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Outro pequeno bônus

26. Não tente me distrair

Charlotte pegou um petisco alaranjado de uma bandeja que se encontrava em cima da mesa principal. Estreitou os olhos enquanto o girava nos dedos, não lembrava de ter comido nada parecido com aquilo antes. Deu de ombros após uns segundos, era comida afinal de contas e ninguém daquela festa parecia ter passado mal até o momento.

- Char. Char. Char.

O sussurro quase gritado vindo à sua direita chamou sua atenção. Virou-se para emcontrar um Henry com um imenso sorriso no rosto. Arqueou as sobrancelhas em indagação enquanto mastigava o petisco que se provou ser uma bolinha de queijo meio borrachuda.

- Você não vai acreditar em quem eu acabei de ver. - a puxou para mais perto do canto da sala, olhando ao redor para garantir que somente ela o escutasse. - A filha do cara do tempo se trancando em uma sala com uma fonte portátil de chocolate.

- Espera. - pediu, terminando de engolir e o encarando com os olhos levemente estreitos. - Não era para você estar procurando outra pessoa?

A outra pessoa em questão seria um mensageiro que estaria coletando dados para um chefe desconhecido. Tudo o que sabiam era que os dados que o homem receberia naquela festa não poderiam sair dali. Ray recebeu o trabalho por conta de um favor que estava devendo para o sobrinho do dono da fábrica de Fritas, mais como uma compensação por tudo o que causaram.

Lógico que o Manchester não queria realizar a tarefa, além de possuir a sutileza de um elefante, ele iria para um encontro com uma mãe. Charlotte tinha acabado de chegar para aproveitar alguns dias de folga da faculdade e Henry viu a oportunidade perfeita para puxá-la junto. Então ali estavam os dois, em um sábado a noite, em um disposto baile beneficente lotado por pessoas ricas e, se parar para prestar atenção, algumas nem tanto.

- Mas até agora eu não encontrei ele. - defendeu-se, sorrindo como se ela tivesse dito algo engraçado enquanto olhava ao redor discretamente. - Quem eu encontrei foi a filha do cara do tempo. Não entendi porque ela teve que se esconder. - murmurou, girando a bebida dentro da taça que segurava.

- Ela é intolerante a lactose. - informou, pegando a taça de sua mão e inclinando-se um pouco para se apoiar contra o seu lado. - O pai dela não permite que ela chegue nem perto de qualquer comida que contenha leite ou algum derivado.

Henry passou um braço ao redor de sua cintura, balançando os dois ao ritmo da música que tocava. Aos olhos de todos eles eram somente um casal jovem conversando coisas aleatórias em sussurros.

- Ela vai passar mal de graça?

- É chocolate. - respondeu como se explicasse tudo, sorrindo quando sentiu seu corpo chacoalhar com a risada que o Hart soltou.

- Você tem um ponto. - declarou, um sorriso ainda em seu rosto quando a puxou para mais perto e os moveu levemente para a direita. - Olha ali. O cara do tempo.

Charlotte observou o homem baixo procurar por alguém enquanto atravessava a pista de dança.

- Em que direção ela foi?

- Ela está naqueles quartos destrancados da ala norte.

- Não cheguei a ir naquela parte. - separou seus corpos, entrelaçando seus dedos para puxá-lo em direção à pista de dança.

- Tem um salão de jogos e uma cozinha sem comida. - comentou, retirando a taça da outra mão dela e a colocando em uma mesa pelo caminho.

- Por que eles deixariam uma uma cozinha vazia aberta?

- Gente rica é estranha.

Henry declarou, dando de ombros ao envolvê-la pela cintura a aproximando um pouco mais. Charlotte cruzou as mãos na nuca dele, seus olhos treinados passeando pela pista discretamente.

- Já encontrou o mensageiro? - o encarou nos olhos, brincando com os fios de seu cabelo na nuca.

- Nem um sinal dele. - sentiu arrepios descerem por seu corpo, o que fez a Page rir baixinho. Mas logo a girou para que tomasse a sua antiga posição e ver quem estava agora atrás dele. - Mas olha ali, não, mais pra esquerda.

- A mulher de vestido roxo?

- A que está com o de alças finas. - informou, observando a expressão dela mudar para reconhecimento.

