⋆ཻུ✧ FIFTY TWO་༘࿐
Eu me engasguei com um pedaço de carne vendo Kuroo tentar bater em Bokuto por estar roubando o churrasco deles. Bokuto era tão idiota, eu realmente gostava desse ser humano que parecia uma criança gigante. Yeji tava se escondendo de vergonha alheia pelo melhor amigo dela, e eu zombei da cara de Yeji, porque eu era uma amiga muito boa. Passar esses dias todos aqui foi realmente muito bom, e uma parte de mim não queria voltar pra casa. Acho que eu realmente ia sentir falta dos meus amigos e pensar nisso me fez suspirar tão alto que Kenma parou de olhar a tela do celular para me encarar com o cenho franzido.
-O que foi?- ele perguntou e eu me virei para fitar aqueles olhos de Kenma que pareciam olhos de gato. Definitivamente ele e Kuroo estavam mesmo na escola certa, porque os dois realmente pareciam gatos.
-Nada, é que... É tão estranho não ver você e Kuroo todo dia. Era meio que um costume, mesmo que fosse por cinco minutos.- eu disse com uma risada e Kenma sorriu. -Lembra aquela sua fase de acordar duas horas da manhã pra jogar videogame? E a do Kuroo de sair cinco da manhã pra correr? Vocês tem problema.
-Ele ainda faz isso. - Kenma murmurou e nós dois fizemos caretas. Sim, cada dia que passa, tenho mais certeza que nenhum de nós três bate bem das ideias. -E você também tinha uns costumes estranhos demais. - Kenma falou arqueando a sobrancelha pra mim e eu fiz uma careta. Sei bem que ele está falando dos shows particulares que eu dava com meus oito anos de idade e fazia ele e Kuroo serem minha plateia. Quer dizer, Kenma ficava morrendo de vergonha alheia e Kuroo começava a rir, o que me irritava e sempre começava uma briga entre Kuroo e eu, o que só fazia Kenma querer sumir ainda mais. Lembrar dessas coisas me fez rir e fitar Kenma. Ele apenas deu de ombros, como se soubesse para onde meus pensamentos tinham ido. -Você também faz falta.
-Falou tão baixo que quase não entendi. - provoquei e Kenma fez aquela cara feia que quase nunca fazia, o que me fez rir.
-Kenma! Você precisa comer!- Kuroo gritou do outro lado, como se fosse a mãe de Kenma, e isso me fez rir até meu estômago doer. Kenma me empurrou e eu caí de cara na grama.
-Seu maldito!- reclamei, tentando dar um chute nele, mas Kenma estava muito longe. Ele deu um sorrisinho para mim.
-Kenmaaa!- Hinata passou gritando, e tive que desviar para não ser atropelada por ele. Kenma arregalou os olhos por um instante, e quase conseguia ver os pensamentos dele de "como diabos ele tem tanta energia". Dei risada antes de me afastar deles, porque Hinata começou a falar coisas abstratas demais para o meu gosto.
Tudo bem, acho que deveria ter pedido pra Yeji vir comigo no banheiro, porque agora tô completamente perdida nessa merda. É, eu sei que passei vários dias aqui, mas esse lugar parece a merda de um labirinto!
Dei um gritinho quando uma mão se fechou no meu pulso e me virei. Suga me olhou como se eu fosse maluca e eu soltei um suspiro.
-Que susto, Sugawara!- reclamei, batendo no ombro dele. -Quer me matar?
Ele teve coragem de rir.
-Porque você tá tão assustada?- ele perguntou arqueando a sobrancelha e dando um passo na minha direção. Involuntariamente, fui para trás, e minhas costas bateram contra a parede.
-Eu me perdi.- falei e Sugawara riu da minha cara, um belíssimo namorado. Revirei os olhos, enfiando o cotovelo nas costelas dele. -Não ri! Achei que era um ser tentando me matar, sei lá.
