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58. O beijo da aurora e a Cidade dos Mortos



     Território de Tian Cang

Uma carta chegou através de um mensageiro em Tian Cang. O homem vestido em túnicas verde ciano, com uma máscara branca, foi direcionado ao salão de recepção, no pico principal pelo porteiro da seita.

Não se passou muitos anos desde a última visita a tal lugar. O oficial do Tribunal Divino, ainda achava, Tian Cang um dos locais mais mórbidos entre todos os locais que era responsável. Havia uma quantidade desagradável de lírios aranha vermelho e um cemitério sombrio, já na entrada, sempre deixaria qualquer pessoa com um arrepio na coluna.

Além disso, sempre que passava pelo Pico das Estrelas, o oficial não conseguia deixar aquela sensação estranha e incomum se apossar dele. E não era porque Shen Zongshi se tornou alguém muito poderoso ou por aquela sensação de distância gélida que ele passava. Não sabia o porquê, mas nunca apreciou a presença ou a figura desse Grão-Mestre. Seu sentido espiritual dizia que ele não deveria se aproximar dessa pessoa.

— Exaltado enviado! — Xi Ze o recebeu com um sorriso forçado.

Havia acabado de voltar do portão do Pico das Estrelas ao deixar a filha e o genro. Havia uma barreira no pico e ele, não poderia entrar. Seu humor não era o melhor e piorou devido a presença do oficial.

— Líder Xi. — O cumprimento veio em forma de indiferença.

— Sente-se! Vou pedir para que sirvam um chá. — Acenou para algumas servas.

— Obrigado, Líder Xi.

Ambos se sentaram em seus devidos lugares. As servas, rapidamente, trouxeram a bebida, ainda fumegando. O aroma fresco do chá se espalhou pelo salão.

— O enviado veio novamente pelo tribunal divino?

— Líder Xi é sábio. — Levou a xícara à boca, enquanto pensava: "Por quem mais eu viria? O líder dos porcos?" — Vim pelo incidente no Vale da Fantasia. Nossos homens encontraram algumas divergências e gostaríamos que Líder Xi, juntamente aos seus Anciãos Shen, Murong e Huo, assim como os discípulos Luo Hang, Xie Yan e You Xiaolin, em um ano comparecessem ao tribunal.

O enviado tirou um pergaminho de sua manga e entrou a serva. A mulher, em postura submissa, de cabeça baixa, aceitou a graça e caminhou até o assento de Xi Ze e lhe entregou o objeto. Ela se manteve ao lado de seu líder. Enquanto Xi Ze quebrava o selo, pontuou algo importante:

— Devo dizer ao enviado que, o discípulo Xie, assim como relatado pelo Segundo Ancião, está inconsciente, não sabemos quando abrirá os olhos novamente. Ancião Murong está desaparecido, enviamos alguns homens para investigar a situação.

— Desde que o discípulo Xie esteja consciente, deverá comparecer ou será considerado um traidor, pela aliança do lótus.

"As bandeiras do Lótus..."

Desde o fim do massacre feito por Cai Xing, um tratado firmado entre as seitas ortodoxas foi afirmado, sob as leis do mundo marcial. Um juramento selado sob o testemunho dos maiores nomes de todo o mundo de cultivo e, respectivamente, um juramento sob os Céus.

"Pelo Céu e pela Terra, juro proteger os mortais, honrar meus irmãos de seita e erradicar o caminho do diabo onde quer que ele se manifeste. Que o Céu me puna se eu falhar, e que minha alma seja dispersa se eu trair este juramento."

A cada cem anos, uma figura notável era escolhida para ser representante da facção ortodoxa. Shen Zhengyi, foi escolhido, há sete anos, sucedendo seu mentor.

Xi Ze cerrou os dentes. A primeira bandeira do Lótus havia caído quando, há pouco mais de uma semana, inúmeras pequenas seitas e aldeias foram massacradas e Xue Hua foi praticamente extinta.

Huo Liangyi trouxe péssimas notícias de Xue Hua, nem mesmo Qiao Qiu ou até a confinada Li Yue foram vistos. Os discípulos haviam sido praticamente todos mortos, assim como seus anciãos.

