Capítulo 9
"Alerta gatilho: aborto espontâneo."
🎤Agora eu não me conheço.
Quem é você?🎶
No dia seguinte...
Lisa Teige
Acordei com o meu celular tocando, peguei o meu celular de baixo da cama e vi que era um número desconhecido, mesmo assim resolvi atender, poderia ser importante.
" — Alô, quem é? — perguntei com voz de sono.
— Não se lembra do seu irmão não, coitadinha? — Suga falou do outro lado da linha.
— Ah, Suga é você — falei com um tom desinteressante.
— Primeiro você não é o meu irmão e segundo como consegui o meu número? — perguntei irritada.
— Não importa, só liguei pra lhe avisar — Suga falou.
— O que aconteceu? — perguntei.
— Sua mãe caiu da escada — Suga respondeu.
— O que? Como assim? — perguntei preocupada.
— Melhor você vir até o hospital do centro — Suga respondeu.
— Estou indo — falei."
Salvei o contando do Suga como "Coreano Estúpido", percebi que marca 8:30h da manhã, acabei dormindo demais.
Abri o closet e peguei a primeira roupa que vi pela frente, um macacão jeans de short, camiseta de mangas longas num tom amarelo queimado, meia três quarto branca e os meus all star de cano alto preto.
Peguei as chaves da minha moto, meu capacete que era preto com alguns detalhes coloridos de flores.
Fui ao banheiro com meu rosto e escovei os meus dentes.
Percebi que a mansão dos meus tios estava silenciosa, provavelmente ninguém acordou ainda, então avisei a um dos seguranças o que havia acontecido e pedi para dar o recado, subi na moto e dirigi em direção ao hospital que o Suga mandou o endereço.
Cheguei no hospital em menos de 20 minutos, estacionei a minha moto e corri pra dentro do hospital.
Estava até bufando devido a minha pequena corrida, vejo o Suga e meu padrasto estava com uma expressão nada boa na recepção do hospital.
Meu padrasto estava usando o seu tradicional terno cinza e um sapato preto.
Suga estava usando uma camiseta azul marinho, calças jeans num tom escuro e um all star amarelo.
— Como está a minha mãe? — perguntei preocupada.
— Ela está bem, mas infelizmente perdeu o bebê — Meu padrasto respondeu com uma expressão triste.
— Ainda bem que perdeu o bebê — falei sendo insensível.
No fundo eu não queria ter dito aquilo, mas eu estava tão magoada com eles, que nem pensei direito na hora.
Me lembro perfeitamente que quando o meu pai estava vivo, flagrei ele dando em cima da minha mãe, nem esperaram direito passar o tempo do enterro pra ficarem juntos.
Eu sinto tanto ódio deles, que sinto que nunca vou perdoar, pelo o que fizeram com o meu pai.
— Você está louca, garota? — Meu padrasto perguntou irritado se aproximando de mim.
— Nunca quis um irmão mesmo foi a melhor coisa que podia acontecer — respondi tranquilamente.
— Ainda bem que sua mãe não está aqui para te ouvir — Meu padrasto falou me encarando decepcionado.
— Ainda bem que o meu pai não está vivo pra ver toda essa traição de vocês dois, vocês eram melhores amigos e na primeira oportunidade dormiu com a mulher dele — falei, vendo ele me encarar horrorizado — Se ela está bem, não tenho o que fazer aqui — falei saindo de lá, deixando ambos sem ação.
Estava descendo até o estacionamento do hospital, até que sinto alguém segurando o meu braço e me puxando com força pra trás.
— Porque você é tão insensível? — perguntou irritado.
— É bem simples, não aceito que minha mãe se case com o seu pai — respondi, como se fosse óbvio.
— Mesmo assim, pensei que era diferente — falou.
— Diferente como? — perguntei sem entender.
— Mais sensível, nem coração tem — respondeu irritado.
— Tinha um coração bom, mas a vida tirou isso de mim — falei, me lembrando do meu pai, ele me encarou confuso, pensando na minha resposta — Vou embora pra casa dos meus tios, qualquer coisa me ligue — falei, mudando de assunto, antes que ele me perguntasse algo, sai andando.
— Não, quer saber o porquê sua mãe caiu das escadas? — perguntou, me fazendo parar no caminho e encará-lo.
— Ela vive de salto alto escorregou, né? — perguntei como se fosse algo simples, a minha mãe nunca abriu mão do salto alto, dizia que era a sua marca registrada.
— Não — respondeu — Um advogado veio na mansão e disse para o meu pai que a sua tia pegou a sua guarda e irá administrar toda a sua fortuna, e que ela não ia poder se aproximar de você, ela ouviu quando estava descendo as escadas e pelo susto escorregou — explicou.
— Sério? — perguntei surpresa — Ela tinha que ter ficado feliz, agora não irá precisar se preocupar comigo — falei.
Coloquei o meu capacete, subi na moto e acelerei, sentindo o vento bater no meu rosto, me deixando ainda mais relaxada.
Suga
Estava com muita ressaca, minha cabeça estava explodindo de tanta dor de cabeça.
Me levantei, indo em direção à cozinha, tirei água da geladeira e tomei um copo de água com uma aspirina, pra ver se passava um pouco a dor.
Escuto um barulho alto vindo de perto das escadas, corri para ver o que era, me surpreendi ao ver a minha madrasta caída no chão.
Gritei o meu pai que estava na porta da mansão, conversando com um homem de terno preto, que presumo ser um advogado.
Meu pai veio correndo, a pegou no colo, chamamos um dos seguranças e a levamos para o hospital.
Quando chegamos no hospital, minha madrasta foi levada diretamente para dentro e o meu pai não pôde acompanhar.
Estava na recepção com ele, ele me explicou o que tinha acontecido e me passou o número da Lisa, pra mim poder ligar pra ela e avisar o que tinha acontecido.
Salvei o contato dela como ''Coitadinha'', me afastei dele pra ir lá fora e avisei pra ela o que tinha acontecido.
Um tempo depois....
Pela primeira vez, vi o quão fria Lisa podia ser, não sabia que ela guardava tanto ressentimento do meu pai.
Até entender o motivo de estar assim, pelo o que disse de alguma forma, eles traíram a amizade e a confiança do seu falecido pai.
Ela acelerou a moto sem se importar com o que havia acabado de contar pra ela, ela que estava satisfeita pela morte do nosso meio irmão.
Meu celular começou a tocar, vi que era o Jimin já que apareceu o seu nome na tela e a nossa foto.
" — Cadê você? — Jimin perguntou.
— Estou no hospital — respondi.
— Você está bem cara? — perguntou preocupado.
— Estou bem sim, é a minha madrasta que caiu da escada e perdeu o bebê — respondi.
— Sinto muito — falou.
— Obrigado, sabe eu preciso da sua ajuda e do Tae — falei.
— Porque? — perguntou curioso.
— Liga para o Tae e manda ele ir pra mansão do meu pai, depois conto pra vocês juntos — respondi.
— Tá bom — concordou."
Lisa havia despertado o meu interesse de uma maneira que ninguém nunca fez, por isso farei de tudo para descobrir a sua verdadeira história.
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