Capítulo 11
Tomioka:
Eu e a Shinobu fomos até o meu apartamento. Nós entramos, fechei a porta e sentamos no sofá. Depois daquilo, não trocamos mais nenhuma palavra.
Ainda estava pensando no degraçado do Douma. "Como ele pode fazer algo assim? Eu vou arregaçar a cara daquele idiota." Eu estava tão obcecado com isso, que nem percebi a Shinobu falando comigo.
S: Alô? Terra chamando Tomioka! Tá pensando em que?
T: Me desculpa.
Ela me olhou, confusa. Provavelmente se perguntando o porquê de eu dizer isto.
S: Ah? Mas por que?
T: Se eu estivesse com você mais cedo, o Douma não teria feito aquilo.
Me sentia realmente um pouco culpado. Queria tanto ter chego antes. Não teria acontecido nada se eu estivesse com ela. Eu não teria deixado.
S: Ei, olha aqui. Olha nos meus olhos...
Por mais que eu me sentisse um tanto inseguro com isso, olhei bem nos olhos dela.
S: Não se preocupa. O único culpado aqui é o Douma.
T: Mas e-
S: Shhh! Deixa eu terminar.
Fiquei quieto por um momento.
S: Não se sinta assim. Tá tudo bem. Que bom que você chegou a tempo, se não, nem eu sei o que poderia ter acontecido. Já falei e vou repetir, tá tudo bem. Nada disso foi sua culpa. Ok?
T: Tá bom. Obrigado...
S: Eu que devia agradecer. Você me salvou, literalmente.
Decidi fazer uma coisa, uma coisa que eu nunca ousaria, mas por algum motivo, senti que deveria fazer. Eu aproximei meu rosto do dela, e a beijei. Sim, eu beijei ela. Fechei os olhos, esperando que ela se afastasse, ou algo do tipo, mas não aconteceu. Ela continuou ali, como se necessitasse disso há um tempo. Depois que a falta de ar invadiu a cena, nos separamos, pois infelizmente, precisávamos respirar um pouco. Abri os olhos novamente, e fiquei olhando para seu rosto corado.
T: Shinobu... eu... amo você.
S: Espera, o que?
T: É... eu disse que amo você.
S: A-ah... eu também. Não achei que você diria isso tão cedo. Não é muito a sua cara, entende?
T: Pois é, mas eu disse. E posso dizer de novo, com toda a certeza.
Ela ri um pouco, me pergunto por que, mas deixo isso de lado ao ouvir o que ela diz em seguida.
S: Eu tenho tanta sorte de ter te conhecido. Ninguém nunca me fez assim... sabe... feliz de verdade.
Me senti corar, e logo, desviei o olhar também. "Não, você está errada... na verdade, é o contrário. Eu que tive sorte ao te conhecer..."
Mais tarde:
Já eram umas 10 da noite. Durante esse tempo que ficamos no sofá, nós conversamos sobre algumas coisas... agora, eu e ela, estávamos na minha cama. Shinobu estava abraçada a mim, enquanto tentava pegar no sono. Já eu, não estava com a mínima vontade de dormir. Estava a observando. Ela é muito linda, de verdade. Depois de um tempo, acho que acabei adormecendo.
Um tempo se passou, e eu acordei com a Shinobu se mexendo muito. Com certeza ela estava acordada. Peguei meu celular na mesa de cabeçeira, e vi que eram exatas 02:37 da manhã.
T: Shinobu... tá bem?
Falei, bem baixinho. Por que raios ela estaria acordada a esta hora da madrugada?
S: Sim, eu só... tive um pesadelo.
T: Sonhou com o que?
S: Ah... melhor não dizer. Se eu ficar lembrando, não vou conseguir dormir.
T: Tá bom, tudo bem. Vem cá.
Abracei ela, para fazê-la dormir. Fiquei fazendo carinho em seus cabelos, até que ela pegasse no sono novamente. Depois disso, eu dormi também.
No dia seguinte:
Acordei. Olhei ao meu redor e foi aí que me lembrei do dia anterior. A Shinobu ainda estava dormindo, então, tentei me levantar, sem fazer muito barulho, para que ela não acordasse, porém, não obtive sucesso. Antes que eu pudesse sair da cama, senti uma mão me segurar.
S: Não vai não... fica aqui comigo.
T: Mas tá tarde. 6:00 horas já. A gente precisa ir pra aula.
S: Eu não me importo. Só fica aqui mais um pouquinho. Por favor...
Aceitei ficar ali, mas apenas porque ainda tinhamos algum tempo antes de sairmos. Eu me deitei novamente, observando a Shinobu. É incrível como ela consegue ser bonita até mesmo na hora que acorda.
T: Dormiu bem? Quero dizer, depois daquela hora que você acordou?
S: Sim, sim. E você?
T: Sim, eu também.
Quebra de tempo:
Nós já estávamos no colégio. Não suportava a idéia de ter que olhar na cara daquele idiota do Douma outra vez, mas infelizmente, ele foi pra aula. Eu estava fervendo de raiva dele, desde o dia anterior, mas não poderia fazer nada a respeito, porque a gente estava dentro da sala. "Talvez eu espere até a hora do recreio pra... não, deixa isso pra lá." Espantei a idéia da minha mente, pois, se não, eu faria algo extremamente estúpido e inapropriado no intervalo.
Um tempo se passou, nós estávamos em uma aula vaga, pois o professor que havia de estar na sala, não tinha vindo. A Shinobu me chamou, pra conversar.
S: Errrr... tá tudo bem? Você tá estranho.
Ela diz, olhando nos meus olhos.
T: Eu tô bem, não é nada não.
Desvio o olhar, voltando a vista para o Douma, que rabiscava algo aleatóriamente no meu caderno.
S: Olha pra cá, que eu tô falando com você. O que tá acontecendo?
Ela puxa meu rosto, para voltar a olhar para ela.
T: Eu já disse que tô bem. Eu só...
S: "Você só" o que?
T: Não é nada. Deixa pra lá...
Ela para um pouco pra pensar.
S: Você ainda tá irritado com ele, não é? Eu já falei que tá tudo bem. Deixa isso de lado. Vai ficar tudo bem, ok?
T: Você me disse a mesma coisa da última vez. E deu tudo errado.
S: Ei, calma. Só confia em mim, tá? Eu vou dar o meu jeito.
T: Ok...
Continua...
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