- Espera um pouco, aquela dali é a...

- Mary do jornal. Exatamente.

- Mas ela não estava de repouso por conta de um acidente? Aquele lá que ela tinha quebrado as pernas?

- Recuperação milagrosa. - disse ironicamente.

- E tudo em uma semana. Uau. - riu junto com ele. - Está vendo quem está com ela?

Henry segurou as mãos dela, a Page dando um passo para longe antes dele a girar em seus braços e mergulha-la. Em poucos passos Charlotte parou com as costas pressionadas contra o peito dele.

- Qual deles? - sussurrou em seu ouvido, seus lábios tocando a pele em uma carícia provocadora.

Charlotte engoliu uma reação, virando o rosto para cima e sorrindo carinhosamente para ele.

- O cara com o cavanhaque estranho.

- Que parece uma barbixa de bode?

Uma risada incrédula saiu dela, girou parcialmente entre seus braços, tentando esconder o rosto contra seu ombro.

- Encontramos nosso alvo. - falou, voltando a posição anterior. - E... ele está se movendo.

- Para qual lado? - Henry o havia perdido, seus olhos muito focados nas ações de Charlotte.

- Acho que estou com fome, querido. - fez um beicinho enquanto o encarava, fazendo questão de falar normalmente. - Tem certeza que tem comida naquela mesa?

- Claro que sim. - disse ao se separarem, entendendo onde ela queria chegar. - Você deveria depositar um pouco mais de fé em mim, amor.

- É um exercício diário, tenha paciência. - Charlotte brincou, batendo com as costas da mão contra o seu peito enquanto revirava os olhos de brincadeira para uma senhora que os observava encantada.

Os dois caminharam calmamente, trocando sorrisos carinhosos e sussurros que seriam confundidos com possíveis declarações. Dobraram à direita em um corredor, aliviados por encontrá-lo vazio. Henry acenou com a cabeça para a porta da direita e Charlotte prontamente se aproximou e se jogou contra a porta de madeira.

- Oh. Meu. Deus! - gritou alto e em um tom fino após a porta se abrir com um estrondo.

O homem alto e forte que se encontrava ali, virou-se claramente irritado para ela enquanto escondia rapidamente de sua vista um pote transparente. Logo sua expressão se transformou, um sorriso simpático adornando o seu rosto.

- Posso ajudá-la?

Charlotte arregalou os olhos dramaticamente, levantando as mãos para enfatizar sua animação. Sua voz soando mais fina e rápida.

- Quase pensei que estava sonhando, mas aí eu me besliquei e caramba! Você não vai acreditar em quem eu acabei de ver.

- Acho que não posso mesmo.

Soltando uma risadinha irritante para a resposta dele, a Page se aproximou em quase pulos.

- John! O homem do tempo! - bateu palmas animadas, dando alguns passos em direção à ele.

- Bom para você. - desejou, seu rosto falhando momentaneamente em manter o sorriso simpático.

- Mais do que ótimo! - outro grito, outro passo, outro recuo vindo por parte dele. - Eu sonho com esse homem desde que eu tinha doze anos! Doze! E agora eu acabei de ver ele no mesmo espaço que eu!

- Então que tal ir pedir uma foto?

A proposta dele foi recebida com um súbito apagamento de animação. Charlotte deixou cair os ombros, seus olhos começando a se encherem de lágrimas, o que o deixou totalmente desconfortável.

- Queria... tanto. - soluçou, levando a mão à boca quando as primeiras lágrimas começaram a cair. - Mas não t-tenho coragem de ir... sozinhaa.

Piscou os olhos em desolação, soluços saindo cada vez mais altos de sua boca coberta. O homem se remexeu inquieto, olhando para a porta aberta e desviando minimamente a atenção para o pote à sua esquerda. A Page soluçava alto, começando a puxar uma cadeira para se sentar, mas foi parada no mesmo instante.

- Espera. - pediu em quase desespero, Charlotte o encarou com lágrimas grossas descendo por seu rosto. As palavras seguintes saíram com uma raiva mal disfarçada. - E se eu for... com você?

- Você faria isso por mim? - perguntou encantada, seu corpo tremendo levemente em soluços mais baixos.

- Sim. - respondeu seco, passando a mão no rosto em frustração. - Só vamos rápido. Apresento você e pronto. Somente isso.