"Mais uma vez, o massacre cobriu o Monte Hua, tornando-se de um local de infortúnio."

O mundo marcial estava coberto por uma incerteza e se, Shen Zhengyi fosse descoberto, não traria nenhuma vantagem. Dessa vez, deveria proteger Shen Zhengyi.

— Ancião Shen está sendo acusado de conluio com demônios?

— O lótus significa pureza e se, o ancião Shen não ser puro, será julgado de sentenciado, de acordo com o Tribunal Divino. — O enviado explicou o óbvio.

— E esta acusação em relação ao seu discípulo?

— Seu núcleo foi destruído pessoalmente por Vossa Majestade Imperial e um tempo depois a criança surge com um milagre? — Continuou a acusar — Líder Xi deve saber que até mesmo Shen Zongshi poderia cair sob um encanto de um cultivador do diabo.

Xi Ze franziu a testa e em seguida, bufou ironicamente.

— Você entende mal este Ancião. Shen Zhengyi não é alguém que se deitaria com uma dessas vadias demoníacas.

Nem ele mesmo acreditava em suas palavras.

— Defenda-o no momento que precisar. Não serei eu quem fará o julgamento, Líder Xi. — O homem falou rispidamente, sem emoção.

O líder de seita deu um sorriso amargo.

"Esses vagabundos desse tribunal!"

— Sua Majestade estará presente?

O enviado do tribunal ficou em silêncio, ocasionando um silêncio duradouro. Não havia mais perguntas que poderia escrever. O rosto debaixo da máscara estava cansado. Quase dois dias sem parar e um portal de teletransporte.

— Líder Xi, poderia pedir uma audiência com Mestre Huo?

— Vou pedir para lhe prepararem um quarto enquanto espera pelo ancião Huo.

— Agradeço ao Líder Xi pela hospitalidade. — Apenas os olhos escuros, atentos eram vistos.

Xi Ze forçou uma risada e uma cordialidade extrema.

— É uma honra para nós, a qualquer momento que desejar.

O enviado encarou o líder de seita descaradamente. Não se importava com a hospitalidade ou sequer com toda essa falsidade que era tratado por quaisquer lugares que fosse, mas por Huo Liangyi aceitaria esse grotesco serviço.

Além de ser um grande admirador, também precisava que esse homem pudesse refinar um lote de pílulas para o Mestre do Tribunal. Estas, que seriam de extrema importância para o julgamento dali alguns meses.

Mas, o maior problema era o próprio alquimista. Mestre Huo era excêntrico quanto aos seus pagamentos. Ele nunca queria moedas ou pedras espirituais, mas algo de valor correspondente e para aquelas pílulas de mais alto grau, só as fazia quando envolvia transações com animais espirituais.

Quem era capaz de arranjar um animal espiritual quando se estão quase extintos? Isso se ele realmente atendesse ao seu chamado!

E provavelmente, era sua única opção, logo que, o Grande Alquimista Jian não era visto há mais de uma década e o Renomado Alquimista Jun estava em reclusão há anos e ninguém sabia sobre sua condição.

Esperava sinceramente que pudesse ser atendido e sair o mais depressa desse lugar que parece mais um cemitério. Os lírios vermelhos por todos os lugares lhe causavam um arrepio monstruoso.

Assim que se aproximaram do Pico das Nuvens ele podia sentir uma energia furiosa emanar da barreira. Parecia que os rumores eram verdadeiros: o alquimista Huo era um homem antissocial e não gostava de outras pessoas.

O que ele poderia fazer para que esse homem o recebesse? Oh! Ele teve uma ideia! Mesmo que rejeitasse uma vez, não o rejeitaria na segunda. Afinal, o Mestre do Tribunal tinha algo que o faria se interessar!


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Cai Xing sempre foi curioso, mas nunca soube como um instrumento de uma única corda poderia fazer vários sons. Os mistérios dos céus eram insondáveis!

Luo Ying estava no ar e as notas eram tocadas habilmente. Ele percorria entre os três inimigos como se tivesse dançando tranquilamente num salão vazio. Luo Ying estava tão brilhante quanto o dia e isso era completamente irritante.

