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#7「💌」

˚₊ · ͟͟͞͞➳ Em que Mika tem medo de tempestades , mas Bose está lá pra ajudá-la.

Primeiro era apenas um dia nublado.
Os verões de Swellview eram bem intensos, então foi bom ter uma pausa no calor.
Daí uma garoa começou.
Mika riu imaginando seu pai, Herman, correndo para tirar as roupas estendidas no quintal com sua mãe, Angela, logo atrás, gritando para apressá-lo. Eles sempre faziam um teatro quando chovia. Mas aí as gotas geladas começaram a engrossar e aumentar, e seu sorriso começou a se desfazer.

Se hoive algum dia no qual a Macklin não se importou com tempestades, ela não se lembrava mais. Agora ela tinha que respirar fundo e se convencer que estava tudo bem, que o som da água batendo no teto era relaxante, e que não podia começar uma de suas crises com Miles gripado em casa. Ninguém sabia sobre seu medo, ou seja, não tinha ninguém além dele que podia acalmá-la. Contando até dez, a cacheada inspirou e expirou o ar lentamente, tentando se concentrar no que Chapa e Ray conversavam.
Eles pareciam tão tranquilos! Bom, o Manchester era indestrutível, ele meio que não tinha razões para se preocupar, mas Elena tinha. Ou pelo menos podia ter, se fosse medrosa como Mika...
Focar nas vozes deles funcionou por um tempo, mas a torrente de água caindo lá fora só parecia crescer mais e mais, e os sons dentro do Man's Nest começaram a ficar abafados.

A Macklin engoliu em seco, sentindo seu estômago revirar com mais força. Ela olhou para Bose, estalando os dedos nervosamente, e se surpreendeu quando notou que ele já a olhava. Tomou aquilo como um sinal ruim de que ela não estava sendo tão discreta quanto gostaria.

O O'Brien estava mais no canto da sala, monitorando ou jogando algo em um dos tablets de Schwoz, quando notou que a amiga começou a se remexer enquanto lançava olhares esquisitos para a janela. Ele não entendeu porquê ela parecia tão amedrontada, como se tivesse visto um fantasma atrás do vidro, então franziu a testa e inclinou a cabeça, os lábios dizendo "Você está bem?" em uma pergunta muda.
O jeito que ela balançou a cabeça, levemente frenético, dizia não apesar do gesto em si dizer que sim.

A ShoutOut respirou fundo, de novo, na tentativa de acalmar as batidas aceleradas de seu coração, aborrecida consigo mesma por não conseguir disfarçar seu pavor de tempestade. Ela forçou um sorriso para o Brainstorm, que ainda a fitava preocupado, mas toda sua pose foi junto com a água quando o primeiro trovão soou e ela teve que segurar um grito supersônico na garganta. As ondas de seu super poder devem ter se reverberado por seu corpo, pois ela o sentiu tremer quase violentamente.

- Hum, é melhor eu chamar o Schwoz pro caso de faltar energia... - Resmungou Ray, alheio a situação da mais nova. - SCHWOZ... SCHWOZ! SCHWOZ!

- Fala sério, Ray! - Reclamou Chapa, se afundando no sofá com os olhos fechados e um bocejo escapando. - O mundo tá se desmanchando em água lá fora, ele deve ter ficado preso em algum lugar.

O Manchester grunhiu, virando a cabeça e finalmente notando Mika, com os ombros chacoalhando levemente. A garota parecia ter saído de um filme de terror onde ela era a coitada da vítima.

- Você tá legal aí, criança? - Franziu o cenho, checando a temperatura da menor. - Jesus, como você tá gelada!

- Eu tô bem! Deve ser só frio... - Cruzou os braços. - Va-vai ver eu peguei o resfriado do Miles... Deve ser isso. Com certeza.

- Tá bom... - Ray ainda parecia desconfiado, mas resolveu que seria mais útil se achasse Schwoz (que realmente poderia ser útil). - Vou ver se o gnomo de jardim não tá lá embaixo.

- E eu vou com você pra não pegar isso aí da Mika. - Volt fez uma careta. - Já basta ficarmos sem o Miles.

A outra garota revirou os olhos. - Você só está com saudade do seu namorado.

