⋆ཻུ✧ FIFTY NINE་༘࿐
Pisquei meus olhos, confusa com a cena que se desenvolvia na minha frente. Asuna chorava nos braços de Sugawara e Hinata estava mais confuso que eu. Me aproximei em passos lentos, colocando um braço em torno dos seus ombros, aproximando minha boca de sua orelha e murmurando baixo:
─ O que tá rolando?
Hinata se virou, seu rosto adorável estava contorcido em uma careta completamente confusa.
─ Eu não sei... Ela só começou a chorar...─ Ele encolheu os ombros. Suspirei, dando um aperto consolador no ombro dele e mais uma vez olhando para Suga que tentava acalmar Asuna.
Me distanciei de Hinata, e cutuquei o braço da minha amiga que não demorou para me olhar com aqueles olhos azuis cheios de lágrimas. Franzi levemente o cenho quando ela se jogou nos meus braços, me abraçando com força. Juro que tentei entender seus murmúrios chorosos mas desisti e lancei um olhar para o garoto de cabelos cinzentos que encarava seu celular. Um arrepio subiu quando Suga fez uma cara que com certeza superava a de Daichi irritado e tenho que Hinata sentiu o mesmo quando recuou um passo, meio assustado.
─ Aquela garota...─ Sibilou ele, parecendo cada vez mais irritado.
─ Que garota?─ Perguntei, passando as mãos pelas as costas de Asuna. Sugawara não demorou para me mostrar o que tanto encarava com irritação. Crispei os lábios enquanto lia aquele maldito tweet, não demorei para acertar um tapa forte nas costas.
─ Não acredito que você tá chorando por causa dessa garota denovo!─ Gritei, me afastando de Asuna. Ela piscou os olhos, passando as mãos pelas as bochechas com tanta força que as deixou vermelhas.
─ E o que eu deveria fazer?─ Ela gritou em resposta, fechando as mãos em punhos.─ Me diz o que eu deveria fazer! Não posso fazer nada, Yeji! Será que você não enxerga isso?
Fiz a careta e revirei os olhos com tanta força que uma fina dor percorreu minha cabeça. Logo, enfiei uma mão nos meus bolsos, procurando pelo celular que rapidamente alcancei, não demorando para digitar um número que conhecia bem.
─ Aquela imbecil tá acabando com você e você vai chorar? Qual é o seu problema?─ Falei, franzindo o cenho enquanto esperava ele atender.─ Todos os xingamentos, críticas não te afetou, para essa garota afetar? Isso é sério, Asuna?
─ E o que eu deveria fazer? Ein, me diz!─ Gritou ela e avançou na minha direção mas Suga a segurou.─ Eu estou cansada, Yeji! Cansada, você sempre faz isso!
─ Você faz o mesmo comigo!─ Gritei em resposta.─ Não vou deixar você ficar se afundando por conta de uma escrota que não sabe o seu lugar!
─ Hey! Hey! Hey! Yeji, hey!─ Exclamou Bokuto no outro lado da linha.
─ Kou, quero que você faça uma coisa pra mim.─ Falei, passando uma mão por meus cabelos e dando as costas para Asuna.
─ Tá legal! Pode dizer.─ Pisquei os olhos, sorrindo levemente.
─ Eu quero que você fale com minha mãe, pergunta pra ela se tem como a gente fazer uma apresentação no Nekoma?
─ O que?─ Exclamou Asuna atrás de mim.
─ Vou falar com a Tia, vocês vão vir pra Tokyo?
─ Depende do que ela responder.─ E então, Bokuto desligou a ligação. Coloquei as mãos na minha cintura e me virei, apontando diretamente para o rosto de Asuna.
─ Vamos para casa e escrever a melhor música da nossa carreira.─ Ela piscou os olhos, um pouco confusa.─ Já passou da hora de alguém mostrar a essa imbecil quem é Asuna.
─ Eu odeio você!─ Asuna e eu cantamos, erguendo uma mão em frente ao nosso rostos e a afastando com velocidade para balançarmos os braços em forma de um "X" conforme o refrão avançava. Não demorou muito para que eu me afastasse deixando que Asuna tivesse seu destaque sozinha naquela parte da música.
─ Estou cansada de ter que ouvir você. Está arrependida? É tarde demais. Suas palavras ainda soam pela minha cabeça, manchando todas as lembranças.─ Ela cantou. Balancei a cabeça, deslizando para sua frente.
─ Não consigo entender, pensei que que já tivéssemos resolvido tudo quando você arrancou meu coração e me deixou sangrando sozinha.─ Asuna tocou no meu ombro.─ Não faz sentido, já estou cansada, oh...
