Onde está Leomord
A busca por Leomord estava iniciada, mais da metade dos cavaleiros da Ordem de Necrokeep foram mandados para ir em busca do rapaz e ninguém tinha a permissão de retornar até que o encontrasse. O nome de Leomord foi espalhado por toda a terra do amanhecer, uma recompensa foi colocada para qualquer informação que alguém pudesse ter de onde ele está. Cartazes e mais cartazes se espalhavam por diferentes terras e culturas, a pressão que o rei colocava nessa busca era grande por causa de Vexana que se afundava mais em sua depressão, para ela era mais uma pessoa querida e amada que ela estava perdendo.
- Não... - Vexana coloca as mãos na cabeça estando em seu quarto - Eu não posso acreditar que isso está acontecendo - As lágrimas escorrem cada vez mais pelo seu lindo rosto - Leo... - Disse Vexana quase sem voz por conta dos soluços.
Em um grito de desespero por não encontrar uma solução, Vexana chuta e derruba seu criado mudo com as coisas em cima, ela começa a bagunçar o quarto completamente com seu desespero, estava achando um jeito para descontar seu ódio em quem ela estava mais detestando nesse momento, ela mesma.
Depois de alguns minutos, Sebastian entrou no quarto após ouvir tamanha confusão causada pela rainha, lá ele pôde ver ela sentada em um canto na parede abraçada a suas pernas com a cabeça baixa, ainda soluçava e proferia palavras de ódio contra si mesma no meio da bagunça que ela causou.
- Rainha... - Sebastian se aproxima.
- Eu fiz tudo errado Sebastian, eu sou uma inútil, eu sou imprestável! - Falou Vexana com ódio.
- Não diga isso... - Sebastian tentava a consolar.
- Como não dizer!? Olha a merda de vida que eu tenho! - Falou Vexana levantando sua cabeça - Primeiro eu era mantida prisioneira nesse castelo por anos com uma mãe que não parecia querer o meu bem - Falou a garota lembrando do seu passado - Essa mesma mãe manipulava meu pai e me fizeram casar com alguém que eu nem mesmo conhecia, que eu nem mesmo queria! - A garota se levanta com raiva - Por que? Por que Sebastian!? Eles perguntaram se era isso que eu queria no final? Eles sabiam que o garoto que eles maltrataram naquele dia era o garoto que eu estava gostando e que planejava ter algo a mais com ele além de uma amizade? - Vexana fica próxima de Sebastian e bate com a parte da baixo de seus dois punhos cerrados no peito do mordomo, desferindo um pouco da sua raiva, mas com seu físico, Sebastian não sente nada - Por que? Por que tinha que ser assim? - Vexana batia no peito do maior como uma garota mimada - E mesmo depois de tudo isso... - Vexana esconde seu rosto no peitoral de Sebastian - Eu sinto falta deles - Vexana segurava mais seu choro ao lembrar da cena de seus pais mortos, estava tentando parar com toda aquela lágrima mas os soluços não deixavam - E agora eu estou sozinha, até mesmo o Leo sumiu e nem sei se ele vai voltar depois do que eu fiz - Vexana diz arrependida - Eu sou uma idiota! - Disse ela e se acalmou ao sentir o abraço do maior.
- Minha rainha, não chore - O mordomo havia ouvido tudo que ela disse com atenção - Cada pedaço da sua vida eu estive de perto acompanhando, lembra que quando você fugiu do castelo foi a mim que você pediu para guardar segredo? - O mordomo dava um fino sorriso - O que eu quero dizer é que, nem todos saíram da sua vida, eu ainda estou aqui. Leomord vai voltar, eu tenho certeza minha rainha, eu sei que ele considera você a pessoa mais importante, você esteve na infância dele e ele na sua, talvez ele só precise de um tempo para processar tudo - Disse Sebastian e Vexana o olha ainda com seu olhar choramingando, tentando engolir as lágrimas.
