Capítulo 39 - Volte atrás
♥️▫️LUDMILLA▫️♥️
Assim que cheguei em casa com as crianças Luna foi direto pro quarto, não quis nem saber das coisas que trouxemos, ela estava estranha, talvez esteja com sono, talvez tenha brincado demais e agora está cansada. Guardei as coisas dentro do microondas só iríamos comer quando Brunna chegasse e por sorte ela chegou uma hora antes do que me falou, Brunna vem trabalhando demais, qualquer projeto novo que o pai dela tem ela quer tomar a frente, só trabalha e trabalha, por isso chega tão cansada e acaba dormindo, o sexo que fizemos ontem foi um em 1 mês, ela está tão cansada que não quer nem fazer sexo, por isso ontem quis fazer a madrugada toda e isso rendeu o incômodo, é claro que por ela estar mancando é porque está com esse incômodo, essa assadura, ela não iria ficar assim com força bruta, não faço isso com ela.
- Oi meus amores - Brunna falou assim que entrou, me deu um selinho e um beijo na testa do Theo - Cadê a minha princesa?
- Tá no quarto, não sei o que ela tem, chegou e foi direto pra lá.
- Vou chamar ela, gosto de jantar com todos vocês aqui - Brunna foi pro quarto, enquanto ela convencia Luna a jantar eu e Theo arrumavamos a mesa, Brunna voltou do quarto sem Luna o que eu achei estranho.
- Cadê?
- Ela disse que tá sem fome.
- Ué, mas o Theo tá morrendo de fome aqui, faz horas que ela não come.
- Não sei amor, ela não deve estar afim de comer hoje só isso, mas você comprou só comida japonesa? você sabe que ela não gosta.
- Mas também comprei comida.
- Eu sei, mas também comprei outras coisas que ela gosta, mas ela não quer mesmo assim.
- Amanhã ela toma um café da manhã reforçado, faço uma salada de frutas completa pra ela.
- Agora vamos comer? - perguntou Theo- tô morrendo de fome.
- Pode sim, filhão - Nos sentamos e começamos a jantar enquanto ouvíamos Theo dizer como foi o seu dia.
- Que legal filho, mas e aí? já tem uma namoradinha?- Isso fez Brunna fechar a cara, ela odiava a ideia do Theo ter uma namorada mesmo quando tivesse 16 anos, ela tem um ciúmes dele fora do comum.
- Eu não, meninas são chatas, prefiro ficar assistindo futebol.
- É isso aí príncipe, continua com isso na cabeça, apenas futebol.
- Quero ver só quando ele tiver 15 anos - Ri - ele vai é correr atrás da garotas.
- Vira essa boca pra lá Michelle, queria ver se fosse a Luna com garotos no pé dela.
- A minha princesa? vira essa sua boca pra lá Brunna, nada disso, não quero saber de garotos aqui na minha casa querendo levar a minha filha pra sair não, vou comprar uma arma, assim ninguém vem aqui, que história é essa de garotos? você só pode estar ficando louca.
- Viu, chumbo trocado não dói.
Terminamos de jantar e Brunna quis lavar a louça, então fui assistir futebol com o meu filho, ele adora assistir futebol, aposto que puxou isso do avô Jorge, porque eu não sou muito fã de futebol, prefiro basquete, só assisto pra acompanhar ele, gosto de passar um tempo com os meus filhos, cada um deles ou os dois juntos. Depois de algumas horas coloquei Theo pra dormir porque Brunna já havia dormido.
- Por que a mamãe não me coloca pra dormir? - perguntou assim que o cobri com o edredom.
- Porque a mamãe tá cansada meu príncipe, mas amanhã ela te coloca pra dormir, combinado?
- Tá bom - beijei sua testa.
- Te amo.
- Também te amo, Mama - Fui até a minha filha e beijei sua testa também, sai do quarto e fui até o meu.
Brunna dormia tranquilamente no quarto, a horas ela havia adormecido e só vai acordar amanhã, sinto falta de conversar com ela, queria perguntar como foi seu dia, nós mal nos falamos hoje, sinto a falta dela, falta da Brunna de antes. Sai dos meus devaneios e fui tomar banho, antes de sair tive a esperança que Brunna estivesse acordada, mas assim que sai do banheiro ela estava até roncando. Fui direto pro closet e troquei de roupa, me vesti com uma cueca preta e um top da mesma cor, me deitei ao lado de Brunna e abracei sua cintura, fiquei bem perto da sua nuca sentindo o seu cheiro e foi assim que adormeci, sentindo o cheiro doce da minha esposa.