-Que exagero.- Suga riu, se aproximando mais de mim. Levantei a cabeça para conseguir fitar seus olhos já que Sugawara era mais alto que eu. -Você tá muito bonita hoje.
-Você só diz isso porque é meu namorado. - falei estreitando os olhos e Sugawara sorriu daquele jeito que sempre fazia meu cérebro parar de funcionar de forma coerente.
-Eu digo isso porque não sou cego.- ele falou dando um peteleco no meu nariz. Fiz uma careta.
-Então você diz isso só pra me ver ficar derretendo por sua causa.- reclamei e ele riu. -Só pra você saber, tá dando muito certo! Para de ser gostoso por cinco segundos, senão vou acabar entrando em colapso.
Sugawara deu risada e se aproximou ainda mais de mim, até que nossos corpos estivessem grudados um no outro, seu rosto tão perto do meu que eu podia sentir a respiração quente dele contra meu rosto.
-Acho que entendo porque você tem tantos fãs. - ele disse e eu arqueei a sobrancelha.
-Porque?- perguntei, confusa. -Porque eu canto bem?
-Bom, sim, mas não é disso que eu tô falando. É porque você é maravilhosa. - ele disse dando de ombros. -E só um idiota não ia acabar apaixonado por você. Dei sorte de você ter escolhido ficar comigo.
Segurei o rosto dele em minhas mãos antes de o beijar de leve e me afastar, fitando os olhos de Sugawara enquanto minhas mãos deslizavam com calma pelo seu rosto.
-Não foi sorte. Você é a melhor pessoa que eu já conheci. - murmurei e não esperei por uma resposta antes de o puxar para perto de mim de novo.
Sugawara me pressionou contra a parede mais uma vez, sua boca se chocando contra a minha com um pouco mais de urgência enquanto suas mãos deslizavam pelos meus braços até alcançar minha cintura. Desci as mãos pelas costas dele, o puxando para mais perto de mim. Não precisava de espaço vago entre nós.
Sinto a língua dele acariciando meu lábio inferior, pedindo passagem, e não pensei muito antes de ceder, sentindo ela deslizar pela minha com suavidade e calma. A essa altura, todo meu corpo já estava quente o suficiente.
Levei minha mão até os fios de Sugawara, o puxando para mais perto de mim, para poder sentir melhor a boca macia dele contra a minha. Meu coração batia forte dentro do peito; me perguntei se ele era capaz de sentir, já que estávamos grudados um ao outro.
Soltei um suspiro quando ele mordeu de leve meu lábio antes de descer a boca até meu pescoço, onde era, definitivamente, meu ponto fraco. Agarrei com um pouco mais de força os cabelos dele enquantos os lábios de Sugawara exploravam minha pele, beijando e mordendo de leve.
Eu ia acabar morrendo ali e a culpa é toda dele.
-Sugawara. - murmurei, tentando o afastar de mim, mas era difícil fazer isso quando eu não queria que ele se afastasse de mim. Soltei outro suspiro com os beijos que ele distribuía pelo meu pescoço. -É sério!- tentei parecer mais séria e menos garota patética suspirante e apaixonada. -Se não parar com isso, não vou conseguir parar e logo alguém vai aparecer e encher nosso saco. - resmunguei e ele riu contra meu pescoço antes de lentamente se afastar.
Estiquei as mãos para arrumar o cabelo dele e Sugawara segurou minha mão antes de levar até a boca e beijar minha palma com carinho.
Senti um nó na minha garganta; ninguém nunca, jamais, tinha sido tão carinhoso comigo como ele era. Pensar nisso me fez dar um passo na direção dele mais uma vez, o abraçando com força e enterrando o rosto em seu peito.
-Sou muito apaixonada por você. - murmurei e fechei os olhos sentindo as mãos dele no meu cabelo. Suga riu.
-Que bom. Porque também sou muito apaixonado por você. - ele retrucou, beijando minha bochecha.
E percebi que seria muito, muito fácil amar Sugawara.
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