- Mas Sebastian... - Vexana estava sem palavras, ela queria Leomord novamente.
- Não se preocupe minha rainha, tudo vai ficar bem, seja paciente. Tudo vai ficar bem - Sebastian acaricia os cabelos da menor e tenta a confortar.
Enquanto isso, o rei arrumava muitas papeladas em relações a missões e a busca de Leomord, um dos cavaleiros encarregados de encontrar Leomord chega a sua sala de reuniões e adentra a mesma após bater na porta.
- Vossa majestade! - O rapaz parecia preocupado, ele se curva diante do rei e levanta suas duas mãos portando uma carta na mesma - Recebemos essa carta recentemente e vim o mais rápido que pude! - Disse ele preocupado.
O rei se assusta ao ver o selo na carta, era um dos desenhos mais famosos na terra do amanhecer. Aquilo acelerava as batidas do coração de Atticus, ele engoliu em seco e, sem nada a dizer, ele pegou a carta das mãos do cavaleiro.
Atenciosamente ele leu cada palavra daquela carta com o pavor em seus olhos, não imaginava que isso um dia chegaria ao seu reino.
- Não... - O rei arregala seus olhos - Estamos perdidos... - Disse o rei e olhou para o cavaleiro.
- Qual as ordens majestade? - O cavaleiro manteve a cabeça baixa.
- Reúna as tropas o mais rápido possível! Aqueles que foram atrás de Leomord, chame uma parte da tropa novamente para Necrokeep, diga que é urgente! - Falou o rei e o cavaleiro se levantou.
- Seu desejo é uma ordem - Falou o cavaleiro e se retirou indo executar as ordens do rei.
Atticus deixou a carta sobre a mesa e se retirou da sala em seguida, ele não queria alertar Vexana sobre o perigo que estava por vir pois não queria estragar ainda mais a saúde mental da garota, mas no final, ele contou e entregou a carta para Vexana ler.
"Olá meu caro Atticus, pelo visto você chegou ao poder bem rápido não é? Acho engraçado isso, um jovem comandando um reino todo. Bom, você já deve saber sobre meus feitos e uma informação muito curiosa me chegou, um cartaz dizendo que seu melhor cavaleiro esta desaparecido. Que ironia do destino, não? Admito que após ouvir sobre os feitos desse cavaleiro na sua cerimônia de casamento, eu hesitei em atacar Necrokeep. Só que todos sabemos que isso não vem ao caso, eu estava querendo muito ir mesmo visitar você, achei a oportunidade perfeita! Me aguarde. Com carinho, Rei Khufra" dizia a carta.
Atticus estava desesperado, não sabia o que fazer, ainda mais com tantas pessoas vindas de fora para morar em seu reino dia após dia, mais vidas estavam em perigo por conta dessas grandes imigrações. Foi nesse momento que ele percebeu que apenas o nome de Leomord já era temido por outros reinos. Amedrontado, o rei pede para que os cavaleiros da Ordem achem Leomord o mais rápido possível, mesmo com metade da tropa enviada, e dessa vez não era apenas por Vexana e sim por toda Necrokeep. Vexana, sabendo de tudo aquilo, ficou completamente arrasada, seria o fim? Uma vida longe de Leomord, sem nem mesmo ter dito que o amava, ela morreria ali? Cada vez mais ela se afundava em sua depressão.
Muito distante dali, nas Terras Secas de Agelta, Leomord e Lunox pararam em um oásis após alguns dias de viagem. Lá havia uma pequena população que buscava prosperar mais e mais com o Oásis que apareceu milagrosamente ali anos atrás.
- Quando eu ouvi falar desse lugar, fiquei sabendo que ele era todo arruinado e sem esperanças - Dizia Leomord impressionado com o povo minoano contente com o local.
- Tem coisas que você não aprende nos livros - Uma voz firme vem a direita de Leomord o que chama a atenção dele.
- Uma árvore? - Pergunta Leomord arqueando uma sobrancelha.