Acordei do nada e não senti o corpo de Brunna, pensei que ela estava afastada mas quando abri meus olhos percebi que ela não estava na cama, olhei pro relógio do despertador e eram 3 da manhã, estava tão cedo ainda pra Brunna se levantar, faltavam três horas ainda, ela costuma acordar mais cedo que todos porque costuma tomar seu banho demorado e passar a sua maquiagem demorada também, ela é tão linda não sei porque ainda passa isso.
Me levantei da cama fui até o banheiro e Bru não estava lá, sai do quarto e assim que cheguei na cozinha vi que Brunna já estava arrumada e estava preparando ovos com bacon pra ela, mas as 3 da manhã? o que deu nela? será que pensou que já eram 7?
- Ei, amor - Ela olhou por cima dos ombros e sorriu.
- Oi Lua, acordou cedo hoje.
- Não é cedo - Fui até ela e a abracei por trás - ainda é madrugada, são três da manhã - Beijei sua cabeça - o que deu em você?
- Acordei do nada hoje, eram duas da manhã, já tomei banho e me troquei, vou só fazer o café da manhã e depois irei passar maquiagem, resolvi fazer o café primeiro porque acordei com fome - Me sentei na mesa, Brunna terminou o que fazia e despejou seu café da manhã em um prato, ela chegou a me oferecer mas eu neguei, Brunna se sentou na mesa de frente pra mim - Que cara é essa? é só sono?
- Não, é preocupação também.
- Com o que? - começou a comer seus ovos mexidos.
- Com você.
- Eu? mas eu estou bem amor, qual é a preocupação comigo?
- Brunna, olha em volta você não percebeu? você está aqui as três da manhã fazendo seu café da manhã sendo que você só vai trabalhar daqui a quatro ou 5 horas, isso não tá estranho?
- Eu já disse, tenho muita coisa pra fazer no estúdio, sei que entro só as 8 da manhã, mas tenho coisas pra resolver, você quem idealizou o projeto, e sabe o quão difícil é, por isso o meu pai te deu dois meses pra cuidar disso. Você está desconfiando de mim é isso?
- O que? claro que não, o que te deu? - em todos esses anos em momento algum eu desconfiei da Brunna, sempre confiei nela de olhos fechados, ela é linda e incrível é claro que isso despertava ciúmes em mim, mas esse ciúmes nunca se transformou em insegurança, ela sempre me mostrou que só tinha a mim e eu sempre acreditei nela, ciúmes sim mas desconfiança não.
- Você tá parecendo desconfiar.
- Não é desconfiança Brunna, é falta de comparecimento, você não fica em casa, me fala a última vez que nos sentamos naquele sofá, eu você e os gêmeos? Faz meses que isso não acontece - fui sincera fazendo Brunna abrir a boca chocada, nunca disse isso pra ela antes.
- Eu acho que você está equivocada - falou naturalmente e eu não acreditei no que falava.
- Brunna, para pra pensar, presta atenção no que você falou, me lembre agora o dia em que você se sentou naquele sofá comigo e os gêmeos, ou outro dia em que fomos passear no shopping, ou o dia em que fomos fazer um piquenique no parque, me lembra dos dias em que você passou em família! - fui firme - eu não posso acreditar que você disse que eu estou equivocada, eu não aguento mais essa sua ausência!
- Lua por favor para de dizer isso, é claro que eu passo um tempo com você, você tá cheia de trabalho na empresa e com o estresse está descontando em mim.
- Eu não posso acreditar nisso - me levantei e fiquei andando de um lado pro outro, já estava nervosa não queria gritar com a Brunna, acabei brigando com ela, sempre me sinto mal quando isso acontece, mas agora ela está jogando algo que ela fez pra cima de mim.
- Pare de jogar pra cima de mim as coisas que você faz! eu não estou descontando nada em você, você quem está só pegando novos projetos e ficando cada vez mais fora de casa, até parece que você não gosta mais de mim.
