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Capítulo 13 - Verdade

Heeey, lindas de minha vida!

Como prometido, aqui estou eu. Demorei um pouquinho, porque tive o famoso bloqueio, mas me esforcei para terminar e entregar um capitulo. Prometo que no próximo vou me esforçar mais, ok? 

Sem mais papos, vamos ao que interessa. Aproveitem!


Karla Camila Cabello's point of view.

Minha mãe não aceitou um "não" como resposta. Lauren foi praticamente carregada para dentro de casa nos braços de Sinu. Eu não sabia se me sentia confortável com aquela situação. Sei que aceitei a proposta para deixar que ela se aproximasse, mas ir rápido demais não estava em meus planos. Não queria tomar nenhuma decisão precipitada, seja contra ou a favor de Lauren.

- Alejandro! Querido, coloque mais um lugar a mesa. Temos visita! – Sinu gritou enquanto adentrada o corredor em direção a cozinha.

Paramos ao lado da porta, enquanto Lauren tirava seu sobretudo parcialmente úmido. Ela estava um tanto acanhada, não era para menos, já fazia muitos anos desde a última vez em que ela esteve presente na casa de minha família.

- Olha, imagino que não se sinta bem com isso, mas eu... – ela tentou se explicar timidamente.

- Não se preocupe ok? Eu conheço a mãe persuasiva que tenho. Sei que não teve muita alternativa. Eu que peço desculpas. – murmurei tranquilamente, enquanto caminha para a sala de estar ao lado dela.

- Não precisa se desculpar. É um prazer reencontrar seus pais.

- Então se sinta a vontade, Jauregui.

"Hija!"

Ouvi a voz grave de meu pai inundar o ambiente, fazendo um sorriso rasgar minha face. Corri em sua direção, o abraçando bem forte. Senti seus braços me envolverem como fazia antigamente, quase erguendo meu corpo do chão.

- Senti sua falta, papa.

- Sempre sinto a sua, pequena. Como está?

- Eu estou bem melhor agora. – sussurrei.

- Veja quem está aqui, quase não consigo acreditar. – murmurou o homem ao afrouxar seus braços ao redor de meu corpo.

- Como está, Lauren? Vejo que está maravilhosa. Olho para vocês adultas assim, e me sinto extremamente velho.

- Não diga isso, você está muito bem, Sr. Cabello. – Lauren o cumprimentou de forma educada.

Meus pais sempre gostaram de Lauren, a tratavam da melhor maneira possível. Nunca foram duros, ou rígidos com ela, mesmo depois do ocorrido de anos atrás. De inicio eu ficava revoltada com a forma como eles poderiam ser gentis, mesmo depois de tudo que ela me causou. Mas era uma tecla que eu não poderia mais tocar, ouvi diversas vezes o discurso de ambos que me pediam para perdoar, mesmo quando o sentimento que mais me preenchia gritava para que eu não o fizesse.

- Você está sendo gentil. Eu estou ficando um tanto gordo, e com alguns cabelos brancos. Mas vamos mudar isso em breve.

- Você está lindo, papa. – murmurei, enquanto o abraçava de lado. – Onde está Sofi?

- Deve estar terminando de tomar banho, logo se junta a nós.

- Estou morrendo de saudade dela.

- Todos sentimos sua falta, hija. – meu pai murmurou antes de depositar um pequeno beijo sobre o topo de minha cabeça.

"Não acredito, acho que estou vendo uma miragem!"

Encarei minha irmã mais nova que estava parada no fim da enorme escadaria. Era sempre uma surpresa vê-la, parecia tão madura, mesmo sendo uma adolescente. Sofi me enchia de orgulho. Caminhei em passos apressados até a menor, envolvendo-a em um abraço carinhoso. Nós ficamos ali por alguns instantes, até Sofi se aproximar de Lauren, com a mesma surpresa de meus pais. Conversamos por alguns minutos, até ouvir minha mãe nos chamar para o jantar. Lauren se dava muito bem com minha família, não parecia incomodada, só um tanto acanhada, mas tinha certeza que até o final do jantar, a sensação seria a mesma de anos atrás.

O aroma do jantar feito por Sinuhe estava simplesmente incrível. Meu pai se sentou a mesa, e logo fizemos o mesmo. Lauren se colocou na cadeira a minha frente, bem ao lado de minha mãe.

- Isso parece está delicioso, Sra. Cabello.

- Ah, Lauren, não precisa me chamar assim.

- Eu faço questão!

O jantar transcorreu da melhor maneira possível. Minha família parecia perfeitamente habituada com a presença de Lauren, como se os anos não tivessem passado. E por alguns instantes, aquilo me trouxe boas lembranças. Riamos e conversávamos sobre acontecimentos passados, como se ainda fossem freqüente.

- Então você é a empresaria da minha irmã?

- Sim! Eu sou a diretora desse projeto da VS, e Camila foi escolhida para ser a estrela principal.

- Estou tão orgulhosa, hija. Sempre foi o seu sonho desfilar para essa empresa.