— Vamos, Cai Xing. — Um sussurro eclodiu nos ouvidos, deixando um arrepio e Shen Zhengyi virou de costas sem dar uma segunda olhada.

Com os portões entreabertos, eles atravessaram a barreira de proteção. O odor da morte, a pungência cadavérica, a queimada dos corpos eclodiu de imediato. O fedor da carne apodrecendo se misturava com o da poeira e perpetrava pelo ar como uma sombra daqueles que ainda andavam sobre a terra. Líquidos estranhos cheirando a peixe morto cobriam as ruas. Chengdu havia sido reduzida a escombros, como se num cenário após um conflito intenso!

Shen Zhengyi caminhava com a manga do robe sobre o nariz. Ao seu lado, Cai Xing, já acostumado com esse tipo de situação caminhava como passasse por um canteiro de flores. Nenhum cadáver feroz ou fantasma vil se aproximava deles.

De repente, Cai Xing sentiu um peso sobre o ombro e parou. Shen Zhengyi estava se escorando em seu corpo, com a cabeça em seu ombro, respirando fundo, pausadamente. Sua mente agiu mais rápido que o filtro em sua boca:

— Quando disse para ficar perto, não me referia a isso... o que houve? — Ele não perdeu a oportunidade em flertar ocasionalmente.

— Esse ambiente... a malícia me deixa tonto.

Não era uma reação normal, pensou Cai Xing.

— Gege... — levantou os braços para abraçá-lo.

Algumas criaturas, percebendo a fraqueza momentânea de Shen Zhengyi tentaram se aproximar. Ao notar isso, Cai Xing liberou uma lasca do poder de sua alma e friamente varreu os arredores. Embora a força fosse menor, isso fez com que se afastassem.

— Estou melhor... — antes de se afastar, piscou algumas vezes, como se a visão estivesse turva.

Erguendo-se na postura, Mestre Shen retornou ao habitual quase instantaneamente, como se a fraqueza anterior fosse uma ilusão.

— Como havia dito, Cai Xing... há muitos demônios internos em meu coração. — Continuou a caminhada — Mal consegui passar pela alma nascente naquela época.

Cai Xing entendeu suas meias palavras e meias verdades. Mas entendia algo sobre isso. Demônios do coração ficam mais poderosos quanto mais antigos. E ele também conhecia os seus próprios e o quão antigo eram.

— Devo minha vida ao meu mestre. Não ficarei neste mundo por muito tempo... — finalmente ele esboçou um sorriso, parecia estar feliz com o futuro incerto e, também, inevitável, um amargor inexplicável.

— Não importa quanto tempo viva, não ouse morrer antes de mim. E Zhengyi... — Fez uma pausa longa — sinto muito... por tudo.

— Não peça desculpas, não irei aceita-las. — Parou novamente, estavam numa encruzilhada. — Meus pecados são tão grandes quanto os seus.

Havia algo mais profundo em suas palavras. Desde que conheceu Shen Zhengyi, teve certeza que ele era tão justo quando seu nome de nascimento e, ainda que a sociedade marcial seja um mundo cruel, não havia crimes em seu nome. O que ele poderia ter feito que o fizesse se comparar à ele? Qual crime deveria ser tão hediondo quanto esse?

Um grasnado se repetiu por alguns segundos quando, em seguida, uma revoada de corvos tornou o céu mais escuro. O chão tremeu e as casas, pintadas de sangue e sem vida, rangeram suas madeiras. Ambos os homens seguiram em frente.

Chengdu, não era a maior cidade, porém uma cidade importante, quanto na rota comercial quanto estratégica em casos de possíveis guerras. No passado, o culto demoníaco, ao tomar essa cidade, praticamente tomou a economia inteira da cidade para enriquecer seu próprio tesouro.

Sua população também formada praticamente por pessoas comuns, mas haviam distritos comerciais que fizeram a cidade crescer. Mas, o que Cai Xing e Shen Zhengyi viam eram apenas ruínas. Não parecia uma cidade próspera e, ainda que tivessem passado por vários lugares, o estranho era a quietude. Chengdu nunca foi uma cidade quieta.

— Há pontos de disseminação específicos. — Cai Xing afirmou.