A garota puxou meu ombro para trás, se pondo na minha frente, cantando sua parte, se movendo suavemente da forma que a coreografia que criei nas pressas exigia.
─ Eu odeio você.─ Nós duas exclamamos mais uma vez. Abri um sorriso, eu estava ansiosa para ver a cara daquela garota quando sentir o tapa que aquela música daria em seu rosto.
No final da música, estávamos jogada no piso do meu quarto. Lancei um olhar para a janela, percebendo que já amanhecia e passamos a noite toda construindo a música, formando a coreografia e distribuindo nossas partes. Naquela música, Asuna cantaria mais, afinal é a maldita ex dela que estava causando que nem uma desgraçada.
─ Não sinto minha perna.─ Choramingou Asuna, com certeza com câimbra.
─ Falei para você se aquecer antes de dançar.─ Respondi, soprando uma mecha para longe do meu rosto. Asuna balançou levemente a cabeça, se apoiando nos cotovelos para encarar meu rosto.
─ É por isso que você é dançarina principal aqui.─ Ela disse.
─ E você é a rapper e o rosto da Skystar Girls.─ Falei, sorrindo levemente na sua direção. Asuna piscou os olhos e voltou a estar jogada no chão.
─ Você que deveria fazer dance break.─ Falou ela. Balancei a cabeça, negando.
─ Você quem dança e canta mais, a música é sua e não nossa, Asuna.─ Respondi, simples.
─ Ótimo, se a música é minha, você vai dançar o dance break.─ Ela retrucou.─ Vai ter mais impacto se você fazer.
Não falei nada, apenas me movi para puxar um travesseiro de cima da cama, arrastando-me para perto de Asuna, deitando ao seu lado.
─ A gente pode sobre isso depois? Eu só quero...─ Bocejei e quando fechei os olhos, já não estava mais consciente.
─ Yeji-chan!─ Ergui lentamente minha cabeça para fitar aquele rosto bonito que Oikawa exibia por aí e me movi para sentar nos degraus do ginásio da Aoba Johsai.
─ Você está péssima.─ Falou ele quando notou que eu estava mais dormindo do que acordada. Não precisei dizer nada, Iwaizumi fez muito quando deu uma bolada na cabeça do garoto, algo que me fez soltar uma risada muito lenta ao ponto de que se alguém olhar para mim vai pensar que tô drogada.
─ Eu não dormi direito.─ Falei, soprando mais uma risada e dando as costas para Oikawa, buscando apoiar meu rosto no batente das portas. Pisquei os olhos e quase dormir mais uma vez.
─ Eu vi o tweet.─ Soltou Tooru, se sentando ao meu lado.─ Como a Asuna-chan tá?
Murmurei algo tão incompreensível que bem eu entendi, soltei uma risada antes de tossir um pouco para recuperar minha voz.
─ Ela tá bem.─ Murmurei, balançando levemente a cabeça. Sim, ocultei que a última vez que vi Asuna, ela estava babando no meu chão.─ A gente vai dar o troco, fica só vendo...
Tooru soltou uma risada, me cutucando levemente com o cotovelo. Acho que ri também, tentando dar um tapa nele, só que acabei segurando seu braço e encostando minha testa nele, fechando os olhos mais uma vez.
─ Ah! Você viu isso?─ Ele exclamou e se moveu, não abri os olhos até que senti ele cutucando meu ombro.
Era aquele tweet daquela garota imbecil, só que os comentários eram... Pisquei os olhos, agarrando o celular das mãos do Tooru. Meu Deus...
Soltei uma risada.
“Alguém tira o celular dessa garota, ela não sabe que passando vergonha...”, dizia um tweet que pelo usar, com certeza era do Kenma.
“Por favor, me diz qual óleo você passa nessa sua cara de pau, também quero usar na minha”, aquilo era do Kuroo.
“Parabéns pela coragem, porque noção você não tem”, soltei risada do comentário do Yaku.
─ Parece que ela deu mais um tiro no pé do que qualquer coisa.─ Murmurou Tooru com um sorriso. E eu retribui por um momento mas meu sorriso foi substituído por um franzir de sobrancelhas ao ler um comentário específico.
“Ora, ora, você deveria estar agradecida que uma deusa como a Asuna deu atenção para você”, esse era de um tal...
“Sat_Guess”.
─ Você conhece esse?─ Perguntei, apertando na foto do user mas o Tooru fez uma careta, vendo algo que não consegui enxergar quando afastou o celular de mim.
─ É só um idiota, você não devia ficar prestando atenção nessas coisas, Yeji-chan, vai fazer mal pra sua saúde.─ Ele falou com uma velocidade que me impressionou fazendo biquinho. Soltei uma risada alta com sua fala e o empurrei levemente com o ombro.
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