- Você lembra quando ela desfilava pelo meio da casa com as asas de fada do aniversario da Sofi? – meu pai perguntou em meio uma risada.

- Por favor, não precisamos lembrar disso.

- Eu lembro! – Lauren exclamou.

- O que? Você viu isso? Oh, céus, não!

- Claro! Eu tirei fotos suas, ficaram ótimas!

Lauren soltou logo após tomar um gole do vinho tinto em sua taça. Eu meneei com a cabeça em um sinal negativo, e sorri.

- Tão bom jantar com vocês aqui, sinto que os anos nunca passaram. – minha mãe falou, enquanto repousava as mãos sobre a minha e a de Lauren.

Nós nos encaramos por alguns instantes, mas logo desviamos o olhar. Lauren soltou um sorriso simpático para minha mãe, que o retribuiu da mesma forma. Meu pai se levantou e caminhou para a sala de estar, enquanto nos chamava para o acompanhar.

- Deixe-me ajudá-la.

Lauren se ofereceu rapidamente, vendo minha mãe retirar os pratos da mesa.

- Não precisa, filha.

- Podemos todas ajudar.

- Já que fazem questão. – a mais velha deu de ombros e caminhou com alguns pratos em direção a cozinha.

Sofi seguiu para a sala com Alejandro, enquanto Lauren e eu retirávamos todas as louças da mesa.

- Como estão seus pais, Lauren? Foram embora já fazem alguns anos, e nunca mais tive contato.

- Eles estão ótimos, vivem se mudando como sempre. – resmungou ela ao depositar as taças delicadamente sobre o balcão. – mas estão muito bem.

- Isso é maravilhoso! Quando for vê-los, diga que mandei lembranças. A ultima vez vi seu pai negociando venda com o inquilino da casa ao lado.

- Ah, sim. Realmente, acho que nunca superei a venda dessa casa. Eu a amava, mas julgaram necessário, já que tínhamos que nos mudar.

Permaneci calada, enquanto minha mãe parecia entretida demais conversando com Lauren.

- Eu compreendo! É uma casa maravilhosa, se eu não amasse tanto a minha, me mudaria para lá, está à venda agora.

- Está? – indagou a empresaria.

- Sim, Jackie não pode ficar, conseguiu um emprego no Canadá, e colocou a venda.

- Ela está aí?

- Ah, ela não. Mas o seu marido está.

- Está interessada em comprar uma casa? – perguntei ao me aproximar.

- Até poucos minutos não. Mas essa casa tem um valor sentimental para mim, e Miami é um bom lugar para se morar.

- Então pretende voltar a morar ao lado da casa da minha família?

- Quem sabe? – deu de ombros, enquanto enxugava as mãos em um guardanapo branco. – Não sente saudade daqui?

Sua pergunta veio carregada de uma segunda intenção, não era somente ao lugar que Lauren se referia, mas tudo que um dia ele teve.

- Não sei se sinto. – minhas palavras saíram com certa ironia, que foi totalmente ignorada por Lauren.

- Podemos descobrir. – ela sussurrou.

Um sorriso enfeitava seus lábios, indicando que ela não se abatia com minha postura defensiva, pelo contrario, só a fazia mais persistente.

- Podem ir para sala com Alejandro, eu vou levar a sobremesa, está divina! – minha mãe exclamou, atraindo minha atenção.

Ficamos tão entretidos naquele jantar, e na companhia um dos outros que nem sequer vimos à hora passar. Do lado de fora ainda desabava um temporal sobre a cidade de Miami, deixando o clima ainda mais aconchegante, apesar dos trovões e raios fortes, que vez ou outra nos assustava.

- Chega de ver esses vídeos! – exclamei ao meu levantar do sofá, e desligar a TV.

Meu pai teve a brilhante idéia de mostrar todos os nossos vídeos caseiros outra vez. Era um de nossos programas favoritos, e sempre que tínhamos tempo, recordávamos de momentos como aqueles.

- Ah, estava sendo ótimo ver você bebê. – Lauren murmurou em meio a uma risada.

- Qualquer dia vemos o restante, Lauren. Não se preocupe.

- Pai, Lauren já viu todos esses vídeos.

O homem me encarou com o cenho franzido, e logo se deu conta.

- Oh, sim! Lembro de ter mostrado para você.

- Sempre bom ver isso novamente, Sr. Cabello.

- Viu, filha? Lauren, assim como eu, adora. – disse ele ao afagar meus cabelos, antes de seguir até a cozinha.

- Se eu não parasse, ele iria ficar vendo isso até pegar no sono. – sussurrei para ela, que riu baixinho.

- Eu não me importaria.

- Mas eu sim!

Nós ficamos em silencio por alguns instantes, deixando um clima um tanto constrangedor. Minha reaproximação com Lauren estava sendo algo gradativo, eu não queria dar espaço maior do que eu poderia suportar, e ela parecia entender perfeitamente bem.

- Bom, eu acho melhor ir embora. – disse ela ao se levantar.