- Esse é Belerick - Disse Lunox descendo da garupa de Barbiel - Há alguns anos atrás ele se sacrificou para fazer esse lugar o que é hoje, foi um feito incrível dele - Disse a garota com um sorriso fino no rosto e encarando a árvore.
- Meu tempo nesse mundo só me trouxe experiência e sabedoria - Disse Belerick.
- Se sacrificou? - Leomord questiona descendo de Barbiel - Então como está aqui ainda? - Estava confuso, muitas perguntas eram feitas em sua cabeça em relação a está nova descoberta.
- Reencarnação. Pode parecer apenas uma crença, um mito ou uma lenda, mas ela existe e eu sou a prova viva disso - Falou Belerick e Leomord olhou para Lunox.
- Não olhe para mim achando que eu saberei explicar tudo o que ele passou - Disse ela coçando atrás da cabeça sem jeito.
- Então tá... - Leomord levou Barbiel até o grande Oásis, deixando que seu companheiro se hidrate - Mas então, quando você me ajudou você comentou sobre um viajante do tempo... Onde ele está? - Perguntou Leomord, levando seu olhar para a garota.
- Ah, o Natan?... Bom, ele foi atrás de uma pista que achou sobre os Orbes do Crepúsculo - Disse Lunox e olhou para Belerick, com incerteza em sua afirmação.
- Ele tem algo para tratar com você, o destino do mundo corre em nossas mãos - Disse Belerick, suas palavras deixavam Leomord ainda mais confuso.
- Enfim, precisamos descansar - Disse Lunox indo até o rapaz - Foi uma longa viagem e é bom você se hidratar e se alimentar, não sabemos ao certo quando Natan chegará, mas pode repousar aqui conosco até ele voltar. Estaremos de partida no retorno dele - Lunox abriu mais um sorriso e puxou Leomord pelo pulso, levando ele até pequenos comércios que ali haviam.
O tempo passou e a noite caiu. Belerick estava deitado em cima de uma pedra com raízes em sua volta, formando uma espécie de casco para que ele pudesse dormir. Lunox e Leomord estavam acima de outra pedra próxima ao de Belerick, porém, nenhum dos dois estavam demonstrando sono.
- Então... Já nos apresentamos um para o outro, mas ainda não te perguntei algo - Ela olha para ele - Por que você estava preso? - Perguntou ela, parecia saber no momento em que o resgatou mas apenas estava seguindo ordens do Natan.
- Isso é uma longa história - Disse Leomord levando seu olha para o céu estrelado - E tudo tem haver com o reino em que eu moro - Disse ele com desânimo em seu tom de voz.
- O que quer dizer com isso? - Perguntou ela colocando ambas as mãos a frente de seu peito.
- Eu não sei explicar... Parece que Necrokeep é um reino amaldiçoado, quando parece que dá um passo para frente, ela responde com dois passos para trás - Ele suspira de forma pesada e fecha seus olhos - Por longos anos meu povo sofreu, eu fiz parte desses anos de dor e fome que Necrokeep passou, a solidão tinha me consumido por completo quando mais novo... Mas uma amiga me reergueu e ela nem sabe disso - Falou ele dando um fraco sorriso ao pensar em Vexana - Mas essa mesma amiga que ordenou minha prisão - Leomord transformou um sorriso pouco animado em uma expressão completamente deprimente de quem havia perdido as esperanças.
- Não - Lunox, não suportando ver Leomord assim por erros no mundo, coloca sua mão sob a dele, o que faz ele olhar para ela - Tenho certeza que isso é apenas uma fase, esse mundo tem muito mais a oferecer para pessoas como você - Ela disse pois já sabia de algumas histórias de Leomord, até onde as notícias chegaram sobre o rapaz.
- Eu queria que isso fosse verdade - Disse ele e voltou seu olhar para o céu.
