 de dezembro, cena obscena e suja que minha cliente, pobrezinha, de mais de 80 anos, teve de presenciar”, {Mais uma coisa. Que vizinha fuxiqueira essa hein. Fica fuçando a janela dos outros. Cretina.} prosseguiu. “Contudo, isso não é tudo, meritíssimo. Creio que, se de fato não assistia ao vídeo pornô da mãe fornicando com o namorado, {"fornicando". Acho que o autor é que tem 80 anos.}o Sr. Alexandre Frota, o acusado deve ter meios de provar sua inocência. Será que ele pode contrariar as palavras do Sr. Agenor? Supondo que tenha nada a esconder, não deve ser problema para o Sr. Paulo Ricardo, mostrar à Vossa Excelência o seu histórico de navegação, não é mesmo, Sr. Paulo?{Agora fudeu bicho. Quero ver como tu vai fazer pra sair dessa.}
O rapaz se viu então em um beco sem saída. Falara demais, se expôs e agora o tinham em mãos. Sem levantar os olhos, Paulo Ricardo ajeitou-se na cadeira: “Não tenho meios de comprovar que não assistia ao vídeo de minha mãe porque, mesmo que meu computador seja pessoal e ninguém mais mexa nele, eu… eu abro… eu abro sempre uma janela anônima para assistir pornografia”.{Isso tá insuportável de chato.}
A mãe do jovem se pôs em prantos, os que assistiam à plenária, espantados, não ousaram nada dizer, o advogado de defesa, resignado,{Cara, acho que esse é o julgamento mais retardado que eu já vi.} fechou a pasta e afundou-se no assento. Foi então que o juiz tomou a palavra: condenava o jovem à cadeira de rodas {Pera, como é?} pelos crimes de atentado violento ao pudor e perturbação da ordem pública, um carrasco o romperia os ligamentos da coluna vertebral durante a tarde. {Por acaso isso é permitido?} Já pelo crime de incesto cibernético, que infringe a lei do Marco Civil da Internet, condenava Paulo Ricardo a passar os próximos vinte anos lavando as cuecas de Tico Santa Cruz, {MAS O QUE?}assistido por um oficial do Estado. {WTF, ACABOU?}
SÓ TENHO UMA COISA A DIZER.
QUE.
MERDA.
FOI.
ESSA?
E depois disso, eu me despeço. Desculpa demorar tanto pra postar, é que tô com muito projeto atualmente. Até mais povo amado.
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