Encarei sua expressão tranquila, e me acomodei melhor no sofá. Por alguns instantes senti certo alívio por ela ir, e levar consigo aquela bagagem de lembrança, com as sensações de anos atrás, mas por outro me senti um tanto incomodada por vê-la partir.

- Certo – disse em meio a um suspiro. – Tudo bem.

- Vou me despedir dos seus pais.

Eu apenas assenti, e continuei no mesmo lugar, enquanto Lauren seguia até a cozinha para se despedir de minha família. Ouvi os murmúrios em protesto, todos tinham um apreço muito grande pela mulher, e sempre faziam questão de sua presença.

- Foi um prazer passar essa noite com vocês.

- Tem certeza que não quer ficar e dormir aqui? Está muito tarde.

- Não se preocupe! Está tudo bem.

- Certo, então vá com Deus, filha.

- Obrigada.

Assim que Lauren saiu da cozinha, levantei do sofá para acompanhá-la até a porta. Ela me lançou um sorriso de canto, e eu prontamente o retribui, enquanto me colocava ao seu lado. Retirei seu sobretudo do cabide ao lado da porta de entrada, entregando a peça para mesma.

- Nossa, o céu está desabando lá fora. – murmurei ao olhar pela pequena janela.

- Sim, acredito que amanhã será um dia bonito para compensar essa noite.

- Assim espero, amanhã faremos uma espécie de almoço em comemoração ao aniversario da minha mãe.

Lauren abriu a porta e caminhou para fora.

- Ah, sim, eu não sabia, teria dado feliz aniversario adiantado. – ela terminou de vestir o sobretudo, e me encarou.

- Bom... você pode vir aqui amanhã. – Lauren me encarou.- É um almoço, e acredito que ela ficaria feliz com sua presença.

- Você acha?

Desviei de seu olhar penetrante, encarando a chuva que caía a metros de nós.

- Sim, eu acho.

Lauren esperou que a encarasse outra vez para poder falar.

- Então eu virei.

- Certo, vou esperar por você.

Nós ficamos paradas frente a frente, enquanto nos encarávamos sem dizer absolutamente nada. Era sempre assim, aquele silencio que nos envolvia.

- Obrigada por hoje.

- Obrigada você, pelo jantar e pela companhia.

- Certo...

- Bom, eu já vou.

Lauren se inclinou para frente, para que pudéssemos nos despedir com um abraço. Senti seus braços me envolverem devagar, enquanto sua cabeça vinha de encontro à curva de meu pescoço. Talvez aquele abraço estivesse durando mais do que o normal, mas sinceramente, naquele momento, eu não me importava. Senti sua respiração contra minha pele, fazendo-me arrepiar.

- Boa noite. – sussurrei ao me afastar.

- Boa noite, até amanhã, Camz.

Ela sorriu, e acariciou meu rosto, antes de se afastar com seu guarda-chuva em direção ao seu carro.

Era uma manhã movimentada, estávamos festejando o aniversario de minha mãe. Meus pais como sempre, arrumavam qualquer motivo para realizar uma festa, convidando quase toda vizinhança e amigos para aproveitar um dia com bebida e comida de graça. Céus! Era tão trabalhoso. Via-me louca na tentativa de ajudar a servir a mesa, e recepcionar pessoas com um sorriso nos lábios, quando eu só queria sentar em um sofá e comer até não agüentar mais.

- Você pode levar isso para a mesa, Hija? – meu pai indagou, enquanto apontava para um recipiente onde estavam as bolinhas de queijo, aquilo era delicioso.

- Levo, papa. – soltei com um suspiro, enquanto carregava as bandejas nas mãos.

Com um sorriso gentil, e alguns pedidos de licença, passei pelas pessoas espalhadas no corredor. Foi quando avistei Lauren entrando pela porta da frente, ela cumprimentou alguns conhecidos, enquanto parecia procurar por algo em meio à "multidão". A garota estava linda, como de costume. Usava short jeans claro, com um estilo meio rasgado, uma blusa cinza com a estampa de uma cantora indie, Lana Del Rey, e um par de tênisall star branco. Havia alguns dias que não nos falávamos direito, nossas aulas haviam sido canceladas por algum problema interno do colégio. Lauren por sua vez estava sempre ocupada, a todo instante que procurava pela mesma, recebia uma boa desculpa para não me encontrar. Ou talvez aquilo fosse coisa de minha cabeça, e ela realmente estava ocupada.

- Camila! – ela acenou, lançando-me um sorriso que fez meu estomago esfriar.

"Droga, Camila" pensei enquanto caminhava rapidamente até a mesa de comida no jardim. Lauren acenou para algumas pessoas e caminhou até mim, parando bem ao meu lado.

- Ei, que bom que veio! – soltei de forma animada, e um tanto nervosa.

- Eu disse que viria, e meus pais vieram também!

- Ah, sério? Onde estão? – indaguei ao olhar por todo jardim.