- Sabe, humanos tendem a ter uma vida só e são curtas demais se comparar com outras raças. Você não pode desperdiçar ela deixando que sentimento negativos atuem em você - Lunox apertava um pouco a mão de Leomord sem nem perceber, sentia empatia em seu coração - Sei que o que você passou e está passando é extremamente doloroso, mas não deixe que coisas como essa desanimem você de seguir com seus objetivos - Falou a garota empolgada.
Nesse momento, Leomord tem um rápido flashback das últimas palavras de seu pai, ele fitou seu olhar na menor mas sua mente estava em completo devaneio. Segundos depois de despertar de suas memórias, Leomord coloca suas mãos no rosto de Lunox e da um fraco sorriso para ela.
- Você tem razão. Não posso deixar de seguir meus objetivos e nem quebrar uma promessa, eu vou manter minha honra nem que eu tenha que morrer por ela - Disse ele e abriu um sorriso - Obrigado Lunox, suas palavras me ajudaram bastante - Disse ele e a garota ficou corada com a forma que ele estava agindo.
- De nada... Eu acho - Estava sem jeito com as mãos de Leomord em seu rosto, parecia até que ele ia beija-la e isso fez as batidas de seu coração acelerarem, mas Leomord a soltou.
- Acho bom eu dormir, quanto mais rápido o tempo passar, mais rápido verei esse viajante e saber o que ele tem a dizer para mim - Disse Leomord e se deitou.
- Tudo bem. Descanse bem e boa noite - Falou ela e observou o rapaz se virar de lado para dormir.
Lunox ficou por um tempo observando as costas de Leomord, aquele curto sentimento que apertou seu peito a poucos instantes atrás pareceu algo novo para ela, algo que ela nunca experimentou antes e ficou um tanto que curiosa sobre. Em muitas histórias ela ouvia Belerick falar sobre o amor, mas o que era isso realmente? Ela um dia sentiria isso? Estava se perguntando agora mesmo se era um sentimento de paixão que ela estava tendo por Leomord, os poucos dias de viagem com ele e esse momento íntimo com o rapaz fez ela se questionar sobre si e o rapaz.
- Espero que você fique bem... - Ela sussurra com um sorriso fraco no rosto, estava levemente atraída pelo maior.
Lunox já sabia o destino de toda a Necrokeep, Natan já havia comentado com ela sobre isso e nada do que ela fizesse poderia muda-lo. Mesmo sabendo disso, ela não queria ver Leomord sofrendo novamente como sofreu naquela prisão, então, com grande amor e empatia pelo maior, Lunox se levanta no meio daquela madrugada e pega a espada de Leomord, atribuindo um pouco de sua energia do poder da luz, dando algo a mais para a arma.
- Eu não o aguentaria ver sofrer - Ela falava com um fino sorriso no rosto enquanto olhava para o rosto adormecido de Leomord, guardando sua espada no lugar que ela pegou.
Ainda não satisfeita com aquele poder que ela compartilhou, ela foi até Barbiel e tocou na face do cavalo, acariciando seu pelo levemente.
- Você irá guia-lo não é mesmo? Por favor, cuide dele por mim - Lunox fecha os olhos e uma energia sombria envolve seu corpo e o de Barbiel, compartilhando a energia das trevas com o cavalo.
Após tudo isso ser feito, Barbiel se mantém em silêncio, aquilo não o machucou e sim parece ter aumentado mais sua força e energia. Lunox apenas sorri amigavelmente e volta para perto de Leomord, se deitando ao seu lado e tentando descansar junto do maior.
Se passaram várias semanas desde que Leomord desapareceu e o reino de Necrokeep estavam entrando em desespero, todos já estavam sabendo da carta na qual o rei tentou esconder, mas algum dos guardas vazou a informação, colocando a cidade em Pânico. Em uma audiência pública na praça, o rei tenta acalmar toda a multidão que comentava inquieta sobre o assunto.