- Ei! - Brunna se levantou vermelha de raiva - Diga qualquer coisa! - veio até mim - QUALQUER COISA, MENOS QUE EU NÃO GOSTO MAIS DE VOCÊ, VOLTE ATRÁS NO QUE DISSE AGORA! - estava nervosa e ela também estava, só de pensar na possibilidade da Brunna não me amar mais, já estou passando mal.
- Não vou tirar nada do que eu disse, e para de gritar que as crianças estão dormindo, estou conversando com você então muita calma nessa hora, porque se você sabe gritar eu também sei e pode acreditar que vai ser bem mais alto! Você está sempre cansada,chega tarde do trabalho, eu não estou desconfiando de nada como eu já disse, sei que você está ocupada com o novo projeto, mas todo projeto você quer pegar, tem tantos fotógrafos trabalhando na empresa mas você quer ficar com tudo, pra que isso Brunna? nossa renda é grande, da e sobra e você sabe mais do que eu que sobra bastante. Quando chega tarde em casa já vai dormir, não conversa comigo ou pergunta como foi o meu dia, você não me dá mais atenção, fizemos amor ontem, amor? será que foi amor porque aquilo ali parece ter sido uma foda, uma foda muito boa mas eu me senti suja logo depois, porque ali não tinha carinho como antes, eu tentei fazer amor mas você insistia em foder, igual dois cães no cio, você só queria tirar esse tesão de semanas que estava dentro de você, não liga pro amor que fazíamos, nós fazíamos amor Brunna, era amor mas fizemos com raiva, o que foi aquilo? - ela abaixou a cabeça - Brunna olha pra mim, você sabe muito bem que eu gosto de falar com a pessoa olhando nos meus olhos, agora me fala, você não me ama mais?
- Claro que não! para com isso! da onde você tirou isso amor?
- Você não tem certeza do que diz.
- O que? COMO ASSIM NÃO TENHO CERTEZA? EU SEMPRE TE AMEI LUA, SEMPRE TE AMEI, NÃO DIGA QUE EU NÃO TE AMO MAIS PORQUE AMOR DE VERDADE NUNCA ACABA! - ela iria continuar falando mas um certo rapaz apareceu.
- Mamães... - era Theo - por que estão gritando...- ele começou a chorar assustado, meu coração doeu, fui até ele e peguei meu homenzinho no colo, ele me abraçou e chorou mais.
- Calma meu anjo, vai ficar tudo bem meu lindo.
- Vocês tavo brigando...tavo gritando Mama.
- Claro que não, não estávamos brigando, não é Brunna? - Theo olhou pra mãe esperando uma resposta
- Isso mesmo meu príncipe - Brunna se aproximou, ainda estou com raiva dela e agora mais raiva ainda, ela foi gritar e acabou assustando Theo, eu não acredito que ela tá fazendo tudo errado, ela está estragando tudo - Vamos voltar a dormir? - ele negou com a cabeça.
- Tô sem soninho.
- Tudo bem - beijei sua bochecha - então vem cá - me sentei com ele no sofá - vai ficar tudo bem príncipe.
- Mas a mamãe gritou.
- A mamãe gritou porque a mama não tava escutando direito, daí a mamãe teve que gritar, mas tá tudo bem.
- Promete?
- É claro que sim meu príncipe - beijei sua testa, ele se aconchegou nos meus braços e ficou abraçado comigo enquanto assistia desenhos que eu coloquei na TV pra ele assistir.
Depois de alguns minutos Brunna apareceu com sua bolsa e com o rosto maquiado.
- Eu não acredito nisso.
- Lua...
- Só vai Brunna, eu não quero nem saber - Falei grossa, não acredito depois de tudo que eu falei, depois de toda aquela gritaria Brunna ainda vai voltar a fazer tudo que fazia antes, eu não posso acreditar nisso.
- Tchau príncipe - Brunna deu um beijo na testa do filho e depois um abraço, quando ela veio me beijar eu virei o rosto.
- Depois de tudo você ainda quer me beijar? - perguntei pra ela, Brunna me olhou com um olhar triste.
- Tenho que ir, eu amo vocês e amor, acredita em mim, você é o meu amor, não te chamaria assim em vão - depois disso ela se foi me fazendo bufar de raiva, quero a antiga Brunna de volta.
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