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⋆ཻུ✧ SEVEN་༘࿐

Vamos lá, Yeji, respire fundo e pense. Espreitei os olhos na direção da laranjinha saltitante que estava começando a me assustar com aqueles  olhos grandes e intimidadores demais. Lentamente, arrastei um passo para trás. Asuna e o laranjinha acompanharam meu gesto. Eu estava muito perto de puxar Asuna para perto e sair correndo, só assim para escapar daquela palhaçada que ela nos meteu por ser uma grandissíma tonta.

Sério, eu simplesmente não entendia Asuna! Depois de tudo que passamos, como ela não conseguia ficar um minuto parada? Sem arrumar problemas para nós duas? Parecia uma criança!

Pisquei os olhos, encolhendo os ombros, sentindo uma repentina vontade de chorar. Ficar invisível, eu havia prometido a mim mesma que ficaria invisível, apenas para não lidar com os olhares, com os comentários e com o fato que eu não conseguia ligar a televisão por saber o que estarão falando sobre mim, sobre meu corpo e minha voz.

─ Ei, Hinata! Pare com isso! Está assustando elas!─ Gritou alguém. Ergui a cabeça e meus olhos levemente se arregalaram quando viram que era o garoto de "olhos café quente".

Hinata rapidamente se encolheu com o grito e fez uma cara assustada, parecia uma criança que acabou de ser repreendida pelo pai. Um sorriso surgiu no meu rosto. Era uma cena engraçada de ver.... O garoto "café quente" sorriu, se aproximando. Tentei não ficar corada ao notar que ele ficava bonito com a jaqueta do time de vôlei.

Mordi os lábios e estava muito perto de recuar mais um passo quando ele parou de andar, me analisando rapidamente.

─ Você é a garota daquele dia de manhã, não é?─ Ele perguntou, mas não parecia muito uma pergunta, tinha tanta certeza na sua voz. Pisquei os olhos, encolhendo os ombros.

─ Sim...─ Murmurei com um fio de voz e tossi levemente para encontrar minha voz mais uma vez.─ Desculpa pelo esbarrão, eu tava meio muito distraída.

Ele piscou os olhos, colocando uma mão atrás na cabeça, parecendo constrangido de uma hora para a outra.

─ Ah, não se preocupe, eu também estava com pressa.

A gente se encarou em silêncio, sem saber muito bem o que vem a seguir. Asuna intercalou seu olhar entre nós dois por um instante, abrindo um sorriso malicioso.

─ Ei, gatinhas, o Daichi-san vai comprar bolinhos de carne pra gente! Por que vocês não vem com a gente?─ Encarei o careca com uma sobrancelha levemente erguida, pronta para responder um belíssimo não.

─ Mas e a promessa?─ Soltou aquela laranja saltitante. Espreitei os olhos na sua direção e agarrei seus ombros, impedindo que ele pulasse mais uma vez.

─ Tá tudo bem, laranjinha, vamos fazer o seguinte.─ Eu o encarei, mesmo sentindo vontade de simplesmente me jogar no chão e cavar um buraco para me esconder até a próxima década.─ O que você quer com o clube de vôlei?

O garoto franziu o cenho, ficando um pouco confuso com a pergunta.

─ Outra pergunta: onde você quer chegar?

─ Ah, eu quero ir jogar na quadra laranja!

Pisquei os olhos, lançando um olhar questionador para Daichi que apenas deu de ombros, sorrindo, achando graça da resposta do laranjinha.

─ Tá legal...─ Respirei fundo. Eu ia me arrepender muito disso, mas acho que podia lidar com isso depois que eu pulasse de uma ponte.─ Se chegar na quadra laranja, eu juro que não só a gente canta mas também cria uma música só para você, que tal?

Enquanto eu só queria morrer lentamente por dentro, o garoto abriu um sorriso do tamanho do mundo e seus olhos literalmente brilhando quando saltou o mais rápido que conseguia com animação.

─ Você não deveria ter prometido aquilo para o Hinata.─ Disse Daichi, andando pelos corredores da loja de conveniência. Pisquei os olhos na sua direção e encolhi os ombros, abrindo o freezer, só para pegar duas latinhas de guaraná.─ Ele é que nem uma criança atentada, ia se esquecer da promessa alguma hora.

─ Eu sei disso, só...─ Minha voz se perdeu quando uma música baixa chamou minha atenção para a televisão suspensa perto da entrada da loja.

Eu reconheci aqueles cabelos rosas com inúmeras presilhas que alteravam de estrelas para doces. Eu reconheci aqueles cabelos laranjas penteados cuidadosamente para trás das duas orelhas, presilhas douradas também espalhadas por toda a extensão dos dois coloridos. Reconheci a guitarra que parecia ser transparente e exibia borboletas cinzentas. Reconheci a melodia que ambas cantavam com doçura e calma. Me encolhi quando começou...

─ Como todos sabem, a dupla Lucky e Jinx simplesmente despencou depois de uma apresentação nojenta e ignorante, sinceramente não sei como essas duas ainda são capazes de respirar.─ Era um homem grisalho, rugas se espalhavam por todo seu rosto.─ Já não basta elas serem praticamente duas baleias em um palco, elas ficam gaitando como duas gralhas e ainda tiveram audácia de ofender todo o país. Desgraças! É isso que elas são! Deveriam ter morrido em algum acidente de avião, isso sim.

Mordi os lábios, piscando os olhos, sabendo que algumas lágrimas caíram enquanto eu abaixava a cabeça, arrastando os pés na direção da prateleira dos biscoitos de chocolate. Um soluço escapou. Os xingamentos continuavam sem parar, sem parar. Sempre criticando minha voz, meu corpo e... Eu só queria sumir. Eu não deveria ter saído de casa hoje. Deveria ter ignorado Asuna e ficado dentro de casa, eu só...

─ Você está bem?─ Uma mão tocou meu ombro. Me virei assustada e Daichi piscou os olhos de maneira surpresa antes de adoçar as feições, me fitando com um sorriso.

Por um momento, ele não disse nada, apenas ergueu a cabeça, encarando a televisão por alguns instantes enquanto me focava em limpas as lágrimas, respirar fundo e pronta para simplesmente fugir dali.

─ É cruel o que estão fazendo, mas não acredite nas palavras.─ Ele me olhou.─ Quem define o quão capaz é para tal coisa é você e apenas isso.

Balancei levemente a cabeça para ele, me forçando a sorrir. Muitos disseram a mesma coisa para mim ao longo dos anos, todos tinham o objetivo de encorajar mas aquelas palavras nada serviam quando me analisavam e faziam questão de dizer o quão larga eu parecia ser para ser uma idol, o quão minha voz era levemente rouca e por isso péssima para ser a main vocal.

Sempre me olhando e dizendo "Você possui um rosto bonito mas um corpo feio para uma idol".

No final, quem define se sou capaz ou não, são as outras pessoas e não eu. A única coisa que posso fazer é aceitar, aceitar que foram dias realizando dietas absurdos e vomitando tudo que eu comia antes de algum teste só para não ouvir mais uma vez que não servia para ser idol, aceitar que tive que forçar minha voz a ser doce e fina para atender a expectativas das outras pessoas.

No final, me chamaram de Jinx não por ser o contrário de Lucky, mas sim porque eu era feia igual a uma Jinx e jamais como uma Lucky.

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