Ray riu, concordando.

- Ele não é meu namorado! - Elena exclamou, ativando seus poderes em forma de ameaça. A Macklin apenas mostrou a língua, como uma crianca de nove anos.

- Tá bom, tá bom, vamos, criança. - O Manchester segurou os ombros da Silva e os dois desceram pelo tubo.

Infelizmente, encher a paciência de sua amiga só distraiu até o próximo trovão estourar no céu. O som foi tão alto, tão perto, que roubou o ar dos pulmões dela.
Assustada, a garota fechou os olhos com força, tapando os ouvidos enquanto tentava com toda sua concentração não cair nas memórias.

- Não pense naquele dia. - Sussurrou, sentindo o medo na boca do estômago como se estivesse caindo de um penhasco. - Não pense naquele dia. Não pense.

Seus olhos lacrimejaram, e de repente foi como se ela descesse em uma espiral de desespero. Estava de volta na mini-van alugada de seu pai. Estava chovendo muito e a pista estava escorregadia. Os Macklin tinham saído de férias, os gêmeos estavam prestes a fazer sete anos e eles queriam voltar para casa a tempo de preparar uma festa no dia seguinte.

Logo, eles só desejavam voltar para casa.

Mika se lembra de pensar que um raio ia partir o chão e que eles seriam engolidos, lembra de ouvir sua mãe discutindo porque a tempestade estava forte demais e seu pai argumentando que seria ainda pior parar agora. Parecia que estava no meio do nada, com trovoadas explodindo o mundo inteiro ao seu redor.
A garotinha se sentia tão pequena e amedrontada que se encolheu no chão e segurou os joelhos, solicitando repetidamente para que aquilo acabasse e ela e sua família finalmente chegassem em casa. Miles a abraçou, apesar dela não ter percebido na hora, e tentou acalmá-la mesmo que sentisse medo também. Mas o pavor só cresceu quando um galho que voava atravessou a janela, fazendo ela e seu irmão gritarem com o vidro se espatifando perto dos dois. Sua mãe saltou do banco da frente, desesperada, e Herman quase perdeu o controle da direção, derrapando na pista molhada.
Desde aquele dia, Mika odiava profundamente dias tempestuosos. O som dos trovões lhe davam vontade de vomitar, faziam seu corpo tremer, e suas mãos suarem. Nada controlava isso até que a chuva abrandasse. E ela se sentia patética, encolhida, lutando com algo que nem estava diretamente afetando-a, mas não conseguia evitar reviver o que acontecera. Os gritos de seu pai, os clarões passando pela janela, o som do freio sendo bruscamente pisado quando foi impossível continuar dirigindo.

- Eu só quero ir pra casa. - Soluçou. - Só quero ir pra casa. Só ir pra casa.

Bose estava apavorado.

Ele já estava preocupado com ela antes, mas se desesperou quando a viu deslizar para o chão e se encolher atrás do sofá.

- Mika! - Chamou pelo que parecia ser a milésima vez, mas era como se sua voz não chegasse até ela. - Mika, ei! Eu tô bem aqui! Mika!

O garoto segurou as mãos dela, tentando afastá-las de suas orelhas, mas ShoutOut as apertava com tanta força que nem parecia ela. Outro trovão estourou, assustando até ele mesmo, mas foi quando viu o corpo dela estremecer que finalmente entendeu o que estava acontecendo.

O O'Brien respirou fundo, sentando-se e baixando os joelhos dela para que pudesse puxá-la para seu peito enquanto a abraçava. Desejou que seu pudesse fazer com que o medo dela sumisse ou que pudesse parar a chuva.
Não sabia o que fazer. Sua amiga precisava dele e não sabia o que fazer.

- Não vai acontecer nada. - Sussurrou, encostando a cabeça na têmpora dela. - Eu tô bem aqui com você, tá?

Mika ainda chorava baixinho, murmurando coisas desconexas que Brainstorm não conseguia entender, mas ela conseguiu baixar as mãos eventualmente, colocando seu esforço em ouvir o amigo.