Shen Zhengyi virou-se para ele.

— Fantasmas e cultivadores demoníacos não são tão diferentes. A não ser que seja um fantasma comum, ninguém faz algo sem pensar. Quando se tem um saco de milho, é melhor despejar de pouco em pouco, porque você tem controle. — Explicou — Se estão procurando algo em grande escala, parecem buscar pontos estratégicos para testas as águas, não concorda comigo?

Cai Xing cruzou os braços.

— Comecei por cidades de pequeno porte. — ele continuou — Pequenos vilarejos, para cultivadores, nunca fazem falta. É como a pequena Vila Hong. Há anos fantasmas assombram aquele lugar e ninguém se importa. Xue Hua, sendo o maior tesouro do mundo marcial. Chengdu sendo a cidade mais importante na rota comercial... é possível que o Submundo esteja tratando os vivos como ratos.

— Isso não seria impossível.

— O quê?

— Humanos comuns não são diferentes de ratos para os Lordes do Submundo e fantasmas de alto nível.

Ambos passaram por uma rua que havia vários cadáveres secos. A energia vital dessas pessoas havia sido completamente sugada e, em seus rostos, uma expressão de horror nos olhos opacos. Shen Zhengyi os olhou com indiferença e falou:

— Um fantasma estava se alimentando de energia vital humana. Vamos nos apressar.

Ao passo que atravessaram o território central da cidade, voltando novamente para os subúrbios, eles escutaram uma voz. Fosse ilusão ou não, isso lhes chamou atenção e redirecionaram para a casa do chefe da cidade.

— Está deserto.

— Não. Há pessoas dentro do edifício.

— Shizun consegue sentir?

— Há algo malicioso também. O fantasma está cultivando, no terceiro andar.

O semblante de descrença era óbvio em Cai Xing. Mesmo que pudesse sentir o fluxo de qi, mesmo que a distância fosse mediana, mesmo que Shen Zhengyi fosse habilidoso...

— Tenho uma boa visão... — tossiu — e um excelente sentido espiritual.

Aquela expressão de inocência, tomou seu rosto.

— Gege é realmente incrível... posso beijá-lo?

— Concentre-se!

Cai Xing baixou a cabeça exalando uma tristeza profunda. Era como se tivesse perdido um membro do seu corpo. Realmente parecia bastante infeliz. Por outro lado, Shen Zhengyi não tinha certeza se era algum tipo de seus truques ou não, mas, por algum motivo, sentiu-se desconfortável ao vê-lo daquela maneira. Seu coração doía.

Um suspiro pesado quebrou o silêncio e Mestre Shen conferiu os arredores. No segundo seguinte, Cai Xing estava com as costas na parede de uma casa, com as mãos acima da cabeça. A surpresa espalhada rosto.

— É melhor ficar quieto, seu patife!

Sua voz sussurrou muito próxima ao ouvido, causando uma ansiedade. Cai Xing virou o rosto, olhando-o nos olhos. Desejo. Uma expressão incomum no olhar desse homem. A boca secou.

Era como provar de algo proibido. Foi assim que sentiu quando seus lábios foram tomados, com calma e delicadeza. Tinha um gosto doce, mas um leve amargor no final, quando esse mesmo homem se afastou por um tempo.

Shen Zhengyi acendeu o fogo, mas o combustível era Cai Xing e ele queimava de forma constante. Mais uma vez, seus lábios se encontraram, mas de forma agressiva.

Suas mãos foram soltas e logo em seguida, se encontraram na cintura de Shen Zhengyi, puxando-o. Quando seus corpos estavam próximos o suficiente, da cintura, as mãos tomaram seu rumo para baixo, massageando cada pedaço daqueles dois pãezinhos deliciosos. O mais velho, no entanto, estava mais tímido. Uma de suas mãos foi para o rosto de Cai Xing enquanto a outra acariciava o lóbulo de sua orelha, onde um raro brinco dourado pendia.

Quente, frio. Inverno e verão. Suas temperaturas corporais se misturaram assim como o vento emaranhou seus cabelos e suspiros. Eles se tornaram primavera em meio suas emoções conflituosas e repentinas, enquanto suas línguas se misturavam.