- Hm, devem estar falando com seus pais em algum lugar. – Lauren respondeu enquanto roubava uma bolinha de queijo da bandeja. – Vejo que está bem ocupada.

- Só estou ajudando em algumas coisas.

- Posso ajudar também?

- Não precisa, você é convidada.

- Não temos isso, Camz. – ela falou em meio a uma risada curta, enquanto me empurrava levemente com o ombro. – estava com saudade.

- Não minta! Me esqueceu a semana toda, desde que voltamos da casa de Ethan.

- Só estive ajudando meus pais com a reforma do quarto de Taylor, ficou maravilhoso!

- Está sendo mestre de obras agora, Jauregui?

- Trabalho em casa, baby. Tem algo para fazer aqui?

- Idiota. – eu ri.

Ela riu também, e comeu outra bolinha de queijo.

- Isso é tão bom?!

- Eu sei, não queria servir para queria comer sozinha depois, mas meus pais não aceitaram minha idéia.

- Teria que dividir comigo.

- Por que?

- Sou sua melhor amiga, e você me ama. É um motivo bem valido.

Franzi o cenho e revirei os olhos, recebendo uma risada da garota a minha frente. Antes que eu pudesse rebater todos seus motivos, fui agarrada pela cintura com vontade.

- Olá, minha latina linda! – Vero exclamou animada. – Oi, minha coisa chata. – completou para Lauren que nos encarou.

- Ai, que bom que você chegou! Pensei que não viria.

- Ah, jura? Passei a semana com você planejando os comes e bebes dessa festa, e achou que eu perderia a melhor parte?

- Nem pense, meus pais não vão nos deixar beber.

- Tio Alejandro já foi mais liberal. – resmungou, enquanto analisava as bolinhas de queijo da bandeja.

- Passaram a semana juntas?

- Sim senhora. – falou após mastigar a primeira.

- Chamamos você varias vezes, mas você estava ocupada.

Lauren assentiu com um sorriso breve.

- Sim, estive muito ocupada!

- Que bom que está aqui, sentimos sua falta. Ally já chegou? – Iglesias perguntou, enquanto abraçava Lauren.

- Ah, ela não vem. Está na casa da avó a semana toda. – Lauren ponderou calmamente.

"Camila! Pode ajudar a pegar as outras coisas?"

Ouvi minha mãe gritar da porta de entrada, fazendo-me bufar discretamente, enquanto soltava um sorriso de falsa animação.

- Claro, mama! Já estou indo!

Minha mãe assentiu e voltou aos convidados no interior de nossa casa. Lauren e Vero se entreolharam segurando uma risada.

- Não fiquem rindo de minha escravidão, me ajudem!

O dia foi literalmente cansativo, mas depois de cantar os parabéns e permitir que todos pudessem se servir da mesa farta, eu tive um breve descanso. Sentei-me no sofá da sala, enquanto observava minha mãe discursar sobre a felicidade de ter todos ali presente, nossos familiares que no decorrer dos anos seguiram o mesmo caminho de meus pais, saindo de Cuba, outros do México, buscando uma nova vida no EUA. Eu adorava ouvir aquela historia, por mais que eu soubesse seus mínimos detalhes, a vivencia era algo que eu jamais poderia esquecer, mesmo com minha pouca idade na época, era sempre emocionante e inspiradora.

- Ai, eu adoro a historia da sua família. – Lauren sussurrou próximo ao meu ouvido.

Encarei seu olhar encantado, lhe oferecendo um breve sorriso.

- Eu também, só me faz ter mais orgulho de quem eu sou.

- Tem muito motivo para se orgulhar.

- Obrigada, Laur.

A ausência de Lauren durante toda semana fez de meus dias opacos e sem vida, trazendo uma Camila mal humorada e triste. Depender emocionalmente de alguém era desastroso. Você se acostuma a todos os hábitos que tem com aquela pessoa, e quando por alguns instantes aquilo te falta, é como se estivesse perdendo tudo. Dramático, eu sei, mas inevitável. É como se alguém fizesse parte do seu dia, seja com um bom dia, ou com uma risada, até mesmo com uma conversa boba. Por mais simples que seja, tem sua importância, que não pode faltar.

- Não tem que agradecer.

Nós nos encaramos por alguns segundos, fazendo-me recordar as imagens de Lauren a poucos centímetros de meu rosto. Eu ainda podia sentir meu peito aquecer com a sensação de tê-la tão perto. Nosso beijo havia se tornado uma lembrança constante, prazerosa, mas um tanto dolorida. O momento havia sido maravilhoso, mágico e intenso para mim, mas os acontecimentos seguintes nem tanto. Lauren havia esquecido, como um inútil acontecimento de uma noite de bebedeira, quando para mim, havia se tornado um marco em meus sentimentos pela garota. Era frustrante.

- Me dê um espacinho! – Vero exclamou ao se sentar do meu lado, deixando-me entre Lauren e ela.

- Eu consegui uma garrafa de vodka na dispensa, o que acha da gente beber no seu quarto?