- Isso é mais do que suficiente! - garantiu, voltando a pular e gritar animada.

- Vamos logo.

Ao escutar o resmungo, Charlotte logo se pôs a segui-lo. Ele ainda olhou para os lados, para garantir que o corredor continuava vazio, antes de fechar a porta atrás de si e seguir com Charlotte em direção ao salão. Henry saiu de detrás de um grosso pilar, voltando rapidamente quando percebeu que ele ainda iria olhar para trás antes de dobrar a esquina.

Contando até cinco, saiu de seu esconderijo e correu para a cozinha. Procurou pelo pote de vidro transparente que viu pela câmera acoplada no pingente do colar de Charlotte. Achando rapidamente o objeto, pegou o spray que Schwoz havia preparado de seu bolso e passou o vapor nas mãos. Sem impressões para incriminá-lo.

Abriu o pote, examinando com cuidado seu interior. Como o esperado, ele era realmente transparente. Henry o segurou contra a luz que vinha de uma lâmpada acima do fogão, sua luz refletindo nos relevos em formato de triângulos que o decoravam por fora. Se atentou a um triângulo em particular, a opacidade vinda dele o impedia de ver através do vidro.

Pegou uma faca em cima da bancada, passando a ponta entorno do triângulo e encontrando uma brecha. Com cuidado deslocou o relevo do pote, metade de um triângulo caindo em sua mão. Sorriu orgulhoso por ter conseguido retirar o chip sem quebrar nada. O guardou no bolso interno do blazer, colocando o pote no lugar de onde o havia tirado e recolocando a faca em cima do balcão.

- Atrapalho?

A voz conhecida e perigosa o fez se virar rapidamente. À sua frente estava o cara de bode estranho e visivelmente irritado.

- Nah. - deu de ombros despreocupado. - Está tudo bem, pode voltar para a festa.

Ele se moveu em sua direção, o cavanhaque balançando com o movimento. Henry riu, aquele pedaço de cabelo grudado no queixo dele era hilário. Sua risada fez ele ficar ainda mais irritado, em questão de segundos quase foi atingido por um soco. O Hart desviou rapidamente, sentindo suas costelas doerem quando foi acertado em seguida. Tinha baixado a guarda.

Henry correu para longe, mas não conseguiu atravessar a cozinha. Ele deve ter notado que o chip havia sumido do pote, não teria outra explicação para o homem-bode ter derrubado Hart no chão. Henry pensou ao girar de barriga para cima, cruzando os braços em X na frente do corpo para se proteger do homem.

Forçou seu corpo para cima, o derrubando no processo e conseguindo uma brecha para acertar um soco em seu rosto antes de pular em pé. O brilho da arma o chamou a atenção para a cintura do cara, mal teve tempo de reagir quando ela foi retirada e apontada para ele. Levantou as duas mãos com a palma virada para ele, sabia que seu campo de força o protegeria, mas não queria causar uma comoção e chamar atenção desnecessária para eles.

- Acho que podemos resolver isso pacificamente.

- Acho que não. - o som dela sendo engatilhada foi uma óbvia recusa à sua proposta.

- Somos adultos, temos nossos motivos para fazer o que fazemos. - tentou novamente, gesticulando entre os dois. - Tenho certeza de que você quer manter um salário para cuidar dessa obra de arte no seu rosto.

- Ainda tem a coragem de tirar sarro do meu cavanhaque? - cuspiu em desgosto.

- Aqui entre a gente. - fingiu compartilhar um segredo. - Não tem como não rir disso.

- Seu merdi...

O som de metal batendo contra a carne o assustou, em seguida o corpo pesado caiu ao chão. Olhou espantado para ele antes de encarar uma Charlotte entediada que segurava uma grande frigideira nas mãos.

- Você tinha que provocar ele, não tinha?

Sorriu para o tom repreendor dela. Passando por cima dele e a abraçando apertado.

- Minha heroína. - beijou suas bochechas enquanto ela tentava afastá-lo sorrindo.

- Para com isso, temos que voltar à festa.

Henry a deixou ir, observando atento enquanto ela retirava da pequena bolsa uma réplica menor da máquina de esquecimento de Schwoz e apagava a memória do cara de bode.