Nesse momento, eram apenas eles: Shen Zhengyi e Cai Xing. Dois homens e não pessoas de lados opostos, nem mestre e discípulo. Parecia uma ilusão tê-lo novamente, como se a qualquer momento um deles pudesse se esvair.

Shen Zhengyi desceu a mão pelas costas de Cai Xing, cobrindo toda a extensão até o final da coluna, quando passou para baixo, deslizando por suas coxas e puxando-as para cima. Precisava de mais contato. O mais novo deixou um gemido vir do fundo de sua garganta e Shen Zhengyi viu seus olhos ficaram vermelhos, vívidos e acesos.

Uma vez, ele pensou que ficar perto de Cai Xing era ruim, mas tê-lo longe, com o mínimo de esperança que pudesse retornar, era ainda pior. Por isso, nessa vida, decidiu que não o soltaria novamente ainda que partisse seu coração, se quebrasse por inteiro e sua alma dispersasse. Não estava disposto a se separar, mesmo que precisasse enfrentar todo o mundo por isso.

No passado, a escolha foi o mundo e no presente, queria se permitir a entender esse sentimento e também a sentir o mínimo de felicidade. Cai Xing beliscou sua cintura e ele soltou um pequeno gemido.

— Concentre-se, Zhengyi. — Ele sussurrou com um sorriso estampado e feliz. Segurando o rosto do mais velho, encostou suas testas e como se lesse os pensamentos de Shen Zhengyi, proferiu justamente as palavras que o próprio desejava: — Estou aqui, não se preocupe. Concentre-se em mim.

Ainda meio absorto, Cai Xing o ajudou a controlar a respiração e se acalmar. Entretanto, para elas era pouco. Assim que tudo foi aceso, queriam mais. Desejavam mais. A cobiça pelo outro, corpo e alma. A luxúria quase desenfreada. Podiam ver nos olhos um do outro, aquela camada de boa fé e decência rachar aos poucos.

— Você é mais sensível do que aparenta... não saberei confortá-lo apenas com palavras.

Mestre Shen, já impecável, como se nunca tivesse feito coisas indecorosas sob a luz do sol, cruzou as mãos nas costas.

Por enquanto, tê-lo ao meu lado é o suficiente.

Suas palavras não tiveram tempo para serem raciocinadas, pois o seu locutor havia saltado para o topo de uma casa, em direção à mansão do mestre da cidade. Cai Xing teve dificuldade para se concentrar, já que não era apenas sua mente em desordem, mas todo seu corpo e até mesmo o fluxo de qi.


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O interior da mansão era pior que toda a cidade. Tudo estava pintado de vermelho, paredes e tapeçaria encharcados de sangue, vidros quebrados. As portas foram quebradas e pedaços de madeira jogados por todos os lados.

Mas, havia algo que ia além de tudo isso. Uma infinidade de corpos pendurados e pregados no teto dos cômodos e nas paredes. Seus corpos retorcidos e suas expressões como aqueles com energia vital sugada do lado de fora. Nenhum deles possuía pele, a carne exposta, em partes azuis, cheia de pus e rodeados por moscas. Alguns cadáveres, ainda pingavam sangue, mostrando o recente assassinato. Não havia distinção entre crianças e idosos, mulheres e homens. Todos tiveram o mesmo fim sob a ira do assassino.

— Isso é até cruel mesmo para mim. — Cai Xing comentou enquanto desviada de um braço decepado, pela delicadeza, se tratava de uma serva jovem ou de uma jovem dama. — Dar um fim rápido, para pessoas comuns é o mais ideal. Acho que até mesmo para aquele desgraçado, já que ele detestava sujar a roupa.

— Isso é surpreendente. — Shen Zhengyi baixou a cabeça para passar por o que se supunha ser uma mulher.

Dobraram a caminhada onde havia uma escada e subiram os degraus com cuidado.

— O que surpreende gege?

— Qi Seyoung ter limites. — Falou ironicamente, enquanto espalhava seu poder espiritual mais além.

— É difícil de entender, mas... é complicado!