- Eu prometo que estamos seguros aqui. - Bose desenhou círculos nas costas dela com a mão, assim como sua mãe fazia quando ele tinha um pesadelo. - Eu entendo você. Antes, eu tinha muito medo de morcegos, não podia nem ouvir aquele barulho que eles faziam. Me davam pesadelos. Até descobrir que a maioria deles só
gosta de frutas.

A Macklin respirou fundo, tentando se concentrar na voz dele e não na claridade que adentrava pela janela.

- Pensa assim, os trovões vem depois do raio, né? - Ele a esperou assentir para ter certeza de que ela estava ouvindo. - Então, a Chapa consegue fazer raios com as mãos, os trovões dela são tipo seus gritos... E Você gosta da Chapa, né?

Mika fez uma careta de "É, dá pra aguentar", dando de ombros, e o de cabelos lisos riu. - Tá, mas pensa comigo, se a Chapa é sua amiga, e ela faz raios e você gosta dela, você pode até gostar da chuva um dia desses também, né? Porque a chuva também faz raios, igual ela.

A garota ficou em silêncio, abrindo lentamente um sorriso, e Bose ficou vermelho. Sabia que tinha se enrolado nas palavras, mas esperava que ela tivesse entendido seu raciocínio. Finalmente, a nuvem de terror pareceu se dissipar o rosto dela, e o garoto quase respirou audivelmente, de tão aliviado.

- Você tá melhor? - Perguntou timidamente. - Quer que eu pegue uma água?

Mika negou com a cabeça, enxugando as lágrimas rapidamente.

- Obrigada, Bose. - Murmurou tímida, limpando a garganta e tentando se recompor.

- Não foi nada. - Deu de ombros, com um sorriso simples.

- Não. - Retrucou, encontrando os olhos dele novamente. - Foi sim.

O olhar dela transmitia tanto afeto quanto gratidão, fazendo Bose corar com o quão próximos eles estavam. Algo nele mudou naquele exato instante, embora não tivesse certeza do quê.

- Eu fiz o que minha mãe fazia quando eu tinha um pesadelo. - Explicou, sentindo a súbita necessidade de preencher o silêncio, para que ela não pudesse ouvir seus batimentos.

- Isso foi bem esperto da sua parte. - Elogiou ela, espanando alguma poeira invisível do ombro dele.

Afastando-se um pouco, Mika suspirou, encolhendo e abraçando os joelhos. Não olhou para Bose enquanto falava sobre as memórias daquela tempestade que originou seu trauma, mas sentiu como se um peso saísse de seus ombros por compartilhar com ele, era bom saber que tinha mais alguém que a ajudava sem julgar, além de seu irmão.

E saber que era Bose fazia a Macklin sentir um novo tipo de nervosismo em seu estômago - um que ela não se importava de sentir.

- Eu não sabia que era tão sério. - Disse ele, ao terminar de ouvi-la. - Eu teria ligado para o Miles, se soubesse. Desculpa.

- Não, não queria incomodar Miles com isso. - Ela dispensou com a cabeça. - E sua dica foi legal. Vou tentar lembrar da Chapa da próxima vez.

O adolescente soltou um muxoxo. - Eu queria ter falado algo melhor.

Mika sentiu o coração se aquecer. Ele era realmente o garoto mais doce que ela já tinha conhecido.

- Bose, querido, é sério. - Riu. - Obrigada por me ajudar.

O moreno ainda queria dizer alguma coisa mais útil para ela, algo que demonstrasse que ele se sentia grato por ela ter confiado nele, algo que dissesse a ela que ele estaria do lado dela sempre, mas Mika Macklin esticou sua mão e entrelaçou seus dedos nos dele e Bose não conseguia pensar em mais nada além de estar entrando em combustão.

- Foi muito mais do que você imagina. - Ela completou, suave, e Bose se encheu de um sentimento caloroso que o abraçou e agarrou-se a ele.

Mika podia continuar não gostando de dias tempestuosos, mas talvez isso pudesse melhorar se o tivesse do seu lado.
E era lá que Bose decidiu que queria estar.

[🍬]
Isso foi escrito durante uma tarde chuvosa. Eu absolutamente amo chuva, me sinto mais inspirada (infelizmente, onde eu moro é praticamente SEMPRE quente).
Enfim, espero que vocês tenham gostado!!

See you😘

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