Capítulo 20
Shinobu:
O dia estava sendo perfeito. O Tomioka já tinha me comprado sorvete, e agora, estávamos fora do Shopping, andando pelas ruas. Eram umas 14:00 da tarde, nós apenas conversando e tals.
T: Nossa, nem te perguntei... como foi seu fim de semana?
S: Até que foi bom. Senti sua falta, mas né... fazer o que?
T: Era só ter me chamado. Eu ficaria o dia todo com você.
Ri, enquanto pensava em como ele estava sendo atencioso comigo. Nunca vi o Tomioka ser assim com ninguém e acho que é uma coisa boa. Quer dizer que ele realmente gosta de me ter por perto. E eu também gosto muito de tê-lo. O meu emo revoltado favorito. Aquele que não me suportava há um tempinho atrás. Aquele que vivia brigando comigo. Aquele que eu gosto por nenhum motivo aparente.
S: Que fofo. Sabe, você é tão carinhoso comigo. Eu adoro isso.
T: Não, deixa dessas coisas. E-eu não faço nada de tão especial assim.
Ele desvia o olhar, ficando um pouco corado.
S: Tomioka-san, você tem que parar de se achar menos do que você realmente é.
T: O que? Como assim?
"Lerdeza do caramba". Eu realmente tô pra conhecer alguém mais lerdo que o Tapioka. Ele volta a olhar para mim, seus olhos curiosos seguindo os meus.
S: É que você sempre fala coisas do tipo "eu não fiz nada de mais", "não vou conseguir", "não fiz direito", e tal. E isso é mentira. Tudo o que você faz, pra mim, é incrível. Cada mínima coisinha. E tu fica aí, falando besteira. Você tem que parar de ficar se diminuindo.
T: Mas é qu-
S: Não! "Mas é que" porcaria nenhuma. Deixa eu terminar.
T: Ok...
S: Eu não sei porquê você fica com esse papo depressivo. Ok, todos temos algo que não conseguimos fazer, mas não é por isso que não conseguimos fazer as outras coisas. Então para de falar besteira, eu não vou dizer de novo. Entendeu?
Tomioka ficou quieto por um momento, olhando para baixo, provavelmente pensando sobre o que eu acabara de dizer. Era verdade, afinal.
S: Entendeu?
Repito, fazendo ele voltar a prestar atenção em mim.
T: Sim... eu entendi. Obrigado.
S: Hã? É tu quem vai parar de se diminuir, então, não agradeça a mim. Eu não fiz nada por você.
T: É claro que fez, sua idiota. É igual você fala pra mim.
Ri com a comparação, mas no fundo sabia que era completamente verdade.
~
Um tempo depois:
Já estávamos passeando havia algum tempo, e finalmente encontramos um lugar bonitinho para ficarmos. Era uma pracinha com um campo de flores coloridas. Bem soft, na minha humilde opnião. Surpreendentemente, não tinha nenhuma pessoa lá. Já que não havia ninguém pra nos julgar, sentamos na grama mesmo. Tinha um tempo que não fazíamos algo do tipo, então, fomos relembrar a sensação. Era bom. Ainda mais com o Tomioka junto comigo. Eu sei, tô realmente puxando saco pra ele, mas... e daí? Quem liga?
S: Nossa Tapioka, esse lugar é muito bonito não é?
T: Sim, sim, tem razão.
S: E você é mais.
T: Caramba, que cantada ruim.
S: Nossa... fiquei triste agora. Poxa, você nem pra mentir e falar que gostou.
Fingi uma cara de triste, e olhei pra baixo, encarando a grama em que estávamos sentados.
T: Ok, ok, sinto muito.
Tomioka fala, com um certo tom de ironia. Sinto sua mão em meu rosto, me puxando para que eu pudesse voltar a olhar para ele.
T: Isso vai ser meu pedido de desculpas, tá?
Ele me dá um selinho, e sem nenhum motivo aparente, senti meu rosto queimar. Talvez fosse por causa do que ele disse antes, ou talvez fosse apenas impressão minha, afinal, já tínhamos dado muitos outros selinhos antes. Logo, sinto sua boca encontrar a minha novamente, num beijo mais demorado. A sensação era incrívelmente boa, como se fosse a nossa primeira vez fazendo isso. Me deixo levar pelo momento, minhas mãos involuntáriamente envolveram seu pescoço. Eu ainda me mantia ali, sem intenção de parar em momento algum. Realmente ficaria ali para sempre. "Maldita falta de ar." Quando precisávamos respirar, nos afastamos um pouco, ambos ofegantes.