- O que vamos fazer? - Pergunta Vexana colocando a mão na cabeça - Nossas tropas serão o suficiente para enfrentar o exército do rei Khufra? - O medo já tomou o coração da rainha.
- Não se preocupe, vai ficar tudo bem - Sebastian falava colocando a mão no ombro de Vexana.
- Por favor, todos se acalmem! - Atticus disse em voz alta e conseguiu parar o tumulto - Agradeço - Pegou uns papéis e começou a ler - Estou vindo em meio dessa audiência para informa-los que a notícia que vazou era falsa - Após dizer isso, todos se entre olharam confusos.
Vexana leva seu olhar para Atticus, era uma ótima estratégia dele usar uma mentira para acalmar todo o pânico na cidade. Mesmo sabendo da verdade, ela se importava demais com a população a sua frente para os ver viverem com medo.
- Algum mau feitor resolveu espalhar boatos por todo o reino de Necrokeep apenas para amedrontar as pessoas, quando esse cidadão for achado no meio de nós, iremos o prender por mentir de uma forma prejudicial - Disse Atticus e alguém da risada na platéia.
- Mentir? - Uma voz firme vem da platéia, isso causa calafrios em Atticus.
- Você... Quando? - Perguntou Atticus, agora ele tinha certeza de um traidor entre eles.
- Todos irão sucumbir ao meu poder - Khufra estava no meio da multidão. Necrokeep estava despreparada para um ataque surpresa e era isso que estava acontecendo.
Quase todos naquela multidão não eram cidadãos de Necrokeep, espiões de Khufra haviam adentrado a cidade desde o desaparecimento de Leomord e aos poucos foi infiltrando o exército do rei e disfarçando para o plano ser um sucesso sem que Atticus pudesse perceber, até porque ele estava ocupado demais com suas preocupações e baixou sua guarda em relação a estrangeiros entrando em Necrokeep. A multidão começa a rir, eram todos soldados do rei Khufra que vai até uma fonte na praça e sobe em seu beiral, dando a visão para todos sobre si.
- Meu leal exército, ouçam seu rei com atenção - Disse Khufra levantando seus braços - Necrokeep é nossa, aqueles que não quiserem se render se tornaram nossos prisioneiros e em outros casos até mortos! Entre nas casas, saqueiem tudo o que puderem, tragam as mulheres e as crianças e façam de refém. Mas principalmente... - Khufra olha para Atticus - Temos dois alvos preciosos na nossa frente e bastante expostos - Khufra sorri com maldade e todo o seu exército disfarçado olha para Atticus e Vexana.
- Não... - Vexana não acredita naquilo.
- Fujam! - Sebastian ajuda Vexana a se levantar de sua cadeira e a leva até Atticus, empurrando os dois para fora de audiência, para que fugissem por trás.
- Homens! Protejam o rei e a rainha! - A Ordem dos Cavaleiros de Necrokeep estavam próximos de Atticus, enquanto o rei fugia com a rainha, os cavaleiros tomavam a linha de frente.
- Vamos mostrar a eles o exército mais poderoso! - Disse Khufra rindo da situação, alguns de seus homens pegavam poucos cidadãos que estavam entre eles e os faziam de refém, desde idosos até crianças.
- Não recuem homens! Mostraremos a eles a verdadeira força de Necrokeep! Há vidas inocente entre eles, vamos resgata-los e derramar o sangue inimigo sobre nosso território! - Disse Flin levantando sua espada e colocando seu escudo a frente - Hoje escreveremos nossa história! Avante! - Flin disse e apontou o fio de sua espada para o exército de Khufra.
O exército de Khufra gritam em êxtase para a batalha e vão retirando seus disfarces de camponeses, revelando algumas armas brancas abaixo de suas roupas. Flin, Avalon e Raven estavam agora lutando juntos de toda a Ordem presente na cidade para salvar vidas presentes enquanto Vexana e Atticus fogem. Uma batalha longa que vai durar apenas uma semana sem descanso algum, porém, apenas um lado será vencedor.
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