- Onde você conseguiu isso? – sussurrei.

- Roubei do barman no jardim, ele deve ter notado agora a ausência, mas não vai saber que fui eu.

Soltei uma risada e meneei com a cabeça em um sinal negativo.

- Ah, não. Chega de bebida, a última vez foi um tanto traumática! – encarei Lauren com o cenho franzido, e ela continuou. - passei o dia seguinte vomitando minha alma.

- Você é muito fraca.

- Vamos para o quarto, é melhor do que ficar aqui no meio de todo mundo.

- Assim que eu gosto! – Vero ergueu seu corpo do sofá rapidamente.

"Hija?"

- Oh, céus, eu não posso pedir para minha mãe me deixar em paz no aniversario dela, posso? – resmunguei para que somente minhas amigas escutassem. – Sim, mama?

"Venha aqui, seus tios querem ver você"

- Se prepare para a pergunta dos namoradinhos. – Lauren murmurou rindo.

- Posso ir com você, daí você fala que sou sua namorada, nunca mais te perguntam nada. – Vero sugeriu me fazendo rir.

- Não seja idiota. – eu a empurrei. – Vão logo para o meu quarto, vou pegar algo para misturar com isso, e gelo. Se eu beber vodka pura não levanto amanhã.

- Tem certeza que não quer me assumir?

- Tenho, Iglesias!

Ela deu um beijo em meu rosto, e se afastou com Lauren em direção a escadaria para o segundo andar. Eu caminhei até o jardim, vendo a mesa de família lotada e muito animada por sinal, cantavam e conversavam em uma altura que poderia se ouvida na cidade vizinha. Como previsto, me perguntaram sobre tudo, inclusive sobre namorados, minha mãe sorriu e respondeu por mim, informando que o dono ou a dona de meu coração ainda não havia se apresentado. Alguns se entreolharam, outros apenas sorriram tranquilamente. A forma como meus pais tratavam minha sexualidade assustava muitos, e para outros era totalmente natural, como deveria ser.

- Agora pode ir, Camila. Está totalmente livre para suas amigas. – ouvi meu pai sussurrar. – sei que esperou por isso o dia todo.

Encarei seus olhos, com uma careta que revelava que ele estava certo. O homem riu, e afagou meus cabelos de forma carinhosa, antes de me deixar partir. Antes de me juntar as meninas, passei pela cozinha, pegando alguns copos, e suco para misturar com a bebida que Vero havia roubado. Subi as escadas, e caminhei pelo corredor até o meu quarto. Ao me aproximar, pude ouvir Lauren e Vero em uma conversa um tanto sussurrada, fazendo-me recuar e parar diante a porta.

"Não seja tola, você sabe do que estou falando."

"Não, eu não sei." – Lauren protestou.

Vi Vero caminhar de um lado para o outro do quarto, com uma expressão de tédio.

"Você sabe sim. Sobre a noite na casa de Ethan, sobre ter fingido que esqueceu!"

Oh, merda! Vero e sua língua grande. Naquele instante meu coração saltou no peito com tamanha vontade, que imaginei que a qualquer instante fosse sair pela minha boca. Eu fechei os olhos e meneei com a cabeça em sinal negativo, enquanto pensava na idéia de entrar ou não naquele quarto. Durante a ausência de Lauren essa semana, Vero notou minha falta de animação, e não descansou até saber o real motivo. Depois de desabafar com a mesma, e a ouvir xingar Lauren em pura e natural defesa sobre mim, ela se acalmou e me aconselhou como sempre fazia. Vero amava Lauren, mas me amava também.

"Não, eu não sei!"

"Lauren!"

"Ok! Eu lembro..."

Não sei explicar a sensação daquele momento, uma espécie de frio que percorreu todo meu corpo, acompanhado de um desanimo súbito. Pude sentir as batidas em meu peito cada vez mais fortes, enquanto minha respiração ficava cada vez mais pesada. Lauren se lembrava, ela se lembrava do nosso beijo, e até a alguns dias, aquilo poderia ser maravilhoso, mas agora, era totalmente desastroso. Ela havia mentido, mentido para mim.

"Oh, céus, e por que mentiu? Por que não falou pra ela?"

"Por que está se metendo nisso?" – perguntou exaltada.

"Porque vocês são minhas amigas, e eu me preocupo com cada uma. Conheço Camila, e sei como esse seu maldito esquecimento a deixou."

"Não fale como se só você se importasse com ela, eu amo Camila também."

"Grande amor o seu..." – completou com desdém.

"Você não entende!"

"Não entendo o que? Que você é uma covarde? Que preferiu ferir os sentimentos de sua melhor amiga ao invés de simplesmente ser sincera?"

"Foi melhor assim..."

"Por quê?"

"Eu não queria estragar nossa amizade. Aquilo foi apenas um ato impulsivo nosso. Estávamos bêbadas e pronto."

"Ai, meu Deus, você não pode ser tão burra."

- Poderiam me esperar para a conversa? – indaguei ao entrar no quarto, atraindo o olhar assustado de ambas.