S: Ai meu Deus... por que você faz isso comigo, hein...?
T: Eu? Eu não... faço nada.
S: Faz sim. Faz eu sentir coisas absurdas. E você nem tem noção disso.
T: E é bom?
S: Claro. É bom. Muito b-
T: Então cala a boca e me deixa fazer isso.
Tomioka toma meus lábios novamente, dessa vez, com mais vontade. Um arrepio me percorre todo o corpo, enquanto ele põe suas mãos em minha cintura, a apertando um pouco de vez em quando. Logo, a falta de ar invade a cena novamente, nos obrigando a nos afastarmos.
S: Seu... idiota.
T: O idiota que você ama.
S: Pois é... o idiota que eu amo.
Eu tento esconder um sorrisinho que se formou em meu rosto, mas falho miseravelmente.
T: Por que tá disfarçando? Quero que olhe pra mim.
S: E-eu não tô disfarçando nada!
T: Tá sim. Eu posso até ser lerdo, mas nem tanto pra não perceber isso.
Nós dois acabamos rindo. Bem, o Tomioka realmente é muito lerdo. As vezes é engraçado, quando eu falo algo e ele demora meio século pra entender.
S: Tá... ok. Admito, eu realmente tava tentando disfarçar que fiquei sorrindo que nem uma idiota depois que você me disse aquilo.
T: Mas isso é bom. Quer dizer que eu consigo te fazer sorrir. E eu amo seu sorriso. É fofo.
Dou um tapinha na cabeça dele (de novo). Ele me elogiando já tava me fazendo ficar com vergonha demais e isso me deixou irritada.
T: Ai! Por que me bateu?
S: Sei lá. Deu vontade.
T: Então toda vez que te der vontade tu vai me bater?
S: Sim. Quero dizer, talvez. Depende de inúmeras coisas.
T: Ah, então é assim? Tá bom então, sua chata.
S: A chata que você ama. Parece que o jogo virou, não é mesmo?
T: É...
Ele pareceu parar pra pensar um pouco em alguma coisa. Vejo seus olhos se fecharem por um momento, depois se abrirem de novo, e o ouço suspirar. Isso tava começando a me deixar ansiosa.
T: Ei... quero te perguntar uma coisa.
S: Tá bem. Diga.
T: Você tá feliz? Quero dizer, feliz de verdade?
S: Oxi, que tipo de pergunta é essa? É óbvio que tô feliz. Só o fato de eu e você estarmos aqui, juntos...
T: Ok, então acho que é o momento certo.
Ai meu Deus! O momento certo... iria realmente acontecer o que eu estava pensando?! Tomioka respira fundo novamente, antes de me fazer a pergunta.
T: Quer namorar comigo?
S: Não.
T: Espera... o que?
Ele já estava prestes a encher os olhos de lágrimas, quando eu completo.
S: É claro que sim, seu idiota! Eu esperei tanto tempo por isso!
O abraço, enquanto penso em como tenho sorte. Isso estava acontecendo de verdade?
T: Nossa, agora você me deu um susto. Se você dissesse não... eu ia me mat-
S: Mas eu disse sim. E é isso que importa, não é?
T: Claro. Isso que importa.
S: Nossa, te peguei legal agora.
Solto ele do abraço, rindo, e depois, olhando-o nos olhos.
S: Então quer dizer que estamos oficialmente... namorando?
T: É... acho que sim.
S: Ótimo. Só vê se vai conseguir me aturar.
T: Eu consigo, apesar de você ser uma chata.
S: Ah, cala a boca, se não eu vou te bater de novo.
Aproximo meu rosto do dele e lhe dou um selinho.
S: Isso é por você ter me deixado ainda mais feliz.
T: É sério? Que bom... eu vou te fazer a pessoa mais feliz do mundo.
S: Ok. Merece mais um.
Dou mais um selinho nele.
T: Eu te amo.
S: Eu te amo mais, seu idiota.
Ficamos quietos por um momento, apenas nos olhando. Porém logo, Tomioka quebra o silêncio.
T: Ah, então quer dizer que você pode me xingar e eu não?!
S: Sim, e o que que tem?
T: Retiro o que disse, eu ainda te odeio. Odeio, e muito.
S: É, realmente nada mudou.
Fim!
Oiee! Autora aqui! Tudo bem com vocês?
Primeiramente, quero agradecer de coração a todos que acompanharam a fic, comentaram e leram até aqui. Obrigada! E segundo, queria pedir a opnião de vocês sobre esse final. O que acharam?
Bem, é isso. Obrigada mais uma vez, e tchauzinho, até a próxima! 💗
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