⋆ཻུ✧ SIXTY ONE་༘࿐
─ Devo dizer que estou surpreso pela ligação.─ Mordi os lábios, dando passos até encostar minhas costas na parede ao lado da loja de tecidos que minha tia me arrastou para comprar o necessário pra fazer as roupas da nossa futura apresentação no Nekoma.
Lancei um olhar para a rua, eu não tinha ido até aquela parte da cidade... Se não estiver enganada, é por aqui que fica o Shiratorizawa.
─ É, eu sei, faz um tempo que não ligo, não é?
─ Não, na verdade você estava fugindo de mim.─ Estalei a língua, fechando os olhos fortemente. Como sempre, sincero sem se importar com o que suas palavras poderiam causar.─ Algo aconteceu? Soube que as coisas estiveram difíceis, mas está tudo bem, não é?
─ Claro...─ Murmurei, penteando meus cabelos com os dedos.─ Tudo virou de cabeça pra baixo e parece que vivi um inferno, mas sim, já está tudo bem.
─ Mas ainda assim, seu pai disse iria passar uns dias com ele.─ Falou o garoto, encolhi meus ombros com seu tom. Era uma droga conversar com alguém que conhece você bem até demais.
─ Você está com raiva.
─ Não, um pouco chateado, mas não com raiva. Nunca vou ter raiva de você, Yeji.─ Balancei levemente a cabeça, aceitando suas palavras. No final, era sempre assim. Ele sempre me perdoava e eu me esforçava para algo parecido não acontecer denovo.─ Mas, se me ignorar mais uma vez, vou ter muita raiva de você. Estou esperando por você, até logo.
E ele desligou na minha cara. Suspirei, pressionando minha mão no meu rosto. Tudo bem, ele continuava o mesmo e não sei se isso deveria me aliviar ou...
Pisquei os olhos, virando lentamente minha cabeça para o lado e franzindo o cenho quando encontrei olhares em mim, muito olhares e todos vindo de garotos que usavam jaquetas branca e roxas. Okay... Ajustei minha postura, voltando a fitar o outro lado da rua, ainda sentindo que todos aqueles garotos ainda estavam me olhando.
─ Com licença, ─ Era um dos garotos, ele tinha cabelos escuros cortado em forma de tigela.─ mas você é a Jinx, não é?
Ah, por isso que... Abri minha boca para respondê-lo quando o garoto teve sua cabeça abaixada após levar um tapa na nuca de um outro garoto alto de cabelos bicolores.
─ Seu idiota, não se lembra do que elas falaram na rádio? É Yeji, tá me ouvindo? Ye-ji!─ Chiou ele para outro, antes de erguer a cabeça, abrindo um sorriso para mim.─ Desculpa o incômodo mas é que somos muito seus fãs.
Um sorriso lento se abriu, balançando levemente minha cabeça. Mas foi quando o garoto de cabelo de tigela arrumou a postura, se curvando na minha frente com os braços colados ao lado de seu torso.
─ Peço desculpas! Não queria ofendê-la!
Pisquei os olhos, guiando as mãos até os ombros do garoto fazendo com que ele voltasse a ficar em pé. O garoto arregalou os olhos enquanto apertava seus ombros com os dedos.
─ Não precisa de curvar, está tudo bem!─ Um sorriso gentil curvou meus lábios e meus olhos se arregalaram quando o garoto levou a mão até o peito, apertando o tecido da sua blusa como se estivesse tendo um ataque cardíaco.
─ Goshiki?─ Perguntou o de cabelos bicolores, franzindo levemente o cenho.
─ Ahm, ele está respirando?─ Soltei um pouco desesperada.
─ Eu não sei?─ Ele disse.─ Goshiki, você está respirando?
E Goshiki estava caindo no chão, bem na nossa frente. Pisquei meus olhos, antes de trocar um olhar confuso com o garoto ao meu lado.
─ Ele desmaiou?
─ Ele tá bem, parece que só foi um desmaio.─ Falou o garoto que descobri se chamar Eita Semi em algum momento que ele carregava o coitado pelas ruas na direção do colégio deles. Shiratorizawa. Sim, é uma coincidência muito estranha, mas...
Balancei a cabeça, soprando uma mecha que acabou caindo na minha cara.
─ Tem certeza? Ele caiu de cara no chão.─ Murmurei. Semi deu de ombros, sentando-se ao meu lado nos degraus da escola que se encontrava um pouco vazia demais. Mas eu acreditava que era normal já que era final do dia e com certeza maioria dos alunos estavam nos clubes ou nos dormitórios.
─ Ele vai ficar bem.─ Disse ele, balançando levemente sua mão. Ficamos ali em silêncio por um momento, apenas ouvindo o sons de passos que ocasionalmente surgia.
─ Eu quero ser cantor.─ Pisquei os olhos, minha atenção até Semi que fitava seus pés.─ Sei que posso jogar vôlei agora, mas o mais quero é ter uma banda.─ Ele se calou por um instante.─ É estranho, mas, só queria dizer para tô feliz por vocês não terem desistido. Você, Asuna e... Suas músicas me fizeram ter esse sonho e eu sei que tem muitas pessoas por aí que também querem viver na música por causa de vocês.
Eu tinha certeza que meu rosto estampava a surpresa que eu sentia. Um sorriso cresceu no meu rosto e toquei levemente no ombro de Semi.
─ Obrigada.─ Falei, e fui sincera. Ele sorriu e pareceu meio sem jeito quando pegou o seu celular, balançando-o um pouco levemente. Soltei uma risada, me aproximando dele enquanto ele abria a câmera do celular. Semi foi rápido em tirar uma foto nossa.
─ Disse que joga vôlei, qual é a sua posição?
O garoto piscou os olhos, parecendo surpreso com minha pergunta.
─ Levantador.─ Ele suspirou.─ Mas, meio que sou especialista em saque.
Observei Semi fazer um movimento com as mãos, com certeza é como ele fazia seus saques.
─ Isso é incrível...─ Murmurei, levemente admirada. Ele piscou os olhos, suas bochechas se avermelharam levemente quando me fitou.─ É difícil?─ Seus olhos deixaram claro sua dúvida. Sorri.─ Ushiwaka é canhoto, não é difícil levantar para ele?
Semi pareceu sopesar minhas palavras por um bom tempo, antes de dar de ombros.
─ Ushijima-san é alguém fácil de levantar.
─ Ele tem as costas de Ace, não é?─ Perguntei, sorrindo. Ele me olhou, confuso.─ Tipo, é aquele tipo de cara que dá pra confiar, não é?
O garoto franziu levemente o cenho, pensando antes de abrir um sorriso, balançando a cabeça, concordando comigo.
─ É, ele é esse tipo de cara.─ Riu.
─ SemiSemi, fugindo do treino para ficar paquerando?─ Uma voz animada se fez presente, me fazendo olhar para trás e ali estava um garoto alto, muito alto de cabelos vermelhos que possuía olhos grandes que se tornaram maiores quando arregalou os olhos.
─ Y-Yeji Im?─ Ele gaguejou, surpreso. Sorri para ele, erguendo uma mão e acenando na sua direção.
─ Oi!
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