O silencio entre nós pesou. Eu caminhei lentamente até o canto de meu quarto, e depositei a garrafa e os copos sobre a escrivaninha na lateral. Virei meu corpo em direção as duas, e as encarei.

- Camila... – ouvi Lauren sussurrar, fazendo meu peito subir e descer rapidamente. – me deixa te explicar.

- Explicar?

- Sim, eu tenho uma boa explicação por ter feito isso.

Um sorriso amargou enfeitou meus lábios, enquanto meus olhos se enchiam de lagrimas.

- Você quer explicar por que me tratou feito uma idiota todos esses dias? Quer explicar que fingiu que não lembrava daquela noite por causa de uma droga de beijo?

Lauren abaixou a cabeça, visivelmente nervosa, enquanto respirava fundo.

- Camila... – Vero sussurrou.

- Não, Vero! Não fale nada agora. Eu quero ouvir o que Lauren tem a dizer! – encarei os olhos verdes, espantados e marejados. – Diga!

- Eu só não queria...- ela resfolegou, como se tomasse coragem para continuar - atrapalhar a nossa amizade, isso foi um a caso, a gente bebeu e...

- Você tem toda razão, foi um a caso. Esqueça, ok? Esqueça aquela noite por completo.

- Eu não quero que fique assim comigo... – ela se aproximou, ficando a poucos centímetros de mim.

Eu a fitei por alguns instantes em repleto silencio. Queria pode explicar o que estava sentindo, mas me encontrava devastada demais para isso. Eu só queria sumir, ficar sozinha, ou em qualquer lugar que colocasse Lauren a milhões de quilômetros longe de mim. Pela primeira vez eu não queria estar em sua presença, eu não queria vê-la, e muito menos tocá-la. Talvez por alguns instantes eu tenha sentido raiva, repulsa, mas não por ela não corresponder aos meus sentimentos, e sim, por ter mentido, fingido, quando tínhamos intimidade o suficiente para sermos sinceras uma com a outra.

- Vai embora.

- Camila... – ela tocou em minha mão, e eu a afastei.

- Vai embora agora! – exclamei alto, a fazendo me encarar assustada. – eu não quero você aqui, vai!

- Me desculpa, por favor! – ela desabou a chorar, deixando tudo ainda mais intenso. – eu não queria que as coisas ficassem estranhas entre nós. Eu só não queria perder você.

- Só me deixa sozinha. – murmurei séria. – por favor.

Lauren me encarou com os olhos repletos de lagrimas, mas nada falou, apenas assentiu e caminhou para a saída, deixando-me na presença de Verônica, que de forma amorosa, se aproximou e me envolveu em seus braços.

Me servi de um copo de suco sobre a mesa posta no deque da casa de meus pais, enquanto alguns convidados circulavam pelo jardim. Cumprimentei alguns de longe, outros apenas me olhavam, como se eu fosse uma estrela de cinema. Depois de me tornar uma modelo mundialmente conhecida, os amigos e conhecidos de minha família, me viam como inalcançável, quando na verdade, eu nem sequer havia mudado.

- Mila? – chamou Sofi ao se aproximar ao lado de uma garota.

- Oi, meu amor.

- Você pode tirar uma foto com a minha amiga? Ela se chama Marie, e está deslumbrada desde que viu você chegar.

- Sofi! – a loirinha exclamou envergonhada.

- Ah, sim! Claro.

- Oh, céus, Karla você é incrível. – disse ela com um sorriso. – eu quero ser uma modelo tão bonita quanto você.

- Muito obrigada, Marie. Aposto que será uma modelo sensacional! Posso te ensinar algumas coisas, como desfilar nas passarelas depois.

- Ah, não diga isso. Ela vai ficar me cobrando o tempo todo. – minha irmã resmungou, fazendo-me rir.

- Tire nossa foto, Sofi. – a menina entregou o celular.

Posicionei-me ao lado da garota, que sorriu radiante para a câmera de seu celular. Tiramos duas fotos, que foi o suficiente para Marie me agradecer sem parar, murmurando o quanto suas amigas iriam ficar abismada com sua nova foto. Sofi revirou os olhos e arrastou a garota para longe, enquanto ouvia-a falar sobre aquele momento. Depois da pequena Marie, alguns dos convidados se aproximaram, com o mesmo pedido da jovem garota, mesmo não me sentindo totalmente a vontade, tirei algumas fotos e agradeci pelo carinho.

- Vejo que tem fãs em todos os lugares.

Um sorriso nasceu em meus lábios antes mesmo de encará-la. Ouvi o som de seus passos, informando que ela estava mais próxima do que imaginei. Lauren parou ao meu lado, fazendo-me encará-la. Ela não me fitou, manteve sua atenção nas crianças que brincavam na piscina, enquanto tomava um gole de alguma bebida desconhecida por mim.

- Você acha?

- Com certeza, sou uma. – disse ela ao me encarar pela primeira vez.