Um corpo, de repente, se desprendeu do teto e estava prestes a cair sobre Mestre Shen. Ele deu um passo para trás e o cadáver caiu no chão espirrando sangue para todo lado. Um suspiro impaciente foi emitido vindo dele e olhou enojado para onde os respingos haviam caído em seu hanfu.

— Gege, Luo Ying, como ele é?

Ambos continuaram andando pelos corredores. Cai Xing precisava sondar aquele olhar doce e gentil. Nunca confiou em pessoas gentis a exagero.

— Não consigo ler Sua Alteza.

— Ele não me parece confiável. Se desconfiamos de algo... algo deve ter.

— É aqui.

Pararam em frente a uma porta. A única intacta desde que entraram na mansão. Shen Zhengyi olhou para Cai Xing por um momento e levantou a mão para bater na porta, mas antes disso, as duas laterais se abriram.

A sala estava escura, apenas as lanternas posicionadas nos degraus da escada, direcionada a um altar, de luzes esverdeadas, mostravam-lhe o caminho. Cai Xing chutou um cadáver.

— Que mal gosto! Um péssimo senso decorativo.

Assim como nos corredores, inúmeros corpos estavam pendurados no teto, mas ainda vivos. Quando os viram entrar, resmungos moucos saíram de suas bocas, não havia som. Suas línguas foram cortadas e o que escoria da boca, quando a abriam, era sangue que infinitamente jorrava, até que morressem.

Shen Zongshi deu um olhar cortante, quando do altar, enfim o fantasma apareceu. O par de olhos verdes de pupilas duplas brilhou na escuridão pulsou junto às lanternas.

— Uma boa decoração, não é alguém comum que conseguirá apreciar de coração. — Uma voz feminina e infantil transgrediu o ar.

A silhueta pequenina, surgiu. Em sua boca, havia um braço também infantil.

— Desculpem... — Jogou o braço para longe. — A que devo a visita de Shen Zongshi?

Cai Xing notou algo diferente. Isso não era um fantasma de nível superior! Era um tipo de alma do submundo diferente! Algo que nunca encontrou antes.

— O que raios é isso? Você não é um fantasma comum, o que você é?

Ignorando Cai Xing, o fantasma direcionou sua completa atenção para Shen Zhengyi.

— Ah... Shen Zongshi, seu nome é muito conhecido no submundo... mas eu sou o mesmo que você... — Fez uma pequena pausa — um humano! Uma simples humana comum...

Sua aparência não combinava com os modos grosseiros e mórbidos. O fantasma de olhos verdes havia possuído o corpo de uma garotinha. Esta, que era Xiao Xiao.

— Esse corpo não irá aguentar. — A afirmação veio diretamente de Cai Xing. — A criança está viva?

O fantasma abriu um sorriso também malicioso, bastante cruel, que ia contra todas e quaisquer atitudes infantis.

— Ainda estava viva quando matei seu irmão. — O fantasma enfim, deu a mínima atenção para Cai Xing.

Dito isso, não havia mais alguma ressalva ou impedimento em uma troca futura.

— Certo, Shizun! Acho que posso ajudar a cuidar disso. No final, shizun não precisa sujar as mãos, eu posso finalizar essa coisa.

O Shizun, em partes, ficou preocupado.

— Você...

— Quem é você? — O fantasma perguntou cauteloso, interrompendo a fala de Shen Zhengyi, não sentia nada vindo dessa pessoa, como se fosse um mortal comum.

— Nesse tipo de ambiente... — ele estalou os dedos — Sou muito mais poderoso que shizun. Por exemplo...

De repente, a energia maliciosa se agitou. O ar ficou carregado, rarefeito da pureza natural. A morbidez se intensificou com o controle de Cai Xing sob a energia ressentida.

— É engraçado... Fantasmas são feitos de energia, é muito raro encontrar um com tanto poder habitar um corpo físico. Mas, mesmo que você seja poderoso... — seu queixo se ergueu ligeiramente — e eu esteja um pouco fraco, não seja tão arrogante em minha frente.

Cadáveres começaram a se levantar, enquanto atransgressão tornava os olhos de Cai Xing tão vermelhos quanto o sangue que seacumulava no chão. 



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notas da autora: todo mundo pego de surpresa com esse beijo, até a própria autora quando escreveu. 


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