Suspeitas
Duas semanas tinham se passado desde que Ran, Rindou e eu estivemos na cola da Kuroi Yasha.
Eu não tirava a atenção da minha família, mantinha total atenção nelas e sempre perguntava para S/N e para a Haru se elas tinham visto ou escutado alguma coisa estranha ou suspeita nos últimos dias.
E elas negaram, dizendo que não tinha nada de errado ou suspeito, mas algo estava me deixando com a pulga atrás da orelha.
Harumi, minha garotinha, a duas semanas e meia, estava tendo muitos pesadelos. Ela acordava todas as noites gritando e chorando dizendo que um homem mascarado estava a machucando e matando S/N e eu.
Eu perguntava para ela quem era esse homem e ela dizia que ele era muito feio e mal. Pedi para que S/N fizesse terapia com ela, para tentar descobrir o que isso significava, e S/N me informou que era um trauma.
A pergunta que não se cala é, da onde que é esse trauma?
— Amor, eu estava pensando sobre os pesadelos da Harumi. Acho que ela pode ter visto aquele homem pelas redondezas. — digo e olho para Harumi que está dormindo em sua caminha, agora ela está calma.
— Mas como ela poderia ter visto ele? Nós sempre a mantemos longe de coisas assim. — responde S/N.
— Talvez ela o tenha visto quando estávamos distraídos, ou mesmo de longe. Crianças notam coisas que nós adultos às vezes ignoramos. — falo e ainda continuo olhando para a Haru.
— Isso é preocupante. Precisamos ficar de olho nisso. Se ela está tendo pesadelos com esse homem, precisamos garantir que ela se sinta segura. — sugere S/N e eu assinto positivamente.
— Concordo. Vou conversar com ela e ver se consigo descobrir mais detalhes. Talvez possamos encontrar uma maneira de tranquilizá-la. — falo e em seguida faço um sinal para nós dois deixar o quarto.
Nos deitamos na cama, minha esposa se acomoda em meu peitoral e eu acaricio suas costas. Ela adormece rapidamente, enquanto eu continuo acordado, pensando nos pesadelos da Haru e de onde que ela pode ter visto aquele homem.
Eu já sou paranoico, e agora estou mais ainda.
No dia seguinte, Harumi tomou o café da manhã em silêncio. Não brincou e nem mesmo sorriu, coisas que ela geralmente faz todas as manhãs. Troco olhares com Sanzu e ele tenta conversar com ela, para tentar descobrir o que está acontecendo.
— Filha, tem alguma coisa de anormal e errado acontecendo? Pode falar para o papai. — ele fala com uma voz calma e ela nega com a cabeça. — Você está muito quietinha ultimamente hm? O que foi?
— É melhor não insistir. Temos que ter paciência com ela, por mais que queremos saber o que está acontecendo. — falo e acaricio suas costas.
— Tem alguma coisa acontecendo, vida. A Haru nunca teve pesadelos. E ela anda sonhando com o mesmo homem e que ele simula matar você e eu. — ele fala e olha para mim. — Isso não é o que uma criança de um ano e quatro meses deve sonhar.
— Eu tenho feito sessões com a Haru, e pedi para ela fazer alguns desenhos. E notei que em todos os desenhos que ela faz, ela sempre desenha um homem mascarado a observando de longe.
Sanzu franze a testa e em seguida diz:
— Tem alguém vigiando a Haru. Como que eu não pensei nisso antes? — ele fala e em seguida se levanta da mesa. — Você tem muitos pacientes hoje?
— Tenho mais no período da tarde, por que?
— Não leve a Haru na escola. Fique com ela em casa, pelo menos hoje. Eu vou averiguar a escola de longe para ter certeza se tem alguém a vigiando. — ele diz e em seguida pega a chave do seu carro.
— Para onde você vai? — pergunto.
— Coletar informações. — ele fala e em seguida deixa a casa.
Olho para Haru e vejo que ela fica o tempo todo inquieta. Ela olha desconfiada pelas janelas e chega até chorar algumas vezes.
Tem algo de muito errado acontecendo, chego até ficar arrepiada em imaginar que Harumi pode ter passado por alguma situação horrível e ela foi ameaçada caso contasse alguma coisa para Sanzu ou para mim.
Sei que ser esposa de um membro, número dois da Bonten é um risco, e eu assumi totalmente isso quando resolvi me relacionar, casar e ter uma filha com o Sanzu.
Mas vejo que ser casada com ele tem seus perigos, afinal ele possui muitos inimigos, ainda mais agora que a Bonten subiu de nível e está ainda mais poderosa do que antes, isso faz criar mais inimigos encima do Haruchiyo.
Ele está preocupado, e eu também estou, afinal é a vida da nossa filha e família que está em jogo nesse exato momento. Mas confio totalmente no Haru, sei que ele vai dar um jeito de resolver tudo isso, assim como ele deu com o Kisaki, quando o assassinou para garantir que ele nunca mais se reaproximasse de mim de novo.
Sei que ele é capaz de fazer qualquer coisa por mim e pela Harumi. E matar é apenas um das imensas opções disponíveis que ele tem para fazer isso.
Em um ponto perfeito, observo a escola da Harumi sob a mira do zoom do meu rifle de precisão. Olho em todos os cantos possíveis e observo cada movimento de cada pessoa, seja ela encapuzada ou não.
Porém, não vejo nenhuma atividade suspeita, nem mesmo vejo ninguém suspeito e estranho.
Suspeito. Minhas paranóias começam a dançar freneticamente na minha cabeça. Passo a mão no rosto e em seguida respiro fundo.
— Vamos lá Haru, você tem que saber de alguma coisa. — falo e volto a observar as redondezas sob a mira do meu rifle.
Começo a ficar injuriado. Afinal não encontro nada. Saio dali e vou para outro ponto, observando da mesma forma atenta, mais nada. Mudo diversas vezes de lugar e não encontro nada.
— Se tiver alguém observando a Haru, ele é o mestre em disfarces ou na arte manha de se esconder. — falo para mim mesmo.
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