- Tanto que nem me queria na sua coleção. – soltei irônica.

- Tive meus motivos. – rebateu com um sorriso de canto.

- Que seriam?

- A possibilidade de uma terceira guerra mundial, iniciada por você.

- Vejo que me conhece perfeitamente bem, Lauren. Sabe que sou capaz disso.

- Sei, mas está impossibilitada.

- Por quê? – indaguei em confusão.

Lauren carregava um sorrisinho irritante nos lábios. Vi a mulher se afastar devagar, obrigando-me a segui-la.

- Fizemos um acordo, Cabello. Uma trégua.

- Posso acabar com o acordo a hora que eu quiser. – rebati, fazendo-a parar no meio do caminho.

A empresária girou sobre seus calcanhares, e me fitou com a testa franzida.

- Você não quer fazer isso.

- Quem te garante? – desafiei.

- Eu, Lauren Jauregui.

Nós nos encaramos por alguns instantes, trazendo uma atmosfera mais intensa que foi interrompida pela minha irmã mais nova.

- Mila, você pode me ajudar a terminar de embrulhar o presente da mamãe?

"Camila? Hija? Venha aqui, quero que conheça uma pessoa!" ouvi meu pai exclamar, enquanto acenava de longe.

- Ok, vá com o seu pai, e eu ajudo sua irmã a terminar com o presente. - Lauren se ofereceu.

- Obrigada.

Depois de ficar alguns minutos na presença de meu pai, e um de seus amigos, me despedi de ambos de forma educada e caminhei para o interior da casa. Minha mãe estava em uma conversa entretida com as amigas na sala de estar, que nem sequer me dei ao trabalho de me juntar. Passei direto para a cozinha, em busca de algo para comer, já sentia meu estomago grunhir em protesto.

"Posso guardar isso?"

"Claro, mas não diga para ninguém que lhe dei."

Parei no meio do caminho, escondendo-me atrás do armário da cozinha. Lauren estava encostada na bancada, enquanto Sofi terminava de embrulhar seu presente. Pela distancia, eu não pude ver o que Lauren tinha nas mãos, e me praguejei internamente por aquilo O que diabos Sofi havia entregado a ela?

"Acho bom fazer as coisas certo dessa vez. Minha irmã sofreu com sua idiotice."

Sofi soltou de forma direta, atraindo o olhar de Lauren. Amava como minha irmã poderia ser cortante quanto queria.

"Eu mudei, Sofi. Sou uma mulher adulta agora, com outros pensamentos. E tudo que eu quero é poder mostrar isso a Camila."

"Espero que consiga, apesar de tudo, sempre gostei de você, Lauren"

"Ah, é? Me quer como cunhada?"

Sofi soltou uma risada divertida, fazendo sorrir de onde estava.

"Se Camila te quiser como namorada, eu te quero como cunhada."

"E se ela não me quiser?"

"Eu continuo te querendo como cunhada."

Lauren gargalhou e puxou minha irmã para um abraço carinhoso.

"Eu a amo, Sofi. E eu vou mostrar isso a ela."

"Se precisar de ajuda, conte comigo."

Eu sorri ao ver as duas cochichando na cozinha, era engraçado ver minha irmã bem entendida de meus relacionamentos, principalmente com Lauren, que foi uma das maiores confusões de minha vida. Daquela vez eu não iria interrompê-la, deixaria que Lauren me mostrasse sua nova forma de demonstrar seus sentimentos, mesmo que não obtivesse um resultado positivo. Era arriscar, se permitir, e como ela mesma havia dito, nunca descobriríamos sem tentar. E eu tentaria, por mim, por ela, e pelo que um dia tivemos.

Depois de um dia cheio e alegre, os convidados começaram a se retirar. Eu poderia ver no sorriso satisfeito de minha mãe, como seu aniversario havia sido maravilhoso. Ela estava sentada ao lado de meu pai na varanda, enquanto degustavam de alguns goles de vinho. Eu amava vê-los juntos, era a representação perfeita de um casal unido, e verdadeiro. Sofi estava deitada no sofá, enquanto conversava com Normani sobre algum programa que passava na TV, as duas pareciam entretidas com aquilo, o que me deixava mergulhada em um tédio irritante. Enchi minha taça de vinho novamente, e caminhei até o outro lado da varanda, não queria interromper o clima romântico envolta de meus pais, eu já havia feito isso por muitas vezes na infância.

Sentei-me no primeiro degrau das escadas que davam para o jardim, e repousei minha taça com vinho ao lado de meu corpo. De longe, eu pude ver Lauren se despedindo de um conhecido, que roubou-lhe o tempo por horas, fazendo-me praguejá-lo internamente por aquilo. Ela parecia desconfortável, e um tanto impaciente, durante os últimos trinta minutos, fazia careta em frustração a cada vez que me via a fitando. O senhor de cabelos grisalhos adentrou em seu carro, recebendo um aceno gentil de Lauren, que se afastou assim que o carro entrou em movimento. Talvez as seguidas taças de vinho estivessem fazendo efeito naquele instante, eu me sentia verdadeiramente atraída pela empresaria que se aproximava.