- Pronta para uma última dança da noite, milady? - fez um floreio com a mão, dobrando os joelhos em uma breve reverência.

Charlotte revirou os olhos, cobrindo a mão dele com a sua e se permitindo ser puxada para fora da cozinha.

- Você quase fez um barulho enorme. Iria chamar muita atenção. - o repreendeu, soltando sua mão e entrelaçando seus braços.

- Nem todos conseguem abafar os sons como você, meu amor. - provocou, fazendo com Charlotte o encarasse irritada e envergonhada. Henry riu alto, a girando contra a parede. - Eu estava falando da luta, Page, para onde a sua mente suja foi?

- Cresça, Hart. - cruzou os braços, levantando o queixo petulante. Mas logo se lembrou do que falava e começou a cutuca-lo no peito. - E você quase levou um tiro, de novo, seu idiota.

- Mas não levei. - aproximou seus rostos, beijando a ponta de seu nariz franzido. - E vamos deixar o sermão para depois, por favor. - pediu, piscando os olhos para ela enquanto beijava sua bochecha.

- Não tente me distrair. - falou, fechando os olhos quando sentiu os lábios dele em seu queixo. - Com certeza vai vim um sermão depois.

- Uhum, depois.

Henry desceu os beijos ao longo de sua garganta. Charlotte descruzou os braços, suas mãos voando para abraça-lo pela cintura.

- Temos... que voltar. - o lembrou, tendo em seguida seus lábios cobertos pelos dele.

- Daqui a pouco. - murmurou contra a sua boca, mosdiscando seu lábio inferior. - Queria fazer isso a noite toda.

A risada de Charlotte foi engolida pelos lábios de Henry. Inclinou a cabeça para aprofundar o beijo, o abraçando forte quando sentiu seu corpo derretendo contra o dele. Perdidos nos braços do outro, mal notaram um movimento à esquerda, pulando assustados quando escutaram um baque alto ao seu lado.

- Mas que po...

- Ah, merda.

Resmungaram ao mesmo tempo, olhando incrédulos para o homem que se apoiava na parede ao lado deles. Henry empurrou Charlotte para o lado, ficando entre ela e o cara que deveria ainda estar apagado na cozinha.

- Hum, podemos ajudar?

- Não sei. - ele murmurou perdido, levando uma mão à cabeça. - Acho que deveria estar em algum lugar, mas não me lembro onde.

- Você precisa de um copo d'água? - Charlotte perguntou, o olhando por cima do ombro do Hart.

- Não sei, acho que sim. - respondeu, espalmando a mão na parede fria para se firmar. Então os encarou de forma menos perdida, como se os tivesse avaliando.

Os dois prenderam momentaneamente a respiração, esperando ansiosos pela próxima reação.

- Que tal levarmos você de volta para o salão? Melhor você se sentar um pouco.

- Não precisa. Acho que consigo chegar sozinho. - informou, arrumando a postura e se recompondo rapidamente. - Foi só uma leve... tontura.

Charlotte assentiu ao notar que ele ainda estava perdido sobre o que havia acontecido.

- Melhoras, cara - Henry desejou quando o homem começou a se afastar. - Gostei do. - sinalizou para o próprio queixo, assobiando enquanto gesticulava para um cavanhaque imaginário.

- Obrigado. - ele agradeceu com os olhos estreitos, mas logo os deu às costas.

- Caramba, Henry. - Charlotte o estapeou no braço quando o homem voltou para o salão, enquanto ele ria. - Não consegue ficar calado não?

- Ah, pode apostar que sim. - afirmou provocativo, inclinando-se para beijá-la, mas Charlotte espalmou a mão contra o seu rosto e o empurrou para longe.

- Vamos embora já que ele voltou pro salão. Tudo o que menos precisamos é de alguém lembrando ele que foi eu quem ele levou para tirar uma foto.

- Minha casa ou a sua?

Rindo, Charlotte o abraçou pela cintura o conduzindo para a entrada do salão. Henry somente beijou a lateral de sua cabeça, passando um braço pelo ombro dela enquanto saíam de mais uma missão cumprida. As imagens das câmeras e futuros detalhes deixariam para Schwoz e Ray cuidarem. Agora eles iriam aproveitar suas pequenas férias a sós.




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