- Me libertei. – exclamou aliviada antes de se sentar ao meu lado.

- Finalmente, pensei que levaria ele pra casa.

Tomei outro gole do vinho sobre a supervisão daqueles olhos intensos.

- Me desculpe, não foi minha intenção deixá-la sozinha.

- Mas me deixou, e eu te trouxe para ficar comigo.

- Eu estou com você.

Sua voz saiu quase como um sussurro, o que fez meus olhos irem de encontro ao seu. Lauren parecia feliz, seus olhos me diziam isso claramente através do brilho sobre aquela íris esverdeada.

- Não me olhe, fique de olhos fechados! – murmurei ao tapar seus olhos com minhas mãos.

- Por quê? – indagou risonha.

- Sinto que você suga minha alma com eles.

Ela continuou rindo, sem retirar minhas mãos de seu rosto.

- Sabe que seus olhos sempre foram uma de minhas partes favoritas em você.

- E quais são as outras? – perguntou ao juntar suas mãos as minhas, para abaixá-las devagar.

- Não estou tão bêbada para sair revelando esses segredos.

- Exatamente por isso estou perguntando, quero que me diga estando sóbria.

- Nem pense nisso. – tomei outro gole.

- Ah, vamos lá, Camila! Diga apenas mais uma. – ela se aproximou mais, a ponto de nossos braços roçarem vez ou outra. - Posso dizer o que gosto em você então!

Lauren era sempre tão insistente, nisso ela não havia mudado em nada. Fiquei em silencio, enquanto ela não tirava os olhos de mim. Fingi que nem sequer me importava, peguei a taça que estava sobre o chão, e levei até os lábios, virando-a de uma só vez, até a última gota.

- Eu gosto do tom da sua pele, e de como ela é tão delicada. Gosto dos seus cabelos, assim, soltos e ondulados em seu natural. Eu gosto do seu corpo, de cada mínimo detalhe que eu tive o prazer de tocar.

Respirei fundo, sem olhá-la, eu não poderia olhá-la, não agora. Sentia meu corpo estremecer, mesmo sem ter recebido seus toques, suas palavras já eram o suficiente para me deixar nervosa. Eu engoli em seco, enquanto tamborilava com os dedos nervosamente sobre a taça vazia em minhas mãos. Lauren inclinou um pouco seu corpo, deixando-o a poucos centímetros do meu.

- Gosto do seu rosto, dos seus olhos, eu amo seus olhos, Camila. – ela ergueu a mão até meu queixo, obrigando-me a fita-la. – são os mais lindos que eu já vi.

- Está tentando me seduzir? – sussurrei com um sorriso.

- Estou conseguindo?

Um sorriso largo enfeitou seus lábios, que em seguida foram mordidos levemente.

- Está... – confessei com um sorriso.

- Posso continuar?

- Pode. – suspirei. – quer dizer, não pode.

Me levantei rápido, fazendo a mulher levantar-se em seguida.

- Não, não! Fica! Por favor. – ela segurou em minha mão, impedindo-me de me afastar. – me desculpe, eu só me deixei levar pelas minhas vontades...

- Acha que não quero também? Eu quero, muito. Mas eu quero fazer o certo.

- Eu sei,Camz. E eu sou paciente, sei esperar.

Ela deu um passo à frente, parando diante de mim. Nós nos encaramos por alguns segundos, tempo suficiente para me fazer pedir aos deuses controle para não beijá-la, e deixar que as coisas prosseguissem. Não era fácil, mas era necessário. Uma segunda chance não poderia ser entregue de bandeja, nós estávamos nos reconhecendo, e pra tudo tinha o seu tempo.

- Obrigada por ter me convidado, eu amei ficar com você e com a sua família.

- Foi bom ter você aqui comigo.

- Bom... – ela falou sem jeito. – eu já vou, temos muito compromisso amanhã.

- Claro, tem razão. Eu levo você até o carro.

Nós caminhamos juntas até o estacionamento, em silencio constante, mas não constrangedor. Lauren parou diante do seu corpo, e me fitou.

- Até amanhã, Camila.

Eu respirei fundo, enquanto sentia minhas mãos formigarem. Era estranho, mas sentia que se não o fizesse, seria um dia perdido em sua presença. Encarei os olhos claros da mulher da minha frente, e me deixei levar por um único impulso. Lauren fechou os olhos assim que uni meus lábios aos seus, recebendo-me em seus braços calorosos. Suspirei satisfeita quando sua língua sugou a minha lentamente, fazendo-me queimar em meu interior. Eu puxei seu lábio inferior entre os dentes de forma sutil, fazendo-a apertar os dedos em minha cintura em resposta.

- Até amanhã, Lauren. – foram minhas palavras antes de beijar-lhe os lábios pela ultima vez, e me afastar. 


O futuro começa a seguir por um caminho diferente do passado?

Até o próximo, um grande beijo!

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